Navegando por Autor "Lacerda, Adílio Flauzino de"
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Item Alteração nas características físicas, químicas e bioquímicas da água no processo de lavagem, despolpa e desmucilagem de frutos do cafeeiro(2005) Rigueira, Roberta Jimenez de Almeida; Lacerda, Adílio Flauzino de; Matos, Antonio Teixeira de; Embrapa - CaféEste estudo teve por objetivo as caracterizações físicas, químicas e bioquímicas da água residuária da lavagem, despolpa e desmucilagem dos frutos do café (Coffea arabica L.). Estas operações contribuíram efetivamente na obtenção de um café de melhor qualidade e permitiram a redução da massa total a ser processada e o volume do café a ser armazenado. O processamento dos frutos úmidos que envolvem lavagem, despolpamento e desmucilagem também contribuíram para a redução do tempo de secagem, consumo de energia e para diminuição dos custos totais do processamento do café. Durante o processo de lavagem são gerados entre 0,1 L a 0,2 L de água residuária por litro de frutos de café processados. O valor real depende do tamanho do tanque de lavagem e do número de recirculações feitas durante o dia. O experimento foi montado em uma fazenda localizada no município de São Miguel do Anta, Estado de Minas Gerais. Foi utilizado café cereja, da variedade Catuaí, colhido pelo método de derriça manual sobre pano, no período entre maio e julho de 2004. O teor inicial de água dos frutos no início da colheita foi, aproximadamente, 60 % b.u., contendo, em massa, 68 % de frutos maduros, 16 % de frutos verdes e verdoengos e 16 % de frutos secados na planta. Amostras de água foram coletadas antes e após a entrada dos frutos no lavador/separador mecânico, no despolpador e no desmucilador. Também foram coletadas amostras da água descartada no final do processo. Foram processados aproximadamente 11.000 litros de frutos por dia, para um volume médio de 3,0 litros de água para cada litro de fruto, na primeira despolpa e de 1,8 litros de água para cada litro de fruto na segunda despolpa. Os elevados valores de DBO e DQO indicaram que as águas residuárias possuem elevada carga orgânica e, se forem lançadas em corpos hídricos receptores sem tratamento prévio, poderão ocasionar sérios problemas ambientais. A elevada concentração de sólidos totais (ST), dos quais a maior parte é composta por sólidos voláteis (SV), podem ser removidos através de tratamento biológico. Com base nos resultados obtidos, pode-se concluir que é necessário realizar o tratamento prévio da água residuária produzida durante o processamento dos frutos do café, visto que as concentrações de sólidos totais e DBO de 12.826 e 5.821,2 mg.L-1 , respectivamente, estão superiores aqueles permitidos pela legislação ambiental para o lançamento de efluentes em um corpo hídrico receptor. Reforça-se a idéia do aproveitamento de nutrientes contidos neste resíduo, de forma adequada, como fertilizante, considerando que as concentrações de nitrogênio e, principalmente, de potássio, são relativamente altas. O valor dessas águas como fertilizante é forte indicativo da possibilidade de sua utilização em sistemas solo-planta, como forma de tratamento dessas águas.Item Análise de sistemas de secagem de café utilizando-se bomba de calor e gás liqüefeito de petróleo - GLP(Universidade Federal de Viçosa, 2007) Santos, Reginaldo Rodrigues dos; Lacerda, Adílio Flauzino de; Universidade Federal de ViçosaObjetivou-se com este trabalho analisar a secagem de café cereja descascado e desmucilado em secador de café em lotes intermitentes de fluxos concorrentes, utilizando uma bomba de calor para condicionar o ar de secagem. Na avaliação da viabilidade técnica e do custo operacional deste sistema, fez-se um estudo comparativo com o sistema de secagem para café em secador de leito fixo em leiras, utilizando, como fonte de aquecimento do ar de secagem, um gerador de calor a gás, tendo sido utilizado neste trabalho o gás liqüefeito de petróleo (GLP). A temperatura do ar de secagem foi de 40 °C no secador de café em lotes intermitentes de fluxos concorrentes e durante a pré-secagem no secador de leito fixo em leiras. Na secagem completa no secador de leito fixo em leiras, a temperatura do ar de secagem foi de e 50 °C. Foram realizados três testes para cada um dos sistemas de secagem estudados. Utilizou-se como produto o café (Coffea arabica L.). Como amostra testemunha, fez-se, em terreiro suspenso, ao sol, uma secagem para cada ensaio até que o café atingisse o teor final de umidade de 11,0 ± 0,5% b.u., visando à comparação de qualidade final do produto. Para a avaliação da eficiência energética de secagem dos sistemas, determinaram-se o consumo de combustível e o consumo de energia elétrica. Com base nos resultados obtidos, foi possível observar menor consumo específico de energia no secador de café em lotes intermitentes de fluxos concorrentes em todos os testes, quando comparados com o secador de leito fixo em leiras. O coeficiente de desempenho (COP’) da bomba de calor apresentou valores de 2,3; 2,4 e 2,5 para os testes 1, 2 e 3, respectivamente. O custo operacional da secagem complementar, por saca de 60 kg de café beneficiado, foi de R$ 16,00, R$ 15,89 e R$ 18,48 para os testes 1, 2 e 3, respectivamente, para a secagem no secador de café em lotes intermitente de fluxos concorrentes; e de R$ 7,66, R$ 6,44 e R$ 5,57, para os testes 1, 2 e 3, respectivamente, para a secagem no secador de leito fixo em leiras. A qualidade final do produto não foi comprometida quando comparada com as secagens nos dois sistemas estudados com suas respectivas amostras testemunhas.Item Avaliação da qualidade do café processado por via úmida, durante as operações de secagem e armazenagem(Universidade Federal de Viçosa, 2005) Rigueira, Roberta Jimenez de Almeida; Lacerda, Adílio Flauzino de; Universidade Federal de ViçosaObjetivou-se com esse trabalho analisar o efeito da radiação solar sobre a qualidade do café preparado sob a forma cereja descascado, despolpado, desmucilado sob diferentes condições de secagem e armazenagem; caracterizar física, química e bioquimicamente a água residuária da lavagem, nas diferentes fases das operações unitárias de despolpa e desmucilagem dos frutos do cafeeiro (Coffea arabica L.); avaliar a qualidade do produto com base no sistema comercial de classificação, considerando a variação da cor no que diz respeito ao fenômeno de branqueamento dos grãos; e, avaliar, simultaneamente, a interrelação entre os processos de secagem e armazenagem, e a contaminação por microrganismos. O experimento foi montado em uma fazenda localizada no município de São Miguel do Anta, Estado de Minas Gerais. Foi utilizado café cereja, da variedade Catuaí, colhido pelo método de derriça manual sobre pano, no período entre maio e julho de 2004. O teor inicial de água dos frutos no início da colheita foi, aproximadamente, 60 % b.u., contendo, em massa, 68 % de frutos maduros, 16 % de frutos verdes e verdoengos e 16 % de frutos secados na planta. Foram processados aproximadamente 10.000 litros de frutos por dia, para um volume médio de 3,0 litros de água para cada litro de fruto, na primeira circulação e de 1,8 litros de água para cada litro de frutos, considerando a recirculação de água. Amostras de água foram coletadas antes e após a entrada dos frutos no lavador/separador mecânico, no descascador/despolpador/desmucilador. Também foram coletadas amostras da água descartada no final do processo. Foi utilizado um experimento de parcelas subdivididas, tendo nas parcelas um esquema fatorial 6 x 2 e nas subparcelas quatro avaliações, com três repetições. Foram utilizadas seis condições de secagem e duas formas de cobertura dos lotes armazenados, avaliadas em quatro períodos de tempo no decorrer do armazenamento. Os elevados valores de Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) e Demanda Química de Oxigênio (DQO) indicaram que as águas residuárias possuíam elevada carga orgânica e, se forem lançadas em corpos hídricos receptores sem tratamento prévio, poderão ocasionar sérios problemas ambientais. A elevada concentração de sólidos totais (ST), dos quais a maior parte é composta por sólidos voláteis (SV), indicaram a necessidade de serem removidas por meio de tratamento biológico. A secagem sem exposição direta à radiação solar global proporcionou a redução do branqueamento dos grãos durante a armazenagem e produziu cafés de melhor qualidade. A seleção manual dos grãos de café pretos, verdes e ardidos, durante o processo de secagem e beneficiamento, pode contribuir para a obtenção de um produto com menor número de defeitos. Verificou-se que, tanto o surgimento de esporos de microrganismos na superfície dos grãos em pergaminho, quanto a identificação do percentual de colonização destes microrganismos na casca e no grão, não foi suficiente para infestar e comprometer a estrutura dos grãos na armazenagem. Os testes experimentais cobertos com lona plástica apresentaram melhor resultado no que se refere à bebida, coloração e incidência de microrganismos.Item Avaliação de diferentes métodos de secagem do café (coffea arabica L.) cereja descascado.(Universidade Federal de Viçosa, 2009) Ampessan, Fernando; Lacerda, Adílio Flauzino de; Universidade Federal de ViçosaA secagem é uma das operações unitárias de pré-processamento que podem influenciar a manutenção da qualidade do café. Consiste na retirada de excesso de água contido no café, até um valor seguro para o armazenamento (10 a 12% b.u.). A secagem artificial em terreiros é o processo mais utilizado no Brasil, porém a utilização de secadores mecânicos vem aumentando devido ao surgimento de novas técnicas de secagem e modelos de secadores mais econômicos e rentáveis. Sendo assim, neste trabalho objetivou-se analisar e comparar diferentes técnicas de secagem, levando em consideração a qualidade, consumo especifico de energia e custos operacionais. Na análise de secagem em terreiros foram avaliados diferentes materiais de pavimentações, asfalto, concreto e terreiro suspenso, levando em consideração os fatores climáticos, radiação solar global, incidente e refletida,velocidade do vento e as temperaturas da massa de grãos, superfície do terreiro coberta pela massa de grãos e exposta a incidência da radiação solar. O monitoramento do teor de água foi realizado diariamente as 9, 12 e 15 horas. Na secagem utilizando-se de secadores mecânicos foram avaliados dois sistemas: a) secagem combinada (pré-secagem em terreiro de concreto e secagem complementar em secador híbrido) e; b) secagem completa em secador híbrido. Para isso foram monitoradas as temperaturas em diferentes pontos localizados na massa de grãos e no plenum do secador, além das condições climáticas do local. O teor de água foi monitorado a cada hora e o revolvimento dos grãos foi realizado em intervalos regulares de duas horas. Amostras do café seco foram encaminhadas para o Laboratório de Micologia e Patologia de Sementes do Departamento de Fitopatologia da Universidade Federal de Viçosa, para a detecção e identificação de fungos e para a Corretora Três Irmãos Ltda, localizada no município de Viçosa, para classificação. O tempo de secagem do café no terreiro com pavimentação de asfalto foi de 13 dias, no terreiro suspenso foi de 14 dias e no terreiro pavimentado com concreto foi de 15 dias. A secagem completa em sacador híbrido foi realizada em 66 horas, e a complementação da secagem combinada, no secador hibrido, foi realizada em 36 horas, cujo teor inicial de água era de 32,4 % (b.u.). O teor final de variou entre 11,9 e 11,7 % (b.u.), respectivamente. O consumo especifico de energia para o terreiro com pavimentação de asfalto foi de 9,4640 MJ.kg-1 de água evaporada, para pavimentação de concreto foi de 10,6462 MJ.kg-1 de água evaporada. Na secagem completa em secador híbrido e no sistema combinado foram, respectivamente, 7,5478 e 9,3384 MJ.kg-1 de água evaporada. Observou-se que o café foi contaminado, no campo, por microorganismos. Observou-se menor indicie de infecção no produto secado no secador híbrido. Os custos operacionais de secagem, por saca de 60 kg, foram de R$ 11,12 para seca em terreiro com pavimentação de asfalto, R$ 14,13 para pavimentação de concreto, R$ 20,21 para sistema combinado e R$ 11,09 para secagem completa. Conclui-se que a secagem em terreiro com pavimentação de asfalto é mais rápida que no terreiro de concreto. Para o mesmo teor inicial de água, observou-se menor tempo de operação quando se realizou a secagem completa no secador híbrido em comparação ao sistema combinado. A secagem no terreiro com pavimentação de asfalto foi mais eficienete energeticamente em comparação com o terreiro de concreto, para as condições experimentais. A secagem completa em secador híbrido teve maior eficiência energética que a realizada no sistema combinado e nos terreiros, indiferente do material de pavimentação. Secadores de leito fixo em leiras proporcionam diminuição na infecção de algumas espécies de fungos, tanto no café beneficiado como no pergaminho. O secador híbrido proporcionou menor custo operacional de secagem. Dentro dos componentes do custo de secagem, o custo de mão de obra representa maior proporção do custo total para a secagem em terreiro. Na secagem completa em secador híbrido obtém-se melhor qualidade de bebida. Não houve influência do tipo de terreiro sobre a qualidade da bebida do café.Item Avaliações energética e econômica de sistemas de produção de café de montanha(Universidade Federal de Viçosa, 2007) Palacin, Juan Jose Fonseca; Lacerda, Adílio Flauzino de; Universidade Federal de ViçosaPara garantir altos níveis de qualidade ao café é necessário usar uma série de procedimentos, como Boas Práticas Agrícolas (BPA), Boas Práticas de Pré-Processamento e Boas Práticas de Processamento (BPP). As definições e aplicações dessas práticas devem ser adotadas em toda a cadeia de produção do café, para transformar o agronegócio em uma atividade eficiente e lucrativa. Além de um estudo de viabilidades técnica, operacional e econômico para a implementação das BPA e BPP, produtores e industriais devem estar atentos e organizados sobre a idéia e vantagens da adoção de tal prática. Objetivou-se, com este trabalho, realizar o balanço energético e a análise econômica para a produção de café de montanha em uma fazenda, implementando as boas práticas em toda a cadeia de produção, no pré-processamento e processamento de café lavado, descascado, desmucilado mecanicamente e secado em terreiro convencional de cimento, em comparação com outros dois processos de secagem. Em um deles, a secagem foi realizada em um terreiro secador, de leito fixo, em leiras, sem incidência direta de radiação solar e, no outro, realizou-se a secagem combinada em terreiro secador de leito fixo, em leiras, com distribuição de ar aquecido até a meia-seca (20 a 25% b.u.), completando-se a secagem em silo secador, com ar natural, até que os grãos atingissem o teor de água entre 11 e 12% b.u. O experimento foi realizado em uma fazenda a 702 m de altitude, localizada no Município de São Miguel de Anta, MG - Brasil. A variedade de café utilizada foi "Catuaí" linhagem vermelha com idade inicial de 3,5 anos. Os frutos foram colhidos pelo método da "derriça sobre o pano" em forma semi-seletiva. Os resultados permitiram concluir que a radiação solar global foi o componente de fluxo de radiação de maior magnitude, e a radiação fotossinteticamente ativa (RFA) foi o componente de maior aporte no balanço de energia da cultura. Adotando procedimentos que proporcionem a aplicação de boas práticas agrícolas, de pré-processamento e de processamento, é possível obter café com qualidade. Pelas técnicas de secagem em terreiro secador de leito fixo, em leiras, com distribuição de ar aquecido, sem incidência direta solar até o final (12% b.u.) e a secagem em combinação com meia-seca (25% b.u.) em terreiro secador de leito fixo, em leiras, sem incidência direta de radiação solar, com fornalha a fogo indireto e lenha como combustível e a complementação da secagem em silos, utilizando ar na temperatura ambiente, obteve-se melhor qualidade do café, e essas técnicas podem ser incluídas dentro entre aquelas adotadas para as boas práticas nas operações de processamento, garantindo alto padrão de qualidade. Os consumos médios de energia no primeiro ano fenológico 2003/2004 e no segundo 2004/2005, avaliados da cultura do cafeeiro de montanha na região da Zona da Mata mineira, foram de 23.035.733,80 MJ/ha e 24.918.830,18 MJ/ha, respectivamente. Já os consumos médios de energia do processamento de secagem de café descascado e desmucilado das parcelas avaliadas no primeiro ano fenológico 2003/2004 foram de 668,98 MJ/saca (terreiro cimentado), 195,55 MJ/saca (terreiro secador até 12%) e 411,52 MJ/saca (secagem combinada), enquanto no segundo ano fenológico 2004/2005 avaliado com relação ao café em coco esses consumos foram de 1.201,50 MJ/saca (terreiro cimentado) e de 352,95 MJ/saca (terreiro secador até 12%) de 60 kg de café beneficiado. Os custos médios do processamento de secagem de café descascado e desmucilado das parcelas avaliadas no primeiro ano fenológico 2003/2004 foram de R$6,42/saca (terreiro cimentado), R$5,67/saca (terreiro secador até 12%) e R$5,68/saca (secagem combinada), enquanto no segundo ano fenológico 2004/2005 avaliado quanto ao café em coco esses custos foram de R$16,01/saca (terreiro cimentado) e de R$8,37/saca (terreiro secador até 12%) de 60 kg de café beneficiado. O tempo de retorno do capital (período de Payback) nesse projeto foi de 12 anos, ou seja, o tempo necessário para que os investimentos de capital próprio sejam integralmente recuperados. O Valor Presente Líquido (VPL) calculado indicou que os ganhos do projeto remuneram o investimento feito à taxa de 6% ao ano e ainda permitiram acrescentar o valor da empresa. Por tudo isso, o projeto é viável, já que a avaliação feita e projetada cobre o custo do capital investido e o investimento projetado. Também, a Taxa Interna de Retorno (TIR) foi de 7,71%, indicando que o Valor Presente Líquido (VPL) do projeto torna-se nulo à taxa de 7,71%, sendo superior à taxa de desconto utilizada no projeto (6% ao ano). Portanto, o capital investido será integralmente recuperado.Item Boas práticas para produzir café com qualidade(2005) Palacin, Juan Jose Fonseca; Lacerda, Adílio Flauzino de; Melo, Evandro de Castro; Silva, Juarez de Sousa e; Donzeles, Sérgio Maurício Lopes; Embrapa - CaféPara garantir altos níveis de qualidade no café é necessário usar uma série de procedimentos, como, Boas Práticas Agrícolas (BPA), Boas Práticas de Pré-processamento e Boas Práticas de Processamento (GPP). As definições e aplicações dessas práticas devem ser adotadas em toda a cadeia de produção de café, para transformar o agronegócio em uma atividade eficiente e lucrativa. Além de um estudo de viabilidade técnico, operacional e econômico, para a implementação das BPA e BPP, produtores e industriais devem estar atentos e organizados sobre a idéia e vantagens da adoção de tal pratica. Objetivou-se com este trabalho, aplicar em uma fazenda de café comercial, as boas práticas em toda a cadeia de produção de café. A avaliação da qualidade final do café foi baseada na secagem do café (previamente descascado e despolpado) num terreiro convencional de cimento, em comparação com a secagem combinada em terreiro "híbrido" até meia-seca e secagem final em silo secador com ar natural. O experimento foi levado a cabo em uma fazenda de café a 705m de altitude, localizada no município de São Miguel de Anta MG - Brasil. A variedade utilizada foi "Catuaí" linhagem vermelha com 4,5 anos de idade. Os frutos de café foram colhidos pelo método de "derriça sobre o pano" em forma semi-seletiva. Posteriormente os frutos foram lavados, despolpados e desmucilados mecanicamente. A análise dos dados e interpretação dos resultados permitem concluir que, adotando procedimentos que proporcionem a aplicação de boas práticas agrícolas, de pré-processamento e de processamento, é possível obter café com qualidade e que a técnica de secagem em combinação, com meia-seca em terreiro "híbrido" e complementação da secagem em silos, utilizando ar na temperatura ambiente, obteve melhor qualidade do café secado e pode ser incluída dentro das técnicas adotadas para as boas práticas nas operações de processamento de café garantindo altos padrões de qualidade.Item Consumo específico de energia e rendimento energético de biomassas na secagem de café utilizando secadores leito fixo de dupla câmara e de fluxos cruzados(2003) Silva, Jadir Nogueira da; Silva, Juarez de Sousa e; Sobrinho, José Cardoso; Lacerda, Adílio Flauzino de; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféDas etapas do processamento do café, a que mais consome energia é a secagem, isto devido ao fato de o mesmo ser colhido com elevada umidade, e de esta se processar de forma gradual, relativamente lenta. Com os custos de energia elétrica e dos energéticos em constantes altas, faz-se necessário tomar medidas preventivas de desperdícios, bem como de se analisar os aspectos diversos relacionados ao consumo dos energéticos usados e a otimização de seu uso. Neste contexto fez-se uma análise do consumo específico de energia e do rendimento energético da secagem utilizando-se lenha de eucalipto, carvão vegetal e palha de café como fontes de energia para aquecimento do ar de secagem de café (Coffea arábica L.). Os resultados foram comparados com outros obtidos em um secador testemunha, do tipo intermitente de fluxos cruzados, por se tratar do equipamento mais comercializado no mercado nacional. Utilizou-se um secador de dupla câmara, leito fixo, de 6000 litros de capacidade, que proporciona intermitência de três horas na secagem, feita alternando-se o uso das duas câmaras. A temperatura do ar de secagem usada foi de 40º a 60ºC e a comparação se fez com valores obtidos nos secadores industriais da empresa Heringer, de Martins Soares-MG. Os resultados indicaram que: i - A utilização de energia de biomassas diversas como carvão vegetal, lenha de eucalipto e palha de café é opção racional, de custos baixos e boa eficiência energética para secagem de café; ii - O rendimento energético da secagem usando carvão foi superior a dos outros dois combustíveis testados e iii - A secagem utilizando diferentes tipos de combustíveis não produziu alteração na qualidade do café seco;Item Custos comparativos de secagem de café usando-se lenha de eucalípto e gás liquefeito de petróleo(2000) Sobrinho, José Cardoso; Silva, Jadir Nogueira da; Lacerda, Adílio Flauzino de; Silva, Juarez de Sousa e; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféDesenvolveu-se um estudo visando a determinação do custo da secagem de café com aquecimento do ar de secagem pela queima de lenha de eucalipto e gás liquefeito de petróleo. Secou-se o café cereja até 13% bu, em secadores horizontal e vertical. Para o aquecimento do ar de secagem no secador horizontal, queimou-se lenha de eucalipto numa fornalha a fogo indireto, onde o café foi seco, ininterruptamente, do início da operação, com 38±4% bu de umidade, até 13% bu. Na secagem realizada no secador vertical, aqueceu-se o ar, queimando GLP, tendo o produto umidade inicial de 46±2%. Ao atingir a umidade de 18% bu, o café foi transportado para uma tulha, sendo o secador carregado novamente com o produto úmido. O primeiro lote permaneceu na tulha até que o segundo lote atingisse 18% de umidade e fosse para a outra tulha. Assim que este lote de café foi descarregado, o primeiro retornou ao secador para ser completada a sua secagem. Quando se utilizou o GLP para o aquecimento do ar de secagem o custo total foi de R$20,43 por saca de 60 quilos de café beneficiado e, quando se usou lenha de eucalipto, o custo foi de R$8,46 por saca. Se se considerar somente o consumo horário de combustível, na secagem realizada no secador horizontal, aquecimento com lenha de eucalipto, o custo foi de R$1,57 por saca. Por outro lado, na secagem realizada no secador vertical intermitente de fluxos cruzados, usando-se GLP, a operação teve custo de R$6,40 por saca de café beneficiado. Concluiu-se que ao aquecer o ar com GLP, considerando-se somente o consumo de combustível, o custo aumenta 307% em comparação à operação realizada com lenha de eucalipto, e também 141% maior quando todos os custos (fixo e variável) estão incluídos. A qualidade final do produto seco e beneficiado foi a mesma nos dois sistemas estudados.Item Desenvolvimento de um sistema gerador de calor com opção para aquecimento direto e indireto de ar(2003) Lopes, Roberto Precci; Silva, Juarez de Sousa e; Lacerda, Adílio Flauzino de; Oliveira, Delly; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféUm sistema gerador de calor com opção para aquecimento direto e indireto de ar, foi desenvolvido e avaliado para uso em secadores de produtos agrícolas destinados a secagem de grãos ou para desidratação de produtos que requeiram ar "puro" como frutas, hortaliças, ervas e alimentos "in natura". O sistema foi composto por uma fornalha a carvão vegetal, um trocador de calor compacto e uma pequena caldeira horizontal com opção para funcionamento a lenha ou a carvão. Para avaliar o desempenho da fornalha no aquecimento direto do ar de secagem nas vazões de 25, 40, 55 e 70 m3.min-1, foram testados quatro tamanhos de células de queima. A temperatura máxima atingida pelo ar de secagem foi 120°C na vazão máxima do sistema. A potência térmica máxima liberada na câmara de combustão foi 113,4 kW e a carga térmica volumétrica 567 kW.m-3. O rendimento da fornalha variou entre 72,6 e 92,8 % em função da carga térmica solicitada para o aquecimento do ar. A fornalha apresentou como principal característica alimentação constante de combustível na célula de queima, queima continua e regular do combustível na câmara de combustão, manutenção da temperatura do ar de secagem, facilidade do controle da combustão e da temperatura do ar. Na modalidade de aquecimento indireto do ar, utilizou-se vapor d’água saturado úmido como fluido térmico para transferência de energia para o ar, via trocador de calor.Utilizou-se lenha como fonte de energia na fornalha interna da caldeira e carvão vegetal na fornalha externa. A eficiência térmica do sistema no aquecimento de 94,1 m3.min-1 de ar da temperatura ambiente de 30,5°C e UR de 47,8 % para 62,1°C, foi 45,2 % com consumo de 14,6 kg.h-1 de carvão vegetal. A eficiência térmica com lenha foi de 86,5 % no aquecimento de 94,9 m 3 .min -1 de ar da temperatura ambiente de 20,1°C e UR de 87,1 % para 55,5 °C, com consumo de 17,7 kg.h-1 de lenha. Apesar da menor eficiência com utilização de carvão vegetal, o sistema com este combustível permite economia de mão-de-obra na operação de secadores de produtos agrícolas, e a possibilidade de aproveitamento da entalpia dos gases de escape para utilização em aquecimento direto de ar.Item Incidência de fungos em grãos de café (Coffea arabica L.) submetidos a diferentes condições de secagem e armazenagem(2007) Rigueira, Roberta Jimenez de Almeida; Lacerda, Adílio Flauzino de; Dhingra, Onkar Dev; Embrapa - CaféNeste trabalho, objetivou-se avaliar, simultaneamente aos processos de secagem e armazenagem, a contaminação de grãos de café por fungos. Foi utilizado café cereja, da variedade Catuaí, colhido pelo método de derriça manual sobre pano, no período entre maio e julho de 2004. O teor inicial de água dos frutos foi, aproximadamente, 60 % b.u. A massa de frutos de café colhido constituiu de 68 % de frutos maduros, 16 % de frutos verdes e verdoengos e 16 % de frutos secados na planta. Foi utilizado um experimento de parcelas subdivididas, tendo nas parcelas um esquema fatorial 6 x 2 e nas sub-parcelas quatro avaliações, com três repetições. Foram utilizadas seis condições de secagem e duas condições de iluminação: com e sem luz. Periodicamente avaliou-se o número de esporos de fungos na superfície dos grãos, em pergaminho, e os percentuais de grão e pergaminho (casca) colonizado por fungos, durante os períodos de armazenamento. Utilizou-se o método de plaqueamento em caixas gerbox, com papel tipo Blotter umedecidos com água salina a 7,5 %, após esterilização da superfície do grão (imersão em solução de hipoclorito de sódio), sob a temperatura de 25 oC, durante sete dias. A identificação de fungos toxigênicos foi realizada com ênfase nas espécies Aspergillus ochraceus e A. carbonarius. Observou-se que, quanto ao percentual de grão e casca colonizado por estes fungos não apresentou contaminação significativa durante o período de avaliação, ou seja, os fungos estudados não persistiram durante o armazenamento. As condições de umidade relativa e temperatura do ar ambiental, além da atividade de água, não permitiram a colonização por estes fungos. A condição sem luz tambem foi um fator inibidor de infestação por fungos durante a armazenagem.Item Modificação e avaliação de um secador rotativo horizontal, com distribuição radial do fluxo de ar, para secagem de café(Universidade Federal de Viçosa, 2002) Santos, Reginaldo Rodrigues dos; Lacerda, Adílio Flauzino de; Universidade Federal de ViçosaCom o objetivo de avaliar as modificações técnicas e operacionais em um secador rotativo horizontal foram conduzidos seis testes de secagem divididos em dois tratamentos, com três testes cada. A temperatura do ar de secagem foi controlada em 60oC. Os teores de água iniciais do produto foram diferentes em cada teste realizado. Foram utilizados dois secadores rotativos, sendo um comercial e o outro modificado. Utilizou-se como produto o café (Coffea arabica L.) cereja lavado (tratamento 1) e cereja lavado com meia seca (tratamento 2). Como testemunha fez-se, no terreiro, ao sol, uma secagem para cada ensaio até que o café atingisse o teor de água final igual a 11 - 12 % b.u., visando a comparação de qualidade do produto. Para a avaliação da eficiência energética de secagem dos sistemas, determinaram-se o consumo de combustível e o consumo de energia elétrica. Com base nos resultados obtidos, foi possível observar menor consumo especifico de energia no secador rotativo com as modificações propostas, em todos os testes. Um menor consumo de energia elétrica também foi observado no secador rotativo modificado. A qualidade do produto final foi a mesma nos dois secadores. Não houve diferença entre os tempos de secagem nos dois secadores testados.Item Secagem de café em secador de fluxos concorrentes(2001) Lacerda, Adílio Flauzino de; Silva, Juarez de Sousa e; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféPesquisas demonstram que, dentro de certos limites e dependendo do sistema de secagem, quanto maior o tempo necessário para se atingir a umidade ideal para a armazenagem segura do café, maior é a possibilidade de deterioração da qualidade final do produto. Assim, o presente trabalho teve como objetivo desenvolver e avaliar um secador em lotes, com secagem intermitente, em fluxos concorrentes, para a secagem de café. O aquecimento do ar de secagem foi feito por uma fornalha a fogo direto, até temperatura igual a 85 ± 5 °C. O experimento, em delineamento inteiramente casualizado, foi realizado nas dependências da Área de Pré-processamento e Armazenamento de Produtos Vegetais - DEA/UFV. Secou-se café da variedade Catuaí Vermelho, proveniente de uma fazenda da região de Viçosa. Após a colheita, por derriça no pano, os grãos foram lavados e separados em um lavador do tipo "sertãozinho". O café cereja foi colocado em terreiro de cimento para ser submetido à pré-secagem, até atingir umidade próxima a 25% b.u. A secagem foi complementada no secador de fluxos concorrentes até que os grãos atingissem a umidade de comercialização (12 % b.u). Uma parcela do produto foi totalmente secada em terreiro, servindo como testemunha. A avaliação do sistema de secagem foi feita conforme a metodologia proposta por BAKKER-ARKEMA et al. (1978). Avaliaram-se o consumo específico de energia, as condições operacionais e a qualidade final do produto. Os resultados experimentais permitiram concluir que: a) a utilização de temperatura elevada durante o processo de secagem não depreciou a qualidade do café; b) o tempo de operação para a secagem complementar variou entre 6 e 10 horas; c) o sistema pode ser indicado para a secagem de café com meia seca; e d) o secador estudado apresentou baixo consumo específico de energia, quando comparado aos secadores mecânicos existentes no mercado brasileiro.Item Vapor de água para aquecimento do ar de secagem de café: custos e consumo de energia(2000) Silva, Jadir Nogueira da; Sobrinho, José Cardoso; Lacerda, Adílio Flauzino de; Silva, Juarez de Sousa e; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféFez-se uma análise do consumo específico de energia e dos custos do uso do vapor de água para aquecimento do ar de secagem de café (Coffea arábica L.). Utilizaram-se secadores horizontais rotativos para a pré-secagem e de fluxos cruzados intermitentes para complementar a secagem do café com ar aquecido a 60ºC. A secagem em terreiro foi usada como testemunha. Conclui-se que o custo aparente foi de R$3,46 por saca de 60 quilos de café seco e beneficiado, e que o custo real, no qual se inclui o investimento inicial, foi de R$13,61 por saca. A operação realizada em secador horizontal foi mais eficiente que aquela feita no secador vertical de fluxos cruzados, em termos de consumo específico de energia. Concluiu-se, também, por meio de simulações, que se a caldeira usada na produção de vapor operasse com sua capacidade total, o sistema apresentaria menor consumo específico de energia.