Trabalhos de Evento Científico

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    Produção de ocratoxina A em cafés com permanência prolongada solo no Cerrado mineiro e baiano
    (2007) Campos, Rodrigo da Silveira; Freitas-Silva, Otniel; Farias, Antônio Xavier de; Cunha, Flávio Quitério da; Souza, Maria de Lourdes Mendes de; Silva, Bárbara Amorim; Freitas, Sidnéa Cordeiro de; Embrapa - Café
    O Brasil destaca-se na produção e consumo mundial de café. A região do Triângulo Mineiro é conhecido pelo expressivo volume produzido, enquanto a do Cerrado Baiano pela sua qualidade dos grãos. Apesar das exigências cada vez maiores por parte do mercado consumidor, ainda é comum a utilização de cafés de varrição na composição da safra a ser comercializada. O presente trabalho teve por objetivo estudar por um período de 90 dias, frutos de café com permanência prolongada no solo, avaliando a produção de ocratoxina A (OTA), e a dinâmica de umidade e atividade de água nos frutos colhidos periodicamente (a cada 30dias) nas regiões produtoras, que apresentam características edafoclimáticas distintas. Os resultados demonstraram que o teor de umidade e, por conseqüência, a atividade de água dos grãos, variaram de acordo com a região. Após 90 dias, os frutos oriundos do Cerrado Mineiro, foram observados valores de 14,15% e 0,74 para a umidade e atividade de água respectivamente, enquanto os frutos do Cerrado Baiano apresentaram valores de 6,64% e 0,63. Os cafés com permanência prolongada no solo apresentaram contaminação por OTA frutos muito elevada, culminando aos 90 dias com valores médios correspondentes a 49,42 e 30,93µg.Kg-1 de OTA para os frutos das regiões dos Cerrados Mineiro e Baiano, respectivamente. Constatou-se produção de OTA mesmo em grãos com atividade de água baixa, demonstrando que em campo, a complexidade do sistema interfere na dinâmica do desenvolvimento de fungos toxigênicos, e por conseqüência, na produção de OTA.
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    Dinâmica do desenvolvimento de fungos potencialmente produtores de ocratoxina a em frutos de café com permanência prolongada na planta e no solo em Patrocínio - MG
    (2005) Costa, Roberto Alexandre; Freitas-Silva, Otniel; Farias, Antônio Xavier de; Souza, Maria de Lourdes Mendes de; Corrêa, Tânia Barretto Simões; Fraga, Marcelo Elias; Embrapa - Café
    Determinadas práticas culturais predispõem as cerejas e grãos de café ao ataque de microrganismos, ressaltando ainda, a presença de micotoxinas. A ocratoxina A (OTA) tem se destacado como importante risco à segurança alimentar por apresentar evidência de efeitos carcinogênico e neurotóxico, mesmo em baixas concentrações. Para avaliar o efeito do atraso da colheita dos frutos no campo, tanto dos frutos secos no pé quanto dos frutos do tipo varrição, foram montados dois experimentos na fazenda experimental da Epamig em Patrocínio - MG. A contaminação por Aspergillus ochraceus e A. niger nos frutos secos no pé mostrou-se decrescente ao longo do tempo, enquanto que A. flavus apresentou taxas crescentes. Já para os cafés do tipo varrição, a contaminação por A. ochraceus mostrou-se crescente ao longo do tempo enquanto que para os fungos A. niger e A. flavus taxa de contaminação mostrou-se decrescente.
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    Detecção de fungos em café do cerrado de via seca e via úmida pelos meios de cultura BDA e DG18
    (2003) Freitas-Silva, Otniel; Costa, Roberto Alexandre; Corrêa, Tânia Barretto Simões; Farias, Antônio Xavier de; Rocha, Eliane dos Santos; Fraga, Marcelo Elias; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Para avaliar a ocorrência da população fúngica em toda cadeia do café, abrangendo a micobiota externa e mesocarpo dos frutos, além da parte interna dos grãos, foram utilizados os meios de cultura de batata dextrose-ágar (BDA) e DG18. Este estudo foi conduzido na Embrapa Agroindústria de Alimentos, em 174 amostras de cafés de vários tipos, procedentes de processamento via seca e via úmida, além de frutos cerejas colhidas no pé e do café de varrição. As coletas foram realizadas em 24 propriedades durante a safra de 2002 nos Estados de Minas Gerais, Goiás e Bahia, em regiões com características típicas do cerrado brasileiro, além de Rondônia (café robusta). As amostras coletadas foram representativas e o acondicionamento foi em sacos plásticos, sendo posteriormente refrigeradas. As avaliações das amostras de café cereja em relação à comunidade fúngica externa do grão consistiu da observação do crescimento "in vitro" da micobiota presente nos grãos e determinação de atividade de água. As amostras de cereja foram separadas do mesocarpo e imersas em solução de NaOH 0,1N por 10 minutos, para a eliminação da mucilagem, sendo posteriormente imersas em solução de hipoclorito de sódio 1% por cinco minutos, para desinfestação da. Os grãos desinfestados foram plaqueados nos meios BDA e DG18 e incubados a 25°C por sete dias. A avaliação das amostras de café não seco e seco seguiu a mesma metodologia utilizada para as amostras de café cereja, diferindo apenas com relação à retirada do mesocarpo e utilização do NaOH. Os resultados obtidos indicaram menores índices de contaminação fúngica no meio DG 18, para todos os tipos de café, uma vez que este é um meio semi-seletivo para fungos xerofílicos. A contaminação dos grãos referentes aos diferentes processos de beneficiamento mostrou maiores índices para o café do tipo cereja e menores índices para a via seca de beneficiamento, utilizando o meio de cultura BDA. O meio DG18 mostrou pouca variação entre os diferentes processos, tendo o café do tipo varrição apresentado maiores valores de contaminação. Relacionando-se a contaminação fúngica dentro dos estágios de beneficiamento do café pode-se observar comportamentos diferentes dos resultados comparados entre os dois meios de cultura. Na contagem utilizando BDA como substrato foi observada maior contaminação nas amostras retiradas no secador e no lavador, tendo as amostras da tulha e café beneficiado apresentado menor contaminação. As análises utilizando DG18 mostraram maior contaminação nas amostras retiradas após a colheita e no lavador. Enquanto as amostras com menores valores de contaminação foram as mesmas observadas em BDA. Foi observado também uma maior ocorrência de leveduras nos cultivos de café cereja realizados com BDA do que com DG18. A porcentagem de fungos do grupo A. ochraceus foi ligeiramente superior nas amostras de via úmida (3,76%) em relação as de via seca (3,65%).
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    Atividade de água e a microbiota fúngica em frutos de café do cerrado
    (2003) Freitas-Silva, Otniel; Farias, Antônio Xavier de; Costa, Roberto Alexandre; Corrêa, Tânia Barretto Simões; Rocha, Eliane dos Santos; Costa, Patrícia Pimenta da; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Para relacionar o teor de atividade de água presente nos grãos de café e a contaminação fúngica foram avaliadas 174 amostras de café, coletadas em 24 propriedades, nos Estados de Minas Gerais, Goiás e Bahia, em regiões com características típicas do cerrado brasileiro. Foram coletadas amostras de todos os tipos de café disponíveis nos locais de secagem, de beneficiamento, e de armazenagem. Desse modo, foram obtidas amostras de café recém colhido na lavoura (antes do lavador), no lavador, no terreiro, no secador, na tulha e ensacadas. Em cada local de coleta as amostras foram classificadas de acordo com o tipo de café: via seca ou natural, cereja, cereja despolpado, verde, bóia e varrição. Aproximadamente um quilo de cada amostra, foi acondicionado em sacos de papel até o momento da análise. A avaliação da micobiota interna dos grãos foi realizada através da seleção de 100 grãos de cada amostra que, após tratados em solução de hipoclorito de sódio 1% por cinco minutos, para desinfestação da microbiota externa dos grãos, foram transferidos assepticamente para placas de Petri contento Ágar DG18, sendo incubados a 25°C por sete dias. Decorrido tempo de incubação, os grãos que apresentaram colonização fúngica foram quantificados e isoladas as espécies do grupo Aspergillus ochraceus. A atividade de água das amostras foi determinada a partir dos grãos triturados e analisados pelo equipamento NovasinaÔ, modelo Aw Sprint TH-500. Os resultados demonstraram que as amostras de grãos que apresentavam maiores teores de atividade de água também apresentaram maior contaminação fúngica com maior taxa de contaminação por fungos do grupo A. ochraceus. Os cafés processados pela via úmida apresentaram maiores teores de atividade de água e de contaminação quando comparados com os de via seca. Tais teores médios foram 0.667, 0.656 e 0.618 respectivamente, para os cafés de varrição, via seca e via úmida. As amostras de café de varrição, embora com o menor teor de atividade de água apresentaram o maior índice de contaminação nos grãos, possivelmente devido a maior exposição a agentes microbianos do solo. Entretanto, este tipo de café apresentou a menor taxa de contaminação por Aspergillus ochraceus, mostrando ser este fungo um fraco competidor com a micobiota presente no solo ou pouco adaptado para desenvolvimento sob as presentes condições.