Trabalhos de Evento Científico

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    Formação de mudas de Coffea arabica L. a partir de sementes produzidas sob diferentes doses de fertilizantes nitrogenados
    (2005) Carvalho, Alex Mendonca de; Rosa, Sttela Dellyzete Veiga Franco da; Nogueira, Francisco Dias; Sandy, Eder Carvalho; Veiga, Adriano Delly; Embrapa - Café
    Para garantir o sucesso da implantação da lavoura cafeeira é primordial a obtenção de mudas vigorosas, as quais, no caso de Coffea arabica L. são produzidas a partir de sementes. Neste estudo, sementes de Coffea arabica L., cultivar Topázio, oriundas de lavoura cafeeira submetida à aplicação de diferentes fontes e doses de adubação nitrogenada e colhidas em dois estádios de maturação foram utilizadas para a obtenção das mudas. De acordo com os resultados, pode-se afirmar que algumas fontes e doses de fertilizante, como também o estádio de maturação do fruto, influenciaram na qualidade das sementes para a formação das mudas, visto que a interação entre os três fatores foi significativa. Pode-se afirmar que as fontes Nitrocálcio, Sulfato de Amônio e Nitrato de Amônio proporcionaram o melhor desempenho fisiológico das mudas em todas as avaliações e o Nitrato de Potássio proporcionou o pior resultado. As sementes no estádio de maturação cereja mostraram-se superiores àquelas do estádio verde cana em todas as combinações de fontes e doses de fertilizantes nitrogenados. Houve interação dupla significativa entre doses e a fonte Sulfato de Amônio, sendo que a dose de 80 Kg/ha se destacou entre as demais. Para as demais fontes de adubação utilizadas, observou-se um decréscimo na qualidade fisiológica das mudas com aumentos nas doses, tanto no estádio cereja como no verde cana.
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    Qualidade fisiológica de sementes de Coffea arabica L. produzidas sob diferentes doses de fertilizantes nitrogenados
    (2005) Veiga, Adriano Delly; Rosa, Sttela Dellyzete Veiga Franco da; Nogueira, Francisco Dias; Carvalho, Alex Mendonca de; Silva, Luiz Hildebrando de Castro e; Embrapa - Café
    Sementes de Coffea arabica L. apresentam baixo potencial de armazenamento o que dificulta a obtenção de mudas em tempo hábil e em época de condições climáticas ideais à implantação da cultura. Um dos fatores que afetam a qualidade fisiológica de sementes é a influência de nutrientes aplicados à cultura durante a fase de maturação. Os resultados obtidos até o momento são poucos e inconsistentes, sendo enfatizados, na maioria dos casos, os efeitos da adubação sobre a produtividade e não sobre a qualidade das sementes. Sabe-se que formas de aplicação de nitrogênio podem afetar a síntese e o acúmulo de componentes químicos, os quais podem afetar o potencial de conservação das sementes. Assim, este trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar os efeitos de diferentes fontes e doses de nitrogênio e do estádio de maturação de sementes de cafeeiro, sobre a sua qualidade fisiológica e capacidade de armazenamento. O delineamento experimental foi inteiramente casualisado, no esquema fatorial 6 x 4 x 2, com seis fontes de adubo nitrogenado (Calcionamida, Nitrato de Potássio, Nitrocálcio, Sulfato de Amônio, Uréia e Nitrato de Amônio), quatro doses de nitrogênio (0, 80 160 e 320 Kg/ha) e sementes colhidas em dois estádios de maturação, verde-cana e cereja. As avaliações de germinação e de vigor foram realizadas após quatro meses de armazenamento. Da análise dos resultados obtidos constatou-se interação tripla significativa entre fontes, doses de nitrogênio e estádio de maturação para todos os parâmetros avaliados. De uma maneira geral, para ambos estádios de maturação, houve um decréscimo na qualidade fisiológica das sementes com aumentos nas doses de nitrogênio aplicadas. Embora as diferentes fontes de nitrogênio tenham causado um efeito diferenciado nos diversos parâmetros de qualidade avaliados, pode-se afirmar que o Nitrato de Potássio proporcionou a produção das sementes de pior qualidade fisiológica e, o Sulfato de Amônio e Nitrocálcio apresentaram uma tendência de proporcionar a produção de sementes de melhor qualidade. O estádio de maturação cereja é o que proporcionou a produção de sementes de melhor qualidade para todas as fontes e doses de nitrogênio.
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    Resposta do cafeeiro à aplicação de zinco e ácido cítrico no solo
    (2005) Silva, Enilson de Barros; Nogueira, Francisco Dias; Guimarães, Paulo Tácito Gontijo; Embrapa - Café
    Com o objetivo de avaliar respostas do cafeeiro quando submetido à adubação com e sem zinco em diferentes doses de ácido cítrico aplicadas via solo, foi instalado um experimento em lavoura de café localizada no Município de Aguanil - Sul de Minas Gerais - no sistema de plantio adensado em um Latossolo Vermelho-Amarelo distrófico em delineamento de blocos casualizados no esquema fatorial 2 x 4, sendo duas doses de zinco (0 e 5 kg ha-1) e quatro doses de ácido cítrico (0; 0,04; 0,4 e 4,0 kg ha-1) com quatro repetições. Foram avaliadas a produção de grãos de café e o teor de Zn no solo (Mehlich 1) na safra de 2001. A produtividade de grãos de café aumentou com as doses de ácido cítrico, atingindo produtividade de máxima de 34,0 sacas ha-1 com a aplicação da dose de 2,7 kg ha-1 igualmente a aplicação de 5 kg ha-1 de Zn com o teor de Zn disponível (Mehlich-1) de 1,5 mg dm-3.
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    Adubação NPK e produção de cafezais adensados na região Sul de Minas Gerais
    (2005) Figueiredo, Felipe Campos; Furtini, Antônio Eduardo; Guimarães, Paulo Tácito Gontijo; Silva, Enilson de Barros; Garcia, Antônio Wander Rafael; Nogueira, Francisco Dias; Guimarães, Maria Juliana C. Lasmar; Botrel, Priscila Pereira; Embrapa - Café
    A maioria dos resultados sobre adubação de cafeeiros sob sistema de plantio adensado não são conclusivos para recomendação de adubação com macronutrientes. O presente trabalho objetivou avaliar a aplicação de doses de N, P2O5 e K2O. O delineamento experimental foi o fatorial fracionado (½)(4) 3 , com espaçamento de 2,0 x 0,75 m (6667 plantas ha-1) nas doses: 100, 250, 400 e 550 kg ha-1 para N e K2O e 0, 60, 120 e 180 kg ha-1 para P2O5 totalizando 32 parcelas em três locais distintos. Os solos foram o ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO distrófico típico (PVAd) dos municípios de Três Pontas e Varginha e o LATOSSOLO VERMELHO distroférrico (LRd), de São Sebastião do Paraíso. As faixas referentes de 100 a 155 kg ha-1 de N, 0 a 8 kg ha-1 de P2O5 e 100 a 150 kg ha-1 K2O comuns aos locais avaliados, possibilitaram a produtividade de no mínimo 76% da máxima produtividade no PVAd de Três Pontas, assim como 95% na mesma classe de solo em Varginha e 88% no LRd de São Sebastião do Paraíso.
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    Uso de alguns fertilizantes recomendáveis em mistura com outros produtos precipitáveis, sob a ação do Biotech ® (agente solubilizador em tubulação de gotejamento), em simulação de fertirrigação para cafezais
    (2005) Figueiredo, Lucas P.; Figueiredo, Felipe Campos; Lima, Luiz Antônio; Guimarães, Maria Juliana C. Lasmar; Guimarães, Paulo Tácito Gontijo; Nogueira, Francisco Dias; Botrel, Priscila Pereira; Embrapa - Café
    Com o objetivo de avaliar a ação do ácido cítrico na prevenção e remoção de entupimentos de tubulação do sistema de fertirrigação, foi conduzido este estudo. Foram utilizados alguns fertilizantes geralmente aplicados via fertirrigação tais como: MAP, sulfato ferroso, cloreto de potássio, super triplo e super simples e produtos com o intuito de causar entupimento nos tubogotejadores: hidróxido de ferro e cloreto de alumínio. A partir destes fertilizantes e produtos foram preparadas soluções com BIOTECH ® (ácido cítrico 10-2 M + complexo enzimático), e armazenadas em reservatórios plásticos opacos (bombonas). O fluxo livre destes produtos sob pressão foi avaliado numa tubulação de polietileno dotada de tubogotejadores com a vazão próxima a 1,6L/h, espaçados de 0,30m. Para cada tratamento utilizou-se um reservatório com misturas de soluções fosfatada, ferruginosa, entre outras combinadas com BIOTECH ®. O fluxo foi cronometrado mediante um temporizador (timer) e válvulas solenóides de baixo custo. As misturas fluíram em tubogotejadores (seis gotejadores) por um período de 34 semanas, simulando irrigações diárias. Semanalmente foram tomadas as vazões das soluções gotejadas, as quais foram avaliadas no final do experimento. O parâmetro avaliado foi a vazão relativa de cada tratamento, permitindo, desta forma, identificarem-se possíveis alterações nas vazões dos tubogotejadores (obstrução total e/ou parcial), resultantes da ação de cada uma das soluções aplicadas. Durante as irrigações pôde-se verificar que as precipitações químicas ocorreram gradualmente, modificando os coeficientes de variação de vazão e as uniformidades de distribuição dos tubogotejadores. Ao final do teste, quando boa parte dos tubogotejadores encontravam-se parcialmente entupidos, avaliou-se a ação do produto BIOTECH ® e MAP nos tratamentos, que não foram eficientes na prevenção de obstrução total de vazão dos tubogotejadores nas doses utilizadas.
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    Adubação NPK, faixas críticas foliares e no solo de cafezais adensados na região Sul de Minas Gerais
    (2005) Figueiredo, Felipe Campos; Furtini, Antônio Eduardo; Guimarães, Paulo Tácito Gontijo; Silva, Enilson de Barros; Garcia, Antônio Wander Rafael; Nogueira, Francisco Dias; Guimarães, Maria Juliana C. Lasmar; Botrel, Priscila Pereira; Embrapa - Café
    O presente trabalho objetivou avaliar a aplicação de doses de N, P2O5 e K2O, considerando a necessidade de reavaliação das quantidades recomendadas, determinando as faixas críticas foliares e de solo equivalentes. O delineamento experimental foi o fatorial fracionado (½)(4) 3 , com espaçamento de 2,0x0,75 m (6667 plantas ha-1) nas doses: 100, 250, 400 e 550 kg ha-1 para N e K2O e 0, 60, 120 e 180 kg ha-1 para P2O5 totalizando 32 parcelas em três locais distintos. Os solos utilizados foram o ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO distrófico típico, dos municípios de Três Pontas e Varginha e o LATOSSOLO VERMELHO distroférrico de São Sebastião do Paraíso. As faixas críticas de K foram de 23,2 a 25,8 g kg-1 na folha e 36 a 59,2 mg kg-1 no solo. Não foi possível estabelecer faixas críticas regionais de N por não haver concordância entre as faixas críticas nos diversos locais, no entanto para Três Pontas foi de 35,5 a 36,5 g kg-1 de N e em São Sebastião do Paraíso de 36,6 a 38,8 g kg-1 de N foliar. As doses médias que contemplam as faixas críticas foram de 177 a 275,4 kg ha-1 de N e 114,7 a 312,9 kg ha-1 de K2O. Não foi possível estabelecer faixas críticas para o fósforo, por não haver efeito da adubação deste nutriente sobre a produtividade de cafezais adensados do Sul de Minas Gerais.
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    Aplicação do ácido cítrico em soluções para irrigação e/ou fertilização: prevenção de obstruções de gotejadores e/ou remocão de obstruções
    (2003) Vilella, Luís Artur Alvarenga; Guimarães, Maria Juliana C. Lasmar; Silva, Enilson de Barros; Guimarães, Paulo Tácito Gontijo; Nogueira, Francisco Dias; Costa, Claudionor Camilo; Senna, Juliano Ramos de; Junqueira, José; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Foi delineado e construído um equipamento com madeira, mangueiras e conexões de plástico, braçadeiras e tubos gotejadores para avaliação de vazão de soluções ferruginosas, fosfatadas e acidificadas com doses de ácido cítrico. Cinco dias por semana, coletavam-se as soluções vazadas através dos gotejadores. Foram feitas duas avaliações da vazão, sendo a primeira no dia dezesseis de Setembro de 2002 e a segunda e última no dia dez de Fevereiro de 2003. Como fonte de ferro utilizaram-se dois materiais: sulfato ferroso e óxido de ferro (III) fabricado pela Bayer. Como fonte de fósforo utilizou-se o super fosfato triplo e como produto acidificante utilizou-se o ácido cítrico anhidro. A reposição dos produtos era feita cinco vezes por semana, completando volume de água até atingir 50L. Observou-se que a menor vazão (1,4L/h) foi registrada no tratamento 4 (2,5 g sulfato ferroso e 3,12g de super fosfato triplo). Foi constado que a vazão dos tratamentos contendo ácido cítrico reduziu-se, porém permaneceu dentro do Valor Nominal estabelecida pelo fabricante dos gotejadores. O resultado da aplicação do ácido cítrico preveniu a ocorrência de obstruções. A pequena redução de vazão no tratamento 4 (sem ácido cítrico), qualifica bem os gotejadores testados. Isto talvez possa ser explicado pela qualidade da matéria prima empregada nas membranas protetoras.
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    Respostas do cafeeiro sobre sistema de plantio adensado, à adubação com zinco, na região Sul de Minas
    (2003) Garcia, Antônio Wander Rafael; Japiassú, Leonardo Bíscaro; Nogueira, Francisco Dias; Guimarães, Paulo Tácito Gontijo; Pozza, Adelia Aziz Alexandre; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Experimentos realizados em lavouras de café plantadas no sistema tradicional demonstraram pouca eficiência no fornecimento do zinco aplicado em cobertura, quando o solo utilizado era de textura média a argilosa. No presente trabalho está sendo estudado o efeito do sulfato de zinco aplicado via solo, em lavoura adensada na fase de formação, supondo que no decorrer do tempo as raízes mais superficiais, neste sistema de plantio, poderiam melhor aproveitar o Zn e assim dispensar o fornecimento deste nutriente via foliar, pela dificuldade de efetuar pulverizações neste sistema.O experimento foi instalado em Três Pontas - MG, em LVA fase cerrado, textura argilosa. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso em parcelas subdivididas, constando de 7 tratamentos, 4 repetições e 21 plantas para cada subparcela, sendo conside-radas úteis as 5 plantas da fileira central. Os tratamentos, constaram-se da ausência de Zn (Trat. 1), quatro doses de sulfato de zinco (Trat. 2 a 5) 5, 10, 20 e 40 g de sulfato de zinco/cova, respectivamente, e uma aplicação de 13 g de óxido de zinco/cova (Trat. 6), todos aplicados via solo em cobertura, comparados a 3 aplicações foliares/ano de sulfato de zinco a 0,5% (Trat.7). A lavoura escolhida para o ensaio foi da cultivar catuaí amarelo H.2077-25.74, plantada em fevereiro de 1996 no espaçamento de 2,00 x 0,70m. A instalação do experimento e a aplicação das doses de Zn no solo se deram em novembro de 1998 nas subparcelas I e II e, em novembro de 1999 as mesmas doses foram reaplicadas apenas na subparcela I. O uso de Zn no solo, em diferentes doses, não influenciou de forma significativa o aumento das produções. Na subparcela I, onde repetiu-se as doses via solo no segundo ano, houve uma tendência de redução da produção em relação à subparcela II. Os teores de Zn no solo, na camada de 0-20 cm e na camada de 20-40 cm, foram influenciados proporcionalmente pelas doses aplicadas, mostrando que houve um caminhamento do elemento no solo. Os teores de zinco foliares, em junho de 2002, foram semelhantes para todos os tratamentos que receberam adubação deste elemento via solo, e semelhantes à testemunha, com teor em torno de 8 mg/kg e abaixo do nível limiar (10 mg/kg). Somente o tratamento 7 cujo fornecimento de Zn foi por via foliar, apresentou 12,0 mg/kg de Zn, superior aos demais tratamentos, onde as produções foram ligeiramente superiores. Os teores de Zn no solo na testemunha de 2,2 mg/dm 3 foram suficientes para atender à demanda das plantas. Concluiu-se que: teores de 2,2 mg/dm3 de Zn no solo foram suficientes para a obtenção de uma produtividade próxima a 37 sacas beneficiadas por hectare; após 4 anos da aplicação de zinco na superfície do solo, houve um caminhamento do nutriente no solo nas diferentes doses e fontes utilizadas; a aplicação de 20g de sulfato de Zn por cova ao longo dos anos tem mostrado ser uma boa dose a ser recomendada para uma maior produtividade em relação às outras doses e fontes, via solo; três aplicações foliares promoveram teores foliares da ordem de 12,0 mg/kg de Zn e produtividade próxima à testemunha.
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    Resposta do cafeeiro à microcalagem com hidróxido de cálcio e uso de gesso agrícola
    (2003) Silva, Enilson de Barros; Senna, Juliano Ramos de; Milene, Cláudia Nascente; Guimarães, Paulo Tácito Gontijo; Nogueira, Francisco Dias; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    A cafeicultura de Minas Gerais, encontra-se implantada basicamente em Latossolos que requerem o uso de corretivos e adubações intensivas pois são caracterizados por acidez elevada, baixa saturação por bases, alta saturação por alumínio. Esta adversidade é superada pela prática da calagem como corretivo e fonte de nutrientes (Ca e Mg). No entanto, altas doses de calcário aplicadas de um só vez ou também as calagens freqüentes, modificam abruptamente o balanço catiônico do solo, tornando-o inadequado ao desenvolvimento das plantas, ocasionando desordens fisiológicas e queda de produção. Realmente, desordens fisiológicas são visuais em cafezais que receberam elevada quantidade de calcário, sendo mais comum a clorose foliar típica de deficiência de Zn. O uso de gesso agrícola vem possibilitando a diminuição dos problemas gerados pela acidez subsuperficial e, em conseqüência, a exploração pelo sistema radicular das plantas de camadas mais profundas do solo, o que implica em maior aproveitamento de nutrientes no perfil e incluindo o fornecimento de enxofre e bases em profundidade, propiciando maior tolerância a déficit hídrico. O objetivo deste trabalho foi verificar a resposta do cafeeiro em produção de grãos submetido à microcalagem com hidróxido de cálcio e uso de gesso agrícola. Foi conduzido um experimento de campo na Fazenda Experimental da EPAMIG (MG) em Latossolo Vermelho distroférrico (pH em água - 5,8; P - 1; K - 42; S-SO4-2 - 1 mg dm-3; Ca - 1,1; Mg - 0,5; Al - 0,2 cmolc dm-3; V - 35%) de textura argilosa em São Sebastião do Paraíso. Usou-se, cafezal da espécie Coffea arabica, L. da cultivar Catuaí Vermelho IAC-99 com idade de três anos, com uma planta por cova no espaçamento 2,5 x 0,8 m. O delineamento experimental foi em blocos casualizados no esquema de fatorial 3 x 4 utilizando-se três níveis de gesso agrícola (G0 = 0, G1 = 875 e G2 = 1.750 kg ha-1) e quatro de níveis de hidróxido de cálcio (HC0 = 0, HC1 = 5,8, HC2 = 11,6 e HC3 = 17,4 kg ha-1) com quatro repetições. O hidróxido de cálcio foi aplicado com uma diluição de 1.500 L de água por ha no fundo do sulco, após o aterramento, sendo assim utilizou-se uma quantidade de 375 mL de água por metro linear. A parcela experimental foi constituída de três linhas de dez covas, formando um total de 30 covas por parcela, sendo considerada como parcela útil as oito covas centrais. A adubação fosfatada, foliar de B e Zn, controles fitossanitários e tratos culturais foram os recomendados para cultura do cafeeiro. Avaliações foram a produção de grãos de duas safras de 2001 e 2002. As variáveis estudadas foram submetidas à análise de variância. O ajuste do modelo de superfície de resposta para produção de grãos utilizando-se o procedimento Proc Reg do Statistical Analysis System (SAS) for Windows. Verificou-se pela análise da produção de grãos de café que houve diferença significativa somente para safra 2002 e média das safras 2001 e 2002, o que sugere um comportamento diferenciado da aplicação dos níveis de gesso agrícola e hidróxido de cálcio. A produção de grãos na safra 2002 em relação aos níveis de gesso e hidróxido de cálcio foi ajustada uma superfície de resposta linear (Y = 37,78 + 0,011675**G - 0,0179167**HC, R2 = 0,90) e quadrática para média das duas safras (Y = 18,87 + 0,0130286**G - 0,0000039**G2 - 0,0440517**HC, R2 = 0,99). Através de cálculos matemáticos obteve-se pelas equações ajustadas, a estimativa da produção máxima de 56 e 30 sacas ha-1, a qual foi obtida pela aplicação de 1.750 e 1.648 kg de gesso agrícola e 17,4 e 0 kg de hidróxido de cálcio por ha para safra 2002 e média das duas safras, respectivamente.
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    Fertilizantes nitrogenados com reação alcalina e acidificante na produção e qualidade do café
    (2003) Pozza, Adelia Aziz Alexandre; Nogueira, Francisco Dias; Guimarães, Paulo Tácito Gontijo; Guimarães, Maria Juliana C. Lasmar; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    A adubação é um dos fatores que afetam tanto a produtividade, quanto a qualidade do café. No entanto, pouca atenção tem sido dada procurando-se correlacionar a adubação com a composição química e qualidade do café. Implantou-se esse experimento em uma lavoura com idade de 5 anos da cultivar Catuaí em maio de 1999. O delineamento experimental foi em blocos casualizados no esquema de parcelas subdivididas, utilizando-se seis fontes de nitrogênio (N): calcionamida (21,0% de N), nitrato de potássio (13% de N), nitrocálcio (22% de N), sulfato de amônio (20% de N), uréia (43% de N) e nitrato de amônio (33% de N), nas parcelas e quatro doses de N (0, 80, 160 e 320 kg ha-1) aplicadas nas subparcelas com três repetições. Mediante a atividade da polifenoloxidase, acidez titulável, ácidos clorogênicos, açúcares totais e prova de xícara, observou-se redução na qualidade do café ao utilizar-se o nitrocálcio como fonte de N. Cafeeiros adubados com uréia apresentaram maior atividade da polifenoloxidase diferenciando-se estatisticamente das demais. Quanto às doses utilizadas, as fontes de N apresentaram comportamentos diferenciados, sendo que de maneira geral, a maior dose de N utilizada (320kg ha-1), provocou uma redução na qualidade da bebida do café. Esse comportamento foi observado principalmente ao utilizar-se o sulfato de amônio como fonte. As características porcentagem de café cereja, seco, número de grãos chochos e os valores de diâmetro do caule não diferiram estatisticamente entre si ao nível de 5% de probabilidade pelo teste de F. A produção (sacas de café beneficiadas.ha-1) aumentou até as doses de 144,8 kg de N/ha da fonte calcionamida e 63,4 kg de N/ha da fonte nitrato de potássio, reduzindo a partir destas. A produção aumentou com a elevação das doses de N para as fontes uréia e nitrato de amônio. Observou-se maior porcentagem de café verde para a fonte nitrato de potássio e, maior porcentagem de passa para as fontes nitrocálcio, sulfato de amônio, uréia e nitrato de amônio, independente das doses de N, indicando o efeito da fonte na antecipação e atraso da colheita. Houve aumento da porcentagem de café verde com o aumento das doses de N na fonte nitrato de potássio e aumento da porcentagem do café passa com o aumento das doses de N até a dose 98,2 kg de N/ha, seguida de redução nessa porcentagem, independente da fonte. As plantas tornaram-se mais vigorosas com o aumento das doses de N até a dose 202,5 kg de N/ha. Com o aumento das doses de N houve redução da seca de ponteiros até a dose de 223,53 kg de N/ha. Observou-se peneira mais baixa com o aumento das doses de N, pois a porcentagem de grãos retidos nas peneiras maiores que 15 diminuiu. Houve redução do tamanho dos grãos com o aumento das doses de N, pois a porcentagem de grãos retidos nas peneiras menores que 15 aumentou até a dose 230 kg de N/ha.O tamanho das plantas aumentou com o aumento das doses de N até a dose 176,22 kg de N/ha, reduzindo a partir dessa dose, independente da fonte.