UFV - Dissertações

URI permanente para esta coleçãohttps://thoth.dti.ufv.br/handle/123456789/3

Navegar

Resultados da Pesquisa

Agora exibindo 1 - 10 de 55
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Detecção de microorganismos endofíticos em frutos de café
    (Universidade Federal de Viçosa, 1999-08-13) Yamada, Cecilia Mioko; Silva, Daison Olzany
    A presença e a distribuição de bactérias e leveduras em frutos de café, desinfestados superficialmente, foram observadas, ulilizando-se técnicas de microscopia com colorações biológicas e fluorocromo, inclusão em parafina e técnicas imunológicas. As preparações a fresco e de inclusão em parafina possibilitaram observar a existência de um gradiente de distribuição de bactérias e leveduras na polpa do café, com predomínio de leveduras em sua porção mais externa. Foram encontradas, também, bactérias nas sementes de café. A aplicação de fluoresceína diacetato, em cortes a fresco, não se mostrou eficiente, dada a dificuldade de visualização dos microrganismos in situ e a inespecificidade da reação. Os anticorpos específicos, para a bactéria Klebsiella oxytoca, foram obtidos; porém, a aplicação de imunofluorescência usando anticorpos como sonda, para detecção das bactérias,em tecidos de frutos de café, necessita de adaptações.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Retomo aos investimentos em pesquisa e assistência técnica na cultura do café em Minas Gerais
    (Universidade Federal de Viçosa, 1992-10-15) Ferreira, Marilza Machado; Magalhães, Carlos Augusto de
    Os investimentos públicos em pesquisa e assistência técnica possuem alta correlação com o desenvolvimento agrícola e são altas suas taxas de retorno (PASTORE e ALVES. 1985). A quantificação em termos de eficiência e equidade dos benefícios oriundos desse processo é de suna importância. na medida em que fornece a base para tornar mais eficiente a alocação dos recursos e possibilita uma melhor compreensão do processo tecnológico como fator econômico e endógeno ao funcionamento da economia e da sociedade. 0 presente trabalho objetivou avaliar os investimentos em pesquisa e assistência técnica para o café no Estado de Minas Gerais. aplicados nas décadas de setenta e oitenta. Para tanto. focalizou-se o esforço realizado pela EPAMIG * Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais, UFU - Universidade Federal de Viçosa. ESAL - Escola Superior de Agricultura de Lavras e regionais do IBC Instituto Brasileiro do Café e EMATER - Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural. Utilizou-se o procedimento tradicional de cálculo dos excedentes e da taxa interna de retorno. Para calcular o excedente econômico consideraram-se duas pressuposições sobre o inicio do fluxo de benefícios (os anos de 1973 e 1975) e adotou-se o coeficiente de ajustamento da oferta para estimar o deslocamento da produção. Os investimentos realizados no Estado apresentaram tendência crescente. mas com nítida descontinuidade ao longo dos anos. Os gastos com pesquisa tiveram Comportamento declinante. enquanto os gastos com assistência técnica foram crescentes. Para a pressuposição 1975. o beneficio liquido total gerado para a sociedade foi da ordem de Cr$ 1.74 trilhão em valores de dezembro de 1991 que. ao ano. significou uma média de Cr$ 82,91 bilhões. Ante um investimento de Cr$ 156,9 bilhões. observou-se que o custo desta política é baixo dado o elevado benefício que proporciona. O ganho auferido pelo Estado. via acréscimo no ICMS. foi em media de Cr$ 6.4 bilhões ao ano. sendo que este aumento representou 80,54% dos investimentos realizados no período. As taxas internas de retorno encontradas #oram da ordem de 88.06 e 137.973 (respectivamente para inicio dos benefícios nos anos de 1975 e 1973). A distribuição dos benefícios auferidos pela sociedade foi mais favorável aos consumidores. Contribuíram para isso as características do mercado de café (baixas elasticidades de demanda e oferta) e a hipótese do trabalho de deslocamento pivotal. Conclui-se que a orientação dos recursos públicos Para o desenvolvimento de pesquisas e extensão rural beneficia de forma significativa a sociedade e o Estado. constituindo-se em uma boa opção de investimento.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Avaliação da percolação do triadimenol no solo por cromatografia gasosa e cromatografia líquida de alta eficiência
    (Universidade Federal de Viçosa, 1998-09-11) Mastrangolo, Paulo Fernando Rodrigues; Queiroz, Maria Eliana Lopes Ribeiro de
    Este trabalho teve como objetivos estudar a percolação do triadimenol em amostras de dois solos, coletados em locais diferentes e cultivados com o cafeeiro na microrregião de Viçosa, bem como a sua quantificação por Cromatografia Gasosa (CG) e por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE). A associação entre o triadimenol com o dissulfoton constitui uma mistura de um fungicida mais um inseticida utilizado na cafeicultura no combate da ferrugem e do bicho mineiro. Entretanto, são escassos os estudos envolvendo a percolação desses agroquímicos em solos cultivados com o cafeeiro. Foram coletadas amostras nas profundidades de 0 a 5 e de 5 a 20 cm para montagem das colunas de solo, utilizando-se tubos de PVC de 10 cm de diâmetro interno. No estudo da percolação foram montados sistemas de 0 a 5 e de 0 a 10 cm, onde foram aplicados 0,5 e 1,0 mL de solução-padrão de triadimenol 1.000 μg mL -1 . As amostras foram submetidas a uma simulação de chuva de 60 mm. A água que percolou os sistemas foi coletada, o pesticida extraído e, em seguida, realizada a etapa de clean up. Os extratos obtidos foram então quantificados por CG e por CLAE. A fase móvel empregada na quantificação do triadimenol por CLAE realizou-se previamente por Cromatografia em Camada Delgada (CCD). Os melhores resultados foram obtidos com uma mistura de diclorometano:acetato de etila 3:7, com um fluxo de fase móvel de 0,6 mL min -1 e tempo de retenção de 10 min para o composto. O limite de detecção do triadimenol foi de 0,01 ng mL -1 para CLAE e de 0,1 ng mL -1 para CG. Testes para verificação do limite de detecção do composto foram realizados por meio de injeções sucessivas, em diferentes concentrações do padrão de triadimenol em acetato de etila, obtendo-se o limite de detecção de 0,01 ng mL -1 para CLAE e de 0,01 μg mL -1 para CG. Testes de recuperação, após extração de amostras de água deionizada fortificadas com 2 μg mL -1 de triadimenol, apresentaram rendimento de extração de 91,34%. Mediante aplicação de 0,5 e 1,0 mL de uma solução padrão 1.000 μg mL -1 de triadimenol, em colunas de solo de 5,0, cm encontraram-se valores inferiores a 1% de princípio ativo nos dois solos estudados, tanto por CLAE como por CG. Nas amostras de água que percolaram as colunas de solo de 10 cm não se detectou presença do princípio ativo triadimenol. Estes resultados mostram que dificilmente esse princípio ativo irá contaminar os lençóis freáticos. Quando comparadas as técnicas de quantificação, CLAE e CG, pode-se verificar que, para as amostras de água, a CLAE apresentou resultados muito próximos aos obtidos por CG na análise do triadimenol.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Efeito da temperatura de secagem e da percentagem de frutos verdes na qualidade do café Conilon (Coffea canephora Pierre ex Froehner)
    (Universidade Federal de Viçosa, 1995) Guarçoni, Rogério Carvalho; Silva, Jadir Nogueira da; Universidade Federal de Viçosa
    O experimento foi conduzido na EMCAPA - Empresa Capixaba de Pesquisa Agropecuária, Marilândia, Estado do Espírito Santo, de abril a agosto de 1994. O objetivo desta pesquisa foi estudar a influência de diferentes temperaturas de secagem na qualidade e no rendimento do café Conilon, com distintos percentuais de frutos colhidos verdes. Foi utilizado café Conilon com 10, 30 e 50% dos frutos colhidos verdes em lotes de 1.600 litros e secos, a temperaturas de 30, 4 5 , 6 0 e 65OC, em secador rotativo com fornalha de aquecimento indireto. Como tratamento adicional foi empregado café com 50% de verdes seco em terreiro de cimento. Os resultados indicam grande resistência do café Conilon 5 transformação de frutos colhidos verdes, em grãos preto-verdes, quando submetidos a temperaturas de secagem maiores que 3OoC. A transformação de frutos colhidos verdes em defeitos, isto é, em grãos verdes ou preto-verdes, é tanto maior quanto maior for o percentual dos mesmos na colheita. Há também uma tendência do aumento do defeito preto-verde com o aumento da temperatura de secagem. Os defeitos verdes e preto-verdes também variam com o teor de unidade dos frutos colhidos. Há um ganho significativo, em peso, do café em coco, quando este é originário de colheita com maior percentagem de frutos maduros.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Preparo de covas e formas de aplicação da matéria orgânica no plantio do cafeeiro
    (Universidade Federal de Viçosa, 1998) Trevisan, Welington Lazaro; Sampaio, Nelson Ferreira; Universidade Federal de Viçosa
    Neste trabalho, objetivou-se estudar o desenvolvimento inicial do cafeeiro, quando plantado em covas de diferentes tipos, em ausência e presença de matéria orgânica, incorporada ao volume total do solo da cova, ou distribuída superficialmente. Foi conduzido um ensaio de plantio de café em um LVd. Os fatores em estudo foram tipos de cova (40 x 40 x 40 cm, sulco e 15 x 15 x 25 cm) e matéria orgânica (incorporada, em cobertura e ausente), eliminando-se o tratamento cova de 15 x 15 x 25 cm com matéria orgânica incorporada, por ser reduzido o volume da cova. Resultaram então oito tratamentos, instalados e analisados segundo o modelo fatorial completo (3 x 2), mais dois tratamentos adicionais, em blocos casualizados e com quatro repetições. Foram utilizados dez litros de esterco curtido de gado por cova, e o plantio foi feito com o cultivar Catimor. As avaliações efetuadas após um ano de plantio constaram de características químicas e físicas do solo, variáveis da parte aérea e raiz, bem como o estado nutricional do cafeeiro. Observou-se que o tipo de cova pouco afetou as características químicas do solo, enquanto que a presença de matéria orgânica afetou-as positivamente. A cova 15 x 15 x 25 cm, seguida pelo sulco, apresentou maior resistência do solo à penetração. Na presença de matéria orgânica em cobertura, comparativamente à sua não-aplicação, ocorreu maior desenvolvimento da planta e maior restrição à absorção de manganês. Os valores dos teores de nutrientes da planta não foram afetados pelo tipo de cova. Concluiu-se que o uso da matéria orgânica em cobertura beneficiou a formação da lavoura, favorecendo o crescimento inicial do cafeeiro, e que não houve diferença entre os tipos de cova testados em solo LVd da região de Viçosa.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Desenvolvimento e avaliação de um secador de café (Coffea arabica L.) intermitente de fluxos contracorrentes
    (Universidade Federal de Viçosa, 1991) Silva, Luis Cesar da; Silva, Juarez de Sousa e; Universidade Federal de Viçosa
    Com o objetivo de introduzir a secagem em fluxos contracorrentes no Brasil foi projetado, construido e avaliado um protótipo de secador intermitente de fluxos contracorrentes, destinado à secagem de café, adaptado à realidade brasileira. Como ferramental para as fases de projeto e avaliação foi implementado um programa de computador para a simulação do processo de secagem baseado no modelo proposto por THOMPSOM et alii (33 ). Para condução dos testes, a secagem do café até o estádio de meia seca foi executada em secador de leito fixo a 50°C e fluxo de a r de 3 ,8 m3 min-1 m-2. A complementação foi executada em secador intermitente de fluxos contracorrentes; utilizando as temperaturas de 60 , 80 e 100°C, fluxo de ar de 18,5 m3 min-1 m-2 e fluxo de grãos de O,13 m3 min-1 m-2.m. De acordo com os dados experimentais e o programa de simulação desenvolvido para a reduçao do teor de umidade de 0 ,43 para 0 ,14 b .s foi constatado: consumos específicos de energia de 8.380, 7.547 e 6.442 Kj Kg-1 de água evaporada; capacidade de secagem de 50,2, 76,1 e 105,9 Kg h-1 e tempos de secagem de 21,5; 14,2 e 10,2h para as temperaturas de 60, 80 e 100oC, respectivamente. De modo geral, em razão do transportador helicoidal, o produto seco no secador apresentou uma ligeira degeneração de tipo. Com relação à qualidade da bebida, este produto apresentou melhor resultado quando comparado â classificação das amostras-testemunhas, secas em terreiros. No que se refere aos efeitos das temperaturas do ar de secagem sobre a qualidade do produto final, secos no secador, não foram constatados. Recomenda-se, portanto, a utilização da temperatura do ar de secagem de 100oC e a substiruição do transportador helicoidal por um transportador de correias. - -
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Resposta do cafeeiro e da mancha-de-olho-pardo a aplicação de fungicidas mais inseticida via solo e adubação orgânica
    (Universidade Federal de Viçosa, 1998) Mondragon, Martin Agenor Rosales; Zambolim, Laércio; Universidade Federal de Viçosa
    O presente trabalho teve por objetivo estudar a resposta do cafeeiro e da mancha-de-olho-pardo à aplicação de fungicidas mais inseticida via solo, em ausência ou presença de matéria orgânica incorporada sob duas formas: esterco de galinha e composto orgânico. As plantas que receberam aplicação de esterco, comparativamente à sua não-aplicação, apresentaram maior crescimento inicial. O composto orgânico não exerceu efeito significativo sobre o crescimento inicial do cafeeiro. Na ausência de esterco, as plantas que receberam aplicação de fungicidas mais inseticida quando comparadas à testemunha, apresentaram os menores valores médios de altura da planta, diâmetro do caule e peso do caule seco, e os maiores valores médios de número de folhas e peso de raízes secas. Não foram detectadas diferenças entre os produtos e a testemunha, na ausência de composto orgânico. Na presença de matéria orgânica, a testemunha foi superior às plantas tratadas com fungicidas mais inseticida. Os tratamentos com aplicação da mistura fungicida mais inseticida, quando comparados à sua aplicação de forma isolada, mostraram efeito negativo sobre as variáveis analisadas, tanto na ausência quanto na presença de esterco. No entanto, a mistura fungicida mais inseticida apresentou maior efeito positivo sobre as características avaliadas, à exceção do peso de raízes secas, na presença de composto orgânico. O cyproconazol, em associação ao dissulfoton, apresentou maiores efeitos positivos sobre o crescimento inicial do cafeeiro, em comparação ao triadimenol em mistura com o mesmo inseticida. Na ausência e presença de esterco, o inseticida proporcionou maiores efeitos positivos sobre o crescimento do cafeeiro, quando comparado aos fungicidas. Porém, na presença de composto orgânico, foram os fungicidas que apresentaram os maiores valores médios das varáveis estudadas. Não houve diferença entre os fungicidas cyproconazol e triadimenol, tanto na ausência como na presença de esterco. Porém, na ausência de composto orgânico, o cyproconazol foi superior ao triadimenol; no entanto, na presença de composto orgânico, o triadimenol foi superior ao cyproconazol. Em se tratando da doença, os tratamentos com aplicação de esterco foram melhores no controle da doença. Na ausência e presença de esterco, os fungicidas mais inseticida foram mais eficientes no controle da doença, quando comparados à testemunha. Na ausência de esterco, os produtos químicos que contêm triadimenol foram melhores no controle da doença, em relação aos que contêm cyproconazol, não havendo, entretanto, diferenças entre si na presença de esterco.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Credibilidade das políticas econômicas e relações com o mercado futuro no Brasil
    (Universidade Federal de Viçosa, 1997) Arbex, Marcelo Aarestrup; Fontes, Rosa Maria Olivera; Universidade Federal de Viçosa
    Ao longo dos últimos anos, o Brasil foi submetido a vários planos econômicos, ortodoxos e heterodoxos, mas nenhum teve sucesso efetivo no combate à inflação, com exceção do Plano Real de junho de 1994. Os repetidos fracassos dos programas de estabilização têm sido atribuídos à falta de confiança dos agentes privados acerca do comprometimento do governo com as políticas antiinflacionárias anunciadas. Tal situação caracteriza um problema de credibilidade e inconsistência temporal, problemas esses que afetam todas as atividades econômicas realizadas no país. O objetivo do presente estudo é verificar, empiricamente, em que medida a credibilidade governamental afeta o comportamento do mercado futuro brasileiro, no período compreendido entre os anos de 1991 e 1996. O desenvolvimento desse estudo baseia-se no modelo de credibilidade de DRAZEN e MASSON (1994) e no modelo de volatilidade de preços futuros de KENYON et alii (1987). A credibilidade da política econômica é definida a partir da análise das relações entre diferencial da taxa de juros e desemprego. Os resultados do modelo de credibilidade para a economia brasileira permitem concluir que a política econômica governamental não foi crível nos subperíodos 1 (de fevereiro de 1991 a dezembro de 1992) e 2 (de janeiro de 1993 a maio de 1994), tendo sido crível somente no terceiro subperíodo (junho de 1994 a junho de 1996). A partir da delimitação dos cenários com credibilidade e sem credibilidade, procedeu-se à análise da base (preço à vista menos preço futuro) e da volatilidade dos contratos futuros de café e juros negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). Os resultados apresentados pelo modelo de volatilidade, acrescido da variável credibilidade, permitem inferir que existe uma relação negativa e significativa entre volatilidade e credibilidade no período 1991-1996. Verificou-se uma relação inversa mais forte e significativa entre essas duas variáveis para o contrato DI-Futuro do que para o contrato de café. Através de uma análise de co-integração, verificou-se que os preços futuros cotados na BM&F e na Coffee, Sugar & Cocoa Exchange de Nova Iorque apresentam uma relação de equilíbrio de longo prazo, relação essa que não varia ao longo do tempo. Observou-se, assim, que os preços futuros de café negociados no país estão altamente relacionados com os preços futuros externos desse mesmo produto.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Crescimento e composição mineral na parte aérea e nas raízes de duas variedades de café em resposta à calagem na subsuperfície do solo
    (Universidade Federal de Viçosa, 1997) Rodrigues, Luciana Aparecida; Martinez, Hermínia Emília Prieto; Universidade Federal de Viçosa
    Foram avaliados, em casa de vegetação, o crescimento e a aquisição de nutrientes por duas variedades de cafeeiros, uma sensível e outra tolerante ao alumínio (Al), (Catuaí e Icatu), em solo com calagem e fertilização na superfície e com sete doses de calcário na subsuperfície (0,0; 0,49; 1,7; 2,9; 4,1; 6,6; e 9,3 t/ha). Cultivaram-se as plantas até 6,5 meses de idade, em solo contido em colunas de PVC, subdivididas em três anéis. Nos dois anéis inferiores (12 a 34 cm de profundidade) as saturações de Al variaram de 93 a 0%. O peso da matéria seca da parte aérea, o comprimento de caule e a área foliar das duas variedades não foram alterados com a aplicação do calcário, evidenciando que a correção da camada superficial possibilitou o crescimento normal da parte aérea. Altas saturações de Al nos anéis inferiores não afetaram a produção de matéria seca total de raízes, mas alteraram a distribuição das raízes em profundidade. Altas saturações de Al propiciaram menores percentuais de peso de matéria seca, comprimento e superfície de raízes nos anéis inferiores, que foram compensados por maiores percentuais no anel superior. As relações comprimento/peso da matéria seca das raízes e superfície das raízes/peso da matéria seca das raízes da variedade Catuaí aumentaram com a aplicação de calcário ao solo dos anéis inferiores, evidenciando sua maior sensibilidade ao Al. O mesmo não ocorreu com a variedade Icatu, tolerante ao Al. A aplicação de calcário na subsuperfície aumentou os teores de Ca e Mg na parte aérea e nas raízes; aumentou o teor de P e diminuiu o de K nas folhas superiores em ambas as variedades; diminuiu a eficiência de utilização de Ca em ambas as variedades e de P na variedade Icatu; e promoveu o decréscimo no teor de Al na parte aérea da variedade Icatu e nas raízes da variedade Catuaí. Os teores de Ca, Mg, P, K, Mn, Zn, Cu e Fe das plantas mantiveram-se em níveis normais para ambas as variedades, indicando que a adubação e a correção da acidez da camada superficial do solo foram eficientes para manter a planta nutrida e o crescimento normal da parte aérea, independente do teor de alumínio na subsuperfície do solo.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Efeito morfo-fisiológicos de exposições noturnas a baixas temperaturas sobre mudas de Coffea canephora Pierre e C. arabica L.
    (Universidade Federal de Viçosa, 1997) Carvalho, Luciana Marques de; Silva, Eldo Antônio Monteiro da; Universidade Federal de Viçosa
    Nas regiões tropicais, onde se cultiva o café, podem ocorrer ocasionais noites frias, com temperaturas abaixo de 10oC durante uma ou duas horas. A fim de comparar dois cultivares de cafeeiro e investigar os efeitos de exposições a baixas temperaturas por seis horas consecutivas ou por duas horas, em diferentes partes da noite sobre cafeeiros, submeteu-se plantas de Coffea canephora Pierre cv. Conilon (linhagem 81.11, clone 29) e C. arabica L. cv. Catuaí Vermelho (UFV 2144, linhagem 2077-2-5 44) a estresse por frio. Foram cinco os tratamentos: controle (1); exposição a 8 ± 1oC por seis horas consecutivas, durante uma única noite (2); exposição por duas horas a 8 ± 1oC no início (3); no meio; (4) e no fim (5) de três noites consecutivas. Não houve efeito sobre os valores das taxas fotossintéticas líquidas, transpiratórias e de condutância estomática. A espessura das lâminas foliares das plantas de C. canephora Pierre cv. Conilon quando expostas a baixa temperatura no início, meio ou fim de noite aumentou, mas no caso da exposição por seis horas consecutivas, durante uma única noite, não houve modificação. O aumento na espessura foi explicado apenas por alterações nos tecidos parenquimáticos. Comparando-se os dois cultivares de cafeeiro, verificou-se que as plantas de C. arabica L. cv. Catuaí Vermelho, independente do tratamento, apresentaram taxas fotossintéticas, transpiratórias e de condutância estomática bem menores do que as plantas do cultivar Conilon, e médias maiores de emissão de fluorescência inicial. A menor eficiência do sistema antena das plantas de Catuaí Vermelho, quando comparadas com as de Conilon, se refletiu nas baixas taxas de fotossíntese líquida, transpiratória e de condutância estomática. As plantas de Catuaí Vermelho apresentam, em corte paradérmico, células epidérmicas com contorno sinuoso e maiores do que as presentes nas lâminas foliares das plantas de Conilon. Além disso as plantas de Catuaí Vermelho apresentam estômatos predominantemente paracíticos na epiderme foliar, enquanto as plantas de Conilon apresentam maior número de estômatos e tendência ao tipo actinocítico.