Trabalhos de Evento Científico

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    Controle integrado da ferrugem do cafeeiro (Hemileia vastatrix Berk e Br.)
    (2005) Souza, Antônio Fernando de; Capucho, Alexandre Sandri; Barbosa, Júlio César; Vale, Francisco Xavier Ribeiro do; Mantovani, Everardo Chartuni; Zambolim, Laércio; Embrapa - Café
    A cafeicultura é a base da agricultura em várias regiões agrícolas do Brasil, principalmente na Zona da Mata Leste do Estado de Minas Gerais. Nessa região, os agricultores procurando obter maiores produtividades, estão fazendo o uso inadequado de diversos insumos agrícolas, principalmente os fitossanitários, o que tem contribuído para aumentar o risco de intoxicação e contaminação do ambiente. Devido a estes fatos, o presente trabalho se propõe a avaliar a eficiência de diferentes métodos de controle fitossanitário da ferrugem do cafeeiro, visando encontrar alternativas que permitam ao cafeicultor obter alta produtividade, longevidade e menor agressão ao ambiente. Para tanto, foram instalados dois experimentos em campo, simulando diferentes modos de condução da cultura do cafeeiro, onde foram avaliados: a) o efeito da irrigação localizada e não irrigado; b) o efeito de três tipos de adubação (química, química mais esterco de bovinos e química mais esterco de suínos; c) o efeito de oito tratamentos fitossanitários. Estes experimentos foram conduzidos por um período de quatro anos e com os dados de incidência obtido em cada ano foram traçadas as curvas de progresso da doença. De acordo com os resultados obtidos, em ano de baixa carga os tratamentos que utilizaram fungicidas protetores à base de cobre foram eficientes no controle da ferrugem, enquanto que em anos de alta carga, tratamentos que utilizaram fungicidas sistêmicos via solo ou via foliar foram eficientes no controle da ferrugem. Os diferentes tipos de adubação não influenciaram na incidência da ferrugem e na produtividade do cafeeiro.
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    Patogenicidade de Colletotrichum gloeosporioides em Coffea arabica L.
    (2003) Paresqui, Leonardo; Zambolim, Laércio; Costa, Helcio; Vale, Francisco Xavier Ribeiro do; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Na cultura do café, a doença CBD (Coffee Berry Disease) causada por Colletotrichum kahawae Waller & Bridge, ocorre em frutos verdes em desenvolvimento, sendo o principal fator limitante à produção do café na África, ocasionando perdas de 20% até 80% da produção. Entretanto, n ão há relatos desta espécie no continente Americano. No Brasil, a patogenicidade de C. gloeosporioides em cafeeiro ainda é objeto de estudo, visto que, os sintomas associados ao fungo são constantemente atribuídos a causas fisiológicas, desnutrição do cafeeiro em ramos de alta carga e condições climáticas. Diante da escassez de informações a respeito da patogenicidade de C. gloeosporioides ao cafeeiro no Brasil, foi realizado o presente trabalho com o objetivo de estabelecer a patogenicidade deste fungo. Isolamentos de C. gloeosporioides foram feitos a partir de material coletado no campo em municípios localizados na Zona da Mata, Sul de Minas e Alto Paranaíba em Minas Gerais e nos estados de São Paulo, Espírito Santo e Paraná. A partir dos isolamentos foram obtidas 180 culturas monospóricas e então mantidas em sílica-gel, visando sua preservação. Os testes iniciais de patogenicidade realizados em ramos contendo três rosetas de frutos verdes, aparentemente sadios, mostraram diferentes valores de incidência e severidade, entretanto, a testemunha também apresentou incidência média de 15%, mesmo sendo atomizada com água esterilizada, resultado que foi novamente observado quando se repetiu o experimento. Isto gerou dúvida sobre a eficiência da sanitização do material vindo de campo. Testes de patogenicidade foram então realizados com e sem ferimento em plantas oriundas de cultura de tecido, não sendo observados sintomas 20 dias após a inoculação. Porém, conseguiu-se reisolar o fungo das plantas inoculadas mesmo após serem lavadas em água corrente, álcool e cloro ativo 2%. Isto indica que o organismo penetrou nos tecidos, entretanto, não manifestou sintomas. A partir destes resultados, conclui-se que os isolados utilizados nos teste com plantas de cultura de tecido não foram patogênicos ao cafeeiro. Diante disto, testes de patogenicidade devem ser conduzidos em plantas de cultura de tecido, a fim de se assegurar a sanidade do material a ser inoculado, pois, mesmo após esterilização superficial do tecido, o fungo pode permanecer latente.
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    Efeito da temperatura no período latente de Hemileia Vastatrix Berk & Br., agente causal da ferrugem do cafeeiro
    (2000) Vale, Francisco Xavier Ribeiro do; Zambolim, Laércio; Jesus, Waldir Cintra de; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O experimento foi conduzido no Departamento de Fitopatologia da Universidade Federal de Viçosa, sob condições controladas e de campo, no período de Março de 1986 a Julho de 1988. Mensalmente, 40 plantas de café foram inoculadas com uredosporos de H. vastatrix raça II, 1,0 mg/folha, sendo que metade delas foram levadas diretamente para o campo e a outra metade foi colocada em câmara úmida à temperatura de 22 ± 2o C e umidade relativa superior a 95%, por 48 horas, antes de serem transferidas para o campo. O período latente médio foi calculado com base na freqüência de ocorrência de 50% do grau de reação correspondente às pústulas esporuladas. Os dados de período latente obtidos no período de três anos foram correlacionados com os dados de condições de favorabilidade para o desenvolvimento da ferrugem. Verificou-se que a temperatura exerceu efeito marcante sobre o período latente da doença, alterando-o de 19 a 60 dias, dependendo da prevalência de temperaturas altas nos meses de verão ou de temperaturas baixas nos meses de inverno, respectivamente.
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    Efeito de fatores climáticos na ocorrência e no desenvolvimento da ferrugem do cafeeiro
    (2000) Vale, Francisco Xavier Ribeiro do; Zambolim, Laércio; Jesus, Waldir Cintra de; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O experimento foi conduzido no Departamento de Fitopatologia da Universidade Federal de Viçosa, sob condições controladas e de campo, num período de três anos. Mensalmente, 40 plantas de café com seis meses de idade, foram inoculadas com 1,0 mg/folha de uredosporos da raça II de Hemileia vastatrix, na face inferior das folhas de café, sendo que metade delas foram levadas diretamente para o campo, e a outra metade, foi colocada em câmara úmida à temperatura de 22 ± 2o C e umidade relativa superior a 95%, por 48 horas, antes de serem transferidas para o campo. Temperatura, chuva e molhamento foliar foram monitorados durante toda a condução do experimento. Condições de favorabilidade ao desenvolvimento da ferrugem foram determinadas considerando-se as variáveis meteorológicas. Observou-se que existe relação entre as condições de favorabilidade à infecção (temperaturas entre 20 e 25o C e presença de molhamento foliar) e o desenvolvimento da doença no campo. Assim, nos meses em que as condições climáticas eram favoráveis à infecção (de Novembro a Março), ocorreram os picos de severidade da doença e taxas crescentes de doença.
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    Resistência à ferrugem do cafeeiro de progênies de híbridos de Catuaí e Mundo Novo com o híbrido de Timor
    (2000) Silva, Marcelo Barreto; Zambolim, Laércio; Pereira, Antônio Alves; Sakiyama, Ney Sussumu; Vale, Francisco Xavier Ribeiro do; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Estudou-se a resistência vertical (RV) em 53 híbridos de Catuaí e Mundo Novo com o Híbrido de Timor inoculando-se mudas de café com a raça II de Hemileia vastatrix Berk. et Br. Dos 53 materiais testadas mais de 50 % apresentaram RV, isto é não segregaram para suscetibilidade. Os materiais que segregaram para suscetibilidade, foram submetidos a análise para resistência horizontal avaliando-se o período de incubação (PI), o período latente (PL), a intensidade de esporulação (IE) e o número de lesões (NL). O PI foi muito variável para os diversos materiais estudados ( 23 dias para a UFV 6970, e 41 dias para a UFV 6862). A maioria dos materiais estudados apresentaram índice de esporulação igual a 4 (poucos esporos nas lesões), o que demonstra que tais materiais apresentam resistência horizontal. Em conclusão, a maioria dos materiais estudados apresentaram RV; àqueles que segregaram, a maioria apresentou RH à ferrugem do cafeeiro.
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    Progresso da ferrugem (Hemileia vastatrix Berk. & Br.) do cafeeiro (Coffea arábica L.) em diferentes altitudes
    (2000) Garçon, Clévio Lindolfo Pereira; Zambolim, Laércio; Vale, Francisco Xavier Ribeiro do; Costa, Helcio; Silva, Marcelo Barreto; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Este trabalho teve por objetivo estudar a influência da altitude no progresso da ferrugem do cafeeiro. Para tal, foram escolhidas lavouras em 1998 com alta carga pendente de frutos, pertencente ao cultivar Catuaí Vermelho, no espaçamento de 2,8 m x 0,7 m, na região da Zona da Mata de Minas Gerais. As lavouras situaram nas altitudes variando de 600 m a 1275 m. Em cada altitude foram marcadas cinco lotes de plantas onde retiraram-se folhas do terço inferior mensalmente para determinação da incidência e severidade da ferrugem do cafeeiro. Observando as curvas de progresso da ferrugem do cafeeiro nas diferentes altitudes, por meio de regressão linear dos picos de incidência de H. vastatrix, verificou-se uma intensidade de doença menos severa, nas lavouras de café plantadas em altitudes mais elevadas, principalmente aquelas acima de 1000 m. A explicação para este fato é que, a medida que a altitude eleva-se de 600 m para 1275 m há um decréscimo correspondente na temperatura e maior intensidade de vento; desta maneira, o período de molhamento foliar é menor do que em altitudes inferiores a 1000 m. Assim, não só a incidência da ferrugem foi menor mas também a severidade da doença ( número de pústulas por folha). O pico de ferrugem nos anos de 1998 a 2000 foi obtido de julho a outubro de acordo com a altitude. Quanto maior a altitude mais o pico da doença tendeu a se deslocar para os meses de setembro a outubro. A maior incidência da ferrugem ocorreu na altitude de 850 m e a menor a 1275 m, com incidência de no máximo 40 % de doença. Devido a estes resultados, as estratégias de controle da ferrugem devem ser diferenciadas não só de acordo com a temperatura, chuva, molhamento foliar e umidade relativa, mas também a altitude onde a lavoura esta implantada.
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    Modelo de previsão da ferrugem (Hemileia vastatrix Berk. & Br.) do cafeeiro (Coffea arabica L.)
    (2000) Garçon, Clévio Lindolfo Pereira; Zambolim, Laércio; Vale, Francisco Xavier Ribeiro do; Mizubuti, Eduardo Seiti Gomide; Altmann, Thomas; Paiva, Sérgio Bueno; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O objetivo deste trabalho foi desenvolver e testar um modelo de previsão da ferrugem do cafeeiro o qual utiliza as variáveis climáticas molhamento foliar e temperatura média durante o período de molhamento, associadas a fisiologia da planta e a intensidade da doença como subsídios para avisar o momento mais propício para se realizar pulverizações com fungicidas sistêmicos, no caso o hexaconazole, para o controle da ferrugem. Para tal foram escolhidas duas lavouras de café do cultivar Catuaí vermelho com seis anos de idade, uma com alta carga pendente de frutos, localizado no município de Coimbra na região da Zona da Mata de Minas Gerais, com 680 m de altitude, e a outra com carga média de frutos, localizada no município de Carmo do Paranaíba, na região do Alto Paranaíba do Estado de Minas Gerais, com 850 m de altitude, em novembro de 1999. O experimento contrastou recomendações do controle da ferrugem do cafeeiro baseadas no calendário convencional de pulverizações, com recomendações determinadas pela incidência de folhas doentes, e recomendações ditadas pelo modelo de previsão da doença testado. O modelo de previsão desenvolvido e testado constou do cálculo do valor de severidade da ferrugem baseado na temperatura e molhamento foliar favoráveis ou não á ferrugem, gerando uma matrix, semelhante ao que foi feito por Wallin (1962). Os valores de severidade obtidos diariamente foram computados e testados no campo visando determinar qual deles proporcionasse controle eficiente da doença. O modelo também foi associado a incidência inicial da doença na cultura e da carga pendente dos frutos nas plantas. Na lavoura com alta carga pendente de frutos o melhor resultado do modelo foi o tratamento que recomendou pulverizações quando o valor de severidade de doença (VSD) atingia 30 VSD’s, o qual determinou duas pulverizações, uma dia 05-02-00 e a segunda dia 29-03-00, proporcionando controle semelhante ao calendário de aplicações de fungicida. Já para a lavoura com média carga pendente de frutos, o modelo recomendou apenas uma única pulverização com hexaconazole para todos os tratamentos, sendo que a incidência final de folhas doentes por ocasião da colheita não atingiu o nível de dano ao cafeeiro, e também não diferiram dos tratamentos baseados no calendário, que recomendou duas pulverizações com fungicida sistêmico e quatro com fungicida de contato. Portanto, o modelo de previsão desenvolvido e testado no trabalho mostrou-se tão eficiente quanto o calendário para o controle da ferrugem do cafeeiro, porém utilizando um menor número de pulverizações em pelo menos em um dos locais avaliados (Carmo do Paranaíba).
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    Resistência de clones de Coffea Canephora var. Conillon a quatro raças de Hemileia vastatrix Berk. et Br.
    (2000) Silva, Dalza Gomes da; Zambolim, Laércio; Sakiyama, Ney Sussumu; Pereira, Antônio Alves; Fonseca, Aymbiré Francisco Almeida da; Vale, Francisco Xavier Ribeiro do; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Foram avaliados, quanto aos tipos de reação às raças I, II, III e XIII de Hemileia vastatrix, 33 clones de Coffea canephora componentes de variedades clonais, sendo nove com ciclo de maturação precoce da variedade EMCAPA 8111; treze com ciclo de maturação intermediário da variedade EMCAPA 8121 e onze de ciclo de maturação tardio da variedade EMCAPA 8131. Empregou-se escala de notas de 1 a 6, sendo que graus médios de doença menores que 4 corresponderam a reação de resistência e maiores ou igual a 4, de suscetibilidade. Utilizou-se o intervalo de confiança do grau médio de doença como medida de estabilidade de reação dos clones em relação às raças inoculadas. Os clones 154 (precoce), 132, 149 e 201 (intermediários), e, 100 e 143 (tardios) mostraram-se resistentes às quatro raças do patógeno. Entretanto, observou-se variabilidade de reação entre repetições de 12 clones analisados. Os resultados mostraram que as três variedades clonais são constituídas por clones resistentes e suscetíveis às quatro raças do patógeno, indicando a necessidade de estudos mais detalhados, em relação à obtenção de clones com maior nível e durabilidade de resistência à H. vastatrix.
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    Identificação de raças fisiológicas de Hemileia vastatrix Berk. & Br. no estado do Espírito Santo, Brasil
    (2000) Silva, Dalza Gomes da; Zambolim, Laércio; Sakiyama, Ney Sussumu; Pereira, Antônio Alves; Fonseca, Aymbiré Francisco Almeida da; Vale, Francisco Xavier Ribeiro do; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Cento e trinta e nove isolados de Hemileia vastatrix foram coletados de plantas de cultivares de Coffea canephora e Coffea arabica, nos estados do Espírito Santo e Minas Gerais. Os isolados foram inoculados em plantas do cultivar Catuaí Vermelho LCH 2077-2-5-44 em condição de casa de vegetação, de junho de 1995 a julho de 1997. A identificação de raças foi acompanhada pela inoculação de isolados de H. vastatrix em clones diferenciadores, mantidos em casa de vegetação no Departamento de Fitopatologia da Universidade Federal de Viçosa. Raças de H. vastatrix foram determinadsa segundo D’Oliveira (1954, 1957). A raça II foi identificada em todos os 96 isolados de C. canephora do estado do Espírito Santo.