Navegando por Autor "Androcioli, Armando"
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Item Assimilação de CO2 em diferentes espaçamentos do cafeeiro IAPAR 59(2001) Marur, Celso Jamil; Androcioli, Armando; Tsukahara, Rodrigo Yoiti; Morais, Heverly; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféO objetivo deste trabalho foi estimar as taxas de assimilacão de C02 em uma população de 10.000 plantas de cafeeiros, instalada nos espaçamentos de 1,5, 2,O e 3,0 m entre linhas. Procedeu-se às determinações das taxas de fotossintese em folhas de ramos situados a 1,Om e 1,7 m de altura, em dias caracterizados por céu sem nebulosidade. Procedeu-se também à medição da radiação fotossintéticamente ativa em pontos fixos a 1,O m e a 1,7 m de altura. Em 09/04 as taxas fotossintéticas nas folhas a 1,70m de altura aparentemente não foram diferentes nos 3 tratamentos, enquanto que a 1,O m as taxas foram inferiores nas plantas do espaçamento de 1,5 m, em função dos baixos níveis de radiação fotossintéticamente ativa que incidem nesta porção da planta. Durante as horas mais quentes as folhas das plantas do espaçamento de 3,O m estiveram maiores que o ar. Em 30/04 as taxas fotossintéticas nos 3 tratamentos foram acentuadamente inferiores a aquelas obtidas em 09/04, provavelmente devido ás temperaturas ligeiramente inferiores e também da geada ocorrida em 17/04, sendo reduzidas mais intensamente nas plantas do espaçamento de 3.0 m. Em 08/02/2000 os resultados foram similares aos obtidos em 30/04/99. Assim, pelo fato dos tratamentos com menor espaçamento apresentarem maiores índices de Área Foliar e em função das taxas fossintéticas, a 1.0 m de altura, serem maiores no espaçamento de 2,0 m, pode-se sugerir que as plantas com espaçamento de 2,0 X 0.5 m sejam capazes de conferir um volume maior de produção por unidade de área.Item Avaliação da influência do tipo de colheita na qualidade do café do Paraná - Safra 2002(2003) Carneiro, Francisco; Androcioli, Armando; Lima, Francisco Barbosa; Franzini, Paulo Sérgio; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféO café maduro na planta é a matéria prima adequada para se obter cafés de qualidade, que alcançam melhores preços. No Brasil a maior parte da colheita é feita por derriça total, onde se colhe junto os cafés verdes, maduros e secos. Isso piora a qualidade do produto. Para se corrigir parte deste prejuízo na qualidade, lança-se mão no processamento dos frutos, de equipamentos para separar estas três fases, como: os lavadores/ separadores e os despolpadores de cerejas. No rebenefício isso também é parcialmente obtido através de peneiras, sururucas e eletrônicas. A Campanha Café Qualidade Paraná, realizada nos últimos anos, estimula os produtores no uso da colheita no pano, colheita parcelada, cereja descascado, entre outras práticas. O objetivo deste trabalho foi o de avaliar a influência dos diversos tipos de colheitas, como: a colheita no chão, no pano, parcelada e para cereja descascada, na qualidade do café da safra 2002 no Paraná. Aproveitou-se um total de 152 amostras de café colhidas pelo DERAL/SEAB em diversos municípios do Estado, as quais foram classificadas para tipo e bebida, sem a retirada dos defeitos. O café processado para cerejas descascadas só tem frutos cerejas, já na colheita no chão, existe uma mistura de frutos verdes, cerejas e secos. Os resultados obtidos, mostram que: a colheita com derriça do café no chão (35% do total colhido), foi de 80% de bebida dura, 20% de bebida riada/rio, com até 360 defeitos ou tipo 8 pela classificação oficial. A colheita no pano (45,6% do total colhido) apresentou 92,4% de cafés de bebida dura e 7,6% de cafés de bebida riada/ rio, e tipo médio 6/7 com 123 defeitos. A colheita no pano/parcelada (7,6% do total colhido), apresentou 8% de café com bebida apenas mole, 84% de bebida dura e 8% de bebida riada/rio e tipo médio 6/7. A colheita no chão, pano e parcelada, realizadas para obtenção do café cereja descascado (11,8% do total colhido), foi de 16% de café com bebida apenas mole, 72% com bebida dura e 11% com bebida dura/riada, com tipo de 3 à 6 e até 86 defeitos. Os principais defeitos encontrados na colheita no chão-grãos foram: preto verdes, verdes, ardidos, brocados, mal granados, conchas e miolo de concha. Na colheita para cerejas descascado os principais defeitos foram: verdes, mal granados, concha, miolo de concha e quebrados. Conclui-se que houve marcante influência do tipo de colheita na melhoria da qualidade do café, em ordem crescente da colheita no chão até a colheita para cereja descascado. Observa-se em cada tipo de colheita, diferentes porcentagens de qualidade de bebida, com as melhores na colheita mais esmerada, que é a realizada para cereja descascado. Neste tipo de colheita/processamento esperava-se a predominância de cafés com bebida apenas mole ou superior, porém, o que se observou foi uma alta porcentagem de cafés bebida dura (72%). Isto, provavelmente, ocorreu em função de amostras provenientes de regiões menos favoráveis, com ocorrência de veranicos que aumentaram a quantidade dos defeitos de grãos mal granados e também pela maior rapidez no amadurecimento dos frutos. Outros fatores foram: amostras avaliadas sem a retirada dos defeitos e o processamento na secagem do café na propriedade, que pode ter agravado a perda de qualidade do café com novas fermentações. É recomendável o incentivo do uso de equipamentos para o processamento da colheita, como lavadoures/separadores de fases, descascadores de cerejas para a obtenção de cafés de qualidade, principalmente quando o Estado está substituindo as lavouras tradicionais, por plantios adensados, que induzem a colheitas mais cuidadosas. Seria recomendável também a colheita parcelada que deu um resultado bem superior aos demais.Item Avaliação de espaçamentos e adubação para três cultivares de café(2003) Androcioli, Armando; Chaves, Júlio César Dias; Sera, Tumoru; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféAs oscilações de preço do café tem evidenciado a necessidade de tornar cada vez mais eficiente o sistema de produção de café para que o produtor possa superar as adversidades que ocorrem ao longo do período de vida útil do cafeeiro. Neste aspecto, o ajuste de espaçamentos e adubação para as cultivares e tipo de manejo da lavoura, são fundamentais para montar um sistema de produção eficiente. Com o objetivo de aperfeiçoar o modelo tecnológico de produção de café adotado no Paraná, implantou-se um experimento em junho de 1990 no município de Iguaraçú-PR., em solo latossolo vermelho escuro textura arenosa (Led), com 4 espaçamentos, 4 níveis de adubação e 3 cultivares de café de porte baixo. Os tratamentos foram distribuídos em parcelas subsubdivididas, com as densidades nas parcelas, os níveis de adubação nas subparcelas e as cultivares nas subsubparcelas, com quatro repetições. Os espaçamentos foram definidos procurando-se compor quatro sistemas de produção: a) lavoura preparada para condução manual e sem espaço livre entre as linhas de cafeeiros; b) lavoura para condução manual e com espaço livre de 30 cm entre as linhas de cafeeiros; c) lavoura preparada para condução com microtrator, com espaço livre de 80 cm e d) lavoura para condução com trator cafeeiro, com espaço livre de 130 cm. As distâncias entre linhas foram definidas assumindo um diâmetro de copa (D) de 2,10 e calculado os espaçamentos (E) pela equação E=D+L, onde L é igual ao espaço livre desejado para cada sistema. Os espaçamentos entre as linhas de cafeeiros foram de 1,90 m; 2,40 m; 2,90 m e 3,40 m, todos com distância na linha de 1,5 m, com 2 plantas por cova, resultando em populações de 3509; 2778; 2299 e 1961 covas/ha, respectivamente. Os níveis de adubação foram: 0 % (sem adubo); 25 % da dose máxima; 50 % da dose máxima e 100 % para a dose máxima. Utilizou-se as cultivares IAPAR 59, progênie PR89088 (‘Icatu’ x ‘Catuaí’) e Catuaí Vermelho IAC-81. Foram avaliadas anualmente as produtividades em café beneficiado no período de 1993 a 2000. Para a comparação das médias foi aplicado o teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade, nos casos em que o teste de F indicou diferenças significativas entre os tratamentos. Os dados foram ajustados para cada densidade em função dos níveis de adubação. A análise estatística dos dados indicou diferenças significativas na produtividade média de 8 colheitas, entre os espaçamentos, entre os níveis de adubação e entre as cultivares. A produtividade média de café beneficiado foi crescente com o aumento da densidade, com valores da menor para a maior densidade de 1085, 1303, 1563 e 1708 kg/ha. Os aumentos nas doses de fertilizantes proporcionaram aumento na produtividade média em todas as densidades estudadas. O impacto da adubação foi mais acentuado nas duas densidades menores com incremento linear da produtividade em função das doses de fertilizante. Nas duas maiores densidades, os incrementos de produtividade nos níveis mais altos de adubação foram menos acentuados, com tendência à estabilização. Em todas as cultivares, houve incremento da produtividade em função do aumento na densidade de plantio. A cultivar IAPAR 59 foi a mais produtiva em todas as densidades e níveis de adubação, com média de 1512 kg de café beneficiado por hectare, enquanto que a progênie PR89088 e a cultivar Catuaí Vermelho IAC-81 produziram em média 1372 e 1351 kg por hectare, respectivamente. A cultivar IAPAR 59 mostrou resposta linear da produtividade em função da densidade de plantio, indicando maior aptidão para os plantios adensados do que as demais, que apresentaram tendência de menor incremento em produtividade nas maiores densidades.Item Caracterização da qualidade da bebida dos cafés produzidos em diversas regiões do Paraná(2003) Androcioli, Armando; Lima, Francisco Barbosa; Trento, Edison José; Carneiro, Francisco; Caramori, Paulo Henrique; Scholz, Maria Brígida dos Santos; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféA região cafeeira do Paraná está localizada em alta latitude, numa área de transição climática que apresenta grande diversidade de clima e solo. Estas condições interferem na formação e maturação dos frutos, alterando as características intrínsecas do grão, o que possibilita a obtenção dos mais variados tipos de cafés, com potencial para a exploração de cafés especiais. O objetivo deste trabalho foi avaliar as caracterís-ticas intrínsecas do grão de café produzido nas diferentes regiões cafeeiras do Paraná, visando dar suporte à exploração de cafés especiais. Um total de 130 amostras de cafés foram coletadas em 43 municípios do Paraná (21 % dos municípios cafeeiros), em número de duas a cinco propriedades por município. Todas as amostras foram provenientes de lavouras da variedade IAPAR 59. O café foi colhido no estágio de cereja e levado imediatamente para Londrina, em embalagem adequada para evitar fermentação. As coletas das amostras foram realizadas por Técnicos da EMATER-PR, das Cooperativas de Cafeicultores e do IAPAR. Os cafés foram secos em coco, após a retirada de todos os frutos verdes ou meio maduros das amostras. A secagem foi realizada na estação experimental do IAPAR em Londrina-PR., em esteiras com fundo de tela e com movimen-tação do café a cada 30 minutos, até atingir a umidade de 11%. Após a secagem, as amostras foram bene-ficiadas, codificadas e enviadas ao DECAF/MAPA-PR. para a prova de xícara. Nesta etapa, identificou-se todos os defeitos do café beneficiado. Foi adotada a torra clara, utilizada normalmente no comércio de café. A prova de xícara foi realizada por cinco classificadores experientes da Indústria e do Comércio de café, previamente treinados na escala adotada para o experimento. Para a classificação dos cafés contou-se com o apoio da Companhia Cacique de Café Solúvel, da Companhia Iguaçu de Café Solúvel, do Centro do Comércio do Café do Norte do Paraná, da Bolsa de Cereais e Mercadorias de Londrina e do Departamento Nacional do Café. Foram avaliadas as características de aroma; sabor; acidez; corpo; doçura e atribuída uma nota global ao café em função do conjunto destas características. A escala adotada foi de 1 a 10 para cada uma das características avaliadas. Com base nas Cartas Climáticas do Paraná - IAPAR - edição 2000, identificou-se a faixa de temperatura média anual de cada município onde foram coletadas as amostras. As faixas de tempe-ratura média da região cafeeira do Paraná foram de: 19 - 20°C; 20 - 21°C; 21 - 22°C; 22 - 23°C e 23 - 24°C. Os resultados mostraram que para todas as características as notas foram crescentes inversamente com a temperatura. Os cafés das regiões de faixa de temperatura 19 - 20°C e 20 - 21°C apresentaram características de sabor, aroma, acidez, corpo e doçura bem elevados e receberam nota global média de 8,90 e 8,48, respectivamente. Os cafés na faixa de temperatura de 21 - 22°C mostraram-se bem equilibrados e apresentaram nota global média de 7,88. Os café nas faixas de temperatura média de 22 - 23°C e 23 - 24°C foram muito semelhantes entre si, em todas as características, recebendo nota global de 7,57 e 7,40, respectivamente. Nestas duas faixas de temperatura média mais elevada, os cafés apresentaram a mais baixa acidez, que podem atender determinados tipos de mercado e compor blends com cafés de maior acidez. Os resultados indicaram que em função de sua ampla diversidade climática, o Paraná tem grande potencial para produzir diferentes tipos de café para atender as necessidades dos mais exigentes mercados de cafés especi-ais.Item Consorciação da seringueira e cafeeiro em fase terminal. - Efeito no desenvolvimento vegetativo da seringueira e produção do cafeeiro(2001) Pereira, Jomar da Paes; Androcioli, Armando; Leal, Alex Carneiro; Ramos, André Luiz M.; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféO noroeste do Paraná, com o tipo climático subtropical úmido mesotérmico (Cfa, Köppen) e solos leves originários do Arenito Caiuá, onde a heveicultura vem se estabelecendo, sofreu processo acelerado de colonização com a retirada da floresta original e implantação da cafeicultura, a qual não se sustentou, devido a diminuição do potencial produtivo dos solos, erosão hídrica, nematóides e outros problemas conjunturais. A ampliação da fronteira heveícola no país a partir do seu habitat natural (Amazônia), para as áreas consideradas de escape ao Microcyclus ulei, visando atingir a auto-suficiência em borracha natural, estendeu-se até o Sul, numa condição subtropical, chegando ao noroeste do Paraná, cuja condição fundiária calcada em pequenas propriedades favorece a sua implementação. Com a retomada da cafeicultura, isso abriu alternativas para o uso do café adensado, e sistemas agroflorestais, onde se inclui a seringueira como forma de ocupação produtiva destes. Dois clones - IAN 873 (Amazônico) e GT 1 (Asiático) - foram plantados no espaçamento de 8,0 x 2,5 m nas entrelinhas de cafezal, cultivar Catuaí Amarelo, no espaçamento de 4,0 m x 2,5 m, com 10 anos de idade e já em fase de erradicação, localizado em área da Companhia Melhoramentos Norte do Paraná, em Paranapoema. Os resultados obtidos com base em duas coletas anuais, durante sete anos, revelaram vantagens dos plantios consorciados em relação aos solteiros para todos os parâmetros avaliados. No consórcio, o clone IAN 873 foi superior ao GT 1 na antecipação da entrada em produção e na percentagem de plantas aptas para sangria (CAP > 45 cm). Esse sistema possibilitou ainda o aumento da sobrevida e a recuperação produtiva dos cafeeiros por algumas safras, constituindo uma tecnologia positiva na recuperação produtiva de áreas de cafezais decadentes e/ou em fase de erradicação e renovação no Paraná.Item Efeito da orientação das filas duplas de seringueira no microclima e na produção dos cafeeiros em sistema agroflorestal(2007) Leal, Alex Carneiro; Pereira, Jomar da Paes; Androcioli, Armando; Embrapa - CaféO consórcio café (Coffea arabica) x seringueira (Hevea brasiliensis) em filas duplas apresenta vantagens quando comparado ao cultivo solteiro de ambas as culturas conforme resultados de alguns experimentos conduzidos na região cafeeira paranaense. Este trabalho analisa a produtividade das plantas de café situadas no limite das copas nos lados norte e sul das filas duplas de seringueira no terceiro ano de produção (ano de alta produção) em um experimento conduzido em Londrina (latitude 23°S). Observou-se que a produtividade média das plantas tendeu a ser maior no lado sul das filas duplas do que no lado norte. Considerando ambos os lados, a média de produtividade foi semelhante entre as plantas situadas sob a influência das copas e as da parcela com cultivo solteiro. Essas diferenças entre as faces norte e sul das filas de árvores foram atribuídas à menor insolação recebida no inverno pelas plantas na face sul, conforme evidenciado pelo monitoramento das temperaturas das folhas dos cafeeiros feitos em um dia típico de inverno e um próximo ao solstício de verão. Conclui-se que, apesar das temperaturas médias da região serem adequadas ao cultivo do café arabica, a redução das temperaturas durante o dia, propiciada por um sombreamento leve, pode favorecer a produtividade dos cafeeiros.Item Estado nutricional de cultivares de cafeeiros sob densidades diferentes de plantio em quatro níveis de fertilização(2003) Chaves, Júlio César Dias; Androcioli, Armando; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféO estado nutricional do cafeeiro avaliado através da análise química das folhas no período de início de crescimento dos frutos "chumbinho", é uma importante informação que serve para saber se a lavoura, em função de sua produtividade e densidade, necessita de revisão para maior ou menor no programa de fertilização planejado, afim de manter a planta adequadamente nutrida, dentro de um determinado padrão de custo de produção, compatível com a atividade. O presente trabalho foi realizado na região do arenito no Paraná, sobre um Latossolo Vermelho Escuro distrófico (LEd) de baixa fertilidade, utilizando-se três cultivares de cafeeiro: IAPAR 59; Icatu de porte baixo e Catuaí vermelho IAC-81 em quatro densidades de plantio: 3509; 2778; 2299 e 1961 covas ha -1 (duas plantas por cova) e quatro níveis de adubação: A 1 = 0; A 2 = 75-22-75; A 3 = 150-44-150 e A 4 = 300-88-300 kg ha -1 de N-P 2 O 5 -K 2 O. Durante a fase de plantio e formação foi utilizada adubação idêntica para todas as parcelas. O delineamento experimental foi blocos ao acaso com parcelas subsubdivididas, ficando o espaçamento nas parcelas, os níveis de adubação nas subparcelas e as cultivares nas subsubparcelas. Os resultados apontam que a produção de café para todas as cultivares avaliadas foi mais alta nas maiores densidades de plantio; entre as cultivares, a IAPAR-59 foi a mais produtiva. Em função dos resultados de produção, os valores foliares de nitrogênio se apresentaram menores na cultivar IAPAR-59, mesmo nos níveis mais elevados de adubação, em todas as densidades estudadas; verificou-se também na cultivar IAPAR 59 uma diminuição nos teores foliares de N com a redução da densidade de plantio (aumento do espaçamento), diferentemente do que ocorreu com o Icatu e Catuaí. Este resultado indica uma maior necessidade de adubação em condições de plantio largo, possivelmente devido ao menor desenvolvimento do sistema radicular desta cultivar, podendo ser interpretado como de menor adaptação às dendidades baixas de plantio. O teor de P, em todas as densidades avaliadas também foi menor na cultivar IAPAR-59. Os teores foliares mostram uma tendência de aumento com a diminuição da densidade de plantio para as cultivares Icatu e Catuaí. O K aumentou nas folhas linearmente com o aumento das doses de K para todas as cultivares, embora as concentrações tenham sido sempre menores na cultivar IAPAR-59, que apresentaram teores foliares mais baixos com o aumento do espaçamento, ou seja na menor densidade. Quanto ao Mn, de modo geral os valores se mantiveram dentro da faixa considerada como adequada no tratamento com ausência de adubação NPK. À medida que aumentaram as doses de adubo, também os valores foliares de Mn cresceram para todas as cultivares. Os teores foram mais elevados no Catuaí, possivelmente pela maior capacidade de acidificação da rizosfera em relação às demais cultivares, devido a absorção mais elevada de cátions básicos, transformando Mn-insolúvel em Mn 2+ solúvel. Ocorreu aumento também à medida que se avançou para as menores densidades de plantio. Este resultado com Mn indica maior necessidade de calagem no Catuaí em relação ao IAPAR-59 para neutralizar, também, o Mn 2+ presente nos solos ácidos.Item Estudo da qualidade, microbiota e produção de ocratoxina a em frutos de café coletados na árvore e no solo em Londrina - PR(2005) Carneiro, Francisco; Androcioli, Armando; Lima, Francisco Barbosa; Caramori, Paulo Henrique; Scholz, Maria Brígida dos Santos; Aeschbach, Melissa Kulig; Morais, Heverly; Embrapa - CaféO objetivo deste trabalho é avaliar a qualidade do café, a microbiota e a produção de ocratoxina A em frutos de café com permanência prolongada na planta e no solo, em Londrina - PR no ano de 2003. O experimento foi instalado no Centro Experimental do IAPAR de Londrina - PR, em cafezal da cultivar Sarchimor Amarelo, de maturação tardia, com 3 anos após o plantio no espaçamento adensado de 2,5 x 0,80m. Utilizou-se o delineamento blocos ao acaso, com seis tratamentos constando de colheita a cada 15 dias, com 10 plantas por parcela. No início, retiraram-se todos os frutos secos e verdes da planta, deixando-se apenas os frutos maduros. A seguir, a cada 15 dias, iniciando em 15/08/03 e finalizando em 31/10/03, colheu-se os frutos da árvore e os caídos no chão, que foram secos até 12% de umidade em caixas teladas a pleno sol. Os grãos foram beneficiados e acondicionados em sacos de papel para as respectivas análises de prova de xícara, de fungos e de ocratoxina A. Foi instalada uma estação agrometereológica para monitoramento da temperatura das folhas, umidade relativa do ar e precipitação durante o período de três meses das seis épocas de colheita. Os resultados mostraram que as condições climáticas do período foram de baixa umidade relativa, com precipitações que totalizaram 210 mm, caracterizado por estiagem nos dois primeiros meses que impediram o desenvolvimento da microbiota. A prova de xícara utilizada para caracterizar a qualidade da bebida mostrou que nas épocas iniciais 1, 2 e 3, os frutos colhidos na árvore deram bebida apenas mole, enquanto que os cafés de varrição deram bebida dura. Os cafés das épocas 4, 5 e 6, da árvore ou da varrição deram bebida dura. Os defeitos dos grãos pretos e ardidos só começaram a aparecer a partir da época 4, atingindo 80 defeitos no final. A análise da microbiota mostrou que os principais fungos encontrados foram principalmente do gênero Aspergillus e a presença de ocratoxina A esteve dentro do limites permitidos. Conclui-se o tempo de permanência dos frutos na árvore e no solo afetou negativamente a qualidade do café, nas condições climáticas de Londrina na safra de 2002/2003, porém sem o aparecimento do gosto riado/rio. Devido à ocorrência de fungos produtores de ocratoxina A, o monitoramento da produção de ocratoxina deve ser uma prática constante nestas lavouras e sugerem-se ainda estudos para complementar os conhecimentos sobre perda da qualidade da bebida do café causada pelo aparecimento de substâncias causadoras de bebidas riado/rio e sobre o desenvolvimento de fungos produtores de ocratoxina A neste local.Item Estudo do aparecimento do gosto rio no café em função do tempo de permanência dos frutos na lavoura(2001) Carneiro, Francisco; Scholz, Maria Brígida dos Santos; Androcioli, Armando; Caramori, Paulo Henrique; Lima, Francisco Barbosa; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféO objetivo deste trabalho foi avaliar o aparecimento do gosto rio no café, em função do tempo de permanência dos frutos na planta e no solo. As avaliações foram realizadas em lavouras localizadas em Ribeirão do Pinhal-PR e Xambrê-PR (em 1999) e Alvorada do Sul (em 2000). Eliminaram-se, previamente, os frutos verdes, passas e secos na planta e todos os frutos do solo, em 100 cafeeiros. Permaneceram na planta apenas os frutos no estágio de cereja. A cada sete dias (Ribeirão do Pinhal e Xambrê) e 15 dias (Alvorada do Sul), colheram-se 10 plantas. Os frutos da planta e do solo foram secos separadamente a pleno sol, em esteiras de telas. A prova de xícara foi realizada por três classificadores do DECAF, CCNP e BCML. Os frutos das plantas apresentaram o gosto riado/rio aos 98 e 80 dias, em Ribeirão do Pinhal e Xambrê, respectivamente. Em Alvorada do Sul não se constatou o gosto riado/rio no café da planta, provavelmente devido ao curto período de avaliação (62 dias). Os frutos do solo apresentaram o gosto riado/rio após 105 dias, em Ribeirão do Pinhal, e aos 62 dias, em Alvorada do Sul, e não foi avaliado em Xambrê. As diferenças no tempo de aparecimento do gosto rio/riado entre regiões são explicadas pelas variações das condições climáticas. Nas regiões onde a colheita coincide com épocas úmidas, como Xambrê, é imprescindível a separação das fases de maturação (maduro e seco), para evitar misturar os frutos secos, que podem estar com gosto riado/rio, com os frutos cereja, de boa qualidade.Item Herança da característica erecta (Er) da ramificação plagiotrópica e sua relação com o vigor vegetativo em população F2 do cruzamento "Catuaí Erecta" x 'IAPAR-59'(2001) Sera, Gustavo Hiroshi; Sera, Tumoru; Androcioli, Armando; Azevedo, José Alves de; Alteia, Marcos Zorzenon; Colombo, Larissa Abgariani; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféNo cafeeiro Arabica, o ângulo que os ramos laterais fazem com a haste principal é, em média, de 67º, com variação de 50 a 85º. Em cafeeiros descritos como da variedade Erecta de porte normal esse ângulo médio é de 26º apenas, com variação de 11 a 41. Híbridos F1 de cafeeiros Erecta de porte normais apresentam ramos eretos e, em F2 nota-se uma segregação de 3:1 de plantas eretas e normais, indicando que o fator erecta é dominante. As gerações F1 e F2, do híbrido entre "Catuaí Erecta" encontrado na região de Maringá-PR em 1988 e a ‘IAPAR-59’ foram estudadas quanto à herança da característica ereta e quanto ao vigor vegetativo. A característica ereta é controlada por um par de genes de dominância parcial, divergindo dos trabalhos anteriores. Houve correlação significativa em nível de 1% entre o vigor vegetativo e a arquitetura da planta, isto é, as plantas de arquitetura ereta são mais vigorosas que as semi-eretas e estas, mais que as plantas normais. As médias dos ângulos obtidos foram de 14, 31 e 50º, respectivamente para os fenótipos ereta, semi-ereta e normal, diferindo da encontrada na literatura. É possível que este cafeeiro ‘Catuaí Erecta’ seja originado por mutação ou seja recombinante do cruzamento realizado entre o cafeeiro ‘Erecta’ de porte normal com a ‘Catuaí’. Este material tem utilidade para plantios super e hiperadensados altamente produtivos, cultivados sob novos sistemas de condução e colheita, devido à resistência à ferrugem e à arquitetura ereta compacta.Item Influência da forma de disposição das plantas na área sobre a produtividade em lavouras de café adensado(2001) Androcioli, Armando; Caramori, Paulo Henrique; Carneiro, Francisco; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféO objetivo do presente trabalho foi de estudar a influência da forma de disposição das plantas em lavouras com diferentes densidades de plantio sobre o crescimento e a produtividade de cafeeiros. O experimento foi conduzido em Londrina- PR, no período de 1995 a 2000, com populações de 6.000, 8.000, 10.000, 12.000 e 14.000 plantas por hectare e cinco formas de disposição das plantas na área, para cada população. O delineamento estatístico foi o de blocos completos ao acaso, com 24 tratamentos e quatro repetições. A cultivar utilizada foi a IAPAR 59, plantada em abril de 1995, com uma planta por cova. Na média de quatro colheitas (1997 a 2000) houve aumento de produtividade até a densidade máxima estudada, de 14.000 plantas.ha -1 . Em todas as populações, houve aumento da produtividade quando a forma de disposição das plantas na área tendeu ao quadrado. As perdas em produtividade foram de 20% para um índice de retangularidade (espaçamento entre linhas sobre espaçamento na linha) de 3,6 e chegaram a 35,9% para um índice de retangularidade de 8,8, no ponto máximo da curva de regressão quadrática. A altura média das plantas aumentou com o incremento em densidade, e o diâmetro da copa reduziu nas populações superiores a 10.000 plantas.ha -1 . Não houve alteração no número de ramos plagiotrópicos das plantas em função da densidade. O número de plantas por hectare e a forma de disposição dos cafeeiros na área são fatores importantes para a manutenção de alta produtividade na lavoura.Item Observações microclimáticas de geadas em viveiros de café(2000) Carneiro, Francisco; Morais, Heverly; Caramori, Paulo Henrique; Androcioli, Armando; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféAs geadas do mês de julho/2000 afetaram centenas de viveiros, destruindo milhões de mudas de café no Paraná. O viveiro do IAPAR em Londrina foi protegido e as mudas produzidas em sacolinha, em canteiros baixos cobertos com pano/plástico de colheita feito de polipropileno trançado, foram totalmente salvas. As mudas produzidas em "tubetes", em canteiros com bandejas a 1,20m de altura do solo foram parcialmente afetadas, dependendo do tipo de cobertura. A fim de avaliar as temperaturas mínimas neste viveiro, instalou-se termômetros de par termoelétrico cobre-constantã nas folhas e raízes de mudas. Na madrugada do dia 24/07/2000, os resultados observados foram: 1- Mudas de sacolinha ao relento: -0,9 ºC 2- Mudas de sacolinha no viveiro sombrite: 0,5 ºC 3- Mudas de sacolinha cobertas com pano/plástico-branco de colheita: 3,2 ºC 4- Mudas de "tubete" com plástico preto e pano de colheita: 2,2 ºC 5- Mudas de "tubete" com plástico preto: 0,2 ºC 6- Mudas de "tubete" cobertas com cobertura alta de sombrite: -0,2 ºC 7- Raiz da muda de "tubete" com cobertura alta de sombrite: 0,6 ºC. Os resultados observados permitem algumas considerações microclimáticas: - A diferença de 4,2 ºC entre as mudas em sacolinhas cobertas e ao relento explicam o escape das mudas protegidas durante as geadas. - As baixas temperaturas na folha e raiz das mudas em "tubetes" ao relento ou cobertas apenas com plástico de polietileno preto, em relação às mudas de sacolinhas, explicam porque as mudas em "tubetes" estão foram mais afetadas pelas geadas. Conclui-se que as mudas de sacolinhas em canteiros baixos podem ser facilmente protegidas contra geadas, por meio da cobertura com túneis de pano/plástico de polipropileno trançado para efeito de isolamento. Por outro lado, as mudas em "tubetes" em canteiros altos, além da proteção do tipo túnel, necessitam de aquecimento extra, devido à sua maior exposição às baixas temperaturas.Item Ocorrência de fermentação durante a secagem do café (Coffea arabica) em terreiro convencional(2000) Scholz, Maria Brígida dos Santos; Androcioli, Armando; Carneiro, Francisco; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféAvaliou-se a evolução da fermentação que ocorre durante a secagem de café em terreiro convencional quando amostras de café cereja são amontoados com diferentes quantidades de umidade. A amontoa ocorre desde o primeiro dia de secagem até o 11o dia. Determinou-se a acidez titulável, pH, açúcares redutores e ácido láctico na polpa do grão. Verificou-se que o maior consumo de açúcares redutores, aumento de acidez e abaixamento de pH ocorreram quando o café foi amontoado com umidade superior a 40%. A produção de ácido láctico inicialmente aumentou em todos os tratamentos para depois diminuir gradativamente até o final da secagem. A acidez produzida não se difundiu para o interior do grão e não foi suficiente para afetar a qualidade de bebida.Item Perfis de umidade do solo sob cafeeiros com diferentes densidades de plantio(2001) Faria, Rogério Teixeira de; Androcioli, Armando; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféCom objetivo de determinar a disponibilidade hídrica do solo sob cafeeiros com diferentes densidades de plantio, um experimento foi conduzido em Londrina-PR. A cultivar foi a Catuaí vermelho e os tratamentos consistiram de quatro densidades de plantio, correspondentes a populações de 14.286, 4.762, 2.857 e 2.040 plantas ha -1 , com quatro repetições, sob delineamento em blocos ao acaso. Durante um ano, determinou-se a umidade do solo em seis profundidades (0-160 cm). Os resultados revelaram maior armazenamento de água no perfil do solo à medida que se aumentou a população de plantas. Os tratamentos afetaram também a distribuição da umidade no perfil, ocorrendo valores mais elevados nos tratamentos sob maior densidade de plantio, desde a superfície até 100 cm. A partir dessa profundidade ocorreu inversão de valores, isto é, maiores teores de umidade foram encontrados nos tratamentos sob menor densidade de plantio. Concluiu-se que o plantio adensado do cafeeiro resulta em maior eficiência de uso da água do solo, explorando maior volume de solo em decorrência do sistema radicular mais profundo, e apresenta melhor conservação da água do solo, devido à menor evaporação em decorrência da baixa radiação solar incidente no solo e proteção da cobertura morta.Item Produção de café com uma e duas plantas por cova em diferentes densidades de plantio(2003) Androcioli, Armando; Carneiro, Francisco; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféO plantio de mais de uma muda por cova é prática comum nos sistemas tradicionais de café, enquanto que nos sistemas adensados predomina o plantio de uma planta por cova. Nas regiões onde a geada ocorre com maior freqüência, o uso de mais de uma planta por cova pode contribuir para reduzir os danos, em função da proteção de uma copa sobre a outra. O estudo foi realizado com o objetivo de avaliar a influência do número de plantas por cova em diferentes densidades de plantio. As populações avaliadas foram: 10.000; 8.000; 6.667; 5.714; 5.000 e 4.000 plantas por hectare, em parcelas com uma e duas plantas por cova para cada densidade. Foi mantido o espaçamento fixo de 2,50 m entre as linhas e espaçamentos variáveis na linha para se obter a população desejada. A distância na linha para as covas com duas plantas foi o dobro da distância na linha para as covas com uma planta, para uma mesma população de plantas por hectare. O experimento foi implantado em Londrina-PR, em solo Latossolo roxo distrófico, utilizando um esquema fatorial, densidade e número de plantas por cova, em delineamento inteiramente ao acaso, com 4 repetições. Utilizou-se a progênie Icatu x Catuaí. Foi avaliado a produtividade média de café beneficiado em kg/ha no período de 1998 a 2002. Em 2000 os cafeeiros foram afetados por geada severa, resultando em produção nula em 2001. Não houve diferença nos danos de geada aos cafeeiros em função da densidade e do número de plantas por cova. A produtividade média foi de 1758; 1853; 1720; 1624; 1489 e 1428 kg/ha, respectivamente, da maior para a menor densidade de plantio. Nesta média, está incluída a produtividade nula de 2001. Os resultados demonstram que no período estudado a produtividade aumentou significativamente até a densidade de 8.000 plantas por hectare, nos sistemas com uma ou duas plantas por cova. Não houve diferença significativa entre o cultivo de uma planta por cova e duas plantas por cova nas diferentes densidades de plantio. Os resultados demonstram que o maior efeito sobre a produtividade é proporcionado pelo número de plantas por área e não pelo número de plantas na cova. Na prática, estes resultados demonstram que para as condições estudadas, o cultivo de 8.000 covas com uma planta por cova ou de 4.000 covas com duas plantas por hectare, proporcionam produtividade semelhantes. Isto é válido, também, para as demais densidades avaliadas.Item Qualidade de bebida de genótipos de café em diferentes condições ambientais na região cafeeira do Paraná.(2007) Scholz, Maria Brígida S; Sera, Tumoru; Androcioli, Armando; Embrapa - CaféDentre as espécies de café, a Coffea arabica L. é reconhecidamente a que produz o café de melhor qualidade, porém quando são acrescentadas características agronômicas de outras espécies e ou híbridos pode ocorrer alterações da qualidade de bebida da progênie resultante. Como a qualidade é influenciada pelas condições ambientais, foi avaliado o comportamento das cultivares registradas do Iapar (IPR 100, IPR 103, Iapar 59) e da cultivar Catuaí Vermelho, provenientes da região de Londrina, de Itaguajé e São Jorge do Patrocínio, no Estado do Paraná. Determinou-se a concentração de lipídios, proteínas, açúcares totais, açúcares redutores, ácidos clorogênicos, cafeína, taninos totais e acidez titulável. Após o treinamento e seleção da equipe, os provadores identificaram e quantificaram os atributos de turbidez, aroma de café, aroma doce, aroma verde, corpo, gosto doce, gosto ácido, gosto amargo e sabor verde e adstringência na bebida do café. Avaliou-se ainda a qualidade de bebida pela prova de xícara. Em Londrina as cultivares apresentaram maior concentração de lipídios, cafeína e aroma e sabor mais doces. Verificou-se maior teor de taninos e ácidos clorogênicos e maior intensidade de aroma e sabor verde nas cultivares provenientes de Itaguajé, enquanto que em S.Jorge do Patrocínio observou-se maior intensidade de sabor amargo. A cultivar Catuaí Vermelho apresentou menor variação de composição e qualidade de bebida que as demais cultivares.Item Sistema agroflorestal permanente cafeeiro e seringueira. 1. - influência da projeção da copa da seringueira sobre o crescimento e produção do cafeeiro(2003) Pereira, Jomar da Paes; Androcioli, Armando; Leal, Alex Carneiro; Ramos, André Luiz M.; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféO Noroeste do Paraná, com tipo climático subtropical úmido mesotérmico (Cfa, Köppen) e solos leves derivados do Arenito Caiuá, foi submetido a um processo acelerado de colonização baseado na cafeicultura, importante para a economia da região. Essa cultura sofreu grande declínio devido à baixa fertilidade do solo, incidência de nematóides, eventual ocorrência de geadas provocando danos à parte aérea e sobre a produção e carência de práticas conservacionistas adequadas. Com base na retomada da cafeicultura na região, respaldada em plantios adensados e, na recente introdução da seringueira (Hevea brasiliensis) despontando como uma das alternativas para composição de sistemas agroflorestais com cafeeiro, buscou-se o estudo de sistemas agroflorestais envolvendo essas duas culturas. Visando não só a proteção e reduzir os danos por geada à lavoura cafeeira, mas como forma de atender os aspectos sociais, econômicos e de preservação das condições dafoclimáticas, avaliou-se a interferência mútua no desempenho das duas culturas em sistema agroflorestal permanente. A escolha da seringueira deveu-se ao grande potencial dessa cultura para a região, podendo ocupar pequenas e médias propriedades rurais, e a sua importância estratégica para o país, que importa cerca de 63% do seu consumo interno, sujeito a um crescente aumento dos preços internacionais . O experimento foi instalado em fevereiro de 1993 em área da Companhia Melhoramentos Norte do Paraná -CMNP, no município de Paranapoema-PR, com o cafeeiro, progênie Icatu x Catuaí - IAPAR PR755054-28, no espaçamento adensado uniforme de 2,5m x 1,3m com três espaçamentos entre filas duplas de seringueira (clone PB 235) de 4,0m x 2,5m afastadas de 13,0m, 16,9m e 22,1m, além dos plantios solteiros das duas culturas, delineados em blocos casualizados com cinco repetições. Considerando os afastamentos das linhas de café em relação à projeção das copas da seringueira, a partir do centro das filas duplas, as produções médias de café beneficiado, ao longo de cinco colheitas, tem mostrado não haver efeito da seringueira, sobre o crescimento e a produção do cafeeiro. A melhor produção obtida pelo café ocorreu no espaçamento de filas duplas distanciadas 16,9m, com 1.071kg/ha, seguida de 22,1m, com 956kg/ha e vice-versa em relação à seringueira, quanto à CAP e EC, número de plantas aptas para sangria e produção de borracha seca/ha/ano. Os resultados obtidos ao longo do período de duração do experimento, baseados na produção do café (excluindo-se 2000 a 2002 sem produção devido ao efeito de geada nas parcelas de café solteiro o que provocou a recepa total e replantio visando a uniformização) e na análise de variância, seguida de comparação de médias, vêm mostrando que as diferenças superiores e favoráveis às parcelas consorciadas em relação aos plantios solteiros das duas culturas, não foram estatisticamente significantes, o que permite concluir que o agro-ecossistema café x seringueira, constitui-se num fator positivo de ocupação produtiva de extensas áreas do Noroeste Paranaense, inclusive como forma de minimizar os danos provocados por geadas e promover a diversificação de renda na propriedade rural.Item Transformação de lavoura cafeeira tradicional em adensada.(2007) Androcioli, Armando; Carneiro, Francisco; Hugo, Renzo Gorreta; Androcioli, Humberto Godoy; Embrapa - CaféA renovação de lavoura cafeeira é um processo que demanda alto investimento e ocasiona a perda de renda durante o período de formação da nova lavoura em função da eliminação dos cafeeiros velhos. Com o objetivo de manter a renda durante a fase de renovação da lavoura foi avaliada nas condições de Londrina a implantação de uma ou duas linhas de cafeeiros entre as linhas de cafeeiros velhos de variedades de porte baixo e de porte alto, cultivadas no espaçamento de 4,0mx2,0m. Os resultados indicaram que a implantação de uma ou duas linhas de cafeeiros de porte baixo, resistente à ferrugem, entre as linhas de cafeeiros velhos aumenta a produtividade da lavoura e se constitui em uma forma importante para a transformação de lavoura sem perda de renda durante a fase de renovação. Não houve diferenças entre a produção de café das cultivares de porte baixo e porte alto nos sistemas avaliados.Item Utilização de espécies intercalares ao cafezal para proteção contra geadas: resultados e perspectivas(2001) Caramori, Paulo Henrique; Morais, Heverly; Androcioli, Armando; Leal, Alex Carneiro; Gorreta, Renzo; Cruz, Roberto Fernando Rosa; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféO plantio consorciado de espécies anuais e perenes, de hábito de crescimento herbáceo, arbustivo e arbóreo, visando proteção de cafezais contra geadas, vem sendo investigado nos últimos 20 anos no Estado do Paraná. Diversas espécies e combinações de espaçamento foram avaliadas. Comprovou-se a eficiência desses sistemas para evitar danos de geadas de diferentes intensidades, dependendo da espécie e forma de manejo. Nesses estudos ficou evidente que a competição por luz é o fator mais limitante nas condições paranaenses, em que o balanço hídrico em geral é positivo. Como os cafeeiros têm a diferenciação do botão floral no mesmo período em que é necessário protegê-los contra geadas, o sombreamento causa redução de produção, e que limita a ampla adoção desta técnica em lavouras em fase de produção. Sugere-se a continuidade de estudos visando selecionar novas espécies e formas de manejo e também a necessidade de realizar pesquisas sobre a fisiologia do florescimento do cafeeiro em condições de baixa radiação fotossintética.