Teses e Dissertações

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    Atributos ecológicos, edáficos e sócio-econômicos em sistemas agroflorestais com leguminosas em Vila Bela da Santíssima Trindade, MT
    (Instituto de Florestas - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, 2012-02-29) Mendes, Renato Ribeiro; Goi, Silvia Regina
    Os sistemas agroflorestais (SAFs) são agroecossistemas que integram espécies lenhosas perenes (árvores e palmeiras) com cultivos agrícolas, com ou sem a presença de animais, em uma mesma área, para produzir bens e serviços ambientais em bases sustentáveis. Quanto à complexidade desses agroecossistemas, existem desde arranjos que apresentam um reduzido número de componentes e geram poucas interações e produtos, até arranjos mais biodiversos, com alta diversidade e interações sistêmicas complexas. São sistemas tradicionais de manejo que visam o aporte de material orgânico ao solo de forma continua e diversificada e exercem importante papel na reposição dos nutrientes imobilizados na biomassa das plantas. O uso de plantas facilitadoras é determinante na estabilidade e sustentabilidade dos SAFs. Nesse contexto, a compreensão e a quantificação do impacto das práticas de manejo dos componentes da vegetação na qualidade química, física e biológica do solo são importantes no desenvolvimento de sistemas produtivos mais sustentáveis. O estudo foi dividido em três capítulos, onde foram avaliados a diversidade, estrutura e uso da vegetação dos SAFs (Capítulo I); a avaliação do efeito da inclusão de leguminosas fixadoras de nitrogênio nos atributos do solo (Capítulo II); e a demanda de força de trabalho humano em decorrência da adoção do uso de leguminosas no manejo tradicional de SAFs de agricultores quilombolas da comunidade de Boqueirão (Capítulo III). Foi observada uma grande diversidade na vegetação dos SAFs e que a inclusão de leguminosas fixadoras de nitrogênio contribuiu para melhorias na qualidade do solo desses agroecossistemas. O uso de leguminosas favoreceu para o incremento dos atributos químicos estudados, principalmente nos teores de fósforo e potássio; na qualidade física do solo, houve redução da sua densidade; e quanto ao aspecto biológico do solo, houve um aumento na quantidade de minhocas. No manejo operacional dos SAFs, a demanda de força de trabalho foi reduzida com a adoção dessa prática por parte dos agricultores. A introdução de leguminosas fixadoras de nitrogênio permitiu que os agricultores percebessem vários benefícios devido à presença dessas plantas no manejo dos seus sistemas agroflorestais.
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    Período de consorciação de lablabe e feijão-de-porco com cafeeiros e trapoeraba
    (Universidade Federal de Viçosa, 2013-06-21) Cardoso, Rosileyde Gonçalves Siqueira; Santos, Ricardo Henrique Silva
    A elevada demanda de nitrogênio pelos cafeeiros e a infestação de plantas daninhas, que competem por água, luz e nutrientes, são fatores limitantes para o sucesso da produção orgânica da cultura, visto que os adubos permitidos neste sistema apresentam baixa concentração de N e a limitação do uso de herbicidas. Como estratégia nutricional tem-se o uso de adubos verdes, mas torna-se necessário a sincronia entre a mineralização do nutriente e a demanda da cultura. O conhecimento sobre a taxa de decomposição e mineralização de nutrientes dos adubos verdes possibilita tal sincronia. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de adubação orgânica, espécies e períodos de consorciação dos adubos verdes sobre a nutrição, o crescimento e a produtividade de cafeeiros; avaliar o crescimento, a decomposição e a mineralização de nitrogênio de duas espécies de adubos verdes, consorciadas com cafeeiros por três períodos diferentes e determinar o efeito de espécies de adubo verde e períodos de consorciação sobre o acúmulo de massa em trapoeraba e sobre o crescimento e a produtividade inicial de cafeeiros cultivados em vasos. Os experimentos foram conduzidos na Horta Velha e na área da Agroecologia, no Vale da Agronomia, na UFV, em Viçosa, MG, durante o período de outubro de 2007 a maio de 2011. O experimento 1, de campo, foi instalado em esquema fatorial (2x4) com parcela subdividida e a subparcela constituída pela adubação, o delineamento foi em blocos casualizados com cinco repetições, sendo dois consórcios com cafeeiros (café+feijão-de-porco e café+lablabe), quatro períodos de consorciação com as leguminosas (30, 60, 90 e 120 dias após a semeadura da leguminosa) e um tratamento adicional (sem leguminosa). O experimento 2, de decomposição, foi instalado em esquema fatorial (2x3) com parcela subdividida e a subparcela formada pelas datas de coleta (0, 3, 7, 12, 18, 25, 32, 40 e 60 dias após o corte da leguminosa - DACL) em delineamento em blocos casualizados com quatro repetições. O experimento 3, de vaso, foi instalado em esquema fatorial (5x4)+1, com cinco consórcios entre cafeeiros e três diferentes espécies (café+feijão-de-porco; café+lablabe; café+trapoeraba; café+feijão-de-porco+trapoeraba e café+lablabe+trapoeraba) e quatro períodos de consorciação (30, 50, 70 e 90 dias após a semeadura das espécies) e um tratamento adicional (testemunha absoluta, sem adubos verdes e trapoeraba), em delineamento inteiramente casualizado, com quatro repetições. Cada parcela experimental constou de um vaso, com uma planta de café. No experimento 1, o feijão-de-porco superou a lablabe na produção de massa fresca, seca, concentração e acúmulo de N; o aumento do período de consorciação entre leguminosas e cafeeiros influenciou a altura e o número de nós das plantas de café; não houve efeito de adubação, independente das leguminosas e com a adubação de 50%, o consórcio com lablabe resultou em maior altura dos cafeeiros; a consorciação com o lablabe resultou em maior diâmetro de copa dos cafeeiros em 2010 e maior diâmetro acumulado nos dois anos avaliados; houve aumento nas concentrações foliares de N do final do ciclo reprodutivo (150 DAS) em relação ao início do ciclo (30 DAS), em todas as épocas de consórcio; as leguminosas supriram as necessidades nutricionais exigidas na colheita do café adubado com 50% da dose; o cultivo dos adubos verdes feijão-de- porco e lablabe consorciados ao cafeeiro não prejudicou o rendimento deste e os adubos verdes feijão-de-porco e lablabe complementam a adubação em cafeeiros. No experimento 2, a taxa de decomposição foi menor para ambas as espécies de adubo verde à medida que retardava o corte; a mineralização do nitrogênio do feijão-de-porco é mais lenta à medida que o adubo verde permanece no campo; a mineralização do N foi mais lenta que a decomposição da massa; a mineralização do N do feijão-de-porco foi mais acelerada que na lablabe apenas quando manejados aos 60 DAS, apresentando similaridade aos 90 e 120 DAS e os adubos verdes devem ser plantados tão logo seja possível (início das chuvas) e manejados aos 90 dias após a semeadura. No experimento 3, o nitrogênio acumulado dependeu diretamente da massa seca acumulada; a presença da trapoeraba junto aos adubos verdes lablabe e feijão-de-porco não influenciou o acúmulo de massa seca nos adubos verdes, quando estes foram cultivados em vaso; a trapoeraba foi prejudicada pelo maior acúmulo de massa seca dos adubos verdes; os adubos verdes reduziram a trapoeraba e a lablabe apresentou-se mais efetiva nessa redução que o feijão-de-porco; o aumento do período de consorciação com a trapoeraba e os adubos verdes lablabe e feijão-de-porco, quer estejam sozinhos ou associados, reduziram o ganho no crescimento inicial dos cafeeiros em condições de vaso e na primeira colheita realizada não foi detectado efeito da espécie ou do período de consorciação.