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    Respostas morfofisiológicas e produtivas do cafeeiro submetido a diferentes épocas e métodos de colheita no Cerrado Mineiro
    (Universidade Federal de Viçosa, 2020-09-19) Bordin, Bárbara Cristina de Melo; Ronchi, Cláudio Pagotto
    A colheita é uma operação complexa e importante na lavoura cafeeira e que pode ser considerada um fator de estresse à planta. Objetivou-se neste trabalho quantificar as respostas morfofisiológicas e produtivas do cafeeiro submetido a diferentes épocas e métodos de colheita na Região do Cerrado Mineiro. Foram conduzidos dois experimentos, ambos em lavouras comerciais da cultivar Catuaí Amarelo IAC 62. O primeiro experimento foi realizado em uma lavoura de terceira safra sendo testadas as épocas de colheita precoce, adequada e tardia, definidas com base na porcentagem de frutos no estádio verde, cereja e passa/seco, respectivamente. O segundo experimento foi conduzido em uma lavoura de primeira colheita, e, além das épocas de colheita, foram testados os métodos de colheita manual e mecanizado. Foi possível constatar que colheitas realizadas tardiamente, tanto em lavouras de 1a ou 3a safras (lavouras novas), resultaram em menor volume de café por planta na mesma safra e também na safra do ano seguinte. Frutos colhidos próximos à colheita tardia apresentaram menor massa de matéria seca nas sementes e acréscimo no pergaminho em comparação àqueles colhidos próximos as épocas de colheita precoce e adequada. Com a facilidade no desprendimento dos frutos, a colheita tardia ocasionou menor desprendimento de folhas e quebra de ramos no momento da colheita. No entanto, o intervalo entre a colheita e a florada foi curto, o que concorreu para o atraso no desenvolvimento das estruturas florais e para queda da quantidade em relação às plantas que foram colhidas precocemente. Plantas colhidas tardiamente apresentaram, na estação de crescimento seguinte, maior número de nós nos ramos ortotrópico e plagiotrópico, além de maior área foliar. Na safra seguinte, plantas que foram colhidas tardiamente apresentaram menor volume de café por planta, queda no percentual de peneiras 18/17, melhor rendimento, mas queda significativa na produtividade total (árvore + chão). Colheitas precoces penalizaram parcialmente o rendimento e renda na safra seguinte, no entanto, permitiram que as plantas reequilibrassem precocemente, com reflexos positivos no florescimento e, consequentemente, na produtividade da safra seguinte. Em função das colheitas precoces realizadas em 2018, colheitas também precoces realizadas em 2019 apresentaram produtividade 67% superior às colheitas realizadas tardiamente, em ano considerado de safra baixa. Apesar da colheita manual causar menos danos (desprendimento de folhas equebra de ramos) e apresentar plantas com maior área foliar, não houve diferença entre os métodos na produtividade total da lavoura em 2019. Os resultados indicaram, que o fruto de café como um todo (mas não a semente) parece manter a atividade de órgão- dreno nos estágios finais da maturação. Colheita tardia atrasa o aparecimento das gemas e reduz fortemente o número de frutos por roseta em comparação a colheitas precoces ou adequadas. Colheitas precoce ou na época adequada, em lavouras jovens de safra alta, resultam em maiores produtividades na safra seguinte se compradas à colheita tardia. Os danos às plantas de café foram maiores no método de colheita manual em comparação ao mecanizado. A produtividade da safra seguinte não foi afetada pelos métodos de colheita empregados no ano anterior em lavouras de primeira safra. Palavras-chave: Coffea arabica. Crescimento. Fisiologia da produção. Relação fonte: dreno.