UFV - Dissertações

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    Determinação de elementos tóxicos em café: grãos torrados e em infusão
    (Universidade Federal de Viçosa, 2015-02-24) Silva, Sabrina Alves da; Mendes, Fabrícia Queiroz
    A cultura do café é de grande importância no cenário brasileiro, já que o Brasil é o maior produtor e exportador de café do mundo e segundo maior consumidor. Minas gerais é o estado de maior cultivo e produção de café, detendo 54% da área cultivada do país. A região do Alto Paranaíba se destaca pela produção em volume e pelo cultivo desta cultura em todos os municípios da região. Cada vez mais os consumidores buscam por cafés de melhores qualidades (sensoriais e higiênico-sanitárias) para seu consumo. E a presença de certos compostos pode comprometer a saúde dos consumidores, como é o caso dos elementos tóxicos: elementos metálicos estáveis, não degradáveis, persistentes e acumulativos, que podem causar efeitos maléficos, agudos ou crônicos, ao organismo, como, por exemplo, o chumbo, cádmio e arsênio. Estes elementos estão presentes no solo devido ao processo de formação do mesmo, condições ambientais e/ou práticas tecnológicas, podendo serem facilmente absorvidos pelas plantas e acumulados nos grãos, algumas vezes até em concentrações acima dos valores permitidos pela legislação. O objetivo deste trabalho é determinar o teor de elementos tóxicos em cafés torrados e na infusão. Foram analisadas 50 amostras de café; estas amostras passaram pelo processo de torrefação média e posteriormente foram mineralizadas por via úmida. Foi feito o preparo da infusão a partir do café torrado, e esta foi concentrada 10 vezes e também mineralizada por via úmida. A determinação e quantificação foram realizadas através de leitura no espectrofotômetro de absorção atômica para os seguintes elementos: manganês (Mn), zinco (Zn), cobre (Cu), cádmio (Cd), cromo (Cr), níquel (Ni) e chumbo (Pb). No café torrado, os elementos encontrados em maiores concentrações foram o manganês, zinco e cobre. Nas amostras de café torrados os teores médios de Zn, Ni, Cu e Cr se encontram dentro dos limites permitidos por legislação, mas para o Cr, 66% das amostras de café o apresentavam em concentrações superiores ao permitido. Para o Pb 74% das amostras o continham em teores superiores ao permitido. Nas infusões os teores de elementos tóxicos encontrados foram bem menores e pouco significativos no que se refere à (UL) ingestão máxima diária dos elementos Ni, Mn, Cu, Cr e Zn. Mas os elementos cádmio e chumbo foram encontrados em concentrações superiores e em algumas amostras em teores muito altos.
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    Lixiviação de nitrato e volatização de amônia em um latossolo cultivado com café sob diferentes fontes de nitrogênio
    (Universidade Federal de Viçosa, 2012-03-30) Souza, José Adinan; Rocha, Genelício Crusoé
    Dentre os diversos produtos existentes para reduzir as perdas de fertilizantes nitrogenados destaca se o uso do inibidor de urease (NBPT). Existem na literatura inúmeros trabalhos que confirmam a eficiência deste inibidor, principalmente para as culturas do milho, cana e arroz. No entanto, estudos que verifiquem os riscos de contaminação do lençol freático promovido pelas perdas por lixiviação de NO 3- são raros, principalmente para a cultura do cafeeiro sob elevadas doses de N. Diante disso desenvolveu se este estudo, cujo objetivo foi avaliar as perdas de N por lixiviação de NO 3- e volatilização de NH 3. O experimento foi montado em uma lavoura comercial de café de sequeiro. Adotou se um delineamento em blocos ao acaso, em um fatorial de (3 x 2) + 1, com 4 repetições, sendo três doses de nitrogênio: 200, 400 e 600 kg ha -1 , duas formas de ureia: comum e a com inibidor de uréase, um tratamento adicional sem aplicação nitrogenada. Para se obter o fluxo de solução no solo foram instalados três tensiômetros em cada parcela, nas profundidades de 0,90; 1,00 e 1,10 m acoplados ao manômetro de mercúrio. Foram instalados ainda, em cada parcela, um extrator de solução do solo na profundidade de 1 m, para se determinar a concentração de NO 3- na solução no solo. Para se quantificar as perdas por volatilização de NH 3 foram instalados coletores de NH 3 , do tipo semi – aberto. Registrou se um total de 1172 mm de precipitação, durante o experimento, destes 620 mm foram percolados, correspondente a 52,90 %. Não se observou diferença estatística entre os tratamentos, para a drenagem interna. Os valores relativos de perdas por volatilização de amônia não sofreram influência da dose, em média a ureia com NBPT apresentou perdas de 3,51 % e a ureia comum de 11,21 %. Pode - se concluir que a ureia com NBPT foi estatisticamente mais eficiente em reduzir as perdas por volatilização. Quando se analisa as perdas por lixiviação, pode se observar que esta sofre forte influência dos fatores climáticos, como a precipitação, principalmente na distribuição temporal das chuvas. Os resultados permitem concluir que as perdas por lixiviação sofreram influência da dose do fertilizante aplicado. Ficou demonstrado que a ureia tratada com inibidor de urease apresenta maior risco de contaminação do lençol freático com NO 3- . Pode se concluir que o uso de ureia tratada com inibidor de uréase é uma boa alternativa para se reduzir as perdas por volatilização, porém o uso em doses acima de 200 kg ha -1 , pode representar risco considerável de contaminação do lençol freático com NO 3- , comparado ao risco proporcionado pelo uso de ureia comum. Além de configurar perdas significativas de fertilizantes. Conclui – se ainda que o uso de elevadas doses de N não acarretou em incrementos de produtividade, nem promoveu aumento no teor de nutrientes nas folhas das plantas.