SPCB (02. : 2001 : Vitória, ES) – Resumos Expandidos

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    Perda da amônia por volatilização do chorume de suínos aplicados em lavoura cafeeiro
    (2001) Miyazawa, Mário; Fin, Fernanda A.; Chaves, Júlio César Dias; Pavan, Marcos Antonio; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Foi avaliada a perda de NH3 por volatilização do chorume de suíno aplicado na superfície do solo da lavoura cafeeira. As doses de chorume de suínos foram de 0, 30, 60, 90, 120 e 180 m 3 /ha, aplicadas na superfície do solo da lavoura cafeeira da Estação Experimental do IAPAR, em abril/2001. Determinou-se a quantidade de N-NH3 volatilizada do solo durante 18 dias consecutivos. A soma total do N-NH3 volatilizada foi de 0,26; 1,35; 7,91; 12,4; 16,8 e 17,9 kg/ha, respectivamente para as doses acima citadas. A perda média das doses intermediárias (60, 90 e 120 m 3 /ha) foi em torno de 13% do N aplicado.
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    Efeito de lodo urbano higienizado, calcário e resíduos vegetais no crescimento do cafeeiro e características químicas do solo
    (2001) Chaves, Júlio César Dias; Miyazawa, Mário; Colozzi, Arnaldo; Ferreira, Tiago Lima; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O lodo de esgoto é um material que se acumula, principalmente nos grandes centros urbanos, constituindo-se em desafio para a humanidade, que necessita encontrar uma utilização adequada para esse material. Com o objetivo de avaliar o efeito do lodo urbano higienizado (tratado com cal) no desenvolvimento e na nutrição de mudas de cafeeiro e as modificações químicas no solo, foi conduzido experimento em casa de vegetação no Instituto Agronômico do Paraná, utilizando-se um solo ácido (LEd) incubado em vasos com capacidade para 3,5 dm 3 , com lodo, calcário dolomítico e resíduos vegetais. Os tratamentos basearam-se na quantidade de lodo para neutralizar 0,5; 1,0; e 2,0 vezes a acidez extraída (H+Al). O lodo (L) foi aplicado isoladamente e associado à palha de café (PC) e guandu (G) na relação de volume 14 : 1 (solo: resíduo). A testemunha constou de calcário (C) para neutralizar 1,0 vez (100%) a acidez extraída. Todos os tratamentos receberam P e K para elevar os teores em 150 mg dm -3 e 4,0 mmol c dm -3 . Uma semana depois da incubação foi plantada uma muda de cafeeiro da variedade Catuaí em cada vaso, e seis meses após foram realizadas as avaliações previstas. A matéria seca total, a área foliar e o volume radicular foram afetados pelas doses de lodo, obedecendo à seguinte ordem decrescente: L 0,5 > L 1,0 > L 2,0. A associação do lodo com o resíduo vegetal PC potencializou o efeito sobre o crescimento: PC > L > G > C. Em relação ao solo, ocorreu aumento do pH, neutralização do Al 3+ e diminuição da acidez total (H+Al), conforme o aumento das doses de lodo. Quanto aos metais pesados, o método Mehlich-1 mostrou maior eficiência de extração que o DTPA (extrator orgânico). Houve incremento no solo de alguns metais pesados, particularmente Cr e Ni, com o aumento das doses de lodo. Na nutrição das plantas, ocorreu redução no teor foliar de manganês com as doses de lodo, especialmente em associação com PC; a concentração foliar de fósforo diminuiu na presença do G. O teor foliar dos metais pesados mostrou correlação direta com as doses de lodo e foi elevada principalmente para Co e Pb. O lodo urbano higienizado, na menor dosagem, mostrou ser um produto com potencial para ser utilizado na agricultura, direcionando este material de modo ecologicamente correto, além de diminuir a necessidade dos fertilizantes inorgânicos.
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    Contribuições adicionais da adubação verde para a lavoura cafeeira
    (2001) Chaves, Júlio César Dias; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    A degradação da fertilidade dos solos nas regiões cafeeiras do Paraná é um dos fatores principais responsáveis pela baixa produtividade atual de café no Estado, embora se verifique aumento no consumo de fertilizantes inorgânicos. O uso de fertilizantes minerais não tem sido suficiente para melhorar a fertilidade do solo e garantir adequadas produtividades. A adubação verde, além da proteção e melhoria da fertilidade do solo e maior produtividade, pode exercer outros efeitos benéficos às plantas. O experimento foi conduzido na Estação Experimental do IAPAR, no município de Ibiporã-PR, com o objetivo de avaliar a redução da dependência por fertilizantes minerais, melhoria na estrutura produtiva do cafeeiro e nutrição relacionada à ocorrência de doença. Foram aplicados os tratamentos: sem adubação; adubação mineral (180-50-130 kg/ha de N, P 2 O 5 e K 2 O); adubação orgânica (composto de gado e leucena) + leucena 1 ; 1/2 adubação orgânica + 1/2 adubação mineral; leucena 2; e 2/3 adubação orgânica + 1/3 adubação mineral + leucena1 . A adubação orgânica baseou-se na equivalência do N fornecido pelo fertilizante mineral. A leucena foi utilizada com uma e duas linhas/rua de cafeeiro. Os resultados mostraram que a leucena é um adubo verde com ótima produção de biomassa e acumulação de quantidades apreciáveis de nitrogênio, potássio e cálcio. A nutrição nitrogenada mostrou dois aspectos interessantes quanto à mortalidade de ramos produtivos e a presença da doença cercosporiose (Cercospora coffeicola Berk et Cooke), ambos inversamente proporcional à concentração foliar de N. A produção de café aumentou com o adubo verde (leucena 2 ), que contribuiu para o fornecimento equivalente a 130 kg - N/ha, indicando que parte do N pode estar sendo perdida. O manejo da biomassa na superfície do solo pode ser responsável por essa perda, necessitando esta prática de mais estudos. Os resultados indicam que a adubação verde contribui para o aumento da produtividade de café, reduz riscos com cercospora, diminui a mortalidade de ramos e a dependência do produtor por adubos minerais, com diminuição nos custos de produção.
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    Avaliação da perda de NH3 de resíduos vegetais em lavoura cafeeira
    (2001) Fin, Fernanda A.; Miyazawa, Mário; Chaves, Júlio César Dias; Pavan, Marcos Antonio; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O nitrogênio de resíduos de plantas pode se perder por lixiviação, erosão ou por volatilização de NH3, sendo a última alvo de vários estudos, pois, em excesso, polui o ar atmosférico, alterando sua qualidade. Os resíduos vegetais melhoram as condições químicas, físicas e microbiológicas do solo e permitem reduzir o uso de fertilizantes industrializados. Os tratamentos utilizados neste experimento e os respectivos teores de N em g/m² foram: amendoim-perene (100), amendoim-cavalo (113), casca de café (352), guandu (83), palha de milho (84), mucuna-cinza (55), folha de café (82), leucena (89). O objetivo deste trabalho foi avaliar a volatilização de NH3 dos resíduos vegetais em lavoura cafeeira. Em faixas de solo de 10 m², foram transferidas algumas espécies de resíduos vegetais manejados na superfície do solo, e a cada 72 horas determinou-se a NH3 volatilizada. O sistema coletor de NH3 volatilizada do solo é constituído de um frasco plástico transparente, tipo PET (Coca Cola â ), de 2 L sem a base, medindo 35 cm de altura e 10 cm de diâmetro. No interior deste frasco suspendeu-se uma fita de papel-filtro com 2,5 cm de largura e 25 cm de comprimento. A extremidade inferior do papel foi submersa em 20 mL de solução captora de H2SO4 0,05 mol dm -3 + glicerina 2% (v/v), para manter úmido por 72 horas. A determinação de NH4 + da solução foi feita pelo método de espectrofotometria de verde de salicilato. O experimento teve duração de 50 dias; neste período, a temperatura média foi de 16,9 0 C, sofrendo variações significativas: máxima média de 22,2 0 C e mínima média de 7,7 0 C. A quantidade total de chuva no período foi de 268,3 mm, e a maior precipitação por dia observada foi de 41,5 mm. A massa de N-NH3 da testemunha variou de 2 a 32 g/ha/coleta, e a dos resíduos teve variação de 8 a 2.814 g/ha/coleta, sendo a maior para a palha de milho. A menor perda acumulada foi de 359 g/ha para a leucena; a maior, de 13.135 g/ha, para a folha de café; e a testemunha perdeu 217 g/ha. A porcentagem da perda de NH3 por volatilização foi a seguinte: folha de café (1,5), palha de milho (1,4), mucuna (0,5), guandu (0,3), amendoim-perene (0,2), amendoim-cavalo (0,2), leucena (0,04) e casca de café (0,03).
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    Biomassa microbiana e micorrizas em mudas de cafeeiro produzidas em substrato contendo lodo urbano e resíduos vegetais
    (2001) Colozzi, Arnaldo; Colozio, Kaio Júlio Cézar; Chaves, Júlio César Dias; Ferreira, Tiago Lima; Andrade, Diva de Souza; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O lodo de esgoto urbano, por ser rico em compostos organominerais, tem sido sugerido como fertilizante em substratos para formação de mudas. Entretanto, devido à sua elevada carga orgânica e composição química variável, seus efeitos sobre a biota do solo são pouco conhecidos. Nesse contexto, avaliou-se o efeito do uso do lodo urbano higienizado no substrato para a produção de mudas de cafeeiro, sobre a biomassa microbiana do solo e a micorrização (esporulação no solo e colonização) do cafeeiro. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, utilizando-se um solo ácido (Led) incubado em vasos com capacidade para 3,5 dm 3 , com lodo, calcário dolomítico e resíduos vegetais. Os tratamentos basearam-se na quantidade de lodo para neutralizar 0,5, 1,0 e 2,0 vezes a acidez extraída (H+Al). O lodo (L) foi aplicado isoladamente e associado à palha de café (PC) e guandu (G), na relação de volume 14:1 (solo:resíduo). A testemunha constou de calcário, para neutralizar 1,0 vez (100%) a acidez extraída. Todos os tratamentos receberam P e K para elevar os teores em 150 mg.dm -3 e 4,0 mmolc.dm -3 . Uma semana depois da incubação, plantou-se uma muda de cafeeiro da variedade Catuaí em cada vaso, que foram conduzidas por seis meses. Ao final desse período, avaliaram-se o carbono e o nitrogênio da biomassa microbiana do solo, a diversidade de espécies de fungos micorrízicos arbusculares e sua esporulação no solo, e a colonização radicular do cafeeiro. A adição de palha de café e de resíduos de guandu aumentou o carbono e o nitrogênio microbianos, a colonização radicular do cafeeiro por fungos micorrízicos e sua esporulação no solo, sendo esse efeito dependente da quantidade de lodo adicionado.