Teses e Dissertações

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    Manejo de plantas adventícias em cafezal e seu efeito sobre ácaros fitófagos e predadores
    (Universidade Federal de Lavras, 2013-02-26) Abreu, Fernanda Aparecia; Carvalho, César Freire
    O Brasil é o maior produtor mundial de café e o segundo maior consumidor. Entre as pragas que afetam essa cultura estão os ácaros-pragas, entre eles o ácaro-vermelho-do-cafeeiro Oligonychus ilicis (McGregor) (Tetranychidae), o ácaro da mancha-anular Brevipalpus phoenicis (Geijskes) (Tenuipalpidae) e o ácaro branco Polyphagotarsonemus latus (Banks) (Tarsonemidae). São conhecidos também ácaros predadores que são benéficos para a cultura, sendo os principais aqueles pertencentes ao Phytoseiidae. O manejo das plantas adventícias nas entrelinhas do cafeeiro pode auxiliar na regulação da população dos artrópodes-praga, por meio da redução da população da praga favorecendo o aumento da população de predadores. A precipitação pluvial também pode ser um dos fatores naturais importantes na regulação das populações de pragas. Objetiva-se avaliar o efeito de práticas de manejo das plantas adventícias sobre populações de ácaros-praga e predadores em cafeeiro e o efeito da precipitação pluvial ao longo do ano sobre a ocorrência das principais espécies de ácaros-praga e predadores. O experimento foi realizado na Fazenda Experimental da EPAMIG- São Sebastião do Paraíso - MG, de janeiro de 2011 a junho de 2012. Os tratamentos foram: 1- Herbicida de pré-emergência, 2- Herbicida de pós-emergência, 3- Capina manual, 4- Roçadeira, 5- Grade, 6- Enxada rotativa e 7- Testemunha - Sem capina. As parcelas foram constituídas por quatro linhas (50 plantas/linha), área útil composta por duas linhas centrais e 40 plantas/linha, totalizando 80 plantas. Mensalmente foram coletadas 25 folhas da região mediana do cafeeiro e amostras de plantas adventícias de folha larga e estreita por parcela, e transportadas ao laboratório, para extração dos ácaros e identificação. Constatou-se que as plantas adventícias em especial as de folhas largas, embora possam ser hospedeiras de ácaros-praga, também hospedam ácaros predadores também na seca ou em período de chuva, sendo importante a manutenção dessas plantas nas entrelinhas dos cafeeiros, proporcionando abrigo e alimento aos ácaros predadores, contribuindo para a sua permanência nas proximidades das lavouras de café. Durante os meses chuvosos foi observada uma maior ocorrência de ácaros predadores no manejo sem capina e uma baixa densidade de ácaros fitófagos, o que não ocorreu durante os meses secos, além de que nesses meses as plantas adventícias competem também por água e nutrientes com a cultura, sendo assim recomendado manter essas plantas na entrelinha do cafeeiro apenas no período chuvoso e logo após retirá-las, deixando o cafeeiro no limpo.
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    Ácaros do cafeeiro em Minas Gerais com chave de identificação
    (Universidade Federal de Viçosa, 2008) Marchetti, Marla Maria; Pallini, Angelo; Universidade Federal de Viçosa
    O Estado de Minas Gerais é o maior produtor de café (Coffea arabica) do Brasil. Nas regiões cafeeiras do Cerrado (Patrocínio), no Sul de Minas Gerais (Machado) e na Zona da Mata mineira (Viçosa) no Estado de Minas Gerais, Brasil, foi estudado a fauna acarina sobre folhas do cafeeiro. Essa cultura incluiu ácaros fitófagos, predadores e de hábitos alimentares variados e ainda desconhecidos. Este estudo teve por objetivo conhecer a diversidade de espécies de ácaros associados ao cafeeiro e elaborar uma chave dicotômica ilustrada unificando as informações já existentes na literatura com os dados obtidos em campo, detalhando e produzindo informações que facilitem a identificação das espécies. Dez plantas de cada área foram escolhidas e avaliadas no período de 2006 e 2007. Foram coletadas 12 folhas/planta, totalizando 120 folhas por área. Foram encontrados 213 espécimes de ácaros pertencentes a 14 famílias, 22 gêneros e 30 diferentes espécies. As espécies encontradas neste estudo foram Amblyseius acalyphus, Amblyseius compositus, Amblyseius neochiapensis, Amblyseius herbicolus, Amblyseius operculatus, Amblyseius saopaulus, Euseius citrifolius, Iphiseiodes zuluagai, (Phytoseiidae); Homeopronematus sp., Metapronematus sp. (Iolinidae); Agistemus pallinii, Agistemus brasiliensis e Zetzellia malvinae (Stigmaeidae); Cheletomimus sp., Cheletacarus sp. (Cheyletidae); Dactyloscirus sp., Armascirus sp. (Cunaxidae); Brevipalpus phoenicis (Tenuipalpidae); Oligonychus yothersi, Oligonychus ilicis (Tetranychidae); Neotropacarus sp. (Acaridae); Schevtchenkella sp. (Eriophyidae); Fungitarsonemus sp., Tarsonemus sp. (Tarsonemidae); Oripoda sp. (Oripodidae); Scheloribates praeincisus, Hemileus sp. (Scheloribatidae); Lorryia formosa e Lorryia sp. (Tydeidae). Os resultados apontam uma grande diversidade de ácaros, sendo que as espécies A. pallinii, A. acalyphus, A. operculatus, A. neochiapensis, A. saopaulus, O. yothersi, S. praeincisus e os gêneros Cheletacarus sp. Hemileus sp. Metapronemaus sp. Neotropacarus sp., Oripoda sp. Schevtchenkella sp. são relatadas pela primeira vez na cultura cafeeira no Estado de Minas Gerais.