Teses e Dissertações

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    Fauna de Ichneumonidae (Hymenoptera: Ichneumonoidea) em um agroecossistema cafeeiro no estado de São Paulo
    (Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2012-12-17) Fernandes, Daniell Rodrigo Rodrigues; Perioto, Nelson Wanderley
    O objetivo deste trabalho foi estudar a fauna de Ichneumonidae (Hymenoptera: Ichneumonoidea) em um agroecossistema cafeeiro localizado em Cravinhos, SP, Brasil, identificar as espécies encontradas, analisar a diversidade, sazonalidade e os métodos de amostragem. A amostragem foi realizada semanalmente entre maio de 2005 e abril de 2007 com armadilhas de Moericke e luminosa modelo Jermy. As armadilhas de Moericke foram fixadas em estacas de madeira próximas aos terços inferior e médio da planta e permaneceram ativas por 48 horas/semana; foram estabelecidos 20 pontos de amostragem em um ha e, em cada ponto, instalados três conjuntos de armadilhas, distantes entre si por um metro. As armadilhas luminosas foram fixadas de forma que sua cobertura ficasse na altura do dossel das plantas; foram instaladas duas armadilhas em um talhão de um ha, ativas por dois períodos de 12 horas/semana. Foram obtidos 1803 exemplares de Ichneumonidae, de 62 gêneros e 109 espécies, dentre as quais 37 nominais e 72 morfoespécies, distribuídas em 16 subfamílias. As espécies mais abundantes foram Lissonota sp. (Banchinae), Ophion flavidus Brullé, 1846 (Ophioninae), Mesostenus alvarengae Porter, 1973 (Cryptinae), Thymebatis sp. 1 (Ichneumoninae), Netelia sp. (Tryphoninae), Pimpla sp. (Pimplinae), Eiphosoma laphygmae Costa Lima, 1953 (Cremastinae) e Syzeuctus sp. (Banchinae), com 578, 318, 102, 97, 87, 66, 52 e 49 exemplares capturados, respectivamente. O índice de diversidade de Margalef foi de 14,41, o de Shannon de 2,81 e o de Pielou 0,60. Foram coletados 1243 (68,9% do total) exemplares com armadilhas Moericke e 560 (31,1%) com armadilha luminosa. A diversidade de espécies de Ichneumonidae encontrada foi maior na armadilha Moericke em relação à luminosa; para grupos de hábito norturno ocorreu o inverso. As armadilhas Moericke instaladas no terço inferior e no terço médio das plantas não diferiram quanto à diversidade de Ichneumonidae capturada. Na primavera foi obsevada maior diversidade de Ichneumonidae (70 espécies), seguida pelo outono (50), verão (49) e inverno (43), essa última com menor número de espécies compartilhadas com outras estações e menor número de espécies exclusivas; o outono e o verão apresentaram faunas similares e 14 espécies ocorreram nas quatro estações do ano. O agroecossistema estudado apresentou alta diversidade de ichneumonídeos, a despeito de ser uma monocultura.
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    Abelhas visitantes florais e produção de frutos e sementes em café convencional
    (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, 2013-09-25) Silva, Marcela Ferraz e; Pérez-Maluf, Raquel
    Nos últimos anos vem crescendo a necessidade de pesquisas para o conhecimento das relações entre abelhas e plantas comercialmente exploradas. Estudos realizados em cafezais concluíram que as inflorescências quando submetidas aos visitantes florais produziam mais frutos e com peso médio superior quando comparados a plantas ensacadas. Com o objetivo de avaliar a diversidade de abelhas na cultura de café convencional e seu papel na produção de frutos e sementes do mesmo, um experimento foi conduzido em uma fazenda da região Sudoeste da Bahia, na região produtora de café da Barra do Choça, Fazenda Santa Celina, onde encontra-se um cafezal a pleno sol, durante a florada (outubro e novembro) de 2012. A lavoura é de Coffea arabica, variedade Catuaí, cultivada no espaçamento 4 x 1,5m, irrigada por gotejamento. No período de florescimento as abelhas coletadas foram identificadas e tiveram seu corpo analisado quanto ao grão de pólen encontrado e determinação da origem botânica. Foi avaliada a influência da visitação das abelhas na produção de frutos e sementes do café, e para isso foram realizados testes em ramos isolados com tecido voil e livres, dois ramos em cada planta, sendo um com polinização livre e o outro ensacado (50 plantas diferentes, totalizando 100 ramos). Além de 216 ninhos-armadilha que foram instalados na área para avaliar a ocorrência de nidificação de abelhas solitárias. Foram coletadas 186 espécimes de abelhas sobre as flores de café, com uma riqueza de cinco espécies, considerando os dois períodos de floração. Sendo 145 (78%) correspondente Apis mellifera ; 32 (17%) Trigona spinipes e as outras 9 (5%) corresponderam Schwarziana quadripunctata ; Paratrigona sp. e uma espécie da tribo Halictini. Do total de A. mellifera coletadas, aproximadamente 57% estavam transportando pólen e T. spinipes 35%. No tratamento polinização livre houve uma maior quantidade de frutos em relação ao tratamento ensacado. Não houve diferença significativa entre os tratamentos quanto ao peso médio dos frutos, quanto ao peso médio das sementes úmidas e das sementes secas. Foram encontrados 15 ninhos fundados por abelhas solitárias nos ninhos-armadilha instalados, entretanto nenhuma destas espécies foi coletada visitando as flores do café. Apis mellifera foi a abelha mais frequente nas flores do cafeeiro, coletando tanto néctar quanto pólen, podendo ser considerada agente polinizadora efetiva da cultura em questão. A baixa diversidade de abelhas encontrada pode estar associada ao fato de se tratar de uma cultura distante de alguma mata nativa.
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    Diversidade de himenópteros parasitoides em cultivo orgânico de café (Coffea arabica L.) e a influência de um fragmento florestal
    (Universidade Federal de Lavras, 2010-02-08) Ferreira, Fabrício Zelesnikar; Silveira, Luis Cláudio Paterno
    Um dos métodos alternativos mais eficientes para o controle das pragas em cafeicultura orgânica é o controle biológico por meio de inimigos naturais, dentre os quais se destacam os parasitoides da ordem Hymenoptera. Devido à importância desse grupo, este trabalho foi realizado com o objetivo de conhecer a diversidade de famílias de himenópteros parasitoides em cafezais cultivados sob o sistema orgânico, no município de Santo Antônio do Amparo, MG, bem como estudar a influência de um fragmento de mata nativa sobre a composição da comunidade de parasitoides. As coletas foram realizadas mensalmente, entre os meses de fevereiro e junho de 2009, em dois talhões de café e um fragmento florestal, utilizando-se armadilhas do tipo Moericke expostas por 72 horas no campo. Foi coletado, nas três áreas amostradas, um total de 8.025 himenópteros parasitoides, distribuídos em 10 superfamílias e 27 famílias. As famílias mais frequentemente amostradas no cafezal foram Encyrtidae (14,22%), Diapriidae (13,54%), Ceraphronidae (10,77%), Platygastridae (9,94%), Braconidae (8,86%), Figitidae (8,70%) e Scelionidae (7,87%), representando 73,90% do total de táxons observados. As famílias mais abundantes na mata foram Platygastridae, Diapriidae, Aphelinidae e Ichneumonidae com, respectivamente, 21,95%, 12,25%, 11,69% e 11,28% do total de parasitoides coletados. Mais de 42% dos indivíduos coletados na cultura pertencem às famílias Bethylidae, Braconidae, Chalcididae, Diapriidae, Eulophidae, Figitidae, Monomachidae e Pteromalidae, e estas mesmas famílias foram encontradas no fragmento, indicando que existe potencial para que várias espécies importantes no controle biológico das pragas do café estejam presentes. Foram encontradas as famílias Eucharitidae, Perilampidae e Trigonalidae, pouco coletadas em estudos faunísticos desta natureza. Foi observada também diferença significativa na abundância média das famílias Bethylidae, Eulophidae, Ceraphronidae e Mymaridae, sendo maior estatisticamente no talhão próximo ao fragmento. Várias famílias de parasitoides não relacionadas a pragas do cafeeiro também foram encontradas nos talhões, indicando que as áreas de café orgânico estudadas são importantes na conservação de espécies de himenópteros parasitoides.
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    Ácaros do cafeeiro em Minas Gerais com chave de identificação
    (Universidade Federal de Viçosa, 2008) Marchetti, Marla Maria; Pallini, Angelo; Universidade Federal de Viçosa
    O Estado de Minas Gerais é o maior produtor de café (Coffea arabica) do Brasil. Nas regiões cafeeiras do Cerrado (Patrocínio), no Sul de Minas Gerais (Machado) e na Zona da Mata mineira (Viçosa) no Estado de Minas Gerais, Brasil, foi estudado a fauna acarina sobre folhas do cafeeiro. Essa cultura incluiu ácaros fitófagos, predadores e de hábitos alimentares variados e ainda desconhecidos. Este estudo teve por objetivo conhecer a diversidade de espécies de ácaros associados ao cafeeiro e elaborar uma chave dicotômica ilustrada unificando as informações já existentes na literatura com os dados obtidos em campo, detalhando e produzindo informações que facilitem a identificação das espécies. Dez plantas de cada área foram escolhidas e avaliadas no período de 2006 e 2007. Foram coletadas 12 folhas/planta, totalizando 120 folhas por área. Foram encontrados 213 espécimes de ácaros pertencentes a 14 famílias, 22 gêneros e 30 diferentes espécies. As espécies encontradas neste estudo foram Amblyseius acalyphus, Amblyseius compositus, Amblyseius neochiapensis, Amblyseius herbicolus, Amblyseius operculatus, Amblyseius saopaulus, Euseius citrifolius, Iphiseiodes zuluagai, (Phytoseiidae); Homeopronematus sp., Metapronematus sp. (Iolinidae); Agistemus pallinii, Agistemus brasiliensis e Zetzellia malvinae (Stigmaeidae); Cheletomimus sp., Cheletacarus sp. (Cheyletidae); Dactyloscirus sp., Armascirus sp. (Cunaxidae); Brevipalpus phoenicis (Tenuipalpidae); Oligonychus yothersi, Oligonychus ilicis (Tetranychidae); Neotropacarus sp. (Acaridae); Schevtchenkella sp. (Eriophyidae); Fungitarsonemus sp., Tarsonemus sp. (Tarsonemidae); Oripoda sp. (Oripodidae); Scheloribates praeincisus, Hemileus sp. (Scheloribatidae); Lorryia formosa e Lorryia sp. (Tydeidae). Os resultados apontam uma grande diversidade de ácaros, sendo que as espécies A. pallinii, A. acalyphus, A. operculatus, A. neochiapensis, A. saopaulus, O. yothersi, S. praeincisus e os gêneros Cheletacarus sp. Hemileus sp. Metapronemaus sp. Neotropacarus sp., Oripoda sp. Schevtchenkella sp. são relatadas pela primeira vez na cultura cafeeira no Estado de Minas Gerais.