Teses e Dissertações

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    Desempenho técnico-econômico de sistemas intercalares do feijoeiro-comum em lavouras de café (Coffea arabica) adensado
    (Universidade Federal de Lavras, 2005-03-04) Carvalho, Abner José de; Andrade, Messias José Bastos de
    Visando estudar o efeito do número de linhas e da dose de adubação do feijoeiro no desempenho agronômico e econômico do cultivo intercalar da leguminosa com o cafeeiro, foram conduzidos três experimentos de campo na universidade federal de lavras, em um latossolo vermelho distroférrico típico. O delineamento experimental foi blocos ao acaso com três repetições e esquema fatorial 4x4 + 1, envolvendo quatro números de linhas do feijoeiro intercalar e quatro doses de adubação da leguminosa, mais um tratamento adicional (o monocultivo do cafeeiro ou do feijoeiro). O experimento foi conduzido em lavouras comerciais das cv. Catucaí recém-plantada, topázio em formação e acaiá recepado. A cultivar de feijoeiro foi a ‘brs-mg-talismã'. No feijoeiro foram avaliados os estandes inicial e final, a altura de plantas e o rendimento de grãos com seus componentes primários (número de vagens por planta, número de grãos por vagem e peso médio de cem grãos). No cafeeiro recém-plantado as características avaliadas foram a emissão de pares de folhas e os incrementos na altura de plantas e no diâmetro do caule, verificados entre a semeadura e a colheita do feijoeiro, além da mortalidade dos cafeeiros. Nos cafeeiros em formação e recepados foram avaliados a emissão de nós e o incremento no comprimento dos ramos ortotrópicos, plagiotrópicos e no diâmetro do caule. Para a análise econômica foi empregada a teoria de custos de produção, utilizando dados coletados durante a condução dos ensaios, na literatura e no mercado regional. Os resultados permitem concluir que o aumento do número de linhas de feijoeiro aumenta o rendimento de grãos da leguminosa, a receita e o lucro proporcionado pelo feijão, além de reduzir o custo de formação do cafeeiro e, por conseqüência, eleva o percentual de cobertura dos custos operacionais e totais de formação ou renovação do cafeeiro pelo lucro obtido com o cultivo intercalar do feijoeiro, independentemente do tipo de lavoura. O plantio de três e duas linhas intercalares de feijoeiro, respectivamente, em cafezal recém-plantado no espaçamento de 3m entre linhas e em cafezal em formação ou renovação no espaçamento de 2m entre, linhas são os números de linhas intercalares com melhor retorno econômico dos sistemas de cultivo intercalar estudados, sem grandes prejuízos ao desenvolvimento do cafeeiro. O aumento da adubação do feijoeiro, por outro lado, aumenta o custo de produção sem aumento significativo do rendimento de grãos e, consequentemente, da receita, este resultado, entretanto, deve ser interpretado com cuidado, pois, mesmo que a adubação da cultura intercalar não traga maiores rendimentos de feijão, pode evitar prejuízos no desenvolvimento e nas primeiras produções do cafeeiro.
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    Avaliação do processo de convergência da produtividade da terra na agricultura brasileira no período de 1960 a 2001
    (Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - Universidade de São Paulo, 2004-11) Lopes, Janete Leige; Bacha, Carlos José Caetano
    Este trabalho analisou o comportamento da produtividade da terra na agricultura brasileira, avaliando se há ou não convergência na evolução dessa variável. A análise compreende o período de 1960 a 2001 e alguns sub-períodos desses 42 anos, mais precisamente, os sub-períodos de 1970 a 2001, 1975 a 2001 e 1980 a 2001. A convergência é um processo em que uma mesma variável (por exemplo, renda per capita, produtividade da terra) apresenta diferentes valores entre países, regiões ou estados, mas essa diferença se reduz ao longo do tempo, indicando que a desigualdade diminui. As razões para haver o processo de convergência são várias, destacando-se as mudanças estruturais no processo de produção, a difusão tecnológica, a retirada de obstáculos ao crescimento da produção, dentre outras. A ocorrência da convergência da produtividade torna mais homogênea, do ponto de vista da modernidade, a agricultura do país. Para atingir o objetivo proposto na tese, desenvolveu-se um modelo teórico sobre convergência da produtividade da terra, tomando como base o modelo de Barro e Sala-i-Martin (1990). Quatro indicadores de convergência foram testados, os quais são: convergência- β absoluta, convergência σ , grupos de convergência e convergência- β condicional. Os dados utilizados referem-se às produtividades das culturas de algodão herbáceo, arroz, batata-inglesa, café, cana-de-açúcar, feijão, fumo, laranja, mandioca, milho e soja, coletados no Anuário Estatístico do Brasil. Inicialmente, testou-se a presença de convergência- β absoluta para as onze culturas supracitadas. Apenas seis culturas apresentaram essa convergência (café, cana-de-açúcar, fumo, laranja, mandioca e soja). Para as mesmas onze culturas foi testada a presença de convergência- σ e apenas a cultura da soja a apresentou para todos os sub-períodos analisados e as culturas da laranja e mandioca para o período de 1960 a 2001. Isto não invalida o resultado da convergência- β absoluta, pois a literatura mostra que se houver convergência σ , necessariamente haverá convergência- β absoluta, mas não o inverso. Para as culturas de algodão-herbáceo, arroz, batata-inglesa, feijão e milho foi testada a presença de grupos de convergência, diagnosticando-os para as culturas do algodão-herbáceo, batata-inglesa e feijão a convergência- β absoluta para os estados com maior produtividade. Finalmente, para a cinco culturas que não apresentaram convergência- β absoluta, testou- se a presença de convergência- β condicional, usando como variáveis explicativas a produtividade inicial da cultura, a deficiência hídrica e o capital humano. Bons resultados econométricos foram obtidos para a convergência- β condicional da produtividade do algodão-herbáceo, da batata-inglesa e do feijão. No entanto, não se obteve resultados satisfatórios para as culturas do arroz e do milho. A partir desses resultados, o trabalho sugere algumas medidas de política econômica capazes de melhorar a convergência da produtividade da terra na agricultura brasileira, em especial para as culturas do arroz e do milho. Isto permitiria uma modernidade mais homogênea na agricultura nacional.
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    Competitividade da produção do café arábica em Minas Gerais e São Paulo
    (Universidade Federal de Viçosa, 2006-12-19) Moss, Sara Rezende; Santos, Maurinho Luiz dos
    Este estudo objetivou analisar a eficiência e a competitividade da produção de café arábica nos Estados de Minas Gerais e São Paulo, no período de 1990 a 2001. A competitividade nesses Estados é avaliada com base nos sistemas de produção estudados, que apesar da grande proximidade geográfica se mostraram diferentes no que diz respeito à estrutura de custos e aos níveis de produtividade. Dentre os fatores que motivaram essa análise, destacam-se a perda de posição no mercado mundial, a importância relativa do café para a pauta de exportação brasileira e para a geração de emprego e renda nacional. Portanto, a análise desses dois sistemas pode direcionar políticas que visem tornar a produção mais eficiente, aumentando a competitividade brasileira no mercado internacional e contribuindo para a conquista de novas parcelas de mercado. A teoria utilizada neste trabalho está fundamentada nos conceitos econômicos relacionados com lucratividade, custos sociais e privados de fatores, competitividade de sistemas de produção e política comercial. Os princípios analíticos desses conceitos foram baseados na Teoria da Firma e na Teoria do Comércio Internacional. O instrumental utilizado nesta análise foi a Matriz de Análise Política (MAP), e os dados secundários foram obtidos de diversas instituições, como Agrianual, de publicações do Instituto de Economia Aplicada e de uma cooperativa de cafeicultores do sul de Minas Gerais. O período analisado foi escolhido pelo fato de ser uma década repleta de acontecimentos importantes para a atividade cafeeira, como a liberalização do mercado em 1990, a implantação do Plano Real, em 1994, e a posterior desvalorização cambial, em 1999. Pelos resultados obtidos, conclui-se que o Estado de Minas Gerais é mais eficiente e competitivo, nos dois primeiros quadriênios estudados, apesar de ser mais penalizado pelas políticas públicas adotadas para o setor cafeeiro. Com relação ao Plano Real, conclui-se que este trouxe efeitos positivos para as duas regiões, já que houve aumento das receitas e lucratividades nos dois Estados, apesar do aumento das transferências financeiras dos produtores para a sociedade. Nota-se uma mudança de cenário após a desvalorização cambial, com o Estado de São Paulo se tornando mais eficiente e competitivo, comparativamente a Minas Gerais. Essa mudança de cenário pode ter sido conseqüência da crise cafeeira em 1998, quando a oferta superou a demanda e os preços caíram, ou da implantação da Lei Complementar no. 87 (Lei Kandir), quando o ICMS sobre insumos e bens de capital e os encargos sociais sobre folha de pagamento ficaram responsáveis por onerar os custos produtivos, sendo suas valorações estipuladas diferentemente em cada localidade. Assim, pode-se dizer que Minas Gerais necessita de maior revisão nos seu sistema tributário, se comparado a São Paulo, e que São Paulo precisa de mais incentivo à produção, para aumento de produtividade e lucratividade e, consequentemente, eficiência e competitividade, se comparado a Minas Gerais. Medidas estas que devem ser tomadas pelo governo.