Navegando por Autor "Vilela, Evaldo Ferreira"
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Item A cafeicultura e a caracterização do manejo da broca do café na região de Viçosa, Minas Gerais(Universidade Federal de Viçosa, 2007-02-28) Bellini, Luiz Luciano; Vilela, Evaldo FerreiraA realidade da cafeicultura na região de Viçosa é muito peculiar entre os produtores, tanto no aspecto socioeconômico quanto no de produção. Sabe-se que o controle populacional da broca do café é de suma importância para essa atividade devido aos danos diretos causados aos grãos, embora muitos cafeicultores não a considerem um problema real, menosprezando, assim, sua possível influência nas safras. Desse modo, o objetivo deste trabalho foi constatar se a broca do café realmente é problema na região de Viçosa e se a altitude afeta a porcentagem de infestação dessa praga. Para isso, levantaram- se dados de altitude e produção em 25 propriedades grandes, 30 médias e 34 pequenas, números esses considerados representativos de cada estrato de cafeicultor da região. Por meio de anamnese ativa, conheceu-se a realidade socioeconômica e da produção de café das referidas propriedades. Além disso, na colheita foi determinada a real infestação da broca, por amostragem, nas lavouras. Esses dados foram comparados com os obtidos nas entrevistas. Pôde-se constatar que a broca é comprovadamente um problema na região de Viçosa e que a altitude não influenciou a porcentagem de infestação da praga.Item Comportamento reprodutivo do bicho-mineiro-do-cafeeiro, Leucoptera coffeilla (Guérin-Méneville, 1842) (Lepidoptera : Lyonettdae)(Universidade Federal de Viçosa, 2000) Michereff, Mirian Fernandes Furtado; Vilela, Evaldo Ferreira; Universidade Federal de ViçosaNeste trabalho, estudou-se o comportamento reprodutivo de Leucoptera coffeella (Guérin-Mèneville). A periodicidade de captura dos machos foi avaliada em 0,7 ha de café cv. Catuaí, onde foram instaladas armadilhas do modelo Delta, a 0,5 m do solo e com dois atraentes: fêmeas virgens (um dia de idade) e septos de borracha impregnados com o feromônio sexual sintético. A contagem dos insetos capturados foi realizada das 6 às 18 h. A periodicidade de acasalamento foi avaliada em laboratório com casais virgens de diferentes idades. Parâmetros do comportamento de acasalamento (chamamento, corte e cópula) foram observados e filmados, utilizando-se casais virgens com um dia de idade. A fecundidade das fêmeas, a fertilidade dos ovos e a freqüência de reacasalamento das fêmeas foram avaliadas, em razão de diferentes idades do macho e da fêmea no primeiro acasalamento. No caso de fêmeas virgens que se acasalaram com machos já acasalados, determinou-se o efeito do número prévio de acasalamentos dos machos sobre a fecundidade das fêmeas, a fertilidade dos ovos e a freqüência de reacasalamento das fêmeas. A seleção da folha hospedeira para oviposição foi estudada com a liberação de adultos em gaiolas contendo folhas com e sem ovos e folhas minadas com e sem lagartas. A maior captura foi às 12 e 13 h, por armadilhas com fêmeas virgens e feromônio sintético, respectivamente. A periodicidade de acasalamento variou com as idades, e machos e fêmeas não fugiram do padrão comportamental observado entre os Lepidoptera. O atraso no acasalamento do macho afetou tanto a fecundidade como a fertilidade, enquanto a idade de acasalamento da fêmea afetou somente sua fecundidade. A idade do macho não teve influência sobre o reacasalamento das fêmeas, porém fêmeas mais velhas demonstraram maior freqüência de reacasalamento. Fêmeas acasaladas com machos acasalados três vezes tiveram menor fecundidade, menor fertilidade dos ovos e maior freqüência de reacasalamento. As fêmeas de L. coffeella preferiram ovipositar nas folhas isentas de ovos a fazê-lo nas folhas previamente ovipositadas e folhas minadas, com ou sem lagartas.Item Distribuição da infestação da broca-do-café, Hypothenemus hampei, em ramos de cafeeiro(2003) Fanton, César José; Vilela, Evaldo Ferreira; Souza, Og Francisco Fonseca de; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféNa época da colheita, em que a maior parte dos frutos já estavam maduros, e por três ocasiões (25/05, 29/05 e 05/06), avaliou-se a infestação da broca-do-café em cafeeiro Mundo Novo, em Viçosa, MG, nos meses de maio e junho de 2000. Em plantas ao acaso eram contados os ramos que apresentavam apenas 1 ou mais de 1 fruto brocado. A freqüência de ocorrência das duas categorias, "1 brocado" e "+1brocado" foram comparados pelo teste Qui-quadrado. No cômputo geral, 77 ramos (38,3%) apresentaram apenas um fruto brocado, e 124 ramos (61,7%) apresentaram dois ou mais frutos brocados, com valor médio de Qui-quadrado de 5,48 (significativo para P = 0,05). Isso indica a tendência dos descendentes da broca-do-café de atacarem os frutos próximos àqueles em que se desenvolveram. Nesse caso, práticas tais como o emprego de armadilhas atrativas para coleta de adultos nessa época não seria uma prática recomendável, visto que os adultos não se dispersariam a longa distância, preferindo atacar os frutos vizinhos àqueles dos quais se desenvolveram.Item Ecologia da broca-do-café Hypothenemus hampei (Ferrari, 1867) (Coleoptera: Scolytidae) na Zona da Mata de Minas Gerais(Universidade Federal de Viçosa, 2001) Fanton, César José; Vilela, Evaldo Ferreira; Universidade Federal de ViçosaApresenta-se uma revisão dos fatores que afetam a dinâmica populacional da broca-do-café, Hypothenemus hampei (Ferrari, 1867) (Coleoptera:Scolytidae), e resultados de trabalhos conduzidos com essa praga para melhor conhecimento do seu comportamento reprodutivo e do uso de armadilhas atrativas para captura de seus adultos. São apresentadas sugestões para a utilização do conhecimento acumulado sobre H. hampei e sua relação com o cafeeiro para seu controle, introduzindo-se o conceito de "janelas" como aqueles períodos mais adequados para empregar métodos que visem redução da população da broca, como inseticidas, patógenos, parasitóides e armadilhas atrativas, além de apresentar sugestões de novos estudos a serem desenvolvidos. A broca-do-café se dispersa para frutos próximos daquele em que se desenvolveu na época de maturação dos mesmos, e que seus adultos se acumulam no interior de frutos que permanecem na planta ou caem ao solo depois da colheita. Esses fatores contribuem para a baixa eficiência na captura de seus adultos em armadilhas. Registrou-se uma infestação de 70% dos frutos brocados remanescentes na planta pelo parasitóide Prorops nasuta (Hymenoptera: Bethylidae), indicando que este inimigo natural representa fator importante de redução da população da broca que poderia atacar a safra seguinte. Além disso, não há diferença na densidade das diferentes fases do ciclo de vida da broca-do-café nem diapausa reprodutiva em, pelo menos, parte dos adultos de H. hampei que se abrigam nos frutos remanescentes na planta ou caídos ao solo após a colheita.Item Fatores que afetam a eficiência de parasitóides: o caso dos parasitóides da broca-do-café Hypothenemus hampei (Ferrari) (Coleoptera, Scolytidae)(Universidade Federal de Viçosa, 2001) Rincón, Fernando Cantor; Vilela, Evaldo Ferreira; Universidade Federal de ViçosaA broca-do-café, Hypothenemus hampei (Ferrari) (Coleoptera, Scolytidae), é considerada como uma espécie que provoca perdas econômicas em lavouras de café. Para seu controle biológico, têm sido utilizados, entre outros organismos, os ectoparasitóides larvais Cephalonomia stephanoderis (Betrem) (Hymenoptera, Bethylidae) e Prorops nasuta (Waterston) (Hymenoptera, Bethylidae). No entanto, apesar da ação desses parasitóides, a broca-do-café continua sendo considerada como a principal praga das lavouras de café nos países produtores de café do mundo. Em 1990 foi registrado Phymastichus coffea (La Salle) (Hymenoptera, Eulophidae), como um endoparasitóide de adultos da broca-do-café com potencial para controlar as populações dessa praga. No entanto, devido à insuficiência de dados que permitam comparar o potencial de P. coffea com o de C. stephanoderis e P. nasuta para reduzir populações da broca-do-café, foram objetivos do presente trabalho, i) avaliar em condições de laboratório, a taxa líquida de incremento natural (rm) desses três parasitóides e da broca-do-café, em função de diferentes temperaturas e umidades relativas do ar, e, ii) quantificar em condições semicontroladas de campo, a duração do ciclo de vida e as taxas de parasitismo de P. coffea em cafezais com diferente altitude. A proposta consistiu em explicar como pode ser afetado o sucesso técnico desses parasitóides, quando atuam sobre eles, algumas variáveis ecológicas presentes em campo (temperatura, umidade relativa do ar, e, altitude). Em condições de laboratório, os diferentes valores de umidade relativa não afetaram as taxas de crescimento populacional das espécies estudadas, mas, quando considerados os diferentes valores de temperatura, os parasitóides C. stephanoderis e P. nasuta apresentaram uma taxa de crescimento populacional mais baixa que a de P. coffea, na faixa térmica compreendida entre 12 e 28oC. Segundo os resultados de laboratório, P. coffea se apresenta como o parasitóide com maior potencial para o controle biológico da broca-do-café em cafezais localizados numa ampla faixa térmica. No entanto, quando avaliadas as taxas de parasitismo de P. coffea em condições de campo, estas diminuíram quando diminuía a altitude onde se localiza a lavoura. Foi evidenciado e quantificado a infecção espontânea e natural do fungo entomopatogênico Beauveria bassiana sobre adultos da broca-do-café previamente parasitados pelo P. coffea. Ainda, estas infecções estiveram inversamente relacionadas com a diminuição gradativa do número de adultos da broca-do-café parasitados por P. coffea. Finalmente, numa análise teórica, são consideradas além das variáveis avaliadas no presente trabalho, outras que poderiam explicar hipoteticamente, o insucesso técnico de parasitóides em geral, e dos parasitóides da broca-do-café em particular.Item Feromônio sexual do bicho-mineiro do café, Leucoptera coffeella: avaliação para uso em programas de manejo integrado(Universidade Federal de Viçosa, 2001) Lima, Eraldo Rodrigues de; Vilela, Evaldo Ferreira; Universidade Federal de ViçosaO componente principal do feromônio sexual de Leucoptera coffeella, 5,9-dimetilpentadecano, possui quatro formas enantioméricas e estudos com outros insetos têm demonstrado que a quiralidade pode ser responsável, em grande parte, pela determinação da resposta comportamental de atração a uma mistura particular de um atraente sexual. Objetivou-se neste trabalho determinar a importância relativa de cada isômero desta molécula. Avaliou-se os isômeros puros com eletroantenografia, túnel-de-vento e em armadilhas no campo. Os testes realizados com eletreoantenografia e túnel-de-vento indicaram uma pequena resposta do isômero 5S,9S-dimetilpentadecano (SS). No entanto nenhum dos estereoisômeros puros do 5,9 -dimetilpentadecano foi capaz de atrair um número significante de machos para armadilhas no campo quando comparados com a mistura racêmica. Por serem muito pequenos, a observação direta do comportamento de chamamento em fêmeas se torna muito difícil e imprecisa. Foi feito um estudo determinar o padrão de produção do feromônio sexual em fêmeas virgens como uma medida indireta do comportamento de chamamento. O componente principal, biologicamente ativo, (5,9 -dimetilpentadecano) foi extraído para ser usado em dois experimentos. O primeiro investigou a produção de feromônio ao longo do tempo (horas) em fêmeas virgens. Para isto, extratos de 10 fêmeas de dois dias de idade foram extraídos de fêmeas a cada 2 h durante o período de 24 h (12:12 D:L). O outro experimento avaliou o efeito da idade das fêmeas na produção de feromônio. Com as idades variando de 1 a 5 dias, 10 fêmeas de cada idade foram usadas. Os extratos foram feitos e analisados em um cromatógrafo a gás. As fêmeas produziram as maiores quantidades de feromônio nas quatro últimas horas da escotofase e nas duas primeiras horas da fotofase seguinte. As quantidades de feromônio foram baixas em todos os outros períodos avaliados. Fêmeas de um dia de idade tiveram as maiores quantidades de feromônio na glândula. Após o segundo dia de emergência, os títulos de feromônio diminuíram significativamente e permaneceram baixos e nos mesmos níveis até os 5 dias de idade. Foram conduzidos experimentos de campo para determinar a eficiência de armadilhas de feromônio considerando a dose aplicada no liberador, a vida útil do liberador e a altura da armadilha para captura de machos. Diferentes modelos de armadilhas foram preparadas com 300µg de feromônio sexual e colocadas em plantações de café. Todos os experimentos foram feitos em Minas Gerais, MG. No primeiro estudo a dose de 300µg e 3000µg coletaram mais mariposas que em doses inferiores. Entretanto, quando se levou em consideração a vida útil do liberador a dose de 300µg foi insuficiente para coletar machos depois de 15 dias e a dose de 3000µg repeliu os machos das armadilhas nos primeiros 15 dias. Em outro estudo concluiu-se que a melhor dose a ser aplicada nas armadilhas foi a de 900µg. No estudo com os diferentes modelos comparou-se armadilhas Delta® nas cores branca e verde, Tubular com cartão de cola no interior e a armadilha Cica®. Os resultados mostraram não haver diferenças entre as armadilhas Delta® e Cica. No entanto, a armadilha cilíndrica coletou significativamente menos insetos que as demais testadas. Por razões de economia e praticidade recomenda-se a Delta® para o monitoramento deste inseto. A avaliação da altura da armadilha determina que estas sejam colocadas no solo entre as linhas de plantio.Item Interferência entre vespas e parasitóides de Leucoptera coffeella (Guérin-Méneville) (Lepidoptera : Lyonetiidae)(Universidade Federal de Viçosa, 1999) Reis Junior, Ronaldo; Vilela, Evaldo Ferreira; Universidade Federal de ViçosaImportante praga do café, o bicho-mineiro-do-cafeeiro, Leucoptera coffeella, tem vários inimigos naturais, ocorrendo naturalmente no campo, a maioria são parasitóides e vespas. Vários trabalhos realizados neste sistema consideram as vespas mais efetivas no controle biológico natural de L. coffeella que os parasitóides. Quais seriam os fatores responsáveis pelos parasitóides não controlarem as populações de L. coffeella? As vespas podem estar dificultando a atuação dos parasitóides através de competição ou predação interguilda. Neste trabalho, encontramos que vespas e parasitóides não têm seus efeitos somados no cálculo do controle de L. coffeella. Vespas são responsáveis, pelo mesmos em parte, pela baixa eficiência dos parasitóides no controle biológico de L. coffeella. Apesar deste fato, não podemos afirmar que ao retirar as vespas do sistema, L. coffeella deixe de ser praga, pois existem outros fatores envolvidos que ainda não foram quantificados. Maiores estudos sobre aspectos da ecologia, biologia e comportamento devem ser realizados. Para isto, tem-se a necessidade de estabelecer uma criação massal de L. coffeella para criar parasitóides. A criação tradicional apresenta alguns inconvenientes. Por isso, desenvolvemos uma nova metodologia de criação massal de L. coffeella usando folhas de café in vitro. A dificuldade desta criação in vitro era manter as folhas destacadas vivas por tempo suficiente ao desenvolvimento completo do inseto. Este tempo foi aumentado utilizando-se de uma reposição hormonal. Os hormônios testados foram Benziladenina e Cinetina nas concentrações de 10 -7 e 10 -6 M. Não houve diferença significativa entre as concentrações testadas com folhas sadias. No entanto, a concentração de 10 -6 M está sendo utilizada em nosso laboratório por ter melhores resultados práticos com folhas minadas.Item Penetração da broca (Hypothenemus hampei) (Coleoptera: Scolytidae) em frutos de café em diferentes fases de crescimento e seletividade de defensivos agrícolas ao fungo entomopatogênico Beauveria bassiana(Universidade Federal de Viçosa, 2002) Mourão, Sheila Abreu; Vilela, Evaldo Ferreira; Universidade Federal de ViçosaOs programas de erradicação de pragas têm dado maior ênfase ao controle biológico como alternativa para minimizar o uso de agentes químicos e se reduzir a destruição de inimigos naturais no agroecossistema cafeeiro, a resistência em insetos-praga e a contaminação ambiental por resíduos químicos. Este trabalho foi dividido em duas etapas, com a primeira abordando a penetração da broca (Hypothenemus hampei) (Coleoptera: Scolytidae) em frutos de café em diferentes fases de crescimento e a segunda etapa a seletividade de defensivos agrícolas ao fungo entomopatogênico Beauveria bassiana. A primeira etapa foi conduzida em cafezal de três anos de idade, com duas variedades de café Coffea arabica (catuaí vermelho e mundo novo) e uma de Coffea canephora (conilon), na área experimental do aeroporto da Universidade Federal de Viçosa (UFV) em Viçosa, Minas Gerais. Determinou-se os tempos fisiológicos (graus-dia) em que os frutos da florada principal de cada uma das três variedades de café atingiram estágio fenológico adequado para a penetração da broca-do-café Hypothenemus hampei (Coleoptera: Scolytidae). Além disso, determinou-se, também o intervalo durante o trânsito dessa praga, quando suas fêmeas adultas saem à procura de novos frutos e têm capacidade de penetrá-los para se reproduzir, e, consequentemente, aumentar sua população. Foram feitas considerações para a utilização dos tempos fisiológicos (graus-dia) para a tomada de decisão em programas de manejo integrado da broca do café. O inseto penetrou no mesocarpo de 50% dos frutos brocados com percentuais de umidade de 78,5; 77,4 e 75,6% e peso da matéria seca acumulada de 18,1; 28,5 e 4,8 mg. Isto equivaleu ao tempo fisiológico em graus-dia acumulados de 1825, 1943 e 1176 graus-dia para o catuaí vermelho, mundo novo e conilon, respectivamente e constitui o período de maior trânsito da broca nas variedades testadas, sendo, portanto, o momento ideal para realização de amostragem e eventuais intervenções com inseticidas. A broca tem capacidade de penetrar grãos mais jovens da variedade conilon, provavelmente devido aos menores percentuais de umidade de seus frutos durante os primeiros estágios de desenvolvimento e pode determinar maior número de gerações da broca e, consequentemente maiores percentuais de infestação nesta variedade. A utilização de faixas com vegetação nativa entre variedades de café pode ser importante para o manejo da broca H. hampei, pois variedades com floradas tardias ficam expostas a maiores populações dessa broca, que se reproduzem em frutos de variedades precoces. Além disto, essas faixas podem aumentar as populações de inimigos naturais e impedir a movimentação da praga entre talhões de café. Na segunda etapa, avaliou-se a toxicidade relativa dos inseticidas organofosforados clorpirifós-metílico, dissulfotom, etiom, paratiom-metílico; do organoclorado endosulfam; da mistura do fungicida + inseticida triadimenol + dissulfotom e dos fungicidas inibidores da demetilação de esteróis: triadimenol e tebuconazole, ao fungo Beauveria bassiana (Balsamo) Vuillemin, patógeno da broca do café, foi estudada em laboratório. As concentrações dos pesticidas que inibiram 99% do crescimento micelial desse fungo, em miligramas de ingrediente ativo por mL, foram: tebuconazole= 0,42; paratiom-metílico= 1,69; triadimenol= 6,53; triadimenol + dissulfotom= 14,42; clorpirifós-metílico= 31,75; etiom= 7.028,96; endosulfam= 10.326,76 e dissulfotom= 763.959,86. As equações de regressão da inibição do crescimento micelial (%), em função da concentração obtidas por ensaios in vitro, em meio batata-dextrose-ágar (BDA), impregnado com os ingredientes ativos destes compostos, foram usadas para se estimar a seletividade das concentrações de pesticidas prescritas para cafezais, pelos seus respectivos fabricantes. Tebuconazole, paratiom-metílico e clorpirifós-metílico foram altamente tóxicos ao fungo B. bassiana; endosulfam e triadimenol + dissulfotom apresentaram seletividade moderada e o triadimenol, etiom e dissulfotom foram seletivos para B. bassiana.Item Penetração da broca (Hypothenemus hampei) em frutos de café em diferentes fases de crescimento(2003) Mourão, Sheila Abreu; Vilela, Evaldo Ferreira; Zanúncio, José Cola; Zambolim, Laércio; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféO ensaio foi realizado em um cafezal com três anos de idade, com duas variedades de café Coffea arabica (Catuaí Vermelho e Mundo Novo) e uma de Coffea canephora (Conilon), na área experimental do aeroporto, da Universidade Federal de Viçosa (UFV) em Viçosa, Minas Gerais. Determinou-se os tempos fisiológicos (graus-dia), em que os frutos da florada principal de cada uma das variedades atingiu estágio fenológico adequado para a penetração da broca-do-café Hypothenemus hampei (Coleoptera: Scolytidae). Além disso, o período de maior trânsito dessa praga, quando suas fêmeas adultas saem à procura de novos frutos e têm capacidade de penetrá-los para se reproduzir e, consequentemente, aumentar sua população, foi avaliado. Foram feitas considerações para a utilização dos tempos fisiológicos (graus-dia) para a tomada de decisão de manejo integrado da broca do café. O inseto penetrou no mesocarpo de 50% dos frutos brocados com percentuais de umidade de 78,5; 77,4 e 75,6 % e peso da matéria seca acumulada de 18,1; 28,5 e 4,8 mg equivalentes ao tempo fisiológico em unidade de graus-dia acumulado de 1825, 1943 e 1176 graus-dia para o Catuaí Vermelho, Mundo Novo e Conilon, respectivamente. Isto constitui o período de maior trânsito da broca nas variedades testadas, sendo, portanto, o momento ideal para amostragens e eventuais intervenções com inseticidas. A broca tem capacidade de penetrar em grãos mais jovens da variedade Conilon, provavelmente devido aos menores percentuais de umidade de seus frutos durante os primeiros estágios de desenvolvimento. Isto determina maior número de ciclos de vida da broca e, conseqüentemente, maiores percentuais de infestação nessa variedade. Por isto, recomenda-se a utilização de faixas com vegetação nativa entre variedades de café, para o manejo de H. hampei, pois aquelas com floradas tardias ficam expostas a maiores populações dessa broca, que se reproduz nos frutos de variedades precoces. Além disto, faixas de vegetação nativa podem aumentar as populações de inimigos naturais e reduzir o movimento da broca entre talhões de café.Item Seletividade de inseticidas e fungicidas ao fungo entomopatogênico Beauveria bassiana (Bals.) Vuill.(2003) Mourão, Sheila Abreu; Vilela, Evaldo Ferreira; Guedes, Raul Narciso Carvalho; Zambolim, Laércio; Tuelher, Edmar de Souza; Cooperativa dos Cafeicultores do Triângulo MineiroEstudos de toxidade relativa dos inseticidas pertencentes aos grupos: fosforados (clorpirifós-metílico, dissulfoton, etiom, paratiom-metílico); clorado (endosulfam), da mistura do fungicida/inseticida triadimenol (15g/kg)/ dissulfotom (75g/kg) e dos fungicidas inibidores da demetilação de esteróis (triadimenol e tebuconazole) ao fungo entomopatogênico Beauveria bassiana (Bals.) Vuill foram realizados em condições de laboratório. As concentrações dos pesticidas que inibiram 99% do crescimento micelial do fungo em miligramas do ingrediente ativo/ml foram: 0,42; 1,69; 6,53; 14,42; 31,75; 7.028,96; 10.326,76 e 763.959,86 para tebuconazole, paration-metílico, triadimenol, triadimenol 15g/kg + dissulfotom 75g/kg, clorpirifós-metílico, ethiom, endossulfam e dissulfotom, respectivamente. As equações de regressão da inibição do crescimento micelial (%) em função da dose, obtidas através de ensaios in vitro em meio batata-ágar-destrose (BDA) impregnado com os ingredientes ativos destes compostos, foram usadas para avaliar a seletividade das doses prescritas para cafezais, pelos seus respectivos fabricantes. Tebuconazole, paratiom-metílico e clorpirifós-metílico foram altamente tóxicos a esse fungo entomopatogêno; endossulfam e triadimenol 15g/kg + dissulfotom 75g/kg apresentaram seletividade moderada; enquanto triadimenol, ethiom e dissulfotom mostraram-se seletivos em favor do fungo.Item Uso de armadilha visando geração de nível de ação e correlação entre captura e infestação de Hypothenemus hampei na cultura do café(Universidade Federal de Viçosa, 2006) Pereira, Adriano Elias; Vilela, Evaldo Ferreira; Universidade Federal de ViçosaA tomada de decisão de controle da broca-do-café, Hypothenemus hampei, é baseada na avaliação de frutos broqueados na época de trânsito dos adultos. O uso desta técnica de amostragem é oneroso e dá ao cafeicultor pouco tempo para a tomada de decisão de controle, o que constitui problema tanto para pequenos como para grandes produtores. Assim, visando à geração de novos níveis de ação para H. hampei na cultura do café e a correlação entre captura e infestação da broca-do-café, foram conduzidos ensaios em quatro cafezais comerciais em 2005 e 2006, usando-se armadilhas IAPAR invertidas, contendo mistura de etanol e metanol na proporção de 1:3 e benzaldeído a 1% do volume, com taxa de liberação de 98mg/dia. Foram instaladas 20 armadilhas por hectare em cada lavoura. Quinzenalmente estas armadilhas eram recolhidas e contava-se o número de adultos de H. hampei presentes, bem como de adultos de outros Scolytinae. Avaliava-se também nestas datas a percentagem de frutos broqueados em cada lavoura. Verificou-se que é pequena a captura de H. hampei nas armadilhas contendo álcoois nas épocas em que os frutos do cafeeiro já estão bem desenvolvidos, entre março e julho. Entretanto, é grande a captura de H. hampei nas armadilhas contendo atraentes na época de trânsito dos adultos deste inseto-praga, a partir de agosto. Verificou-se também correlação significativa entre a intensidade de ataque de H. hampei aos frutos e da densidade de adultos deste inseto e do total de adultos de Scolytinae nas armadilhas contendo atraentes. O nível de ação para a broca-do-café foi de 4 adultos/armadilha/quinzena, quando o preço do café for alto, ou 7 adultos/armadilha/quinzena, quando o preço do café for baixo. Portanto, na época de trânsito, o uso de armadilha contendo atraentes representa uma ferramenta promissora na geração de nível de ação a ser empregado, em sistemas de tomada de decisão de controle deste insetopraga. O número de outras espécies de escolitídeos capturados nas armadilhas não interferiu na interpretação dos dados de captura da broca-docafé, na tomada de decisão, por ser reduzido.