UFV - Teses
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Item Resistência do cafeeiro a Meloidogyne exigua: mecanismos de natureza genética e potencializados pelo silício(Universidade Federal de Viçosa, 2009-02-27) SIlva, Rodrigo Vieira da; Oliveira, Rosângela D’Arc de LimaMeloidogyne exigua constitui-se num dos principais patógenos do cafeeiro no Brasil. Atualmente, sabe-se que a resistência a esse nematóide é conferida por um gene dominante, designado de Mex-1. Entretanto, os mecanismos de resistência em cafeeiro à M. exigua ainda necessitam de esclarecimentos. Assim, o presente estudo objetivou avaliar as respostas de defesa do cafeeiro a M. exigua, genéticos e potencializados pelo silício (Si), além do papel desse elemento na absorção e conteúdo de nutrientes nas raízes e parte aérea de mudas de cafeeiro. As seguintes variáveis foram avaliadas: penetração, desenvolvimento pós-embriogênico e reprodução de populações de M. exigua que diferem quanto à capacidade de infectar o cafeeiro, bem como a histopatologia de raízes inoculadas com M. exigua. O conteúdo de Si nas raízes e o efeito desse elemento no controle de M. exigua, além da análise de algumas variáveis bioquímicas, possivelmente potencializadas por esse elemento, foram também estudadas. Foi demonstrado que a resistência do cafeeiro a M. exigua não é devida apenas à resposta de hipersensibilidade (HR), mas ao conjunto de respostas de defesa, constitutivas e/ou induzidas, após a penetração do nematóide, o qual inibe a formação do sítio de alimentação, provoca a emigração dos J2 e atrasa ou inibe o desenvolvimento e a reprodução do nematóide. Além disso, plantas exibindo resistência de não-hospedeira diferiram das resistentes, considerando que nenhuma evidência de HR foi observada na primeira. As primeiras evidências científicas da absorção de Si pelas raízes de cafeeiro e o efeito positivo do mesmo no desenvolvimento da planta e no controle do nematode foram demonstradas neste estudo. O teor Si atingiu níveis superiores a 1% da matéria seca em raízes de cafeeiro da cultivar Catuaí Vermelho IAC 44. Esse teor de Si na raiz foi considerado alto considerando que o cafeeiro é uma espécie de dicotiledônea, o que demonstra o efeito promissor desse elemento num sistema de manejo de M. exigua em cafeeiro. O Si influenciou positivamente a absorção e o conteúdo de alguns nutrientes nas raízes e parte aérea do cafeeiro, além de aumentar a resistência do cafeeiro à infecção pelo nematóide. A maior atividade das peroxidases, polifenoloxidases e fenilalanina amônia-liases, além da maior concentração de lignina nas raízes de plantas resistentes e suscetíveis, supridas com Si, indicam claramente que esses mecanismos bioquímicos de resistência estão associados com a resistência genética e a mediada pelo Si, do cafeeiro a M. exigua. Resultados provados neste estudo suportam a conclusão que a aplicação de Si aumenta a resistência do cafeeiro à M. exigua por afetar o parasitismo do nematóide e potencializar alguns mecanismos bioquímicos de respostas de defesa.Item Monitoramento de Leucoptera coffeella com armadilha de feromônio sexual(Universidade Federal de Viçosa, 2006) Ibarra, Rolando Tito Bacca; Lima, Eraldo Rodrigues de; Universidade Federal de ViçosaArmadilhas de feromônio sexual foram testadas no monitoramento de Leucoptera coffeella (Guérin-Méneville) (Lepidoptera: Lyonetiidae), tendo como objetivo avaliar os componentes do sistema de monitoramento deste inseto. A relação entre as capturas de machos de L. coffeella e sua densidade populacional foi avaliada em sete cafezais com diferentes condições agronômicas no Estado de Minas Gerais, em períodos variáveis de 6 a 20 meses. A localidade afetou significativamente a captura de machos. A diminuição na temperatura média favoreceu o incremento da infestação dos cafezais e a captura dos machos. No Triângulo Mineiro, foi encontrada relação positiva entre a captura de machos e a percentagem de folhas minadas (R2 =0,79). Na Zona da Mata essa relação também foi significativa, porém fraca (R2 =0,06). Nesta última região também se observou relação positiva entre machos capturados e ovos da praga (R2 =0,34). Mediante análises geoestatísticas, determinou-se a distância ideal entre armadilhas para que as capturas fossem independentes. As armadilhas foram posicionadas em grupos de 12, utilizando espaçamentos de 2, 5, 10, 15 e 30 m dentro de cada grupo. As capturas foram registradas a cada 4 dias durante 16 dias. Foi encontrada interferência entre armadilhas distanciadas a menos de 10 m. O alcance e a magnitude da dependência espacial variaram consideravelmente entre cada avaliação e direção do vento. Nas direções perpendiculares e paralelas às linhas de plantio de café, as armadilhas espaçadas com 110 e 177 m, respectivamente, houve independência espacial nas capturas. A fim de determinar a densidade de armadilhas por ha, foram avaliadas as capturas de machos de L. coffeella em 190 armadilhas numa área de 30 ha. Estas foram posicionadas formando uma grade irregular com espaçamento linear mínimo de 20 m entre armadilhas, as capturas foram registradas durante 15 avaliações a cada 8 dias. Os dados de todas as capturas se ajustaram significativamente a uma distribuição binomial negativa com o parâmetro de dispersão comum (K comum). Baseado no K comum, igual a 2,16, oito armadilhas foram necessárias para amostrar 30 ha, com nível do erro de 25%. O plano de amostragem foi validado comparando as capturas de 549 armadilhas/30ha (universo amostral) com as capturas obtidas em 8 armadilhas/30ha utilizando técnicas de interpolação espacial. Estes resultados têm implicações no monitoramento de L. coffeella quando se utiliza armadilhas de feromônio, pois foi constatada relação significativa entre a captura de machos e a densidade populacional da praga e que uma armadilha a cada 4 ha foi possível monitorá-la adequadamente.Item Critérios rastreáveis na aplicação de inseticida no controle do bicho-mineiro do cafeeiro(Universidade Federal de Viçosa, 2005) Rodrigues, Gilton José; Teixeira, Mauri Martins; Universidade Federal de ViçosaEste trabalho foi desenvolvido com o objetivo de definir os parâmetros da aplicação de inseticidas para o controle do bicho-mineiro do cafeeiro (Leucoptera coffeella) usando um pulverizador hidropneumático, para estabelecer critérios técnicos possíveis de ser rastreados. Foram determinadas as características técnicas de conjuntos de bicos de pulverização, as características aerodinâmicas do pulverizador na saída do rotor, a velocidade do jato de ar em diversas distâncias horizontal e vertical em relação à periferia do ventilador e a característica da população de gotas de pulverização ao longo da faixa de aplicação. Para o estudo da população de gotas foram avaliadas etiquetas de plástico, tipo contact como superfície amostradora, cujo fator de espalhamento foi determinado utilizando uma microsseringa como instrumento gerador de gotas e uma lupa microscópica para efetuar as medições das manchas. Os parâmetros de aplicação do inseticida relacionados com a eficácia do inseticida avaliados foram o coeficiente de uniformidade (CH), o diâmetro da mediana volumétrica (DMV), a densidade populacional das gotas de pulverização (gotas cm-2), a porcentagem de cobertura e o volume de aplicação. Na avaliação dos parâmetros da pulverização, usados como critérios rastreáveis, foram realizados ensaios em laboratório para determinar a eficácia de controle do bicho-mineiro, utilizando-se folhas de café com larvas de Leucoptera coffeella. As pulverizações foram feitas usando o ineticida cartap 500 PS. Os resultados de mortalidade foram avaliados em função das características da população de gotas. As etiquetas amostradoras de plástico possibilitaram a coleta das gotas para o estudo da deposição, apresentando um fator de espalhamento de 1,61 para as gotas de diâmetro entre 250 e 900 µm. A distribuição da calda de pulverização não foi uniforme, no sentido vertical, com maiores diferenças nas posições mais próximas da saída do ventilador. Houve aumento da porcentagem de cobertura, da densidade de gotas e do DMV com a diminuição da velocidade do ventilador. A densidade populacional equivalente a 170 gotas cm-2 e o DMV de 200 µm proporcionaram controle de 90% com o menor consumo de inseticida. Foi necessário aumento de 50% no DMV para manter o controle em 90% com a redução de 7,5% na densidade populacional das gotas. O DMV e a densidade populacional foram os parâmetros que mais influenciaram o resultado de controle. Analisando-se apenas o DMV e a densidade populacional das gotas, foi possível explicar o fenômeno da eficácia de maneira satisfatória. O coeficiente de homogeneidade, a porcentagem de cobertura e o volume de aplicação estiveram correlacionados com o DMV e a densidade populacional das gotas. Há que se considerar o DMV e a densidade populacional das gotas como os principais parâmetros, uma vez que esses podem ser rastreados em um processo de certificação, estando diretamente relacionados com a qualidade das aplicações, a quantidade de inseticida introduzido no ambiente, a quantidade de resíduos no produto agrícola e os riscos para o aplicador.Item Incidência de fungos da pré-colheita ao armazenamento de café.(Universidade Federal de Viçosa, 2005) Parizzi, Fátima Chieppe; Faroni, Lêda Rita D'Antonino; Universidade Federal de ViçosaAs maiores preocupações dos países produtores de café estão voltadas, atualmente, para a qualidade intrínseca do produto, especialmente quanto à isenção de contaminantes, tais como as micotoxinas. A adoção da Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle – APPCC na cadeia agroprodutiva do café é uma das medidas preventivas recomendadas, cujos princípios baseiam-se na avaliação sistemática dos perigos e na identificação dos Pontos Críticos de Controle (PCC). Objetivando a obtenção de informações que subsidiem a adoção da APPCC, estudou-se a incidência de fungos toxigênicos e de ochratoxina A (OTA) nas etapas de pré-colheita e processamento do café colhido em três áreas topograficamente diferentes e submetido à pré-secagem em terreiros de cimento e de chão e complementação da secagem em leito fixo. Amostras do produto foram coletadas antes da colheita, na saída do lavador, durante a secagem nos terreiros e ao ser transferido para o secador. Na detecção de fungos, a casca e o grão foram plaqueados separadamente, depois da desinfecção superficial dos frutos. O produto beneficiado, acondicionado em sacos de jutas, foi armazenado por 180 dias e amostrado para avaliações qualitativas, mediante análises de incidência de fungos, índice de OTA, conteúdo de água, acidez total do grão, acidez do óleo, condutividade elétrica, classificação física e qualidade de bebida. Na análise estatística dos dados foram usadas as análises de variáveis canônicas (CVA), de variância por medida repetida e de correlação canônica. Este estudo foi complementado com a execução de análises espectrais do café, com vistas ao desenvolvimento de discriminadores, na faixa do infravermelho próximo (NIR), para identificação de grãos de café intactos e com defeitos e de grãos de café intactos e colonizados por Aspergillus ochraceus. Os dados espectrais foram classificados por análise discriminante, com seleção de variáveis por stepwise. Os resultados obtidos nas etapas de pré-colheita e processamento indicaram que o tipo de terreiro afetou a incidência de todas as espécies de fungos e que a separação das partes do fruto foi significativa para A. ochraceus e Grupo Nigri no café secado no terreiro de cimento e A. flavus no café secado no terreiro de chão. De um modo geral, a incidência fungos no café foi considerada baixa e mostrou uma correlação negativa com a redução do conteúdo de água, atribuída ao comportamento xerofítico das espécies estudadas. Durante o armazenamento observou-se que o conteúdo de água, a acidez do óleo e a acidez do grão foram afetadas pelo tempo de armazenamento, pela área de plantio e pelo tipo de terreiro utilizado na secagem. A condutividade elétrica e o número de defeitos mostraram uma correlação positiva com a incidência de fungos, principalmente Penicillium sp., Fusarium sp e espécies do Grupo Nigri. A incidência de fungos foi baixa, não favorecendo a contaminação do produto por OTA. A variação do número de defeitos não afetou a tipificação, a coloração e a qualidade de bebida do café. Os resultados obtidos na análise espectral mostraram que proximadamente 95% dos grãos foram corretamente classificados em intactos e danificados. Na classificação dos defeitos em categorias observou-se uma redução no percentual de acertos que ficou entre 55 e 60% para os grãos com defeitos gerais, quebrados e brocados e em torno de 75% para os grão com defeitos graves. Para os grãos de café inoculados, 100% dos grãos intactos (controle) foram classificados corretamente e na identificação da contaminação fúngica os resultados obtidos foram 77 e 75% para grãos severamente e levemente infectados, respectivamente. As curvas obtidas para os dois grupos de amostras mostrou a distinção do comportamento espectral dos grãos sadios e dos grãos danificados ou inoculados, observados pelos valores médios da absorvância (log 1/R). Em conformidade com outros estudos, os resultados indicaram que o café não se constitui em bom substrato à colonização fúngica. Entretanto, a constituição biológica do endosperma e a presença do inóculo podem representar fatores de predisposição à formação de OTA, cabendo, assim, a adoção de medidas preventivas durante a produção e processamento do café, bem como a implementação de técnicas e métodos rápidos de controle de qualidade, que possam atender às exigências do mercado e à dinâmica da comercialização.Item Fitoquímicos na interação de bicho-mineiro com cafeeiros.(Universidade Federal de Viçosa, 2005) Magalhães, Sérgio Tinoco Verçosa de; Guedes, Raul Narciso Carvalho; Universidade Federal de ViçosaO presente trabalho objetivou explicar por que o bicho-mineiro prefere e se desenvolve melhor em genótipos suscetíveis de cafeeiros, testando as hipóteses: a) Ácido clorogênico, cafeína e derivados, presentes na folha de cafeeiros atuam como mediadores da interação entre este lepidóptero e cafeeiros, norteando a oviposição de Leucoptera coffeella; b) Estes compostos atuam como substâncias de defesa dos cafeeiros contra este minador de folhas, prejudicando o seu desenvolvimento; c) ou ainda, se existem fitoquímicos voláteis nas folhas desses genótipos de cafeeiros que atuam como mediadores da interação com este inseto, influenciando no comportamento de escolha para sua oviposição. Desta forma, ácido clorogênico, cafeína e derivados presentes em doze genótipos de cafeeiros, antes e depois da infestação por larvas deste inseto, foram quantificados por cromatografia líquida de alta eficiência e correlacionados com testes de preferência para oviposição nestes genótipos bem como com o teste de desenvolvimento desta praga (de ovo até adulto) nestes genótipos. Verificou-se que a concentração da cafeína contribuiu mais para a divergência entre os genótipos, podendo ser um mediador desta interação. Em seguida, foi conduzido um ensaio de preferência para postura usando concentrações crescentes de cafeína pulverizadas nas folhas do genótipo de cafeeiro com menor teor de cafeína (i.e., Híbrido 3). Os resultados obtidos possibilitaram o estabelecimento de uma relação concentração-resposta significativa, confirmando a hipótese de que a cafeína atua estimulando a postura do bicho-mineiro em folíolos de cafeeiro. Não foi verificada correlação significativa entre os teores dos fitoquímicos analisados com os parâmetros do desenvolvimento este minador de folhas. Assim, apesar da confirmação de resistência por antibiose em alguns genótipos de cafeeiro (Coffea racemosa e seus híbridos com C. arabica), os resultados obtidos não salientam a relevância de nenhum dos fitoquímicos analisados como mediador potencial desta interação. Entretanto, foi observado que infestação deste inseto acarreta declínio nos teores foliares de ácido clorogênico, que apesar de não exercer efeito nesta espécie-praga, pode favorecer a infestação por outras. Extratos dos compostos voláteis liberados por estes genótipos de cafeeiro foram coletados no campo e analisados em cromatografia gasosa acoplada com eletroantenograma (CG/EAD), bem como em cromatografia gasosa acoplada com espetrômetro de massas (CG/EM). A seguir, os dados foram estudados através da análise de variáveis canônicas e correlação canônica através das quais se verificou que p-cimeno correlacionava-se de modo significativo e proporcional com a oviposição do bicho-mineiro e que trans-B-ocimeno correlacionava de modo significativo e inversamente proporcional com a oviposição deste lepidóptero. Com o intuito de confirmar a atividade biológica do p-cimeno, testes de olfatômetro, em quatro vias, foram realizados com o bicho-mineiro, sendo verificada uma preferência significativa para as vias que possuíam este produto. Assim ficou confirmado o papel biológico do p-cimeno como mediador químico da interação entre bicho-mineiro e genótipos de cafeeiro, favorecendo a aproximação do bicho-mineiro com esta planta e o reconhecimento de hospedeiros suscetíveis.Item Host transcriptional responses to vascular and foliar phytopathogenic fungi.(Universidade Federal de Viçosa, 2009) Almeida, Robson Ferreira de; Sakiyama, Ney Sussumu; Universidade Federal de ViçosaO presente trabalho estudou mecanismos genéticos que controlam a resposta de plantas à uma espécie fitopatogênica do gênero Verticillium. V. dahliae (Vd) e V. longisoporum (Vl) são fungos de solo causadores de doenças vasculares de plantas herbáceas e plantas arbóreas, estas duas espécies são responsáveis por perdas anuais que somam bilhões de dólares. Este patógneo perde um alto grau de sua especificidade quanto ao hospedeiro e viabiliza a colonização e multiplicação em diferentes espécies de plantas. Até o presente momento, pouco se sabe a respeito da base genética e molecular da resistência/tolerância à Verticillium spp. Para preenchimento dessa lacuna, estudou-se a interação entre Vl e a planta modelo Arabidopsis thaliana. Experimentos de microarranjo e análises de metabólitos indicaram que isolados de Vl foram capazes de reprogramar a via metabólica do triptofano, resultando na redução do acúmulo do composto de defesa derivado do triptofano, glucosinolato indólico (IGS). Propõe-se com este estudo uma estratégia de patogenicidade utilizada por Vl que envolve o recrutamento do fator transcricional WRKY 70 como um regulador negativo da biosíntese de de IG. Esta parte do trabalho foi desenvolvida no laboratório da Dra. Paola Veronese da Universidade Estadual da Carolina do Norte (NCSU). Uma outra parte foi o estudo de genes envolvidos na resistência de café à ferrugem causada pelo fungo Hemileia vastatrix . Esta parte do trabalho foi desenvolvida no Biocafé/Bioagro/UFV (Universidade Federal de Viçosa). A metodologia utilizada para isolamento dos genes envolvidos na resistência à ferrugem foi a hibridização subtrativa supressiva (SSH), que se baseia na amplificação preferencial de seqüências diferencialmente, representadas em duas populações de cDNA, possibilitada pela reação em cadeia da polimeras (PCR), e a prevenção da amplificação de sequências comuns pelo evento de supressão possibilitada. Foi utilizado neste trabalho o genótipo Híbrido de Timor CIFC 832/2 . Folhas deste genótipo foram inoculadas com uredóporos de Hemileia vastatrix (raça II). Após a inoculação, o RNA foi extraído das folhas 12 e 24 horas após a inoculação para proceder a hibridização subtrativa supressiva. Foi estudada a expressão de dois genes (cisteína protease e quitinase) através do RT-PCR quantitativo (real time-Polymerase chain reaction) em dois genótipos diferentes, CIFC 832/2 (resistente à H. vastatrix) e Catuaí (susceptível à H. vastatrix). O resultado obtido mostra dois padrões de expressão diferentes para os dois genes nos dois genótipos. A expressão dos dois genes no Híbrido de Timor CIFIC 832/2 foi mais elevada e antecipada quando comparada a expressão observada no Catuaí IAC 44.Item Distribuição espacial e programa de tomada de decisão de controle usando armadilha para Hypothenemus hampei(Universidade Federal de Viçosa, 2009) Fernandes, Flávio Lemes; Picanço, Marcelo Coutinho; Universidade Federal de ViçosaA broca-do-café Hypothenemus hampei (Ferrari) (Coleoptera: Scolitydae) é a praga mais importante da cultura do café Coffea arabica L. no mundo. As armadilhas com atraentes constituem importantes ferramentas a serem usadas em sistemas de tomada de decisão de controle de pragas, não existindo para essa praga trabalhos de distribuição espacial e de sistemas de tomada de decisão de controle apoiados no uso de tais armadilhas. Assim, objetivou-se com esta pesquisa gerar sistemas de tomada de decisão para H. hampei com uso de armadilhas, para tanto determinou-se i) a distribuição espacial, ii) plano de amostragem e iii) o nível de dano econômico de adultos de H. hampei utilizando armadilhas com atraentes em Coffea arabica. O estudo foi conduzido em lavouras de C. arabica em Ponte Nova e Paula Cândido, Minas Gerais, durante as safras agrícolas 2007/2008 e 2008/2009. Para avaliar as densidades de insetos, utilizaram-se armadilhas contendo os atraentes metanol, etanol e o agente difusor benzaldeído. Estas armadilhas foram confeccionadas com garrafa “pet” pintadas de vermelho, de tal forma a atrair e aprisionar os adultos. Verificou-se variabilidade no padrão de distribuição espacial entre as lavouras, fases fenológicas e anos de avaliação. Os ajustes dos modelos de semivariograma esférico, exponencial e gaussiano indicaram existir dependência espacial para o número de adultos de H. hampei por armadilha. Observou-se que dos 31 modelos selecionados, 23 (74%) foram isotrópicos e 8 (26%) foram anisotrópicos. Observou-se tendência de movimentação dos adultos ao longo das fileiras e entre as fileiras do café, as quais se encontravam no sentido da declividade do terreno. O número de armadilhas usadas para a tomada de decisão pelo plano de amostragem convencional foi cerca de uma armadilha/ha. O nível de dano econômico em cafeeiros em fase de floração, de frutos em fase de chumbinho e em expansão foi de 430, 86 e 29 adultos/armadilha, respectivamente.Item Resistência à ferrugem do cafeeiro: mapeamento genético, físico e análise da expressão gênica em resposta a infecção de H. vastatrix(Universidade Federal de Viçosa, 2009) Diola, Valdir; Loureiro, Marcelo Ehlers; Universidade Federal de ViçosaA ferrugem alaranjada causada pelo fungo biotrófico Hemileia vastatrix é uma das doenças que mais causa prejuízos econômicos aos cafeicultores. O melhoramento genético de cafeeiros visando obtenção de cultivares resistentes é lento e os estudos moleculars de identificação dos genes de resistência a H. vastatrix ainda são pouco informativos. Este estudo teve como objetivo obter informações de genética estrutural e funcional desta interação incompatível. Avaliou- se uma população UFV F2421-4 (Híbrido de Timor x Catuaí) com 224 cafeeiros segregantes para um gene que confere resistência a raça II de H. vastatrix. Foi obtido um mapa genético saturado com 25 marcadores AFLP que possibilitou a elaboração do mapa genético de alta densidade com 6 marcadores SCARs delimitando uma região cromossômica de 9,45 cM e flanqueando o gene de resistência a 0,7 e 0,9 cM. Os marcadores SCARs constituem-se as primeiras ferramentas disponíveis para estratégias para obter a resistência à ferrugem do cafeeiro por seleção assistida por marcadores moleculares. O mapa genético de maracdores SCARs orientou a construção do contig com 4,7 cM e ~360 kb, obtido pelo ordenamento de 5 clones BAC que continham simultânea a presença de dois marcadores. Foram isolados dois clones BAC portadores dos marcadores que flanqueiam o gene de resistência compreendendo a uma região ~120 kb. A obtenção do contig possibilitará a clonagem do primeiro gene de resistência a ferrugem em café. No estudo de expressão gênica diferencial foram identificados 108 Fragmentos Derivados de Transcritos (TDF) através da técnica de cDNA-AFLP, sendo 93 desta similares com genes envolvidos em processos biológicos de metabolismo, crescimento, ativação gênica, sinalização, respostas de defesa e degradação controlada de proteínas. Destes, foram selecionados 21 TDFs potencialmente envolvidos na sinalização e respostas de defesa para a análise de expressão por PCR em tempo real. Os genes selecionados são ativados 12 h pós-inoculação. Aqueles classificados como envolvidos na sinalização apresentaram maior expressão 24 h após a inoculação e para defesa, aumentaram a expressão exponencialmente até 72 h. Para TDFs similares a genes de sinalização, o maior nível de expressão foi observado para um gene NBS-LRR e, para a resposta de defesa, um gene que codifica para proteínas relacionadas à patogênese PR5 (semelhantes à Taumatina). O TDF NBS-LRR é um gene candidato do reconhecimento do elicitor do patógeno e PR5 pode ter um importante papel na resposta de defesa em cafeeiro. A identificação de genes diferencialmente expressos em cafeeiro constitui-se numa importante informação para compreender o mecanismo molecular de resistência à ferrugem.Item Estratégias de controle da ferrugem em cafeeiro irrigado e não-irrigado(Universidade Federal de Viçosa, 2008) Souza, Antônio Fernando de; Zambolim, Laércio; Universidade Federal de ViçosaExperimentos de campo foram conduzidos em lavoura comercial de café do cultivar Catuaí Vermelho IAC 144, irrigada e não irrigada por gotejamento, em Viçosa Minas Gerais, no período de dezembro de 2000 a junho de 2006 com o objetivo de avaliar diferentes estratégias de aplicação de fungicidas sistêmicos e protetores no controle da ferrugem e na produtividade do cafeeiro. Os fungicidas cúpricos oxicloreto de cobre e calda Viçosa (sulfato de cobre + nutrientes) foram aplicados preventivamente no período de dezembro a março, enquanto o fungicida sistêmico epoxiconazole foi aplicado nos meses de dezembro e março (calendário) e seguindo o esquema de amostragem (com início das aplicações a partir da constatação de 5 e 10% de incidência, respectivamente). Já o tratamento com fungicida + inseticida sistêmico ciproconazole + tiametoxan GR foi aplicado anualmente, via solo, sem complementação por via foliar, em anos alternados, complementado com quatro aplicações foliares de sulfato de cobre + nutrientes. A irrigação por gotejamento foi realizada de forma complementar, no período de julho a novembro de cada ano, com base no balanço hídrico do solo calculado diariamente. Os resultados obtidos mostraram que a irrigação por gotejamento não alterou o padrão das curvas de progresso da ferrugem do cafeeiro e proporcionou acréscimo de 17% na produtividade. A aplicação de fungicidas no controle da ferrugem do cafeeiro proporcionou acréscimo de 38 e 32% na produtividade das plantas irrigadas por gotejamento e naquelas não irrigadas, respectivamente, em relação à testemunha. Os tratamentos com oxicloreto de cobre e sulfato de cobre + nutrientes apresentaram maior intensidade de ferrugem nas plantas em relação aos tratamentos com fungicidas sistêmicos, mas mantiveram estável a produtividade do cafeeiro ao longo de cinco safras avaliadas. A aplicação do fungicida sistêmico epoxiconazole, baseada na observação de 5% de incidência de ferrugem, proporcionou controle mais eficiente da doença em relação à aplicação iniciada ao se verificar 10% de incidência, mas quanto à produtividade, somente no experimento irrigado houve diferença. A resposta do calendário de aplicação do epoxiconazole foi semelhante a do tratamento iniciado ao se constatar 5% de incidência. O tratamento que consistiu em aplicação anual de ciproconazole + tiametoxan GR apresentou como resultado maior intensidade de ferrugem nas plantas em relação ao tratamento em que a aplicação do produto foi feita em anos alternados e complementada com aplicação por via foliar com fungicida cúprico. A média de produtividade obtida nesses tratamentos, nos cinco anos de avaliação, não diferiu das médias apresentadas pelas plantas tratadas apenas com fungicidas cúpricos. De acordo com esses resultados, pode-se afirmar que o fungicida oxicloreto de cobre ou a mistura de sulfato de cobre + nutrientes poderiam ser utilizados em programas controle integrado da ferrugem, a custos supostamente mais baixos que os fungicidas sistêmicos, garantindo assim a sustentabilidade econômica, ecológica e social da cafeicultura na Zona da Mata de Minas Gerais.Item Controle biológico da ferrugem do cafeeiro(Universidade Federal de Viçosa, 2008) Haddad, Fernando; Maffia, Luiz Antonio; Universidade Federal de ViçosaEste trabalho integra um programa de controle biológico da ferrugem (Hemileia vastatrix, Hv) em cafezais orgânicos. Em duas lavouras, durante 3 anos, compararam-se isolados bacterianos. O B157 (Bacillus sp.) e o P286 (Pseudomonas sp.) reduziram a intensidade da doença em relação à testemunha; a eficiência do B157 foi similar à de hidróxido de cobre. Para definir mecanismo(s) de antagonismo, após cultivar cada isolado em meio líquido 523 de Kado & Heskett, compararam-se os tratamentos: i-caldo do cultivo; ii-sobrenadante da centrifugação; iii-células centrifugadas ressuspensas em solução salina; iv-células inativadas por radiação ultravioleta; v-meio 523; e vi-solução salina. A germinação de urediniósporos e a severidade da ferrugem decresceram nos tratamentos i a iii. Aplicou-se cada isolado em diferentes concentrações e intervalos de tempo antes de inocular Hv em folhas. A eficiência de controle reduziu-se nas concentrações menores e nos intervalos maiores. Os isolados não protegeram mudas de infecções por Cercospora coffeicola. Houve proteção a Hv com aplicação dos isolados e inoculação de Hv nas mesmas folhas, mas não com aplicação e inoculação separadas espacialmente. Estudou-se a sobrevivência de B157 no filoplano de cafeeiros, em casa de vegetação e campo. Pulverizou-se suspensão, semanalmente amostraram-se folhas e determinou-se o número de unidades formadoras de colônia em meio seletivo. A população decresceu já na primeira semana pós-aplicação, mais abruptamente no campo, mas recuperaram-se colônias até 30 dias após aplicação. Para avaliar o efeito de fungicidas cúpricos na sobrevivência, pulverizou-se hidróxido de cobre em mudas em casa de vegetação e sulfato de cobre em cafeeiros adultos no campo. Após 30 dias, pulverizaram-se células de B157. Nos dois locais, ambos os fungicidas reduziram a população de B157 ao longo do tempo. Como conclusão, o isolado B157 de Bacillus sp. exerce antibiose a Hv e pode controlar a ferrugem em cultivos orgânicos de cafeeiro. Não se deve alternar pulverizações do isolado e de fungicidas cúpricos, a não ser que, em calendários de pulverizações, inicialmente aplique-se a bactéria.
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