USP - Dissertações
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Item O desempenho dos mercados a termo : os casos do café, soja e boi gordo na bolsa de mercadorias de São Paulo(Universidade de São Paulo, Faculdade de Economia e Administração, 1983) Tsunechiro, Alfredo; Melo, Fernando Homem de; Universidade de São Paulo, Faculdade de Economia e AdministraçãoOs objetivos do presente estudo foram: a ) analisar o efeito da introdução dos mercados a termo de café, soja e boi gordo na Bolsa de Mercadorias de São Paulo sobre a variabilidade dos preços à vista; e b) avaliar o desempenho da função preço-antecipatória dos mercados a termo de café, soja e boi gordo. No primeiro teste empregou-se o coeficiente de variação e o teste F para medir o grau de variabilidade de preços entre os periodos sem mercado a termo e com mercado a termo. As amostras de período foram de 48 meses para café, 33 meses para soja e 27 meses para boi gordo. Os preços mensais reais recebidos pelos pndutores do Estado de São Paulo são publicados pelo Instituto de Economia Aqricola. Os resultados indicam que a variabilidade dos preços mensais de soja e de boi gordo diminuíram significativamete, enquanto a dos preços de café aumentou. A variabilidade intra-anual de preços de café não se alterou entre os períodos. No segundo teste utilizou-se de dois modelos: regressão linear e erro quadrático médio, ambos relacionando prqos no mes de vencimento e preços defasados. As amostras foram de 20 contratos de café, 12 contratos de soja e boi gordo. Os resultados sugerem que, nos casos de café e boi gordo, para as 4 primeiras defasagens,os preços dos respectivos mercados a termo são eficientes prognosticadores dos preços a vista esperados para a data de vencimento dos contratos. No caso da soja, os preços de contratos a termo são eficientes prognosticadores de preços para defasagem de até 12 meses.Item Produção das variedades Caturra e Mundo Novo de café em função do espaçamento, número de plantas por cova e condução das plantas(Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, 1997) Barros, Inácio de; Costa, José Dias; Escola Superior de Agricultura Luiz de QueirozCom o objetivo de avaliar a influência da densidade de plantio, número de plantas por cova e do manejo de podas programadas sobre a produção das variedades 'Caturra' e 'Mundo Novo' de café, foram conduzidos dois experimentos no Centro Experimental do Instituto Agronômico em Campinas durante o período de 1963 a 1983. No primeiro experimento, foram estudadas cinco espaçamentos ( 1.62 x 0.62 m; 2.0 x 1,O m; 2,3 x 1,3 m; 2,79 x 1.79 m e 3,O x 2.0 m) combinados com uma ou duas plantas por cova e conduzidas sem podas, decotadas a 2m de altura e recepadas em esquema pré-determinado tipo Beaumont & Fukunaga, com as variedades 'Caturra' e 'Mundo Novo' pelo período de 17 colheitas. No segundo experimento foram estudados três espaçamentos (3.0 x 2.0; 2.5 x 1.5 e 2.0 x 1,Om). combinados com uma ou duas plantas por cova e conduzidos sem podas, decotadas a 2m de altura, recepadas em esquema fixo tipo Beaumont Fukunaga e recepadas em ruas alternadas após duas colheitas e em área total após sete colheitas com a variedade de 'Mundo Novo' pelo período de 12 colheitas. Os resultados demonstraram que altas densidades de plantio apresentaram elevadas produções nas primeiras safras com acentuado decréscimo após sete colheitas para as duas variedades, independentemente da aplicação de podas; a variedade 'Mundo Novo' manteve o potencial produtivo enquanto que 'Caturra' diminui sensivelmente a produção ao longo dos anos, evidenciando o baixo vigor da segunda. A utilização de duas plantas por cova favoreceu ao aumento na produção para plantio não adensado. A adoção de podas programadas não influenciou na produção das variedades estudadas.Item Dris para cafeeiros podados(Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, 1998) Nick, Josef Andreas; Dechen, Antônio Roque; Escola Superior de Agricultura Luiz de QueirozAs técnicas de poda são essenciais para atingir e manter alta produtividade nas lavouras de café. Dentre as diversas técnicas, a poda redutora do comprimento dos ramos. conhecida como poda tipo esqueletamento, rejuvenesce os cafeeiros, restabelecendo alta produtividade em curto espaço de tempo e a baixo custo. A nutrição durante o primeiro ano após a poda exerce grande influência sobre a produtividade do ano seguinte. Contudo, não existem padrões nutricionais específicos para melhor diagnosticar o estado nutricional nesta fase inicial. Por isso, neste estudo objetivou-se estabelecer padrões nutricionais (normas) para o Sistema Integrado de Diagnose e Recomendação (DRIS), específicas para diferentes cultivares e épocas do ano após a poda. Para determinar as normas DRIS a partir de talhões de café, localizados nos estados do Paraná e São Paulo, duas limitações metodológicas foram observadas. Primeiro, os talhões comerciais apresentam grande variabilidade quanto ao espaçamento e a condição da copa, o que mascara o efeito da nutrição sobre a produtividade. Segundo. a técnica DRIS, que consiste em diversas etapas de cálculo, apresenta várias opções de métodos para cada uma delas, sendo que a melhor combinação destes métodos ainda deveria ser estabelecida. Para resolver a primeira limitação metodológica, fez-se necessário realizar um estudo para desenvolver uma variável resposta alternativa, uma variável vegetativa, para ser usada em substituição a produtividade de grãos. Ramos e folhas de 117 talhões de café, na sua maioria dos cultivares Catuai Amarelo e Mundo Novo, foram amostrados em quatro épocas durante o ano vegetativo (Dezembro/96, Fevereiro. Abril e Julho/97). Determinaram-se os teores foliares para N, P, K, Ca, Mg, S, B, Cu. Fe. Mn e Zn. Determinaram-se também a evolução do número, comprimento e massa dos internódios dos ramos, e a partir destas variáveis, diversas outras foram calculadas. Através de uma análise das relações de causa e efeito, identificou-se o "comprimento específico do ramo" (mm g-1 matéria seca) como a variável resposta alternativa que melhor representou o potencial produtivo do ramo. Para resolver a segunda limitação. avaliaram-se métodos de três etapas de cálculo do DRIS. Primeiro, avaliaram-se dois metodos para a escolha da ordem da razão dos nutrientes, o Valor F e o Valor r. Segundo, testaram-se três métodos para o cálculo das funções das razões dos nutrientes, os de Beaufils, Jones e Elwali & Gascho. Finalmente, testaram-se ainda dois métodos para o somatório das funções das razões dos nutrientes, DRIS e DRIS modificado (M-DRIS). Os resultados indicaram que: (i) as normas DRIS definidas pelo Valor r, critério por nós desenvolvido, foram mais precisas que aquelas definidas pelo Valor F, desde que aplicadas a funções calculadas pelo método de Jones; (ii) o método de Jones resultou em indices DRIS e M-DRIS mais precisos que os gerados pelos outros dois métodos; e (iii) DRIS e M-DRIS geraram indices semelhantes. Uma vez definida a melhor variável vegetativa (comprimento específico do ramo) e a melhor combinação dos métodos de cálculo do DRIS (Valor r, Jones e, por opção, M-DRIS), definiram-se normas DRIS especificas para os dois principais cultivares e três épocas. Estas contribuições ao método e as normas DRIS se traduzem na melhoria dos instrumentos disponiveis aos produtores para diagnosticar problemas nutricionais em cafezais submetidos à poda.Item Desenvolvimento do ácaro plano, Brevipalpus phoenicis (Geijiskes, 1939) e ocorrência da mancha anular em função de alguns nutrientes no cafeeiro, Coffea arabica L..(Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, 2001) Andrade, Reymar Coutinho de; Nakano, Octavio; Escola Superior de Agricultura Luiz de QueirozItem Medidas de risco e custos de transação: estudo de caso com tradings e processadoras de café e soja(Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, 2002) Bignotto, Edson Costa; Escola Superior de Agricultura Luiz de QueirozCom o objetivo de avaliar se a utilização de medidas de risco financeiro que vêm sendo propostas recentemente, como o Value at Risk - VaR, contribui para reduzir custos de transação associados à racionalidade limitada e ao oportunismo em empresas agroindustriais, mais especificamente nas tradings e processadoras de café e soja, foram realizados: levantamento de riscos envolvidos na atividade produtiva, caracterização formal do processo de cálculo do VaR utilizado pelo mercado e identificação de procedimentos de decisão financeira nas organizações envolvidas e suas necessidades quanto ao gerenciamento de risco. Além disto, a revisão bibliográfica foi desenvolvida sempre apresentando exemplos e situações práticas do ambiente econômico. A formulação da medida VaR baseou-se na literatura e em derivações das equações e dos conceitos envolvidos. A parte empírica da pesquisa envolveu levantamento qualitativo de informação, através de dados primários coletados a partir de entrevistas com profissionais ligados, direta ou indiretamente, aos processos de tomada de decisão financeira nos setores de processamento e de trading de café e soja. As empresas foram tipificadas, por motivos didáticos, em duas categorias, procurando, de forma. geral, modelos representativos de propriedade e de administração dos negócios: (a) empresas familiares com gestão financeira pelos donos (EFGFD); e (b) empresas com gestão financeira por profissionais contratados (EGFPC). Desta forma, possibilitou-se aproximar as exportadoras de caf6 às EFGFD e as processadoras de soja às EGFPC. Os resultados obtidos sugerem que as EFGFD estão mais expostas a custos de transação associados à racionalidade limitada, pois as decisões quanto às operações financeiras, muitas vezes, independem de embasamento formal, sendo realizadas pelos próprios donos. Há pouco interesse pela utilização de medidas formais de quantificação do risco nas EFGFD. Já, as EGFPC, por possuírem a direção separada dos operadores, estão mais expostas aos custos de transação associados ao oportunismo, além dos custos relacionados à racionalidade limitada. As EGFPC procuram combater esses problemas aprimorando o gerenciamento dos riscos envolvidos. Dessa forma, a utilização de medidas, como o VaR pode servir, apesar das limitações existentes, como instrumento adicional no gerenciamento dos riscos incorridos por essas empresas, além de permitir acompanhamentos mais acurados das operações e dos subordinados. A pesquisa realizada constatou, de fato, um maior interesse das EGFPC pelos mecanismos de monitoramento de risco, em muitos casos envolvendo o VaR. Isso pode sugerir que a importância relativa dos custos de transação associados ao oportunismo, no ambiente em que as transações são realizadas, pode ser percebido como maior para as empresas que os associados à racionalidade limitada.Item Mapeamento da produtividade na colheita mecanizada do café(Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, 2002) Leal, Juliano Crivelenti Garcia; Balastreire, Luiz Antonio; Escola Superior de Agricultura Luiz de QueirozA adoção da Agricultura de Precisão é crescente na agricultura brasileira. É notório o aumento de informações e aplicações desses conceitos, porém, para culturas perenes que não possuem importância econômica nos Estados Unidos e em outros países desenvolvidos, não são realizadas pesquisas e informações suficientes para a obtenção de soluções tecnológicas viáveis, que possam ser aplicadas na geração de mapas de produtividade para o monitoramento da produção. A Agricultura de Precisão baseia-se no conhecimento e no gerenciamento da variabilidade espacial dos fatores de produção, sendo que o mapeamento da produtividade das culturas é considerado uma das etapas fundamentais e indispensáveis. Este trabalho teve como objetivo o mapeamento da produtividade na colheita mecanizada do café por meio da adaptação, construção e utilização de um sistema automático de pesagem de grãos, constituído de uma estrutura de ferro apoiada sobre quatro células de carga e suportando um "bigbag" utilizado como depósito dos grãos colhidos. Um sistema de posicionamento global diferencial (DGPS) foi utilizado na colhedora para o posicionamento georreferenciado, sendo o sinal de correção diferencial recebido por meio de ondas de rádio.0 sistema utilizado permitiu a obtenção do mapa de isolinhas da produtividade do café, em uma área de 4 ha. A produtividade média da área foi de 4226 kg.há-1, sendo a menor produtividade de 1284 kg.há-1, e a produtividade máxima de 6326 kg.há-1. As principais vantagens do sistema automático de pesagem utilizado neste trabalho referem-se à possibilidade da obtenção direta do peso dos grãos de café, sem que haja necessidade da utilização de sensores para a determinação da umidade e densidade do material colhido e a facilidade e simplicidade de calibraçã0 do sistema.Item Variação de vazão de gotejadores enterrados na irrigação de citros e café(Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - Universidade de São Paulo, 2002-02) Faria, Luís Fernando; Coelho, Rubens DuarteEste trabalho teve como objetivo obter informações sobre o desempenho de gotejadores enterrados (irrigação subsuperficial), quanto ao aspecto de variação de vazão em função da intrusão radicular das culturas de citros e café. O experimento foi conduzido em ambiente protegido (estufa plástica) durante o ano de 2001, na Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” / USP, em Piracicaba SP. As mudas de café e laranja foram plantadas em vasos de cimento amianto com 100 L de capacidade, irrigadas por 14 modelos diferentes de gotejadores enterrados (autocompensantes e normais), em duas profundidades (15 e 30 cm) e em dois níveis de depleção de água no solo (seco e úmido). Foram realizadas cinco determinações de vazões individuais dos emissores, em intervalo de 60 dias entre a primeira e a segunda e de 30 dias entre as demais leituras, utilizando-se um medidor de vazão magnético indutivo com 0,3% de precisão. Os dados de vazão dos emissores foram analisados a cada leitura, através dos parâmetros: a) vazão relativa (QR%), tendo como referência à vazão obtida na primeira leitura e b) coeficiente de variação de vazão (CVQ%) da amostra analisada. Concluiu-se que: a) a intrusão radicular é aleatória, não tendo havido um modelo de emissor que se destacasse quanto à penetração de raízes; b) os níveis de irrigação não apresentaram resultados conclusivos no período analisado, porém, observaram-se evidências de que o sistema radicular é mais agressivo tanto na camada superficial de solo (15 cm) para as plantas bem irrigadas, quanto nas camadas mais profunda de solo (30 cm) para as plantas sob déficit hídrico; c) variações de vazão foram mais evidentes para os emissores a 30 cm de profundidade no cafeeiro; e d) os emissores autocompensáveis apresentaram maior instabilidade de vazão, na presença de raízes e partículas de solo, enquanto os emissores normais tiveram desempenho mais estável. Distúrbios de vazão nos gotejadores ensaiados foram mais pronunciados em determinados modelos de alguns fabricantes, o que evidencia a diferença tecnológica entre as empresas de equipamentos de irrigação analisadas.Item Modelagem da distribuição espaço-temporal da broca do café (Hypothenemus hampei Ferrari) em uma cultura de região central colombiana(Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - Universidade de São Paulo, 2002-04) Cárdenas, Ramiro Ruiz; Demétrio, Clarice Garcia BorgesO estudo da distribuição de pragas em espaço e tempo em sistemas agrícolas fornece informação importante sobre os mecanismos de dispersão das espécies e sua interação com fatores ambientais. Esse tipo de estudos também é de muita ajuda no desenvolvimento de planos de amostragem, na otimização de programas de manejo integrado de pragas e no planejamento de experimentos. O objetivo deste trabalho foi comparar vários modelos hierárquicos na modelagem da variação espaço- temporal da infestação da broca do café visando produzir mapas de risco da infestação que descrevam adequadamente o processo de infestação. Foram usadas diferentes combinações de efeitos aleatórios representando variabilidade não estruturada, com diferentes escolhas de distribuições a priori para os parâmetros e os hiperparâmetros dos modelos. Foram também usados diferentes esquemas de vizinhança para representar a correlação espacial dos dados. O ajuste dos modelos foi feito usando métodos MCMC. A estatística deviance e funções de perda quadrática foram usadas para a comparação entre modelos. Os resultados são apresentados como uma seqüência de mapas de risco de infestação.Item Mapeamento da produtividade na colheita mecanizada do café(Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - Universidade de São Paulo, 2002-05) Leal, Juliano Crivelenti Garcia; Balastreire, Luiz AntonioA adoção da Agricultura de Precisão é crescente na agricultura brasileira. É notório o aumento de informações e aplicações desses conceitos, porém, para culturas perenes que não possuem importância econômica nos Estados Unidos e em outros países desenvolvidos, não são realizadas pesquisas e informações suficientes para a obtenção de soluções tecnológicas viáveis, que possam ser aplicadas na geração de mapas de produtividade para o monitoramento da produção. A Agricultura de Precisão baseia-se no conhecimento e no gerenciamento da variabilidade espacial dos fatores de produção, sendo que o mapeamento da produtividade das culturas é considerado uma das etapas fundamentais e indispensáveis. Este trabalho teve como objetivo o mapeamento da produtividade na colheita mecanizada do café por meio da adaptação, construção e utilização de um sistema automático de pesagem de grãos, constituído de uma estrutura de ferro apoiada sobre quatro células de carga e suportando um “bigbag” utilizado como depósito dos grãos colhidos. Um sistema de posicionamento global diferencial (DGPS) foi utilizado na colhedora para o posicionamento georreferenciado, sendo o sinal de correção diferencial recebido por meio de ondas de rádio.O sistema utilizado permitiu a obtenção do mapa de isolinhas da produtividade do café, em uma área de 4 ha. A produtividade média da área foi de 4226 kg.ha -1 , sendo a menor produtividade de 1284 kg.ha -1 , e a produtividade máxima de 6326 kg.ha -1 . As principais vantagens do sistema automático de pesagem utilizado neste trabalho referem-se à possibilidade da obtenção direta do peso dos grãos de café, sem que haja necessidade da utilização de sensores para a determinação da umidade e densidade do material colhido e a facilidade e simplicidade de calibração do sistema.Item Comportamento dos cafeicultores perante o risco: uma análise de três sistemas de produção da região de Marília, SP(Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - Universidade de São Paulo, 2002-10) Pizzol, Silvia Janine Servidor de; Peres, Fernando CuriO setor primário da região de Marília tem passado por crises periódicas, em função do comportamento cíclico de preços e produção do café, sua principal atividade agropecuária. Com isso, a receita dos cafeicultores está sujeita a sensíveis oscilações a cada ano, sugerindo um elevado nível de risco econômico. Como parte do Projeto de Apoio à Competitividade Global da Cultura do Maracujazeiro na Região de Vera Cruz, SP – AFRUVEC/Bioex-CNPq essa dissertação tem como objetivo avaliar o comportamento dos cafeicultores da região de Marília na presença do risco. Uma vez que o grau de aversão ao risco dos agricultores é refletido na escolha dos planos de exploração agropecuária, inicialmente desenvolveu-se uma metodologia para identificar os sistemas de produção de café existentes na região. Essa identificação baseou-se na elaboração e análise de grupos focais e validação dos resultados através de análise discriminante. Assim, foram identificados os sistemas “monocultura de café”, “cafeicultura e pecuária” e “pequena propriedade diversificada”. Posteriormente, selecionou-se uma propriedade típica de cada sistema para o estudo do comportamento dos agricultores perante o risco. A programação linear foi a técnica utilizada na modelagem dos sistemas de produção. Para a geração das fronteiras de eficiência, que refletem o trade-off entre rendimento e risco, foi empregado o MOTAD. Os resultados dessa pesquisa indicam que o produtor do sistema cafeicultura e pecuária é mais averso ao risco do que o monocultor. Esse comportamento era esperado, pois as margens brutas da pecuária são negativamente correlacionadas com as do café, indicando que a combinação dessas atividades é eficiente do ponto de vista da redução do risco. No entanto, constatou-se que o pequeno produtor diversificado é menos averso ao risco do que o monocultor, contrariando as hipóteses iniciais do trabalho. Esse comportamento pode ser explicado pela estratégia de diversificação adotada pelo agricultor, que optou por investir em diversas espécies frutíferas e na cafeicultura. Grande parte das frutas possui maior grau de risco que o café e, além disso, muitas dessas atividades são positivamente correlacionadas, o que reduz a eficiência da diversificação na minimização dos riscos do sistema. Com isso, pode-se afirmar que o objetivo principal da diversificação da pequena propriedade é a elevação da margem bruta do sistema, pois somente com a cafeicultura o produtor não obteria renda suficiente para permanecer na atividade. A grande contribuição dessa pesquisa é mostrar e divulgar a situação dos pequenos cafeicultores, a importância da diversificação para os mesmos e abrir espaço para a realização de outros estudos na região de Marília. É muito importante que futuras pesquisas levantem alternativas de cultivo para elevar a renda dos pequenos produtores da região, considerando estudos de mercado e identificação de canais de comercialização. Por outro lado, também seria interessante aprofundar o estudo da situação dos pequenos produtores inseridos em outros sistemas que não incluam a cafeicultura, para se ter uma visão mais abrangente dos problemas enfrentados e definir ações efetivas para o desenvolvimento regional.Item Caracterização de sistemas de café orgânico sombreado e a pleno sol no sul de Minas Gerais(Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz - Universidade de São Paulo, 2003) Moreira, Cássio Franco; Fernandes, Elisabete A. de NadaiO consumo e o mercado de cafés especiais, como orgânicos, gourmets e socialmente justos, cresce no mundo todo oferecendo preços atraentes para o produtor, enquanto o mercado de cafés commodity encontra grande oferta e preços muito baixos. A produção orgânica revela-se como alternativa ambiental, social e econômica, pois não contamina o meio ambiente e nem as pessoas direta e indiretamente envolvidas, além de agregar mais valor ao produto final. Apesar de o Brasil ser o maior produtor mundial de café, com aproximadamente 45 milhões de sacas em 2002, a produção de café orgânico foi aproximadamente de 70 mil sacas, de acordo com a ACOB (Associação de Cafeicultura Orgânica do Brasil). O México é o maior produtor mundial de café orgânico, com aproximadamente 500 mil sacas em 2002, sendo a maioria proveniente de sistemas sombreados de café. A cafeicultura nacional caracteriza-se por extensas áreas de monocultivo a pleno sol, desconsiderando o fato do café ser uma espécie originária de florestas caducifólias da Etiópia. A produção de café orgânico brasileira também é, em sua maioria, a pleno sol, com pouca biodiversidade e grande input ao sistema. Países produtores de café orgânico em sistemas sombreados e consumidores criticam a ausência de biodiversidade do sistema brasileiro. Portanto, a pesquisa nacional deve avaliarix cientificamente diferentes manejos de café orgânico, obtendo informações quantitativas e qualitativas, visando a sustentabilidade sócio-ambiental e ganho de competitividade internacional do produto brasileiro neste nicho de mercado. Na busca de parâmetros que permitam a caracterização do sistema sombreado e do sistema a pleno sol de café orgânico, a composição química elementar avaliada em elevado nível metrológico é uma ferramenta potencial. Esta alta confiabilidade metrológica pode ser obtida através da análise por ativação neutrônica instrumental (INAA). Para a caracterização destes sistemas de produção de café orgânico, vários elementos químicos foram quantificados por INAA em grãos e folhas de café Coffea arabica, variedade Mundo Novo, e nos solos de ambos os sistemas - café sombreado por árvore leguminosa Platycyamus regnellii e café a pleno sol, na fazenda Jacarandá, Machado, Minas Gerais. Foram também avaliados os parâmetros de produtividade, fertilidade do solo, nutrição vegetal e qualidade do café. Os resultados indicam uma perspectiva positiva para a discriminação dos dois sistemas de produção utilizando-se da composição química elementar determinada por INAA. As avaliações demonstram uma tendência à superioridade do sistema sombreado, principalmen te quanto às maiores concentrações de potássio encontrados em grãos, folhas e solo, que podem ter propiciado uma melhor qualidade do café deste sistema.Item Pratylenchus coffeae em cafeeiros: Efeito de densidades populacionais do nematóide e testes com genótipos(Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" - Universidade de São Paulo, 2003) Tomazini, Melissa Dall'Oglio; Ferraz, Luiz Carlos C. B.O nematóide das lesões Pratylenchus coffeae é um dos principais parasitos do cafeeiro e de outras culturas e sua variabilidade biológica, que dificulta a adoção de métodos de controle, contribui para aumentar a sua importância no Brasil. Pela importância da cafeicultura e a falta de estudos com esse nematóide no Brasil, foram realizados experimentos com dois de seus isolados (K 5 e M 2 ), com os objetivos de correlacionar densidades populacionais do nematóide aos danos causados e estabelecer possíveis fontes de resistência de cafeeiros ao isolado K 5 . Foram testadas diferentes densidades populacionais iniciais do isolado M 2 em plantas (seis pares de folhas) e plântulas (dois pares de folhas) do cafeeiro arábico ‘Catuaí Vermelho’. As densidades populacionais utilizadas foram de 0, 333, 1.000, 3.000 e 9.000 nematóides por plântula ou planta. A avaliação ocorreu aproximadamente cinco (plântulas) e sete (plantas) meses após a inoculação. Os resultados mostraram que houve uma acentuada redução do crescimento das plântulas, bem como massa fresca das raízes e massa seca da parte aérea, já a partir das densidades mais baixas. A variação populacional (Pf/Pi) foi menor que um (1,0) para todas as densidades de inóculo, indicando que esta cultivar, no estágio de plântulas com dois pares de folhas, mostrou-se intolerante ao parasitismo. Em relação à inoculação das plantas, já com seis pares de folhas, não houve diferenças significativas nas variáveis analisadas e ocorreram decréscimos populacionais do nematóide, indicando que, nessas condições, ‘Catuaí Vermelho’ mostrou-se resistente ao isolado M 2 . Em relação ao isolado K 5 , foram realizados cinco experimentos, visando caracterizar as reações de genótipos de Coffea canephora ('Robusta' e 'Conilon'), além de C. arabica ‘Mundo Novo’, comparado às reações frente ao nematóide de galhas Meloidogyne incognita raça 2. No Experimento 1, foram utilizadas plantas de C. arabica ‘Mundo Novo’, inoculadas com 1.480 nematóides por planta (isolado K 5 e M. incognita). Após sete meses da inoculação foi feita a avaliação, mostrando que o crescimento populacional dos nematóides foi alto e a reação de suscetibilidade. Mesmo em mudas desenvolvidas de cafeeiro ‘Mundo Novo’, o isolado K 5 destacou-se como tão agressivo quanto M. incognita. Os outros genótipos testados, de C. canephora, foram inoculados com 3.000 nematóides por planta. Nos Experimentos 2 e 3, as linhagens IAC 4804 e IAC 4810 de ‘Robusta’ foram suscetíveis ao isolado K 5, mas em um deles (IAC 4804) ocorreu grande variação entre as repetições em relação à M. incognita. Apenas o isolado K 5 promoveu redução do crescimento do cafeeiro, evidenciado na variável massa fresca das raízes, em ambas as linhagens, sendo que IAC 4810 comportou-se como resistente a M. incognita. No caso de C. canephora ‘Conilon’, ambas as linhagens testadas (IAC 4764 e IAC 4765) foram resistentes ao isolado K 5 e suscetíveis a M. incognita.Item Avaliação de sistemas de produção de café na região sul de Minas Gerais: um modelo de análise de decisão(Universidade de São Paulo, 2003-01-17) Carvalho, Glauco Rodrigues; Peres, Fernando CuriO café é um dos mais tradicionais produtos da agricultura brasileira e teve grande influência no processo de industrialização da economia. É também um produto que contribui significativamente para a geração de emprego no campo, principalmente em regiões inaptas à mecanização da lavoura. A cafeicultura passou por uma significativa reestruturação nas últimas décadas, que modificou tanto a organização interna entre os elos da cadeia agroindustrial, como as práticas de condução das lavouras pelo produtor rural. Sistemas alternativos de produção foram surgindo com o objetivo de aumentar a competitividade dessa lavoura. Na esteira desses sistemas, emergem dúvidas quanto à viabilidade técnica e econômica de cada um. Esse trabalho está dividido em duas partes. Primeiramente procurou-se identificar as técnicas de produção que estão sendo adotadas e caracterizar as dúvidas existentes. Em seguida, partiu-se para a elaboração de um modelo fundamentado nas técnicas de análise de decisão, para auxiliar nas escolha entre alternativos sistemas de processamento de café, na forma tradicional ou especial, uma das dúvidas que foram identificadas. As decisões disponíveis indicavam a possibilidade de produzir um café natural (no sistema tradicional vigente ou mais elaborado), um café cereja descascado ou um café despolpado. Essas alternativas, por sua vez, envolvem investimentos e são expostas a condições de risco, já que o clima pode influenciar os resultados da lavoura e a qualidade do grão. Por meio dessa pesquisa foi possível identificar, entre outros resultados, uma ligeira distorção entre as demandas dos produtores e os estudos de especialistas que, em muitos casos, dão excessiva importância a aspectos considerados triviais para os cafeicultores. Além disso, a pesquisa proporcionou avaliar os sistemas de processamento do café e identificar os cafés especiais como uma boa alternativa aos produtores do Sul de Minas Gerais.Item Eficiência de infecção e multiplicação de estirpes de Xylella fastidiosa de Citros [Citrus sinensis (L.) Osbeck] e de cafeeiro (Coffea arabica L.) em inoculações cruzadas(Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - Universidade de São Paulo, 2003-10) Prado, Simone de Souza; Lopes, João Roberto SpottiO trabalho teve por objetivo avaliar a capacidade de infecção e multiplicação de estirpes de Xylella fastidiosa de citros [Citrus sinensis (L.) Osbeck] e de cafeeiro (Coffea arabica L.) em inoculações cruzadas, para investigar a possibilidade de disseminação deste patógeno de pomares cítricos infectados para cafezais ou vice versa. As inoculações foram realizadas mecanicamente com um isolado (CCT6570) de X. fastidiosa proveniente de árvore cítrica com clorose variegada dos citros (CVC) e um isolado (CCT6756) de planta de café com sintomas de atrofia dos ramos do cafeeiro (ARC). Quatro concentrações de células de cada isolado, variando de 10 3 a 10 9 unidades formadoras de colônias (UFC) por mL, foram inoculadas por agulha em citros e cafeeiro, para determinação de curvas de titulação e doses efetivas para infecção em cada combinação estirpe/hospedeiro. As plantas foram avaliadas por “polymerase chain reaction” (PCR) e isolamento em meio de cultura quanto à infecção por X. fastidiosa e população bacteriana, após 0,5; 2; 4 e 8 meses da inoculação. A estirpe de cafeeiro (ARC) de X. fastidiosa não colonizou citros nas concentrações de inóculo testadas. A inoculação da estirpe de citros (CVC) em cafeeiro resultou em baixas taxas de infecção,exigindo uma concentração de inóculo cerca de 10 vezes mais alta do que a necessária para a mesma taxa de infecção (25%) em citros. A dose efetiva para infecção de 25% das plantas (DE 25 ) foi de 0,29 x 10 6 e 0,35 x 10 7 UFC/mL para as combinações (estirpe/hospedeiro) ARC/cafeeiro e CVC/citros, respectivamente. Já para a combinação heteróloga CVC/cafeeiro, a DE 25 foi de 0,85 x 10 8 UFC/mL, evidenciando a dificuldade de colonização de plantas de café pela estirpe de citros. A população bacteriana da estirpe de citros foi mais elevada em citros que em cafeeiro em todas as épocas de avaliação, embora a diferença tenha sido significativa apenas aos 2 meses após a inoculação. Um teste preliminar demonstrou que o método de isolamento primário envolvendo maceração de pecíolo foliar de cafeeiro infectado não inibe o crescimento de X. fastidiosa em meio de cultura, propiciando assim, uma estimativa confiável da população de células cultiváveis da bactéria em cafeeiro. Em caráter complementar, realizou-se um estudo de comparação morfológica de seis isolados de X. fastidiosa de citros com CVC e de seis isolados de cafeeiro com ARC, provenientes de diferentes localidades dos Estados de São Paulo e Minas Gerais. Não houve relação entre período de incubação ou diâmetro médio das colônias e o hospedeiro de origem dos isolados. Entretanto, as colônias dos isolados de cafeeiro apresentaram coloração opalescente e margens lisas, enquanto que as de citros mostraram-se mais convexas e escuras, com o centro áspero e margens onduladas, apresentando numerosos filamentos semelhantes a exopolissacarídeos.Item Estimativa do nivel de dano de Orthezia praelonga Douglas, 1891 e de Leucopetera (Guerin-Meneville, 1842) por variaveis fisiologica vegetais(Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - Universidade de São Paulo, 2004) Neves, Ademir Diniz; Parra, José Roberto PostaliO objetivo do trabalho foi avaliar, por meio de variáveis fisiológicas vegetais como fotossíntese, condutância estomática, transpiração foliar, concentração interna de CO 2 e temperatura foliar, o efeito de insetos pragas de diferentes hábitos alimentares em suas plantas hospedeiras. Foram estimados os níveis de dano de um sugador, Orthezia praelonga Douglas, 1891, em limão cravo (Citrus limonia L.), e de Leucoptera coffeella (Guérin-Mènevile, 1842), um mastigador, em mudas de café ‘Obatã’. Os ensaios foram realizados em condições ótimas de temperatura, com luz e CO 2 saturantes, e diferentes porcentagens de área foliar lesionada, obtidas pela variação do número de insetos por folha, no caso de O. praelonga em limão cravo (de 0 a 35 cochonilhas/folha (0-6%), de 40 a 70 cochonilhas/folha (7-13%), de 80 a 220 cochonilhas/folha (14-40%) e >220 cochonilhas/folha (>40%)) ou por tecido vegetal consumido (intervalos de 0-25%, 26- 36% e >37%), no caso de L. coffeella em mudas de cafeeiro. As leituras das variáveis fisiológicas vegetais foram feitas com um medidor portátil de fotossíntese (IRGA). Os dados foram analisados por meio de uma regressão não linear, e, nos dois casos, existe uma correlação negativa entre fotossíntese e área foliar lesionada, ou seja, quanto maior a área foliar lesionada, menor a fotossíntese; e o ponto de inflexão negativo da curva, no qual um pequeno aumento na área foliar lesionada resultou em uma grande perda fotossintética, é tomado como referência de nível de dano, sendo que o nível de controle destas pragas, esta abaixo destes valores. A condutância estomática, a transpiração foliar, a concentração interna de CO 2 e a temperatura foliar, em ambos os casos, não demonstram uma correlação definida com a intensidade de danos. A transpiração foliar em limão cravo atacado por O. praelonga é maior nos pontos onde também é maior a condutância estomática, e nas folhas de café com ataque de L. coffeella a transpiração foliar mantem-se constante durante toda a curva, semelhante à variável condutância estomática.. As relações matemáticas de fotossíntese/concentração interna de CO 2 , e fotossíntese/condutância estomática são, em ambos os casos, decrescentes, o que demonstra respectivamente queda na eficiência instantânea de carboxilação da rubisco e redução da eficiência intrínseca do uso da água em função do aumento da área foliar lesionada. A análise conjunta dos dados demonstrou que O. praelonga afeta o fotossistema I (PS I) de folhas de limão cravo; enquanto L. coffeella afeta, em primeiro plano, o fotossistema II (PS II). No caso de O. praelonga em limão cravo, determina-se a faixa de 7 a 13% de área foliar lesionada (de 40 a 70 cochonilhas/folha) como sendo o valor de nível de dano, e para L. coffeella em cafeeiro este valor ficou na faixa de 25 a 36% de área foliar lesionada (tecido consumido pelo inseto). Os valores obtidos em laboratório, necessitam ajustes efetivos na determinação do nível de controle destas pragas no campo. A técnica de leitura de fotossíntese mostrou-se adequada a este propósito, e a análise dessa variável demonstrou ser a melhor opção para tal correlação.Item Volume e granulometria do substrato na formação de mudas de café(Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - Universidade de São Paulo, 2004-01) Tavares Júnior, Júlio Eduardo; Favarin, José LaércioEste trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar a influência do volume e da granulometria do substrato comercial, utilizado na produção de mudas em tubetes, sobre o crescimento vegetativo das plantas de café, bem como o tempo de formação das mudas e a estabilidade ao manuseio do conjunto muda-substrato. O experimento foi conduzido no viveiro do Centro de Café do IAC, localizado na Fazenda Santa Elisa, Campinas, SP, utilizando a cultivar Catuaí Vermelho IAC 144 (Coffea arabica L.). Foram adotados nove tratamentos com quatro repetições, com delineamento de blocos ao acaso em esquema fatorial 3 x 3, formado pela combinação de três volumes de substrato (50, 120 e 200 cm 3 ) e três granulometrias proporcionadas pelas seguintes composições granulométricas: 100% de substrato comercial na granulometria original, 100% de substrato comercial finamente moído e pela mistura, em volume, de 50% de substrato na granulometria comercial com 50% de substrato moído. A influência das variáveis (volume e granulometria) do substrato no crescimento das mudas de café foi avaliada por meio das determinações dos parâmetros biométricos vegetativo da parte aérea e raízes como: número de pares de folhas, altura da planta, diâmetro do caule, matéria seca da parte aérea e das raízes, área foliar total, área foliar média, área do 1 o par de folhas, comprimento e superfície de raízes. Em complemento aos objetivos do trabalho foram, também, avaliados o tempo de formação das mudas e a estabilidade ao manuseio do conjunto muda-substrato. O crescimento das plantas depende do volume e da granulometria do substrato, sendo maior com a utilização de 200 cm 3 de substrato e a diminuição da granulometria pela mistura, em partes iguais, do substrato finamente moído com o substrato comercial na granulometria original. O tempo de formação das mudas correlacionou com o volume de substrato, demandando 134, 124 e 81 dias para a emissão do 4 o par de folhas, quando as plantas cresceram nos recipientes com 50, 120 e 200 cm 3 de substrato, respectivamente. A estabilidade ao manuseio do conjunto muda- substrato varia com o tamanho do recipiente, sendo maior nos tubetes com 50 e 120 cm 3 de substrato, e a redução parcial da granulometria, pela mistura granulométrica, aumentou a aderência das partículas com as raízes e, portanto, a estabilidade do conjunto.Item Desenvolvimento de mudas de cafeeiro produzidas em tubetes, sob malhas termo-refletoras e malha negra(Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - Universidade de São Paulo, 2004-03) Costa, Vinícius Maia; Folegatti, Marcos ViniciusEste experimento avaliou, em casa de vegetação, o desenvolvimento de mudas de cafeeiro produzidas em tubetes, sob o efeito de malhas utilizadas para sombreamento. Os tratamentos utilizados foram a malha negra 50%, conhecida comercialmente como “sombrite” ou “tela preta”, considerada padrão para o desenvolvimento destas mudas, e malhas termo-refletoras com quatro diferentes percentagens de atenuação da radiação solar, sendo as malhas 40%, 50%, 60% e 70%. O delineamento experimental adotado foi em blocos casualizados contendo os 5 tratamentos, com 4 repetições, totalizando-se assim 20 parcelas. As parcelas foram representadas por 20 bancadas, cada qual contendo fechamento superior com um tipo de malha para sombreamento, e também fechamento nas laterais, atenuando a radiação solar lateral. Cada parcela foi composta por 175 mudas, sendo 161 para bordadura, e 14 para avaliações. As irrigações, realizadas diariamente, foram implementadas com a utilização de uma barra motorizada semi-automatizada que se deslocava longitudinalmente na casa de vegetação em ambos os sentidos. A lâmina desejada era ajustada de acordo com a velocidade de deslocamento da barra que era regulada por meio de um inversor de freqüência, responsável por este controle. Para monitorar o microclima, foi instalado interiormente a cada parcela um psicrômetro não ventilado e de tempos em tempos foram realizadas medidas de radiação solar global, fotossinteticamente ativa e o saldo de radiação (SR), estabelecendo-se relações de transmissividade global (TRG) e transmissividade fotossinteticamente ativa (TRFA). As variáveis fisiológicas utilizadas para avaliar o desenvolvimento das mudas foram área foliar, altura das plantas, diâmetro do caule, e, ao final do experimento, foram realizadas análises de matéria seca da parte aérea, do sistema radicular e matéria seca total. A avaliação dos dados psicrométricos mostrou que a temperatura do ar pouco variou nas parcelas, assim como a umidade relativa do ar. Com relação a TRG e TRFA, verificou-se que malhas com menor atenuação da radiação solar apresentaram em geral maior transmissividade, conforme esperado. Para a variável saldo de radiação, a presença de interferências ambientais inviabilizou a maior parte dos dados, verificando-se em apenas parte deles uma tendência de maior SR nas malhas 40% e 50%. A avaliação das variáveis fisiológicas mostrou que a área foliar não apresentou diferença significativa entre os tratamentos. Já para altura da planta e diâmetro do caule, verificou-se que as mudas produzidas sob as malhas termo-refletoras 40% e 50% foram superiores àquelas produzidas sob malha negra 50% e malhas termo-refletoras 60% e 70%, respectivamente. Nas avaliações de matéria seca, verificou-se que as mudas produzidas sob as malhas termo-refletoras 40% e 50%, e malha negra 50% acumularam mais matéria seca comparativamente àquelas produzidas sob malhas termo-refletoras 60% e 70%. Assim, nas condições em que desenvolveu-se o experimento, concluiu-se que as malhas termo-refletoras 40% e 50% e negra 50% apresentaram melhores resultados que as malhas termo- refletoras 60% e 70%.Item Fenóis totais no cafeeiro em razão das fases de frutificação e do clima(Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - Universidade de São Paulo, 2004-12) Salgado, Paula Rodrigues; Favarin, José LaércioOs vegetais apresentam defesa natural contra os fatores externos, bióticos e abióticos, por meio da síntese de compostos fenólicos no metabolismo secundário, as quais variam com as fases fenológicas e com o clima. O aumento dos compostos fenólicos nas plantas está, diretamente, relacionado com a resistência à infecção por patógenos e à infestação de pragas. Entretanto, pouco se sabe sobre a variação dos teores dessa substância durante os estádios fenológicos do cafeeiro, em particular, nas fases de frutificação, e em razão das condições climáticas. Tais conhecimentos são fundamentais para a previsão dos riscos de ataques aos vegetais, uma vez que a defesa natural da planta deve mudar ao longo do ciclo. O experimento foi realizado em uma cultura de Coffea arabica L., cultivar Obatã IAC 1669-20, instalada no campo experimental do Departamento de Produção Vegetal, da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo, Piracicaba/SP. Para a realização do experimento foi adotado o delineamento experimental inteiramente casualizado, utilizando quatro tratamentos (plantas com e sem frutos - folhas dreno e plantas com e sem frutos - folhas fonte) e cinco repetições constituídas por plantas individuais. Após a análise de variância dos resultados foi aplicado o teste t de Student ao nível de 5 % de significância para a comparação das médias entre os tratamentos. Os teores de fenóis totais (μg g -1 ) foram extraídos das folhas maduras (fonte) e novas (dreno) e analisados em relação à produção de café, fenologia e clima. As variáveis climáticas adotadas foram temperatura atmosférica (média, mínima e máxima; o C), radiação global (MJ m -2 dia -1 ) e insolação diária (h dia -1 ). Durante a condução do experimento foram realizadas avaliações de altura da planta (cm), diâmetro do caule (mm) e comprimento de ramos plagiotrópicos (cm) para determinar as respectivas taxas de crescimento vegetativo das plantas. As quantidades de fenóis totais determinadas nas plantas com produção (17.40 μg g -1 e 13.89 μg g -1 folhas dreno e fonte, respectivamente) e sem produção de café (18.65 μg g -1 e 12.76 μg g -1 folhas dreno e fonte, nessa ordem) não variaram. No entanto, a concentração de fenóis totais nas folhas novas (dreno) das plantas com e sem produção de café foi maior que a quantidade determinada nas folhas maduras (fonte), da ordem de 25 % e 46 %, respectivamente. A síntese de fenóis nas fases de expansão (16.35 μg g -1 ) e granação dos frutos (14.68 μg g -1 ) foi 31 % inferior em relação às quantidades determinadas na fase de maior produção dessas substâncias – fruto em maturação (21.24 μg g -1 ). A metabolização de fenóis totais depende, indiretamente, da temperatura ( o C) e da radiação global (MJ m -2 dia -1 ), apresentando tendência inversa em relação a estas variáveis climáticas. A orientação do manejo fitossanitário deve levar em consideração as épocas em que há comprometimento da defesa natural da planta, em relação à produção de substâncias protetivas – os fenóis.Item Atividade das enzimas redutase do nitrato e glutamina sintetase em cafeeiro arábica(Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - Universidade de São Paulo, 2005-01) Andrade Netto, José Fernandes de; Favarin, José LaércioO objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade das enzimas redutase do nitrato (RN) e glutamina sintetase (GS) em mudas de Coffea arabica L cv Obatã IAC 1669-20 em função dos atributos ecofisiológicos. O experimento foi conduzido em casa de vegetação no Laboratório de Biotecnologia Agrícola do Departamento de Ciências Biológicas da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo. Para a realização do experimento adotou-se o delineamento inteiramente casualizado com dois tratamentos: T1 (100% de luz) e T2 (50% de luz) e cinco repetições. As determinações das atividades enzimáticas foram feitas às 07:00 h; 12:00 h; 17:00 h e 22:00 h, bem como dos atributos ecofisiológicos: temperatura atmosférica; temperatura foliar; radiação fotossinteticamente ativa; condutância estomática; taxa de fotossíntese líquida; taxa de transpiração e proteína total solúvel. O nível de exposição à luminosidade altera a atividade da redutase do nitrato (RN), cujo valor foi menor nas plantas a pleno sol às 12:00 h e 17:00 h. A saturação lumínica e a maior temperatura foliar em relação ao ambiente, às 12:00 h, diminuiu as trocas gasosas (CO 2 e vapor d’água) e a atividade da RN. Ao longo do período luminoso, independentemente do nível de exposição à luminosidade, decresceu a atividade da glutamina sintetase (GS). A disponibilidade de amônio proveniente da ação da RN no período noturno elevou a atividade da GS, enquanto a fotorrespiração, por hipótese, forneceu o substrato (NH 4+ ) para a atividade dessa enzima (GS) nas plantas a pleno sol ao meio dia. A inibição da redutase do nitrato (RN) no cafeeiro proporcionada pela fotorrespiração se dá, por hipótese, em resposta a produção de glutamina por meio da atividade da glutamina sintetase (GS).Item Rating de cooperativas agropecuárias: uma contribuição metodológica(Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - Universidade de São Paulo, 2005-08) Costa, Davi Rogério de Moura; Bialoskorski Neto, SigismundoCom a promulgação da Constituição Federal de 1988, as cooperativas agropecuárias brasileiras deixaram de ser obrigadas a enviar informações relevantes sobre a sua gestão, apresentadas nos seus demonstrativos contábeis, à Secretaria Nacional de Cooperativismo (SENACOOP), órgão do governo federal que regulava, controlava e fiscalizava suas atividades. Assim, neste novo cenário, deixou de existir o órgão, a exemplo do que hoje é feito pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para as empresas S/A, que estabelecia regras e responsabilidades para diminuir a assimetria de informação sobre a gestão entre os gestores, cooperados e mercado. Adiciona-se a isso o fato de, na década de noventa, ter ocorrido a extinção do Banco Nacional de Crédito Cooperativo (BNCC) e problemas macroeconômicos na agricultura, que elevam a necessidade das cooperativas obter recursos junto a terceiros. Diante do novo cenário e baseado em teorias econômicas que apontam que a existência de assimetria de informações, manifestadas nas formas de seleção adversa ou risco moral (moral hazard), gera ineficiência no funcionamento do mercado, mas que essas podem ser reduzidas por meio de mecanismos de sinalização, e que o rating pode ser usado para tanto, foi objetivo desta pesquisa criar uma metodologia de rating corporativo, específico para cooperativas agropecuárias, pelo fato de essas organizações se diferenciarem das demais por não atuarem com objetivo de lucro. A construção da metodologia ocorreu com base na revisão bibliográfica de teorias econômicas e da administração financeira, de trabalhos científicos que objetivavam avaliar risco de crédito e condição de solvência das cooperativas agropecuárias e nos materiais divulgados pelas principais agências que elaboravam rating no Brasil. Para poder comparar todas as propostas de metodologias das agências e trabalhos revisados, são usados os “Cs” do crédito, pois se notou que esses são fatores comuns entre todas as metodologias. A metodologia é validada, por meio de estudo de caso, para averiguar sua aplicabilidade em uma cooperativa agropecuária atuante no mercado de café. Durante sua aplicação, notou-se que todos os grupos de tópicos de assuntos e indicadores, a serem diagnosticados, são mensuráveis e comparáveis, sendo considerados pertinentes e importantes pelos executivos da organização avaliada. Os resultados obtidos permitem concluir que a metodologia criada é aplicável e que seus resultados seriam mais significativos se houvesse a discussão sobre os pesos dos indicadores e das notas dos tópicos e grupos, nos denominados comitês de rating, a exemplo do que é feito pelas agências que os elaboram. Como sugestão, é apresentada a necessidade de que novas aplicações da metodologia sejam realizadas para testá-la junto a outras organizações, de forma a consolidá-la como um sinalizador a ser usado pelo mercado e cooperado.