Teses e Dissertações

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    Agricultura de montanha: qualidade dos solos em sistemas agroflorestais sintrópicos
    (Universidade Federal de Viçosa, 2020-11-04) Figueiredo, Luana de Pádua Soares e; Fernandes, Raphael Bragança Alves; Cardoso, Irene Maria
    Os Sistemas Agroflorestais (SAFs) têm se destacado como uma estratégia na produção sustentável nos agroecossistemas tropicais, em especial quando associado à agricultura de montanha, e apresentando impactos positivos na conservação dessas áreas. Estudos sobre a qualidade do solo em SAFs são comuns, mas poucos são aqueles dedicados aos SAFS sob agricultura sintrópica. Diante do exposto, este estudo objetivou promover a sistematização de uma experiência de transição agroecológica para SAFs sintrópicos em uma propriedade de agricultura familiar localizada no entorno de uma Unidade de Conservação em área montanhosa e avaliar a qualidade dos seus solos. A cultura principal da propriedade é o cafeeiro, com produção voltada para um produto de maior qualidade. Especificamente objetivou i) compreender o contexto local, o histórico do uso e ocupação de uma propriedade rural, e o processo de transição agroecológica vivenciado; ii) identificar as espécies manejadas na propriedade nos diferentes sistemas sintrópicos conduzidos e suas funções para os agricultores; iii) identificar elementos orientadores para o uso da terra em regiões montanhosas; e iv) avaliar a qualidade física e química dos solos sob diferentes tipos de uso e manejo em ambientes montanhosos. Os tratamentos avaliados foram seis áreas de diferentes usos: três cafezais conduzidos em SAFs sintrópicos, com 4 anos (BIO 1), 3 anos (BIO 2) e 2 meses (BIO 3) de implantação; vegetação nativa (MATA) da Mata Atlântica; pastagem (PAST) e uma outra área vizinha de café convencional a pleno sol (CONV). Durante as visitas e por ocasião da sistematização, foram utilizadas a observação participante e conversas informais seguidas de anotações e relatorias, bem como a linha do tempo e a caminhada transversal, essas duas últimas técnicas de pesquisas do Diagnóstico Rural Participativo (DRP). A avaliação de indicadores físicos e químicos do solo foi conduzida por métodos de laboratório e campo. Para avaliar a qualidade física foram realizadas coletas amostras de solo na camada de 0 a 10 cm de profundidade para a avaliação da densidade do solo, macroporosidade e microporosidade, porosidade total, condutividade hidráulica e estabilidade de agregados. A resistência mecânica do solo à penetração (RP) foi avaliada até 40 cm de profundidade, com umidade e temperatura do solo sendo registrada de 10 em 10 cm de profundidade. As análises químicas de rotina foram realizadas em amostras de solo coletadas de 0 a 10 cm de profundidade. O carbono orgânico total (COT) e o estoque de carbono do solo foram avaliados até a 40 cm de profundidade. Os resultados indicaram que a transição agroecológica conduzida sob manejo sintrópico apresenta potencial para promover a conservação ambiental no entorno de Unidades de Conservação, proporcionando condições adequadas para a manutenção e o bem-estar da família dos agricultores, e aumentando a diversidade de espécies manejadas. Essa biodiversidade manejada pelos agricultores foi caracterizada pela presença de 19 espécies nos SAFs, em sua maioria com a finalidade de incremento do aporte de matéria orgânica para o solo. As áreas de SAFs sintrópicos mais antigas (BIO 1 e BIO 2) apresentaram maiores teores de matéria orgânica, maior estoque de carbono, e melhores indicadores químicos de fertilidade (saturação por bases, Ca, Mg e Al). Nessas mesmas áreas verificaram-se menor densidade do solo, maior volume de macroporos, e menor resistência do solo à penetração quando comparados às áreas CONV e PAST. Os resultados indicam o potencial do manejo agroflorestal sintrópico para a conservação de ambientes de montanhas que, associado com a produção de café de qualidade, são diferenciais ambientais e econômicos favoráveis para pequenos agricultores dessas regiões. Palavras-chave: Agricultura sintrópica. Física do solo. Transição agroecológica. Agricultura regenerativa. Coffea arabica.
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    Cultivos consorciados de cafeeiro arábica: caracterização morfológica, fisiológica e nutricional
    (Universidade Federal do Espírito Santo, 2018-04-27) Olivas, Dionicio Belisario Luis; Tomaz, Marcelo Antonio
    Objetivou-se nesta pesquisa caracterizar a morfologia, fisiologia e nutrição do cafeeiro arábica (Coffea arabica L.) sob três sistemas de condução: monocultivo, consorciado com bananeira e consorciado com bananeira e palmeira juçara. O estudo foi desenvolvido na localidade de Lagoa Seca, município de Alegre-ES, em lavoura de cafeeiro arábica, cultivar Catuaí Vermelho IAC 44. As variáveis analisadas no experimento formam: a) atributos físicos e químicos do solo; b) características morfológicas (arquitetura de copa, morfologia e partição de biomassa de ramos plagiotrópicos, razão de rendimento, produtividade e tamanho dos grãos); c) características fisiológicas (concentração de clorofilas e trocas gasosas); e d) características nutricionais (teores de macro e micronutrientes em folhas, ramos e frutos e conteúdo de nutrientes por compartimento do ramo plagiotrópico) do cafeeiro. Foi possível verificar que o solo cultivado com cafeeiro em condições de monocultivo apresentou melhores características químicas (pH, P, K, Ca, Mg, SB, t, V e m). As plantas em monocultivo alocaram mais massa seca e nutrientes nos grãos; apresentaram maiores teores foliares para P, K, Ca, S, Cu e Zn; foram mais eficientes no uso de água (A/gs; A/E); e foram mais produtivas. Nos sistemas consorciados, as plantas de cafeeiro expuseram maior diâmetro de copa; maior alocação de massa seca e nutrientes nas folhas e caules dos ramos plagiotrópicos; exibiram maior proporção de grãos graúdos (peneira 16 acima); apresentaram maior condutância estomática; exibiram maiores teores foliares para Mg e Fe; alocaram mais nutrientes nas folhas e caules.
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    Leguminosas e plantas espontâneas em sistemas agroecológicos de produção de café
    (Universidade Federal de Viçosa, 2006-02-21) Souto, Renata Lúcia; Cardoso, Irene Maria
    A agricultura familiar é predominante na Zona da Mata de Minas Gerais, e a utilização das terras se dá principalmente com a utilização de pastagem e do café, quase sempre consorciados com culturas de subsistência. A disponibilidade de nutrientes em sistemas agroecológicos é um dos fatores mais limitantes para a produção, principalmente em se tratando de áreas declivosas, cujo solo, em geral, tem menor fertilidade natural, como é o caso da Zona da Mata de Minas Gerais. A manutenção da ciclagem de nutrientes nestes ambientes se faz necessária, tanto do ponto de vista nutricional para a cultura em questão, em especial o café, como para fins de recuperação e conservação ambientais, como redução da erosão e incremento da biodiversidade. Dentro de uma proposta agroecológica de geração de renda e qualidade de vida, torna-se imprescindível o uso de práticas que valorizem o conhecimento local e a preservação da diversidade de espécies nas propriedades, dentre elas a vegetação espontânea. Este trabalho teve como objetivos identificar o uso e o manejo das espécies espontâneas pelos agricultores familiares da Zona da Mata de Minas Gerais, em sistemas de produção agroecológica, com enfoque nas áreas de cultivo de café; investigar a produção de biomassa, a velocidade de decomposição e a composição química e bioquímica das leguminosas Crotalaria spectabilis, Lablab purpureus, Cajanus cajan e de um conjunto de plantas espontâneas, em dois municípios com diferentes condições edafoclimáticas (Araponga e Pedra Dourada); e aprofundar a dinâmica de mineralização de C e N das leguminosas Crotalaria spectabilis, Lablab purpureus, Cajanus cajan e de um conjunto de plantas espontâneas, e as relações com a taxa de decomposição e a qualidade destes materiais vegetais nos dois municípios. Para isto, agricultores foram entrevistados e suas propriedades foram visitadas. Informações foram também coletadas durante encontros com os agricultores. Dezesseis espécies de plantas espontâneas apareceram como as mais comuns na lavoura de café. Quinze são utilizadas como cobertura do solo, duas como medicinal, três como alimento humano e uma como melífera. Uma única espécie pode ter mais de uma utilização pelo agricultor. Em relação às condições de fertilidade do solo, três são encontradas em solos com alta fertilidade, nove em fertilidade média, e quatro em fertilidade baixa. No que diz respeito à importância na nutrição do café, cinco têm muita importância, quatro têm importância média, e sete têm pouca importância. Das seis espécies que os agricultores deixam crescer nas áreas de cultivo, cinco delas têm importância para a nutrição do café, levando a crer que estas plantas cumprem um papel importante na ciclagem de nutrientes. L. purpureus apresentou menor produção de matéria seca (1,82 kg/ha) em Araponga, local com maior altitude, e os outros adubos não diferiram entre si e foram superiores à L. purpureus. Já em Pedra Dourada, todos os valores foram semelhantes. Em relação à composição química, os valores mais altos de N, em kg/ha, foram para C. cajan, que foi superior à L. purpureus, C. spectabilis e espontâneas. Os valores de P, K, Ca e Mg não diferiram entre todos os adubos verdes. C. spectabilis apresentou maior teor de nutrientes e L. purpureus, menor. Quanto à facilidade de decomposição, todas as leguminosas apresentaram-se com tendências semelhantes, à exceção de L. purpureus em Araponga, que se decompôs mais facilmente. Este material, por sua vez, possui relação PP/N maior, com o favorecimento, então, da decomposição em curto prazo. Pode-se concluir que as plantas espontâneas apresentaram-se com resultados semelhantes às leguminosas para composição química. Em geral, as taxas de decomposição foram maiores em menor altitude e em adubos com relação C/N, LG/PP, PP/N e (LG+PP)/N menores. Os maiores teores de C-CO 2 acumulados foram encontrados para C. cajan, e os menores para as espontâneas, este último podendo estar associado à maiores taxas de hemicelulose destas espécies. Os valores totais de C-CO2 foram maiores numa maior altitude. Em relação à dinâmica de N, houve predomínio de mineralização de N. Os maiores valores de N total mineralizado foram encontrados para C. cajan, em ambas as localidades, e os menores valores para espontâneas. Os valores em geral foram maiores em Pedra Dourada que em Araponga, diferença esta que pode ser atribuída às diferenças edafoclimáticas. O comportamento das espontâneas foi distinto das leguminosas, mas de relevância em médio prazo, em um sistema agroecológico que valorize a diversidade e o incremento da ciclagem de nutrientes. Pode-se concluir que o agricultor utiliza e maneja as espécies espontâneas com o fim de proteção do solo, ciclagem de nutrientes, alimento ou medicinal. Além disso, essas plantas podem ser boas indicadoras de qualidade do solo. É necessário valorizar e reconhecer o uso das plantas espontâneas e estudá-las, como alternativas para uma agricultura mais sustentável. É importante que haja interação de diferentes adubos verdes, combinando velocidade de decomposição às necessidades da cultura principal e aos objetivos do agricultor. Conclui-se também que a mineralização de C é influenciada pela relação lignina/polifenóis, e a mineralização de N pelo teor de polifenóis e pelas relações C/N, LG/N, PP/N e (LG+PP)/N.
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    Período de consorciação de lablabe e feijão-de-porco com cafeeiros e trapoeraba
    (Universidade Federal de Viçosa, 2013-06-21) Cardoso, Rosileyde Gonçalves Siqueira; Santos, Ricardo Henrique Silva
    A elevada demanda de nitrogênio pelos cafeeiros e a infestação de plantas daninhas, que competem por água, luz e nutrientes, são fatores limitantes para o sucesso da produção orgânica da cultura, visto que os adubos permitidos neste sistema apresentam baixa concentração de N e a limitação do uso de herbicidas. Como estratégia nutricional tem-se o uso de adubos verdes, mas torna-se necessário a sincronia entre a mineralização do nutriente e a demanda da cultura. O conhecimento sobre a taxa de decomposição e mineralização de nutrientes dos adubos verdes possibilita tal sincronia. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de adubação orgânica, espécies e períodos de consorciação dos adubos verdes sobre a nutrição, o crescimento e a produtividade de cafeeiros; avaliar o crescimento, a decomposição e a mineralização de nitrogênio de duas espécies de adubos verdes, consorciadas com cafeeiros por três períodos diferentes e determinar o efeito de espécies de adubo verde e períodos de consorciação sobre o acúmulo de massa em trapoeraba e sobre o crescimento e a produtividade inicial de cafeeiros cultivados em vasos. Os experimentos foram conduzidos na Horta Velha e na área da Agroecologia, no Vale da Agronomia, na UFV, em Viçosa, MG, durante o período de outubro de 2007 a maio de 2011. O experimento 1, de campo, foi instalado em esquema fatorial (2x4) com parcela subdividida e a subparcela constituída pela adubação, o delineamento foi em blocos casualizados com cinco repetições, sendo dois consórcios com cafeeiros (café+feijão-de-porco e café+lablabe), quatro períodos de consorciação com as leguminosas (30, 60, 90 e 120 dias após a semeadura da leguminosa) e um tratamento adicional (sem leguminosa). O experimento 2, de decomposição, foi instalado em esquema fatorial (2x3) com parcela subdividida e a subparcela formada pelas datas de coleta (0, 3, 7, 12, 18, 25, 32, 40 e 60 dias após o corte da leguminosa - DACL) em delineamento em blocos casualizados com quatro repetições. O experimento 3, de vaso, foi instalado em esquema fatorial (5x4)+1, com cinco consórcios entre cafeeiros e três diferentes espécies (café+feijão-de-porco; café+lablabe; café+trapoeraba; café+feijão-de-porco+trapoeraba e café+lablabe+trapoeraba) e quatro períodos de consorciação (30, 50, 70 e 90 dias após a semeadura das espécies) e um tratamento adicional (testemunha absoluta, sem adubos verdes e trapoeraba), em delineamento inteiramente casualizado, com quatro repetições. Cada parcela experimental constou de um vaso, com uma planta de café. No experimento 1, o feijão-de-porco superou a lablabe na produção de massa fresca, seca, concentração e acúmulo de N; o aumento do período de consorciação entre leguminosas e cafeeiros influenciou a altura e o número de nós das plantas de café; não houve efeito de adubação, independente das leguminosas e com a adubação de 50%, o consórcio com lablabe resultou em maior altura dos cafeeiros; a consorciação com o lablabe resultou em maior diâmetro de copa dos cafeeiros em 2010 e maior diâmetro acumulado nos dois anos avaliados; houve aumento nas concentrações foliares de N do final do ciclo reprodutivo (150 DAS) em relação ao início do ciclo (30 DAS), em todas as épocas de consórcio; as leguminosas supriram as necessidades nutricionais exigidas na colheita do café adubado com 50% da dose; o cultivo dos adubos verdes feijão-de- porco e lablabe consorciados ao cafeeiro não prejudicou o rendimento deste e os adubos verdes feijão-de-porco e lablabe complementam a adubação em cafeeiros. No experimento 2, a taxa de decomposição foi menor para ambas as espécies de adubo verde à medida que retardava o corte; a mineralização do nitrogênio do feijão-de-porco é mais lenta à medida que o adubo verde permanece no campo; a mineralização do N foi mais lenta que a decomposição da massa; a mineralização do N do feijão-de-porco foi mais acelerada que na lablabe apenas quando manejados aos 60 DAS, apresentando similaridade aos 90 e 120 DAS e os adubos verdes devem ser plantados tão logo seja possível (início das chuvas) e manejados aos 90 dias após a semeadura. No experimento 3, o nitrogênio acumulado dependeu diretamente da massa seca acumulada; a presença da trapoeraba junto aos adubos verdes lablabe e feijão-de-porco não influenciou o acúmulo de massa seca nos adubos verdes, quando estes foram cultivados em vaso; a trapoeraba foi prejudicada pelo maior acúmulo de massa seca dos adubos verdes; os adubos verdes reduziram a trapoeraba e a lablabe apresentou-se mais efetiva nessa redução que o feijão-de-porco; o aumento do período de consorciação com a trapoeraba e os adubos verdes lablabe e feijão-de-porco, quer estejam sozinhos ou associados, reduziram o ganho no crescimento inicial dos cafeeiros em condições de vaso e na primeira colheita realizada não foi detectado efeito da espécie ou do período de consorciação.