Teses e Dissertações

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    Incidência de fungos do gênero Aspergillus seção Circumdati e Nigri em grãos de café cultivados em Minas Gerais e o efeito in vitro de fatores abióticos no crescimento e na biossíntese de ocratoxina A
    (Universidade Federal de Lavras, 2016-06-02) Oliveira, Gislaine; Batista, Luís Roberto
    Os fatores abióticos que mais influenciam o crescimento e a biossíntese de ocratoxina A (OTA) em fungos são a temperatura e a atividade de água (aw). Nesse sentido, esse estudo foi realizado com o objetivo de avaliar a incidência de fungos do gênero Aspergillus Seção Circumdati e Nigri em grãos de café cultivados em duas regiões produtoras de Minas Gerais, além de avaliar o efeito in vitro de dois fatores abióticos (temperatura e aw) no crescimento e na biossíntese de OTA por A. carbonarius e A. ochraceus em meio de cultura sintético à base de café. Foram analisadas 14 amostras de grãos de café arábica (Coffea arabica L.), sendo sete da região Sul de Minas e sete da região do Cerrado de Minas. A identificação foi realizada com base nas características morfológicas. A quantificação de OTA dos isolados foi realizada por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). Foram isolados e identificados 90 fungos do gênero Aspergillus Seção Circumdati e Nigri, dos quais 82% eram pertencentes à Seção Nigri e 18%, pertencentes à Seção Circumdati. Na região Sul de Minas, a porcentagem de contaminação dos grãos de café por fungos filamentosos foi de 65,5%. A porcentagem de contaminação das amostras do Cerrado foi de 34,5%. Nas duas regiões avaliadas, a espécie encontrada com maior frequência foi A. niger. Neste estudo, 43,24% dos isolados pertencentes à Seção Nigri foram produtores de OTA. Dos isolados pertencentes à Seção Circumdati, 81,25% foram produtores de OTA. Para avaliar o efeito dos fatores abióticos, foi utilizado um delineamento central composto. Os isolados produtores de OTA foram cultivados em meio de cultura sintético à base de café. Os isolados de A. carbonarius apresentaram o maior crescimento nos intervalos de aw entre 0,935 a 0,965 e temperatura entre 25 °C a 32 °C. Do mesmo modo, as condições ótimas de crescimento para os isolados de A. ochraceus ocorreram nos intervalos de aw, entre 0,940 a 0,990 e temperatura entre 21 °C a 30 °C. A maior quantidade de OTA produzida por A. carbonarius CCDCA10288 e CCDCA10293 (19,7-15,7 μg/g respectivamente) foi obtida em aw de 0,99 e temperatura entre 15 °C a 25 °C. Verificou-se uma tendência para maior produção de OTA por A. ochraceus CCDCA10211 e CCDCA10212 (8.9-7,9 μg/g, respectivamente) em aw entre 0,98 a 0,99 e temperatura entre 25 °C a 35 °C e 22 °C a 32 °C, respectivamente. Essas informações demonstram que o crescimento e a produção de OTA estão relacionados com a aw e a temperatura. O efeito destes fatores sobre a produção de OTA pode contribuir para o desenvolvimento de modelos que simulem cenários climáticos, proporcionando estratégias de adaptação.
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    Biocontrole in vitro de fungos toxigênicos utilizando leveduras isoladas do café e cacau
    (Universidade Federal de Lavras, 2014-02-27) Souza, Mariana Lino de; Silva e Batista, Cristina Ferreira
    Produtos agrícolas, com expressão para a economia brasileira, como frutos, grãos de café, uvas, dentre outros podem ser contaminados por fungos filamentosos produtores de Ocratoxina A (OTA) desde a lavoura até o armazenamento. Essa micotoxina é considerada uma das mais prejudiciais para a saúde humana devido a sua toxicidade. O uso excessivo de fungicidas e os riscos à saúde humana têm levado a pesquisas sobre formas alternativas como o controle biológico. Neste contexto, objetivou-se avaliar o potencial antagônico de 32 cepas de leveduras pertencentes aos gêneros Debaryomyces, Pichia e Saccharomyces, isoladas de frutos do café e do cacau, em cocultivo com Aspergillus ochraceus e A. carbonarius. As leveduras foram inoculadas (10 4 e 10 7 células/mL) com três isolados de fungos filamentosos, A. carbonarius (isolado 2 e 8CSP3-25), isolados da uva e A. ochraceus (SCM 1.9), isolado do café (10 5 esporos/mL). Realizou-se avaliação do crescimento micelial e contagem de esporos, ambos em meio MEA, e produção de OTA, meios CYA e YES, em 0,98, 0,96 e 0,94 de a w, através da Cromatografia de Camada Delgada (CCD), sendo todas os fatores avaliados após 7 dias de incubação a 28 °C. As leveduras em ambas as concentrações (10 4 e 10 7 células/mL) apresentaram maior efeito inibitório (53% em relação ao controle) do crescimento micelial para o isolado de A.ochraceus. Em relação à produção de esporos, Aspergillus carbonarius 2 apresentou 38% de produção de esporos superior quando comparado com o isolado A. carbonarius 8CSP 3-25. Leveduras do gênero Pichia apresentaram maior efeito inibitório na produção de esporos. Em relação à inibição da produção da OTA, Debaryomyces hansenii UFLA CF693 coincidiu entre os três isolados de Aspergillus. Sendo que a maior inibição da produção de OTA ocorreu nos meios com 0,94 de a w . Concluiu-se que leveduras em cocultivo com fungos filamentosos são capazes de inibir o crescimento micelial, produção de esporos e de OTA, e assim potencialmente diminuir a disseminação destes fungos no processamento de qualquer tipo de produto agrícola e consequentemente a contaminação dos alimentos com micotoxinas, como a Ocratoxina A.
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    Efeito de diferentes pontos de torração e tipos de granulometria na concentração de ocratoxina “A” em grãos de café
    (Universidade Federal de Lavras, 2012-02-24) Oliveira, Gislaine; Batista, Luís Roberto
    A perda de controle ao longo da cadeia produtiva pode causar alterações indesejáveis nas características dos grãos, permitindo a contaminação por fungos filamentosos e toxigênicos. O estudo foi realizado em condições controladas, tendo como objetivo avaliar o efeito de diferentes pontos de torração e tipos de granulometria na concentração de ocratoxina A em grãos de café torrado e moído, para obter uma bebida de café filtrado seguindo os padrões da ABIC. Foram utilizados grãos de café (Coffea arabica L.) classificados como bebida dura, obtidos da Cooperativa Agrícola Alto Rio Grande no município de Lavras, MG. O isolamento dos fungos foi realizado pela Técnica de Plaqueamento Direto em meio dicloran rosa de bengala cloranfenicol (DRBC). Os fungos isolados foram purificados e identificados em meios de cultura e temperatura padronizados. O potencial ocratoxigênico dos isolados foi determinado pelo método Plug Agar. A inoculação dos grãos de café com Aspergillus ochraceus foi realizada utilizando-se uma suspensão de esporos de 107 UFC/ml. As amostras foram torradas em três pontos diferentes de torração (clara, média e escura) e moídas em três tipos diferentes de granulometria (fina, média e grossa). A quantificação de OTA nos grãos de café cru contaminado e grãos de café torrado e moído foi realizada pelo método de cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC). Dos grãos analisados no plaqueamento direto, 97% encontravam-se contaminados com fungos. Destes, 83% foram identificados como pertencentes à Seção Circumdati e 14% como fungos pertencentes à Seção Nigri. Dos 35 isolados testados, 57% foram produtores de OTA, sendo todos identificados como Aspergillus ochraceus. Os resultados revelaram que a OTA foi detectada em 100% das amostras, com concentrações variando de 108,327 μg/kg a 3,059 μg/kg. Em todos os tratamentos foi possível observar uma diferença significativa nos valores residuais de OTA. Tratamentos com granulometria grossa apresentaram menor valor residual de OTA. A interação torração escura com qualquer tipo de granulometria estudada foi a que apresentou os menores valores médios de concentração de OTA, sendo a combinação torração escura e granulometria grossa o tratamento com menor concentração da toxina com 3,060 μg/kg. Esta amostra continha, em média, 2,83% de OTA residual, obtendo uma redução de 97,17% de OTA. A torração média sofreu maior influência dos diferentes tipos de granulometria, uma vez que apresentou maior diferença entre a estimativa das médias da granulometria fina com a grossa. Os resultados deste estudo demonstram que não apenas a torração, mas a torração e a granulometria são importantes na concentração residual de OTA em grãos de café torrado e moído.
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    Biodiversidade, fungos ocratoxigênicos e ocratoxina A em grãos de café (Coffea arabica L.) de cultivo convencional e orgânico
    (Universidade Federal de Lavras, 2010-11-24) Rezende, Elisângela de Fátima; Batista, Luís Roberto
    Os frutos e grãos de café podem ser contaminados por fungos filamentosos produtores de ocratoxina A desde a lavoura até o armazenamento. A ocratoxina A é a micotoxina mais estudada em grãos e produtos derivados do café devido à sua toxicidade a seres humanos, e é produzida principalmente por fungos dos gêneros Aspergillus e Penicillium. Este estudo teve como objetivo avaliar a incidência de ocratoxina A e fungos produtores desta micotoxina em grãos de café de cultivo convencional e orgânico e caracterizar as espécies de fungos toxigênicos que podem colocar em risco o café produzido no sul de Minas Gerais. Foram analisadas 30 amostras de grãos de café de cultivo convencional (20) e orgânico (10) do sul de Minas Gerais. O isolamento foi realizado pela Técnica de Plaqueamento Direto em meio Dicloran Rosa de Bengala Cloranfenicol (DRBC). Os fungos isolados foram purificados e identificados com auxílio de manual de identificação. A produção de ocratoxina A por fungos foi determinada pelo método Plug Agar. Análise de ocratoxina A nos grãos de café, por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). Dessas amostras foram isolados 480 fungos filamentosos do gênero Aspergillus Seções Circumdati e Nigri. As espécies ocratoxigênicas identificadas foram Aspergillus auricoumus, A. ochraceus, A. ostianus, A. niger e A. niger Agregado, destes a principal espécie produtora de ocratoxina A foi A. ochraceus em ambos os sistemas de cultivo. A ocratoxina A foi detectada em apenas uma amostra de café orgânico colhido por varrição, com concentração de 1,12 μg/Kg. Baseado nos resultados concluiu que a presença do fungo produtor de ocratoxina A não está relacionada com a presença da toxina no grão. Não teve diferenças quanto à incidência de A. ochraceus produtor de ocratoxina A e nem para a presença da toxina nos grão de café entre os sistemas de cultivo convencional e orgânico.