Trabalhos de Evento Científico

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    Dinâmica do desenvolvimento de fungos potencialmente produtores de ocratoxina a em frutos de café com permanência prolongada na planta e no solo em Patrocínio - MG
    (2005) Costa, Roberto Alexandre; Freitas-Silva, Otniel; Farias, Antônio Xavier de; Souza, Maria de Lourdes Mendes de; Corrêa, Tânia Barretto Simões; Fraga, Marcelo Elias; Embrapa - Café
    Determinadas práticas culturais predispõem as cerejas e grãos de café ao ataque de microrganismos, ressaltando ainda, a presença de micotoxinas. A ocratoxina A (OTA) tem se destacado como importante risco à segurança alimentar por apresentar evidência de efeitos carcinogênico e neurotóxico, mesmo em baixas concentrações. Para avaliar o efeito do atraso da colheita dos frutos no campo, tanto dos frutos secos no pé quanto dos frutos do tipo varrição, foram montados dois experimentos na fazenda experimental da Epamig em Patrocínio - MG. A contaminação por Aspergillus ochraceus e A. niger nos frutos secos no pé mostrou-se decrescente ao longo do tempo, enquanto que A. flavus apresentou taxas crescentes. Já para os cafés do tipo varrição, a contaminação por A. ochraceus mostrou-se crescente ao longo do tempo enquanto que para os fungos A. niger e A. flavus taxa de contaminação mostrou-se decrescente.
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    Detecção de fungos em café do cerrado de via seca e via úmida pelos meios de cultura BDA e DG18
    (2003) Freitas-Silva, Otniel; Costa, Roberto Alexandre; Corrêa, Tânia Barretto Simões; Farias, Antônio Xavier de; Rocha, Eliane dos Santos; Fraga, Marcelo Elias; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Para avaliar a ocorrência da população fúngica em toda cadeia do café, abrangendo a micobiota externa e mesocarpo dos frutos, além da parte interna dos grãos, foram utilizados os meios de cultura de batata dextrose-ágar (BDA) e DG18. Este estudo foi conduzido na Embrapa Agroindústria de Alimentos, em 174 amostras de cafés de vários tipos, procedentes de processamento via seca e via úmida, além de frutos cerejas colhidas no pé e do café de varrição. As coletas foram realizadas em 24 propriedades durante a safra de 2002 nos Estados de Minas Gerais, Goiás e Bahia, em regiões com características típicas do cerrado brasileiro, além de Rondônia (café robusta). As amostras coletadas foram representativas e o acondicionamento foi em sacos plásticos, sendo posteriormente refrigeradas. As avaliações das amostras de café cereja em relação à comunidade fúngica externa do grão consistiu da observação do crescimento "in vitro" da micobiota presente nos grãos e determinação de atividade de água. As amostras de cereja foram separadas do mesocarpo e imersas em solução de NaOH 0,1N por 10 minutos, para a eliminação da mucilagem, sendo posteriormente imersas em solução de hipoclorito de sódio 1% por cinco minutos, para desinfestação da. Os grãos desinfestados foram plaqueados nos meios BDA e DG18 e incubados a 25°C por sete dias. A avaliação das amostras de café não seco e seco seguiu a mesma metodologia utilizada para as amostras de café cereja, diferindo apenas com relação à retirada do mesocarpo e utilização do NaOH. Os resultados obtidos indicaram menores índices de contaminação fúngica no meio DG 18, para todos os tipos de café, uma vez que este é um meio semi-seletivo para fungos xerofílicos. A contaminação dos grãos referentes aos diferentes processos de beneficiamento mostrou maiores índices para o café do tipo cereja e menores índices para a via seca de beneficiamento, utilizando o meio de cultura BDA. O meio DG18 mostrou pouca variação entre os diferentes processos, tendo o café do tipo varrição apresentado maiores valores de contaminação. Relacionando-se a contaminação fúngica dentro dos estágios de beneficiamento do café pode-se observar comportamentos diferentes dos resultados comparados entre os dois meios de cultura. Na contagem utilizando BDA como substrato foi observada maior contaminação nas amostras retiradas no secador e no lavador, tendo as amostras da tulha e café beneficiado apresentado menor contaminação. As análises utilizando DG18 mostraram maior contaminação nas amostras retiradas após a colheita e no lavador. Enquanto as amostras com menores valores de contaminação foram as mesmas observadas em BDA. Foi observado também uma maior ocorrência de leveduras nos cultivos de café cereja realizados com BDA do que com DG18. A porcentagem de fungos do grupo A. ochraceus foi ligeiramente superior nas amostras de via úmida (3,76%) em relação as de via seca (3,65%).