UFV - Dissertações
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Resultados da Pesquisa
Item Método requerimento–suprimento para determinação de dose e composição do fertilizante multinutriente para crescimento inicial do cafeeiro(Universidade Federal de Viçosa, 2017-05-25) Mendoza Reynaga, Willian Hugo; Venegas, Víctor Hugo Álvarez; Cantarutti, Reinaldo BertolaO Método Requerimento-Suprimento é uma técnica experimental que permite a recomendação da dose e composição de nutrientes no fertilizante multinutriente (FMN), utilizando os princípios do balanço nutricional. Os objetivos deste trabalho foram avaliar a resposta de doses do FMN, estabelecido pelo Método Requerimento-Suprimento, avaliar os efeitos da omissão de nutrientes; determinar as taxas de recuperação de nutrientes pelos extratores e planta e determinar a dose e composição do novo FMN a ser recomendado para o crescimento inicial do cafeeiro. O método Requerimento- Suprimento compreende duas fases: na primeira, determinou-se a dose e composição do FMN a ser testado e, na segunda, para a otimização do FMN, plantas de café foram submetidas a tratamentos gerados pela matriz experimental fatorial (8 + 8), constituídos de oito doses do FMN e oito tratamentos com nutrientes faltantes. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados com quatro repetições. A dose para a produção máxima de matéria seca das plantas encontra-se fora do espaço experimental; a maior limitação nutricional foi pela omissão de macronutrientes, sendo a deficiência de N o mais limitante. Para determinar as taxas de recuperação de nutrientes pelos extratores após cultivo, com dreno solo e planta, a equação modificada é a mais adequada porque considera a absorção de nutriente pela planta. As taxa de recuperação de nutriente pela planta calculadas com a equação modificada, considerando a demanda no tratamento com omissão de nutriente, é a mais adequada porque elimina o efeito da limitação dos demais nutrientes.Item Nitrato e amônio na solução de solo sob diferentes usos agrícolas(Universidade Federal de Viçosa, 2012-02-15) Isminio, Paúl Lama; Mendonça, Eduardo de Sá; Fernandes, Raphael Bragança AlvesA lixiviação de nitrato pode causar poluição das águas superficiais devido à adição de fertilizantes nitrogenados, gerando também perdas econômicos ao agricultor. O presente trabalho teve como objetivo determinar a lixiviação de nitrato e amônio após adição de N-uréia em diferentes sistemas de uso do solo: Café Sistema Agroflorestal (SAF), Café Pleno Sol (CPS) e Sistema pastagem (SP), comparados com a Mata Secundaria (M). O experimento foi conduzido em delineamento experimental inteiramente casualizado organizado em esquema fatorial 1 + (3x2), sendo a Mata Secundaria como referência e três sistemas agrícolas, com duas doses de N-uréia (50 e 200 kg ha-1) no SP e duas doses de N-uréia (200 e 450 kg ha-1) no SAF e CPS, com três repetições. O experimento foi realizado na propriedade de agricultor familiar, no município de Araponga - Zona da Mata de Minas Gerais, num solo Latossolo Vermelho Amarelo de textura argilosa. Para a coleta da solução de solo se instalou, nas profundidades de 0,2 e 0,6 m, extratores de cápsulas porosas de cerâmica, as soluções de solo foram coletadas depois de cada ocorrência de chuva e levadas ao laboratório para o analises de NO3- e NH4-. No final do experimento os conteúdos acumulados de NO3-, com alta doses de N-uréia, na profundidade de 0,6 m foram: 2,18 mg/835,67 ml de solução de solo no SP; 13,28 mg/494,67 ml de solução de solo no SAF e 23,6 mg/729,33 ml de solução de solo no CPS. Não houve efeito de dose de N-uréia dentro dos sistemas. Conclui-se que A reduzida perda de NO3- no SP, SAF e CPS, na profundidade de 0,6 foi associada ao maior teor de argila do solo e não pela influencia do sistema de manejo e que as aplicações de altas doses de N na cultura de café baixo as condições estudadas, não são um risco de contaminação do lençol freático pela lixiviação do NO3- e NH4+.Item Retranslocação de nutrientes em variedades de café arábica como ferramenta de manejo de adubação(Universidade Federal de Viçosa, 2019-11-12) Silva, Carlos Diego da; Aquino, Leonardo Angelo deAs recomendações de adubação do cafeeiro são realizadas com base na disponibilidade de nutrientes no solo, através de análises químicas, como também, a partir do teor foliar de nutrientes. Contudo, as cultivares de café que são empregadas no Brasil podem apresentar características contrastantes quanto ao padrão de retranslocação e aos teores foliares de nutrientes. Essas características podem ser diferentes entre cultivares e também dependem do grau de desenvolvimento dos frutos. Portanto, a presente pesquisa teve por objetivo avaliar o padrão de retranslocação de nutrientes entre duas cultivares de café e avaliar os teores foliares de nutrientes em seis cultivares de café. O primeiro experimento que teve por objetivo avaliar a retranslocação de nutrientes e foi instalado em setembro de 2018 em lavoura comercial com duas cultivares de café (Catuaí Vermelho IAC 144 e IAC 125 RN) e coletado folhas em quatro estádios vegetativos (folha jovem, folha índice, folha senescente e folha decídua). No segundo experimento foram coletadas folhas em quatro estádios de desenvolvimento de frutos (maturação das gemas florais, chumbinho, expansão dos frutos e granação dos frutos) em seis cultivares de café (Acauã Novo, Bourbon Amarelo, Catuaí Vermelho IAC 144, Catucaí 20/15, IAC 125 RN e IPR 100). Em ambas as cultivares a retranslocação de macronutrientes ocorre em maiores taxas da folha índice para a folha jovem, a sequência de retranslocação dos nutrientes foi: P>K>N>Mg>S. Na variedade Catuaí Vermelho IAC 144 a retranslocação de micronutrientes da folha índice para a folha jovem ocorre da seguinte forma: Zn>B>Fe>Cu>Mn, já para a variedade IAC 125 RN a retranslocação é maior para o Zn e segue para Cu>B>Fe>Mn. O estudo sobre o efeito de época de coleta de folhas sobre o teor foliar de nutrientes mostrou que há diferenças entre as épocas analisadas e também diferenças entre as cultivares. Desta forma, a coleta de folhas deve ser realizada com base na fenologia de desenvolvimento de frutos e que cada nutriente ou grupo de nutrientes seja coletado em épocas específicas.Item Metabolismo do nitrogênio em cafeeiro submetido a déficit hídrico e doses de nitrato(Universidade Federal de Viçosa, 2019-07-04) Rocha, Brunno César Pereira; Martinez, Hermínia Emília PrietoA assimilação do nitrogênio é essencial para o crescimento e o desenvolvimento do cafeeiro, resultando em efeitos importantes sobre a fitomassa e a produtividade final da cultura. Assim, como a maioria dos nutrientes, o nitrogênio é absorvido pelas raízes utilizando a água como meio de transporte, com isso, o estresse hídrico e o nitrogênio podem afetar direta e indiretamente diversos processos fisiológicos. O objetivo deste trabalho foi avaliar o metabolismo do nitrogênio em quatro variedades de cafeeiros (Coffea arabica L.) em fase vegetativa, submetidas ao déficit hídrico e doses de nitrato. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, em esquema fatorial triplo (2 x 4 x 4), em delineamento de blocos ao acaso com três repetições. As unidades experimentais receberam as combinações de duas doses: alta (7 mmol/L NO 3- ) e baixa (2,8 mmol/L NO 3- ) de nitrogênio, quatro potenciais hídricos (0; -0,4; -0,8; e -1,6 MPa) e quatro variedades (Mundo Novo, Acauã, Catuaí Vermelho e Catuaí Amarelo) com idade de seis meses. Para a indução do déficit hídrico foi utilizado PEG 6000 (Polietileno glicol). Foram coletadas amostras de tecido foliar e raízes finas para determinação da atividade das enzimas nitrato redutase (NR) e glutamina sintetase (GS), além da determinação da concentração de nitrato, de prolina livre, aminoácidos (AAS) e proteínas totais. O teor de nitrato, a atividade da NR e da GS, concentração de prolina em raízes, e a quantidade de aminoácidos das quatro variedades estudadas apresentaram poucas diferenças em resposta ao déficit hídrico e às doses de N. Para NR foliar, houve diferenças entre variedades que independeram do déficit hídrico e da dose de N. Com relação às doses de N, notou-se que a dose alta promoveu maior concentração de AAS e proteínas nas folhas, maior atividade da NR e concentração de prolina em raízes. Independentemente de variedade ou dose de N, o déficit hídrico promoveu um aumento na concentração de prolina nas raízes. Em plantas jovens de café submetidas à dose NB, a baixa concentração de nitrato nas raízes e a baixa atividade da NR nas folhas não se alteram com déficit hídrico crescente, enquanto que a atividade da GS mostra incrementos lineares em resposta a incrementos no déficit hídrico. Em qualquer nível de déficit as plantas com boa nutrição nitrogenada apresentam maior concentração foliar de aminoácidos solúveis e de proteínas solúveis totais. Em plantas jovens de café sob estresse hídrico a prolina participa do ajustamento osmótico, sendo sua síntese nas raízes aumentada com o aumento do déficit hídrico, e maior em plantas bem supridas com N, do que naquelas sujeitas a baixas doses de N. As variedades Mundo Novo, Acauã, Catuaí Vermelho e Catuaí Amarelo de modo geral não apresentaram respostas diferenciadas ao déficit hídrico.Item Diversidade microbiana e microbiota solubilizadora de fosfato em solos de cafezais orgânicos em sistemas agroflorestais e a pleno sol(Universidade Federal de Viçosa, 2017) Silva, Nina Morena Rêgo Muniz da; Fernandes, Raphael Bragança AlvesEm solos tropicais, os micro-organismos solubilizadores de fosfatos desempenham papel relevante, uma vez que a maior parte do P encontra-se indisponível para a absorção, limitando o crescimento das plantas. Nesse contexto, os sistemas agroflorestais, pelo favorecimento à maior quantidade e diversidade de micro- organismos no solo quando comparados com a monocultura apresentam potencial de proporcionar mais P disponível para as culturas agrícolas, reduzindo as perdas de P para as formas não lábeis. Assim, o trabalho teve como objetivos avaliar a dinâmica e diversidade de comunidades microbianas totais e solubilizadoras de fosfato em solos de cafezais agroecológicos orgânicos composto por SAF e monocultivo (Capítulo 1), e avaliar o potencial de solubilização de diferentes fontes de P por grupos de micro-organimos naturalmente presentes nesses manejos agroecológicos (Capítulo 2). Os tratamentos avaliados foram três diferentes manejos de cafezais agroecológicos da Mata-MG (Coffea arábica L., variedade Catuaí vermelho): cafezal em sistema SAF, com adubação de cama de frango (SAF CF ); cafezal a pleno sol, com adubação de cama de frango (PS CF ) e cafezal em sistema SAF com adubação natural (SAF NA ). Os solos foram analisados quanto à caracterização química, assim como quanto ao fracionamento sequencial de P, contagem da microbiota total cultivável e da microbiota solubilizadora de fosfato, e a análise da diversidade genética das populações de bactérias e fungos. Também realizou-se a avaliação do potencial de solubilização de diferentes fontes inorgânicas de P (Ca 3 (PO 4 ) 2 , AlPO 4 , FePO 4 e fosfato natural de Araxá), a atividade 8enzimáticas das fosfatases ácidas e alcalinas. Maior concentração de bactérias em relação ao de fungos foi observada tanto na contagem dos micro-organismos totais, quanto da microbiota solubilizadora, porém os fungos tendem a apresentar maior eficiência na solubilização. A diversidade microbiana foi maior nos cafezais sob SAF. Micro-organismos solubilizadores de P foram identificados em todos os tratamentos e representaram 1,2; 0,9; 3,2% das bactérias totais para SAF CF , PS CF e SAF NA , respectivamente. Para os fungos esse valor chegou a 30% em SAFNA e em torno de 2,5% para SAF CF e PS CF . Conclui-se que os fungos solubilizadores de P demonstraram ser sensíveis ao tipo de manejo utilizado. O potencial de solubilização de fontes inorgânicas e natural de P pela microbiota nativa do solo não foi influenciado de forma significativa pelos diferentes manejos analisados. Porém as fontes de P utilizadas interferiram, seguindo a tendência decrescente das médias Ca 3 (PO 4 ) 2 > AlPO 4 > FePO 4 > P-Araxá, confirmando que os mecanismos da solubilização de fosfato dependem tanto das espécies de fungos e bactérias quanto das diferentes fontes de fosfato. Nas análises das atividades enzimáticas em todos os tratamentos as atividades da fosfatase ácida foram maiores que a alcalina. Os cafezais sob SAFs apresentaram as maiores concentrações de P, sendo o SAF orgânico em torno de duas vezes mais que o SAF com adubação natural, o que pode estar associado à idade do sistema, onde sistemas mais velhos tendem a ter maiores concentrações de P-soma. A maior fração foi a de P-residual, que foi a única que diferiu estatisticamente entre os tratamentos, sendo maior nos cafezais sob SAFs. Os resultados encontrados aqui sugerem que a microbiota do solo possui capacidade na solubilização de fontes insolúveis de fosfato, utilizando diferentes mecanismos.Item Elementos terras raras e tório nas raízes de cafeeiro em solos com aplicação de fosfogesso(Universidade Federal de Viçosa, 2017-02-22) Souza, Pedro Renato Leandro de; Mello, Jaime Wilson Vargas deO fosfogesso é um sub-produto da indústria de fertilizantes fosfatados, produzido durante a obtenção do ácido fosfórico. É também conhecido como gesso agrícola, utilizado como um condicionar de solo que promove o aprofundamento do sistema radicular, em razão da correção da deficiência de Ca e excesso de Al em sub-superfície, aumentando a tolerância das culturas à estiagem. Não obstante, o fosfogesso pode conter pequenas quantidades de elementos terras-raras (ETR’s) e tório (Th), que podem se acumular nos solos agrícolas. A utilização de grandes quantidades de fosfogesso na cafeicultura, principalmente em áreas próximas as indústrias de fertilizantes, pode possibilitar absorção de quantidades significativas destes elementos pelas plantas, com consequências ainda pouco conhecidas na fisiologia e rendimento do café. Além disso, ainda são escassos os estudos sobre fatores que possam influenciar na absorção destes elementos em condição de campo. Desta forma, este trabalho teve por objetivo avaliar o acúmulo de ETR’s e Th em raízes de cafeeiro em função da dose e do tempo de exposição das plantas ao fosfogesso, em condições de campo. Foram coletadas raízes de plantas de café (Coffea arabica L) cultivadas em um Latossolo Vermelho distrófico que recebeu no transplantio das mudas, uma dose de fosfogesso de Araxá em faixas de 0,3 m. As coletas foram realizadas na profundidade de 0 a 60 cm, em trincheiras a 20 cm do colo das plantas. Após a coleta, as raízes foram lavadas em água Milli-q, sendo posteriormente, secadas a 60 °C. Após secagem, as raízes foram trituradas e submetidas à digestão nítrico-perclórica. Os teores de ETR’s e Th nos extratos foram quantificados por espectrometria de massa com fonte de plasma indutivamente acoplado (ICP-MS). Os resultados obtidos permitiram concluir que: (i) Os ETR's e Th presentes no fosfogesso podem ser absorvidos pelas plantas de café, com acúmulo preferencial de ETRL em relação ao ETRP; (ii) O acúmulo de ETR’s e Th nas raízes do cafeeiro varia em função do tempo de exposição das plantas ao fosfogesso, porém, o efeito do tempo não é uniforme para todos os elementos; (iii) A taxa de recuperação dos ETR's e Th pelas raízes do cafeeiro foi muito baixa, sendo inversamente proporcional ao raio iónico do elemento, independentemente do teor adicionado ao solo e do tempo de exposição das plantas ao fosfogesso; (iv) A taxa de recuperação apresentou uma tendência de redução com aumento da dose, havendo um aumento desta taxa com o aumento do tempo de exposição.Item Recomendação de nutrientes para a produção de mudas de cafeeiro pelo método requerimento suprimento(Universidade Federal de Viçosa, 2017-02-13) Ferreira, Júlia Gomes; Venegas, Víctor Hugo ÁlvarezA dose de um fertilizante a ser recomendado para uma cultura pode ser determinada com base no balanço de perdas e ganhos dos nutrientes no sistema agrícola. Essas idéias constituíram a base conceitual que nortearam os trabalhos de modelagem do grupo de professores do Departamento de Solos da Universidade Federal de Viçosa para recomendação de corretivos e fertilizantes para eucalipto, NUTRICALC (Barros et al., 1995) e outras culturas como FERTICALC (Novais & Smyth, 1999); abacaxizeiro, algodoeiro, arroz, bananeira, cafeeiro arábica, cana de açúcar, coqueiro, milho, pastagens, soja, tomate, meloeiro; laranjeira e teca FERTI-UFV Teca. Na modelagem dos FERTICALC são considerados os módulos planta (Módulo Requerimento), que permite obter a demanda e o Requerimento dos nutrientes para definida produtividade e o módulo solo (Módulo Suprimento), que permite obter o suprimento de nutrientes do solo a ser cultivado. Assim, objetivou-se nesse trabalho, gerar curva de crescimento de mudas de cafeeiro em resposta as doses do fertilizante multinutriente (FMN), determinado na primeira fase do experimento, definir as taxas de recuperação dos nutrientes pelas plantas e pelos extratores, determinar a dose recomendada e a composição do fertilizante multinutriente na segunda fase do experimento, a fim de chegar a uma recomendação de adubação que representará uma primeira aproximação de adubação para a produção de mudas de cafeeiro arábica em países com características edafoclimáticas semelhantes ao Brasil, como Angola. Os tratamentos consistiram em dois conjuntos distintos, sendo oito doses crescentes do fertilizante multinutriente (FMN) e oito tratamentos do fertilizante multinutriente completo e com elementos faltantes, assim foi constituído um fatorial 8 + 8. A unidade experimental foi formada por sete saquinhos, com 500 cm 3 de substrato e uma muda de cafeeiro. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados com cinco repetições. Os tratamentos foram aplicados em forma de adubo fluido a cada 15 d após germinação totalizando 15 aplicações durante o tempo determinado para formação de mudas do cafeeiro. A irrigação foi feita nos saquinhos das mudas, de acordo com a necessidade da planta, ou seja, quando a parte superior do substrato estivesse seca, de modo a não permitir excesso de umidade. Uma vez por semana era feita a lavagem das folhas a fim de prevenir ataque algumas pragas. Após a formação das mudas sob efeito dos tratamentos foram determinados a produção de matéria seca de caule (mMS_Cau), da folha (mMS_Flh), da parte aérea (mMS_PA), os teores totais dos nutrientes na folha (ttNui_Flh), no caule (ttNui_Cau) e conteúdo dos nutrientes na folha (cNui_Flh), no caule (cNui_Cau), a fim de obter a demanda de nutrientes da planta (dNui_Pla) que corrigida pelas taxas de recuperação dos nutrientes pela planta (trNui_Pla) foi determinado o requerimento dos nutrientes pela planta (rNui_Pla). Os teores totais de N tanto na folha como no caule foram determinados pelo método semi-micro Kjeldahl, os demais macronutrientes e micronutrientes foram determinados por digestão nítrico- perclórica e dosados por espectrometria de emissão ótica em plasma induzido (ICP- OES). Foram retiradas as amostras dos substratos de todas as unidades experimentais sob efeito dos tratamentos, para determinação dos teores de macro e micronutrientes disponíveis no solo (tdNui_Sol) para calcular os níveis críticos dos teores dos nutrientes disponíveis no solo e as taxas de recuperação dos nutrientes pelos extratores. Os teores de N disponível no solo foram determinados pelo método semi-micro Kjeldahl, o P, K, Cu, Zn, Mn, e Fe, foram determinados pelo extrator Mehlich-1, o Ca e o Mg, foram determinados pelo extrator KCl 1 mol/L, o B foi determinado por água quente. Com os teores disponíveis de um solo representativo da República de Angola, que foram determinados pelos mesmos extratores, corrigido pelas taxas de recuperação dos nutrientes pelos extratores, foi determinado o suprimento do solo (suNui_Sol). Determinado o requerimento dos nutrientes pela planta (rNui_Pla) e o suprimento dos nutrientes pelo solo (suNui_Sol) foi feito o balanço Requerimento – Suprimento para determinar a dose recomendável do fertilizante multinutriente (drFMN = 1FMN) e os teores dos nutrientes no FMN (tNui_FMN, %). Com a dose recomendável do fertilizante multinutriente e os teores dos nutrientes foi gerado uma recomendação de adubação para a produção de mudas de cafeeiro para a República de Angola. A dose 1,4 do FMN foi a que proporcionou maior acúmulo de matéria seca das mudas de cafeeiro, a maior limitação nutricional a produção de mudas de cafeeiro é a deficiência de N, as maiores taxas de recuperação de nutrientes pelas plantas e pelos extratores foram as de N e K. A dose recomendável do FMN para a produção de mudas de cafeeiro pelo Método Requerimento - Suprimento para a República de Angola, foi de 1 321,037 mg/Pla, com os teores de N 10 %; P 2 O 5 2,83 %; S 1,19 %; K 2 O 23,7 %, Ca 9,92 %; Mg 0,90 %; B 0,20 %; Fe 1,33 %; Mn 0,00 %; Zn 0,07 % e Cu 0,02 %.Item Estabilidade espaço-temporal de atributos físicos e químicos do solo em área cultivada com café para definição de classes de manejo(Universidade Federal de Viçosa, 2015-07-23) Sousa, Emanoel Di Sarso dos santos; Queiroz, Daniel Marçal deO uso da agricultura de precisão na cafeicultura pode proporcionar a identificação do potencial produtivo e qualitativo de uma área, investigando possíveis fatores que influenciam na qualidade e produtividade. No entanto, para adotar da agricultura de precisão é necessário conhecimento sobre a variabilidade espacial e temporal dos atributos do solo, e para isso é preciso uma amostragem densa e periódica, o que é oneroso. Como alternativa para baratear os custos com a amostragem de solo, por se relacionar com os atributos do solo, a condutividade elétrica aparente do solo tem sido utilizada para o mapeamento de áreas onde se deseja aplicar técnicas de agricultura de precisão. Assim, este estudo teve como objetivo analisar a estabilidade espacial e temporal da condutividade elétrica aparente do solo bem como sua relação com os atributos físicos e químicos do solo. O experimento foi realizado na Fazenda Braúna, no município de Araponga-MG, onde predomina o Latossolo Vermelho Amarelo. Foram utilizados dados dos atributos do solo coletados no ano de 2009 e 2015. Os mapas dos atributos do solo foram obtidos por meio da interpolação por krigagem. Observou-se que o padrão espacial de todos os atributos do solo foi influenciado pelo número de pontos amostrados. Com os mapas interpolados dos atributos do solo foi estabelecida a correlação entre a condutividade elétrica aparente e os atributos físicos e químicos do solo pelo Índice de Moran Bivariado. Os maiores valores desta correlação ocorreram no ano em que o solo estava mais úmido. As variações na magnitude das correlações obtidas no período estudado foram causadas pela diferença da umidade do solo, número de pontos amostrados e pela aplicação de fertilizantes em excesso. Entre 2009 e 2015, as classes de manejo definidas com base na condutividade elétrica aparente medida de 0 a 0,4 m de profundidade e altitude, com duas e três classes, foram as mais estáveis. As maiores concordâncias entre as classes de manejo geradas e os mapas dos atributos do solo ocorreram quando as classes de manejo foram definidas com base nos dados de condutividade elétrica aparente mensurada de 0 a 0,4 m de profundidade e altitude.Item Efluxo de CO2 do solo no inverno em cafezais cultivados nos sistemas agroflorestais e a pleno sol(Universidade Federal de Viçosa, 2015-02-24) Lopes, Vanessa Schiavon; Cardoso, Irene MariaModelos de mudanças climáticas preveem que a temperatura média global do ar aumentará de 2 °C a 5 °C no final do século XXI. Uma maneira de mitigar a mudança climática global é proteger e aumentar os estoques de carbono da biosfera. Práticas agrícolas denominadas sistemas agroflorestais, que incluem o consórcio com árvores, permitem maior sequestro de C do que os sistemas em monocultivos. Vários fatores bióticos e abióticos têm sido identificados como controladores na dinâmica e no armazenamento de carbono do solo. A contribuição destes fatores precisa ser entendida para avaliar as implicações das mudanças ambientais sobre o ciclo do carbono. No entanto no ciclo do carbono não apenas o sequestro do carbono do solo, mas também o efluxo de CO 2 , ainda pouco estudado em sistemas agrícolas, precisam ser quantificados. Este trabalho objetivou quantificar emissões efluxo de CO 2 do solo sob cafezais, na Zona da Mata Mineira, em sistemas agroflorestais e a pleno sol e identificar as variáveis: níveis de sombreamento, características físicas, químicas, biológica e os fatores ambientais que influenciam o efluxo de CO 2, no inverno (estação também seca na região). Os resultados mostraram que nesta estação os valores de efluxos de CO 2 do solo para a atmosfera são pequenos e não houve diferença entre os efluxos nos sistemas avaliados. As sombras das árvores não influenciaram o efluxo no período avaliado. As variáveis químicas (estoque de carbono, estoque de nitrogênio e carbono lábil), físicas (macroporosidade e porosidade total) juntamente com a umidade do solo controlaram a dinâmica da respiração do solo no inverno. A biomassa microbiana não contribuiu para a respiração do solo no inverno. No entanto, estudos de longo prazo e submetidos à frequência de variabilidade climática inter-anual são necessários para conclusões mais definitivas. Além disso, sugere-se avaliar a contribuição das raízes e da qualidade da matéria orgânica do solo no efluxo de CO 2 do solo para a atmosfera.Item Soil CO2 efflux in agroforestry and full-sun coffee systems(Universidade Federal de Viçosa, 2014-10-29) Gomes, Lucas de Carvalho; Cardoso, Irene MariaA mudança climática global tem sido atribuída ao aumento da concentração de gases de efeito estufa na atmosfera, especialmente o dióxido de carbono (CO 2 ), como resultado das atividades humanas. Para atenuar esse efeito, existe um esforço global em reduzir as emissões de CO 2 e desenvolver tecnologias para remover parte desse gás da atmosfera. A maneira mais simples e natural para remover o CO 2 da atmosfera é realizada pelas plantas através da fotossíntese. Este processo remove o carbono da atmosfera formando biomassa vegetal, a qual mais tarde será depositada no solo, maior reservatório de carbono (2500 GtC) na biosfera terrestre. O balanço de carbono no solo é resultado da deposição de biomassa vegetal e perda de carbono, especialmente como CO 2 . Portanto, o solo, no ciclo global do carbono, pode atuar como fonte ou dreno de carbono da atmosfera. Para melhor compreensão do papel do solo no ciclo do carbono não é suficiente conhecer apenas a quantidade de carbono que determinadas espécies de plantas depositam no solo, mas também como esse carbono é liberado de volta para a atmosfera. O CO 2 é liberado (efluxo de CO 2 do solo) a partir de respiração do solo, a maior fonte de CO 2 da biosfera terrestre. O efluxo de CO 2 do solo é um processo complexo que depende das características biológicas e físicas do solo, especialmente das condições de temperatura e umidade do solo. No entanto, o tipo de vegetação e as práticas agrícolas podem ser os principais componentes que controlam o efluxo de CO 2 do solo em agroecossistemas, porque influenciam as características biológicas e físicas do solo e regulam as condições de temperatura e umidade do solo. Nos sistemas agroflorestais as árvores aportam matéria orgânica no solo e o protegem contra a radiação solar direta, influenciando assim o efluxo de CO 2 do solo. O objetivo geral deste estudo foi compreender como a copa das árvores, em sistemas agroflorestais com café, afetam o efluxo de CO 2 do solo e quais os fatores controladores deste processo em comparação com café a pleno sol. Para isso avaliou-se o efluxo de CO 2 do solo (in situ), em sistemas agroflorestais com café e em sistemas com café a pleno sol em três propriedades de agricultores familiares na Zona da Mata de Minas Gerais, Brasil. O aumento nos níveis de cobertura da copa das árvores resultou no aumento da umidade do solo e na diminuição da temperatura do ar e do solo a 5 e 10 cm de profundidade. O efeito das árvores no microclima não afetou a média diária de efluxo de CO 2 do solo entre os sistemas agroflorestais e a pleno sol, mas contribuiu para que a dinâmica das emissões diárias fosse diferente entre os sistemas. No sistema agroflorestal o efluxo de CO 2 do solo foi mais estável durante o dia com menor variação entre o período de 08:00-10:00h e 12:00-14:00h e maior variação espacial do que no sistema a pleno sol. No sistema agroflorestal o efluxo de CO 2 foi explicado principalmente por variações na quantidade de nitrogênio total e carbono lábil e no sistema a pleno solo pela temperatura do solo, especialmente a 10 cm de profundidade. A análise de componetes principais mostrou que em geral o efluxo de CO 2 do solo correlacionou positivamente com a temperatura do solo a 5 e 10 cm de profundidade e negativamente com a umidade do solo. Em conclusão, as árvores em sistemas agroflorestais de café trouxeram maior estabilidade para o microclima e para o efluxo de CO 2 do solo comparado com sistemas a pleno sol.