Teses e Dissertações

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    Compostos bioativos, atividade antioxidante e antiproliferativa de duas cultivares de café arábica (Coffea arabica L.)
    (Universidade Federal do Espírito Santo, 2017-12-20) Xavier, Mirieli Bernardes; Batitucci, Maria do Carmo P.
    O café é a segunda bebida mais consumida no mundo e tem o Brasil como o principal produtor e exportador em nível mundial. O Espírito Santo é o segundo maior produtor de café do país e grande parte de sua economia é voltada para o comércio deste fruto. O café arábica (Coffea arabica L.) é o que possui maior valor comercial e por isso, é a espécie mais exportada atualmente. Além de seu valor comercial, o café também é conhecido por possuir propriedades farmacológicas, que são reforçados pelos relatos da presença de constituintes químicos com atividade antioxidante. Com base nisto, o presente estudo avaliou os extratos etanólicos de duas cultivares de café arábica, “Catuaí vermelho IAC 99” e “Catucaí amarelo 2SL”, em diferentes níveis de processamento pós-colheita de forma a quantificar os marcadores trigonelina e ácido clorogênico, por CLAE; verificar os teores totais de taninos e flavonoides; analisar a atividade antiproliferativa pelo método do MTT, com células saudáveis (linfócitos humanos) e tumorais (Sarcoma 180), e, também, avaliar a atividade antioxidante dos extratos por meio de quatro diferentes métodos: ABTS· + , DPPH, FRAP e Atividade quelante do ferro (Fe 2+ ), de maneira a identificar o extrato com melhor desempenho, a fim de orientar a melhor condição para consumo e demonstrar as possíveis influências do seu processamento sobre suas características químicas. Os resultados sugerem que a amostra do café Catucaí amarelo seco e pilado (CASP) possui a melhor atividade antioxidante entre todas as amostras avaliadas, mas de modo geral, as amostras secas e piladas apresentaram o melhor desempenho, sugerindo ser a melhor forma de comsumo, no que se refere ao aproveitamento máximo de seus compostos bioativos. A classe de compostos mais correlacionada com a atividade antioxidante foi a dos taninos, entretanto, não se pode descartar a ação dos flavonoides e ácidos clorogênicos. Os processos de torra se mostraram prejudiciais para a qualidade da bebida, no que tange à disponibilidade de compostos bioativos, os dois níveis de torra determinaram perdas sucessivas de compostos bioativos e, consequentemente, da atividade antioxidante. Os testes do MTT em células saudáveis indicaram que as amostras atuaram como mitógenos, entretanto a amostra Catuaí vermelho cereja imaturo (CVCI) obteve o maior percentual de atividade proliferativa, não sendo possível atestar o responsável por este efeito. Em células tumorais, foi observada morte celular em todas as condições avaliadas, onde foi encontrada correlação com a presença de ácido clorogênico e trigonelina, inferindo que a presença destes compostos dificulta a morte celular.
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    Efeitos da ingestão de diferentes tipos de bebidas energéticas no exercício de corrida
    (Universidade Federal de Viçosa, 2017-09-29) Reis, Hamilton Henrique Teixeira; Marins, João Carlos Bouzas
    A cafeína é um componente comum na dieta de muitos atletas e praticantes de atividade física, estando presente em alguns alimentos, tais como no chocolate, refrigerantes, bebidas energéticas, café, ou na forma de suplementos alimentares. Essa substância tem sido utilizada como um possível recurso ergogênico nutricional, sendo consumida normalmente de forma aguda, previamente à realização de exercícios físicos com o objetivo de retardar a fadiga e aprimorar o desempenho. Recentemente, uma das formas mais comuns da ingestão de cafeína é através das bebidas energéticas, que contém em sua composição, além da cafeína, substâncias que agem de maneira sinérgica, como a taurina, carboidratos, aminoácidos, vitaminas e minerais, que podem estar associados com a melhora no desempenho físico. A maioria das bebidas energéticas comercializadas apresenta carboidratos em sua composição, o que pode levar a um desequilíbrio nutricional, acarretando um aumento no peso corporal. Sendo assim, como forma de atenuar esse efeito, as bebidas energéticas com característica sugar free surgem como uma opção viável para promover a manutenção do peso corporal e atingir um mesmo desempenho físico quando comparado à bebida energética convencional. Esta dissertação é composta por dois artigos. O primeiro estudo teve como objetivo verificar e comparar o efeito do consumo agudo de cafeína, presente em diferentes tipos de bebidas energéticas sobre o desempenho físico aeróbico, variáveis metabólicas e padrões subjetivos em homens, corredores de resistência. Já no segundo estudo, o objetivo foi verificar e comparar o efeito das e entre bebidas experimentais, sobre o balanço hídrico-eletrolítico. Ambos os estudos, foram duplo cego e crossover randomizado. Foram selecionados 12 homens, corredores de resistência [23 ± 2,6 anos, 177 ± 3,4 cm, 74,4 ± 5,5 kg, VO 2max = 59,8 ± 5,5 ml.(kg.min) -1 ]. Os avaliados ingeriram, 40 minutos antes da sessão de exercício, quantidade correspondente a 3 mg.kg.PC -1 de cafeína presente na bebida energética convencional (BE1) e sugar free (BE2) e um placebo (PL) carboidratado e não cafeinado, sendo as sessões separadas por 7 dias e em ambiente termoneutro (22,81 ± 0,78 °C / 58,08 ± 1,52% UR). Em cada situação experimental a duração da sessão de exercício foi de 60 minutos, divididos em 5 minutos de aquecimento a uma intensidade de 55% do VO 2max , 55 minutos emxi intensidade entre 65 e 75% do VO 2max , seguidos por um sprint correspondendo a 100% do VO 2max . Para a análise estatística dos dados relacionados ao artigo 1, após a verificação da normalidade pelo teste de Shapiro-Wilk, foi realizada a técnica do Anova Two Way para medidas repetidas com correção de Bonferroni, para a comparação das variáveis dependentes, em especial à distância e o tempo de duração do sprint nas variáveis em cada uma das BE e; 2) Anova Two Way para medidas repetidas com correção de Bonferroni objetivando verificar a interação entre os diferentes tratamentos vs momentos inter bebidas. Já para o artigo 2, a técnica estatística empregada após a verificação da normalidade dos dados, feita pelo teste de Shapiro-Wilk, foi utilizado o Teste t para a verificação dos momentos pré e pós exercício das variáveis relacionadas ao balanço hídrico e estado de hidratação e a técnica do Anova Two Way com correção de Bonferroni para medidas repetidas objetivando verificar a interação entre os diferentes tratamentos vs momentos para a verificação da resposta das análises bioquímicas. bioquímicas. Os principais resultados do primeiro artigo apontam que, o desempenho físico, avaliado pelo tempo em que os avaliados conseguiram se manter no sprint, foi melhor para as bebidas energéticas sendo de 212,1 ± 70,0 segundos (BE1); 211,8 ± 53,2 segundos (BE2) e; 171,5 ± 47,5 segundos (PL). Isto representou uma melhora de 19,80% para a BE1 e 19,04% para a BE2 frente ao placebo, de forma que foi significativa esta diferença comparadas com o placebo (p=0,004 BE1 e p=0,001 BE2). Também foi registrado um menor índice de percepção de esforço (p<0,05) em ambas as bebidas comparadas ao PL. A BE1 aumentou a pressão arterial sistólica (p<0,05) e lactato (p<0,05) durante o exercício quando comparada ao placebo. Comparando com o placebo, a BE2 apresentou valores de quociente respiratório menores nos momentos 0-5 minutos (p<0,001) e 40-45 minutos (p<0,001). Não foi verificada nenhuma diferença nos demais parâmetros na comparação entre as bebidas energéticas (p>0,05). Como conclusão, para uma melhora de desempenho de forma aguda, consumir a BE1 ou BE2 contendo cafeína corresponde uma estratégia ergogênica válida, aprimorando o desempenho com redução da sensação geral de esforço. Os principais resultados do segundo artigo evidenciam que as bebidas experimentais contendo cafeína, não tiveram impacto no equilíbrio hídrico mineral, confirmando assim a teoria que a cafeína não possui efeito diurético. O peso corporal sofreu decréscimo em todos os protocolos, mas sem alteração significativa (p>0,05). Não houve diferença significativa (p>0,05) entre as bebidas nos níveis de Na + , K + e hematócrito, mantendo-se dentro dos níveis de normalidade. Em ambos estudos nãoxii foram registrados nenhum efeito ergolítico derivado do consumo das BE, indicando assim ser seguro seu consumo dentro da dosagem adotada. Pode-se concluir que diferentes tipos de BE com cafeína e taurina, contendo ou não carboidratos, não afetam o balanço hidro-eletrolítico de corredores de resistência ao longo de um exercício em ambiente termoneutro.