Teses e Dissertações

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    Diversidade de bactérias endofíticas em frutos de café
    (Universidade Federal de Viçosa, 2008) Cordero, Alexander Francisco Perez; Borges, Arnaldo Chaer; Universidade Federal de Viçosa
    O objetivo do presente trabalho foi estudar a diversidade de bactérias endofíticas associadas aos frutos em quatro cultivares de Coffea arabica L., em diferentes altitudes na Zona da Mata Norte, Minas Gerais, Brasil. As amostras de frutos sadios, no estádio cereja, foram coletadas em lavouras de Catuaí Amarelo, Catuaí Vermelho, Bourbon Amarelo e Bourbon Vermelho. O isolamento e a quantificação de bactérias dos frutos foram realizados em meio de cultura R2A, estabelecendo-se uma coleção de culturas de bactérias endofíticas e epifíticas de frutos de café no Laboratório de Ecologia Microbiana (LEM) do Departamento de Microbiologia com 381 isolados, dos quais 134 de endofíticas. Entre essas foram identificados e descritos 48 morfotipos, que constituíram o universo-base para o presente estudo. A identificação fenotípica foi por características culturais e análises de ésteres metílicos de ácidos graxos (FAME) pelo sistema de identificação Sherlock®(MIDI). O estudo das endofíticas cultiváveis foi realizado com dados do seqüenciamento direto de amplicons obtidos por PCR, enquanto que para o das não-cultiváveis foram utilizados primer específicos para grupos de bactérias de três filos, Proteobacteria classes, [alfa], [Beta] e y, Firmicutes e Actinobacteria, sendo os produtos do Nested-PCR analisados por eletroforese em gel de gradiente desnaturante (DGGE). Nas amostras de café cereja a altitudes entre 676 até 1.187 m, as densidades de endofíticas variaram, em UFC.fruto-1, de 2,93 x 104 a 6,2 x 106 em Catuaí Amarelo; 7,6 x 104 a 6,0 x 106 em Catuaí Vermelho; 1,24 x 104 a 1,35 x 106 em Bourbon Amarelo e 4,6 x 104 a 2,69 x 106 em Bourbon Vermelho. As médias de densidades populacionais de bactérias endofíticas, em relação a cultivares e à altitude, diferiram (p<0,05) entre si. Os maiores valores das médias a altitudes superiores a 1.000 m, em Catuaí Vermelho e Bourbon Vermelho, diferiram (p<0,05) das de Catuaí, Amarelo e Vermelho à 676 m . A correlação simples por Pearson mostrou relação positiva (p<0,05) entre as contagens e altitude. As endofíticas cultiváveis foram identificadas com base no perfil FAME/MIDI como sendo de isolados de Curtubacterium flaccumfaciens betae/oortii (LEM CA16, LEM CV20, LEM CA25 e LEM CA28), Brevibacterium epidermis/oidium (LEM BV41), Microbacterium barkeri (LEM CA26 e LEM BV37), Microbacterium luteolum (LEM CA01), Pectinobacterium carotovorum/carotovorum (LEM CA30, LEM CV35, LEM BV38, LEM BA43 e LEM BA45), Pseudomonas putida biótipo A (LEM BA47), Salmonella typhymurium GC grupo B (LEM CV19), Staphylococcus simulans (LEM CV23) e Bacillus sp. (LEM CV24). A análise filogenética com uso de seqüências de rDNA 16S mostrou, para o isolado LEM CV24 uma maior identidade com Bacillus niacini AJ21160.1, enquanto o LEM BV39 correspondeu a Enterobacter amnigenus EU340927.1, e os isolados LEM CA01 e BV37 a Microbacterium sp. Das bactérias endofíticas associadas a cultivares de café, P. carotovorum/carotovorum, S. typhymurium, B. epidermis/oidium, S. simulans, B. niacini e E. amnigenus, são relatadas pela primeira vez como endofíticas em frutos de cafeeiros arábica. As análises de diversidade de bactérias totais, endofíticas e epifíticas, por PCR-DGGE utilizando o primer universal (F948GC/R1378), revelaram a presença de 80 unidades taxonômicas operacionais (UTOs), enquanto a riqueza de endofíticas correspondeu a 64 UTOs. Entretanto, com a utilização de grupos de primer específicos, Nested-PCR, a diversidade de bactérias endofíticas correspondeu a uma riqueza de 110 UTOS para o filo Firmicutes, 71 para y-Proteobacteria e 50 UTOs para Actinobacteria. A constatação da existência de diversidade de endofíticas em C. arábica evidencia a urgência de estudos funcionais desta microbiota, especialmente com relação a compostos precursores de aroma, sabor e acidez, de interesse para produção comercial de cafés de qualidade superior.
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    Embriogênese somática indireta em genótipos de Coffea arabica e de C. canephora
    (Universidade Federal de Viçosa, 2002) Santos, Aparecida Célia Paula dos; Otoni, Wagner Campos; Universidade Federal de Viçosa
    Explantes foliares dos canéforas Apoatã e Clone 100, dos arábicas Catuaí Vermelho, Catimor UFV 395-141 e dos híbridos 337 (Catuaí Vermelho X Híbrido de Timor) e 447 (Mundo Novo X Híbrido de Timor) foram utilizados para obtenção de calos embriogênicos friáveis em oito meios de cultura: A (BAP 20 µM), B (BAP 5 µM), C (2iP 5 µM), D1 (2,4-D 4,5 µM e Kin 18,6 µM), D2 (ANA 0,54 µM e Kin 4,6 µM), E1 (2,4-D 1,5 µM e BAP 7,5 µM), E2 (2iP 25 µM e AIB 5 µM) e E3 (BAP 5 µM), relativos aos tratamentos A, Aag, A/B, B, C, D1/D2, E1/E2 e E1/E3. Os calos embriogênicos friáveis obtidos foram utilizados para o estabelecimento de culturas líquidas em Erlenmeyers contendo o mesmo meio de sua origem, porém sem Gelrite TM. A densidade inicial foi mantida em 10 g L-1 de meio, sendo as suspensões celulares subcultivadas a intervalos de 14 dias. Para diferenciação de agregados celulares e embriões, a biomassa na densidade de 1 g L-1 foi transferida para os meios de diferenciação. Amostras de calos obtidos em cultura semi-sólida e agregados celulares de culturas líquidas foram coletadas e fixadas em FAA50, por 24 horas, e armazenadas em etanol 70%, com os objetivos de caracterizar, histologicamente, os tipos de calos existentes e diferenciar, em nível celular, as culturas líquidas embriogênicas daquelas não-embriogênicas. As amostras foram incluídas em historesina glicolmetacrilato (HISTORESIN, LEICA) e os blocos, cortados em micrótomo rotativo com 5 µM de espessura. Os cortes foram corados com Azul de Toluidina, P.A.S. e Xylidine Ponceau e as lâminas, montadas com resina Permount. Aos cinco meses pós-cultivo, o canéfora Clone 100 apresentou calo embriogênico friável em todos os meios utilizados, exceto na seqüência D1D2. Aos sete meses pós-cultivo, os genótipos canéforas produziam calos embriogênicos friáveis em quase todos os meios testados, enquanto o Catuaí Vermelho só o fez aos 10 meses no meio Aag1, que continha como agente gelificante ágar em vez de Gelrite TM, como nos outros meios utilizados. Aos 10 meses, todos os meios utilizados para o genótipo Apoatã haviam apresentado calo embriogênico friável em diferentes proporções. Os demais genótipos não apresentaram reação favorável aos meios de cultura utilizados. O estudo da cinética de crescimento das suspensões celulares revelou, imediatamente após a subcultura, uma fase exponencial de crescimento celular até um ponto de inflexão (ti), a partir do qual as taxas de crescimento reduziram progressivamente para atingir um peso de matéria fresca de agregados celulares assintótico. Os ti's das culturas líquidas de Apoatã, Clone 100 e Catuaí Vermelho foram 14, 11 e 10 dias, respectivamente. A diferenciação embriogênica de agregados celulares de Apoatã, em cultura líquida, rendeu cerca de 55.000 embriões g-1 de matéria fresca. O calo iniciou-se com a proliferação das células perivasculares nos genótipos canéforas e também no parênquima clorofiliano no arábica Catuaí. As células do calo possuíam dois padrões de divisão: o primeiro, unidirecional, dava origem a células que se tomavam vacuolizadas e, posteriormente, degeneravam; no segundo, as células se dividiam em três dimensões, originando as células embriogênicas. Nas culturas líquidas de manutenção, observaram-se agregados celulares contendo células meristemáticas de núcleo grande com nucléolo proeminente e citoplasma denso. Nas culturas de diferenciação embriogênica, os agregados celulares formavam nódulos periféricos, de onde se diferenciavam células embriônicas, as quais se dividiam intensamente, formando o embrião. As culturas do Catuaí e Clone 100 podem ser consideradas embriogênicas, pois possuíam embriões globulares, apesar de não terem completado seu desenvolvimento normalmente. As células do genótipo Catuaí apresentaram depósitos de proteínas tanto na cultura de manutenção quanto na cultura de diferenciação. A presença de amido de reserva foi bem maior nas culturas de diferenciaçi4o em relação às de manutenção, em todos os genótipos analisados.
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    Calogênese em anteras de cafeeiro Coffea arabica L.
    (Universidade Federal de Lavras, 2004) Araújo, José Sérgio de; Pasqual, Moacir; Universidade Federal de Lavras
    Objetivou-se com este trabalho, estudar a calogênese em anteras oriundas de uma população segregante F2 de Coffea arabica L. Na indução de calogênese, foi efetuada a assepsia dos botões florais com álcool 70% por 1’, hipoclorito de sódio 1,4% durante 15’. Em seguida, as anteras foram extraídas, inoculadas em meio "IC" (indução de calos) e mantidos em estufa tipo BOD, sob temperatura de 27 ±1°C. Para controlar a contaminação causada por fungos e bactérias, foram acrescidos ao meio 10 mg L-1 de benomyl e 50 mg L-1 de cloranfenicol após o meio ter sido autoclavado. Os meios de cultura tiveram o pH ajustado para 5,7 ±1 antes de serem autoclavados. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente causalizado, com 4 repetições e 30 anteras por placa. Experimento 1: meio IC suplementado de 2,4-D (0, 1, 2 e 4 mgL-1) e cetina (0, 2, 4 e 8 mgL-1). Experimento 2: meio IC suplementado de cinetina (0, 2, 4 e 8 mgL-1), ácido indol butírico (0; 0,5; 1 e 2 mgL-1) e 2 mgL-1 de 2,4-D. Experimento 3: meio IC suplementado de cinetina (0, 1, 2, 4 e 8 mgL-1), ácido giberélico (0; 2,5; 5; 10 e 20 mgL-1) e 8 mgL-1 de ácido naftalenoacético. Concluiu-se que a presença de fungicida e bactericida adicionados ao meio de cultura reduz consideravelmente a contaminação causada por microorganismos. A combinação entre 2,4-D e cinetina favorece a indução de calos primários. A combinação de concentrações de 8 mgL-1 cetina e AIB a 1 mgL-1 atua favoravelmente na indução de calos. Sugere-se que o GA3 tenha um efeito no aumento da rapidez de crescimento dos calos provenientes de anteras de cafeeiro.
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    Características fenológicas e de produtividade de linhagens das cultivares Catuaí Vermelho e Amarelo de Coffea arabica L. plantadas individualmente ou em combinação
    (Universidade Federal de Lavras, 2003) Nogueira, Ângela Maria; Carvalho, Samuel Pereira de; Universidade Federal de Lavras
    O experimento foi instalado na Fazenda Experimental da EPAMIG, em São Sebastião do Paraíso, MG. O objetivo foi avaliar as características de produção, vigor vegetativo e estádio de maturação dos frutos na colheita, de linhagens das cultivares Catuaí Vermelho (IAC 44, IAC 81 e IAC 99) e Catuaí Amarelo (IAC 47, IAC 62 e IAC 86), no período de 1994 a 1999, plantadas individualmente e em diferentes combinações. O experimento foi instalado obedecendo o delineamento experimental de blocos ao acaso, no esquema de parcelas subdivididas no tempo, com três repetições, parcelas constituídas de oito covas com uma planta por cova, adotando o sistema de manejo usualmente empregado na região, no espaçamento de 3,50 m entre linhas x 1,00 m entre covas. As linhagens foram agrupadas por cultivar e plantadas individualmente e em combinações nas proporções de 33% e 50%. Na análise estatística foi considerado o teste de Duncan a 1% e 5% de probabilidades, para comparação de médias. Houve efeito das com das combinações de cultivares sobre a produtividade e o vigor vegetativo. Cultivares de Catuaí plantadas em combinações demonstram maior produtividade e vigor quando comparadas ao plantio individual. A linhagem IAC 44, de Catuaí Vermelho combinada com IAC 81 e a linhagem de Catuaí IAC 81 na proporção de 50% de cada apresentaram uma maior produtividade quando comparadas com a IAC 44 plantada individualmente. Em se tratando de Catuaí Amarelo, a linhagem IAC 47 em combinação com a IAC 62, apresentou também maior produtividade quando comparadas com IAC 47 individualmente na proporção de 50%. Não há efeito das combinações de linhagens de Catuaí sobre os estádios de maturação dos frutos na colheita.
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    Adaptabilidade e estabilidade de progênies de cafeeiro Icatu
    (Universidade Federal de Lavras, 2004) Tavares, Luiza Vasconcelos; Mendes, Antônio Nazareno Guimarães; Universidade Federal de Lavras
    Avaliar a adaptabilidade e estabilidade de progênies de cafeeiro (Coffea arabica L.) é uma etapa importante anterior à recomendação das mesmas aos cafeicultores. Com este intuito, realizou-se este trabalho, para progênies da cultivar Icatu no sul de Minas Gerais, sendo avaliada a produtividade de grãos em sacas de 60 Kg/há/biênio. Os experimentos foram instalados em Machado e São Sebastião do Paraíso, em estações experimentais da EPAMIG. A interação progênies x biênios x locais teve efeito significativo, justificando a utilização de metodologias de estabilidade fenotípica para classificar as progênies. Foram utilizados dados de 14 progênies de cafeeiro em 12 ambientes, considerando-se cada biênio em cada local como um ambiente. As metodologias utilizadas foram: Eberhart e Russel (1966), que utiliza o coeficiente de regressão e o desvio de regressão como parâmetros para avaliação da adaptabilidade e estabilidade das progênies; Lin e Binns (1988), que avalia o desempenho de cada progênie em relação à resposta máxima e cada ambiente; Annicchiarico (1992), que estima o risco de adoção de determinada progênie e AMMI, que analisa os efeitos aditivos de progênies e ambientes na análise de variância e o efeito multiplicativo da interação na análise de componentes principais. Houve coerência de resultados entre as metodologias. As progênies Icatu IAC-4040-181, Icatu IAC-4040-315, Icatu IAC-4042-114, Icatu IAC-4042-222 e Icatu IAC-4045-47 se destacaram como as mais promissoras em termos de adaptabilidade e estabilidade, assim como em potencial produtivo (produtividades entre 53, 68 e 59,35 sacas de 60 Kg/há/biênio). Por outro lado, as progênies Catuaí IAC-44 e Mundo Novo IAC-379-19, dentro do grupo em estudo, foram classificadas como as mais instáveis.
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    Análise de cultivares do cafeeiro (Coffea arabica L.) por meio de características morfológicas e agronômicas
    (Universidade Federal de Lavras, 2002) Adão, Walter Antônio; Carvalho, Samuel Pereira de; Universidade Federal de Lavras
    As cultivares comerciais de Coffea arabica que existem à disposição dos cafeicultores vêm sendo trabalhadas de forma sistemática pelo programa de melhoramento genético do cafeeiro em Minas Gerais, visando obter seleções mais avançadas com características ainda mais favoráveis. Este trabalho teve o objetivo de analisar, por meio de caracteres morfológicos e agronômicos, 42 cultivares elites do cafeeiro (Coffea arabica L.) em um experimento instalado em 1998 na área experimental da Universidade Federal de Lavras - UFLA. O delineamento experimental foi de blocos casualizados, no esquema de látice retangular 6x7, com sete plantas por parcela e três repetições. Os dados foram obtidos nos anos de 2000 e 2001 e foram avaliadas 12 características. Realizou-se a análise de variância univariada dos dados obtidos, observando-se diferenças significativas entre as cultivares pelo teste F. Para comparação das médias, aplicou-se ao teste de Skott Knott. As progênies de Topázio, Rubi, Catuaí e Catucaí mostraram-se de maturação tardia, porém, uniforme. A progênie Topázio MG-1189 mostrou-se a de maturação mais uniforme, com 72,6% de frutos cereja, 17,8% passa, 3,2% secos, 4,2% verde cana, 2,1% verde. A correlação entre as características evidenciou que a seleção de plantas mais produtivas pode ser feita por meio do vigor vegetativo. Medidas de similaridade e dissimilaridade genética foram obtidas pelo método das distâncias generalizadas de Mahalanobis. A maior distância encontrada (91,76) foi entre Acaiá x Catuaí e Mundo Novo LCPG 388-17-1, sendo as mais divergentes geneticamente. A menor distância (2,67) foi entre Catuaí Amarelo IAC 62-110 e Catuaí Vermelho IAC 15, sendo as mais similares. Utilizou-se o método de otimização de Tocher para o agrupamento baseado na matriz de Mahalanobis. Observou-se a formação de cinco grupos de similaridade, agrupando coerentemente as progênies.