Teses e Dissertações

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    Aproveitamento de resíduos de processamento via seca e via úmida do café para obtenção de pectinases
    (Universidade Federal de Lavras, 2013-11-13) Fernandes, Ana Paula; Souza, Sara Maria Chalfoun de
    Este estudo foi realizado com o objetivo geral de utilizar a casca de café (seca e melosa) como substrato e como fonte de pectina para a obtenção de enzimas pectinolíticas. Os objetivos específicos foram caracterizar o resíduo, selecionar fungos quanto à produção de pectinases em meio sólido, avaliar a atividade enzimática pelo processo de fermentação em estado sólido e comparar a atividade enzimática produzida pelos fungos frente à atividade de enzima comercial. Foram utilizados 34 fungos para o teste semiquantitativo em placas de Petri com pectina como única fonte de carbono, em que a solução de lugol revelou os maiores halos para a produção de pectinases, dos quais foram selecionados sete isolados. Em seguida, estes isolados foram submetidos ao processo de fermentação em estado sólido, no intuito de avaliar a atividade enzimática quanto à obtenção das enzimas pectinolíticas: pectina metilesterase (PME), pectina liase (PL), exo-poligalacturonase (Exo-PG) e endo- poligalacturonase (Endo-PG). Foram avaliados três tempos de fermentação (48, 96 e 168 horas). O experimento foi conduzido em um delineamento experimental inteiramente casualizado (DIC) e a análise de variância em esquema fatorial na parcela, sendo 2 substratos x 6 isolados. Dos microrgansimos testados quanto ao potencial para a produção de pectinases em meio sólido, os que apresentaram índices enzimáticos ≤ 2,00 foram três isolados de Cladosporium cladosporioides, Trichoderma viride, Penicillium roqueforti e Rhizopus stolonifer. Com relação à produção das enzimas pectinolíticas estudadas, observou-se interação tripla significativa entre os fatores substrato, tempo e isolados. O isolado R. stolonifer apresentou maior atividade enzimática de PME no substrato casca melosa (138,00 U/g) e no substrato casca seca (99,00 U/g), no período de 168 horas. Quando comparados com a enzima comercial (58,17 U/g), estes isolados apresentaram maior atividade enzimática. O isolado C. cladosporioides apresentou maior atividade enzimática de PL (898,67 U/g) no substrato casca seca, no período de 168 horas. O isolado P. roqueforti apresentou maior atividade enzimática de PL (418,67 U/g) no substrato casca melosa, no período de 96 horas. Quando comparados com a enzima comercial (2.169,35 U/g), nenhum dos isolados analisados produziu atividade enzimática superior a esta. O isolado C. cladosporioides apresentou maior atividade enzimática de Exo-PG no substrato casca melosa (3,10 U/g) e no substrato casca seca (0,98 U/g), no período de 96 horas. Maiores atividades enzimáticas foram encontradas pelos fungos analisados, quando comparados com a enzima comercial (0,16). O isolado T. viride apresentou maior atividade enzimática de Endo-PG (29.632 U/g) no substrato casca seca, no período de 168 horas. O isolado R. stolonifer apresentou maior atividade enzimática de Endo-PG (29.282,50 U/g), no período de 168 horas. Quando comparado com a enzimacomercial, maior atividade enzimática foi constatada por este isolado frente à enzima comercial (21.730,50 U/g). A casca de café seca e melosa pode ser considerada bom substrato e fonte para a obtenção de enzimas pectinolíticas. A redução na quantidade do resíduo variou de 15,00% a 24,14%, na casca seca e de 33,10% a 48,39%, na casca melosa.
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    Controle do acáro da mancha-anular em funcão da cobertura proporcionada pela calda acaricida aplicada com dois ramais e quatro volumes de pulverização
    (Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2008-05) Fernandes, Ana Paula; Ferreira, Marcelo da Costa
    A cultura do café (Coffea arabica L.) é de grande importância para a economia do Brasil que é o maior produtor mundial de café, exportando 1,44 milhão de tonelada por ano. Dentre as pragas de importância na cultura está o ácaro Brevipalpus phoencicis, relatado em cafeeiros desde a década de 1950, sendo relacionado posteriormente com a doença mancha-anular, como vetor do vírus. Esta praga, devido à sua biologia e comportamento na planta, não é atingida facilmente pelas pulverizações, exigindo estudos e critérios na tecnologia de aplicação empregada. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a mortalidade de B. phoenicis em função da cobertura proporcionada pela calda aplicada em plantas de café, com dois tipos de ramais utilizados em pulverizadores de jato transportado e quatro volumes de aplicação. O experimento foi realizado em área de plantio comercial do café, no município de AItinópoIis-SP, onde foram avaliados os efeitos do acaricida no controle do ácaro. Foi realizada uma aplicação com pulverizadores montados no terceiro ponto do trator, equipados com dois diferentes ramais de bicos, utiIizando pontas de cerâmica da série JA. Os tratamentos utilizados foram a aplicação do acaricida abamectina, nos volumes de 250, 400, 550 e 700 L/ha, com dois ramais de bicos, totalizando 36 parcelas experimentais. Foram avaliadas a mortalidade do ácaro, a deposição e a cobertura da calda nas plantas de café. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados, com oito tratamentos mais uma testemunha e quatro repetições. A análise estatística foi feita no esquema fatorial 2x4+1 (2 ramais de bicos, 4 volumes de aplicação e uma testemunha). Verificou-se que não houve diferença significativa na análise estatística para o número de ácaros encontrados. Para os resultados de deposição, observa-se um aumento da deposição em função do volume de aplicação e a parte alta das plantas foi a que mais houve deposição da calda. A média de eficiência para o ramal duplicado foi maior (70%) que a do ramal convencional (50%). Conclui-se que a eficiência de controle é maior com a duplicação do ramal de bicos do pulverizador e o controle independe do volume de aplicação entre os limites avaliados neste trabalho.