Teses e Dissertações

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    Manejo da ferrugem em clones de café conilon em sistema de produção integrada
    (Universidade Federal do Espírito Santo, 2012-02-01) Belan, Leônidas Leoni; Jesus Junior, Waldir Cintra de
    A ferrugem (Hemileia vastatrix Berk. et Br) é a principal doença que contribui para a redução da produtividade do café conilon; e em clones suscetíveis, a principal medida de manejo é o controle químico. Os programas de manejo baseiam-se em calendários fixos de aplicação ou associação de fungicidas com inseticidas sistêmicos aplicados via solo. Diante da diversidade genética de C. canephora, o plantio em linha de clones possibilita o manejo de doenças diferenciado para cada clone. No entanto são poucos os estudos sobre o monitoramento da intensidade da doença nas plantas e o manejo racional do patossistema ferrugem/conilon, e que dão suporte aos princípios da Produção Integrada de Café (PIC). É necessário o desenvolvimento de tecnologias que viabilizem o sistema PIC para as particularidades de C. canephora. Assim, formulou-se as seguintes hipóteses: 1) é possível fazer o manejo da ferrugem em lavouras clonais de café conilon de forma diferenciada para cada clone; 2) é possível generalizar um plano de manejo da ferrugem com base em datas pré-fixadas; 3) a aplicação de fungicidas sistêmicos via solo em datas pré-fixadas não é o sistema mais eficiente de manejo da ferrugem; e 4) é possível reduzir o volume de fungicidas aplicados e o custo do manejo da ferrugem em lavouras clonais de café conilon. Para testar essas hipóteses, objetivou-se avaliar a aplicabilidade de um sistema de manejo da ferrugem, para cada clone de café conilon cultivados em linha (PIC), comparando-o com o sistema convencional de manejo adotado pelos produtores (PROD). O estudo foi conduzido em dois campos de conformidade da Produção Integrada localizados nos municípios de Castelo e Nova Venécia – Espírito Santo, Brasil. Esses campos foram compostos por plantas de café conilon dos 13 clones da cultivar “Conilon Vitória – INCAPER 8142” plantados em linhas homogêneas para cada clone. Foram realizadas 12 avaliações mensais (setembro de 2010 a agosto de 2011) da incidência da ferrugem em plantas de cada clone. Foram traçadas curvas de progresso da doença e os dados transformados em área abaixo da curva de progresso da doença. Com base nos resultados obtidos, verificou-se que é possível realizar o manejo da ferrugem em lavouras clonais de café conilon de forma diferenciada para cada clone, empregando-se o monitoramento da doença. A proposta do sistema PIC em avaliar a incidência da ferrugem em cada linha de plantio pode dispensar a aplicação de fungicida sistêmico em clones resistentes ou em condições desfavoráveis à ocorrência da doença, ou ainda indicar o momento ideal para essa aplicação; porém em condições favoráveis e em clones suscetíveis, este sistema pode elevar o número de aplicações de fungicida. Em áreas com ocorrência constante da ferrugem nas plantas, o fungicida sistêmico aplicado via solo reduziu a intensidade da doença na lavoura; no entanto, a aplicação antecipada desses produtos em datas pré- fixadas, em condições desfavoráveis à ocorrência da doença, pode permitir a elevação de sua intensidade na época da colheita. Por meio do caderno de campo PIC-Conilon foram coletados coeficientes técnicos locais para cálculo e comparação do custo do manejo da ferrugem. O manejo da ferrugem dentro dos princípios da PIC reduziu em média 71,3% do volume de fungicida aplicado/ha/ano, em relação ao total aplicado nas áreas PROD; reduzindo em média 22% o custo do manejo da ferrugem em clones de café conilon e tornando-o mais racional e sustentável.
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    Detecção de Pseudomonas syringae pv. garcae em sementes, microanálise de raios X e desenvolvimento de escala diagramática para a mancha aureolada do cafeeiro
    (Universidade Federal de Lavras, 2014-04-30) Belan, Leônidas Leoni; Pozza, Edson Ampélio
    São escassos os dados e a pesquisa de base e tecnológica para realizar estudos de controle e manejo da mancha aureolada (Pseudomonas syringae pv. garcae) (PSG) do cafeeiro. Logo, os objetivos foram: 1) desenvolver e validar uma escala diagramática para quantificar a severidade da mancha aureolada em folhas de cafeeiro; 2) verificar se sementes de cafeeiro podem disseminar o inóculo de PSG considerando plantas com sintomas de mancha aureolada; 3) verificar diferenças na distribuição dos nutrientes nos tecidos de folhas de cafeeiro (Coffea arabica L.) em torno de lesões de doenças foliares. Diante do primeiro objetivo, foi desenvolvida e validada um escala diagramática, para avaliar a severidade da mancha aureolada em folhas de cafeeiro, com base nos intervalos de distribuição de frequência dos valores de severidade da doença. Essa escala proporciona melhores níveis de acurácia, precisão e reprodutibilidade nas avaliações. Buscando identificar a origem do inóculo inicial da doença em viveiros, sementes provenientes de plantas com sintomas de mancha aureolada, foram imersas em solução salina estéril e o extrato bruto inoculado em folhas de mudas de cafeeiro. Houve sintomas de mancha aureolada nas folhas de plantas de cafeeiro inoculadas com o referido extrato, semelhantes aos desenvolvidos por folhas inoculadas com suspensão de inóculo do isolado padrão de referência PSG; enquanto as mudas inoculadas com extrato de sementes de plantas assintomáticas não apresentaram sintomas. Isolados bacterianos provenientes dessas sementes de cafeeiro apresentaram padrões bioquímicos e moleculares iguais ao isolado padrão PSG. Logo,sementes de cafeeiro podem disseminar o inóculo de PSG com base em plantas com sintomas de mancha aureolada. Para conhecer a distribuição dos nutrientes minerais nos tecidos, em torno da lesão de doenças foliares do cafeeiro, fragmentos de folhas foram submetidos à microanálise de raios X (MAX). Os nutrientes minerais potássio e cálcio apresentaram gradiente de distribuição e relação espacial com os tecidos assintomáticos e com sintomas de mancha aureolada. Maior teor de potássio foi encontrado no tecido assintomático em torno da lesão, decrescendo em direção ao tecido com o halo amarelo e atingindo teor mínimo no tecido necrosado. Relação espacial inversa a do potássio foi observada para o cálcio em torno da lesão. Logo, a MAX, associada à nutrição mineral, pode auxiliar no manejo e entendimento das reações de defesa contra a doença.