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    Validação de modelos de previsão da ferrugem do cafeeiro e monitoramento de esporos de Hemileia vastatrix e Cercospora coffeicola em Lavras, MG
    (Universidade Federal de Lavras, 2005-02-25) Oliveira, Frederico Alberto de; Castro, Hilário Antônio de
    O uso dos modelos de previsão é uma alternativa para otimizar e racionalizar o uso de fungicidas. No desenvolvimento desses modelos, além do hospedeiro, da doença e das variáveis ambientais envolvidas no processo, pode-se ainda considerar a presença de inóculo no ar. Para a ferrugem (Hemileia vastatrix) e a cercosporiose (Cercospora coffeicola) do cafeeiro, alguns aspectos necessitam ser elucidados antes de se implementar esses modelos. Conduziram-se estudos com a cultivar Catuaí Vermelho, na região de Lavras, MG, para avaliar a viabilidade de dois modelos de previsão no controle da ferrugem do cafeeiro: o desenvolvido por Santos Pinto et al. em 2002 e o modificado daquele desenvolvido por Kushalappa et al. em 1984. Os tratamentos consistiram da aplicação de fungicidas protetor (oxicloreto de cobre) e sistêmico (epoxiconazole), segundo o calendário fixo ou segundo cada modelo de previsão. Os tratamentos com o fungicida protetor com base nos modelos de previsão resultaram em menores valores de "área abaixo da curva de progresso da doença" (AACPD) e menor número de aplicações. Com fungicida sistêmico, obteve-se menor valor de AACPD nos tratamentos baseados nos dois modelos de previsão, com o mesmo ou menor número de pulverizações que nos baseados no calendário fixo. Para obter mais informações sobre a epidemiologia da ferrugem e da cercosporiose, monitorou-se a flutuação de esporos dos respectivos patógenos no ar, com o coletor "Rotorod modelo 20", posicionado a 1,5 e 3,0metros do solo, na área central da lavoura. Coletaram-se os esporos de setembro de 2003 a novembro de 2004, em intervalos de 15 dias, durante 8 horas diárias, com substituições a cada 2 horas. A quantidade de uredósporos coleta dos relacionou-se ao progresso da ferrugem. Coletou-se maior número de uredósporos em abril, maio e julho, de 8:00h às 12:00h e 14:00h às 16:00h em 8:00h ambas as alturas. A quantidade de uredósporos coletados não se correlacionou com as variáveis ambientais. Coletou-se maior quantidade de conídios de Cercospora coffeicola de fevereiro a maio, de 10:00h às 12:00h e 14:00h às 16:00h em ambas as alturas. A quantidade de conídios coletados correlacionou-se à umidade relativa do ar entre 10:00h às 12:00h A quantidade de conídios no ar correlacionou-se também positivamente, à intensidade da cercosporiose aos 15,30,45 e 60 dias anterior a cada data de coleta. Para ambos os patógenos, as quantidades de esporos coletados nas duas alturas foram alta e significativamente correlacionadas. Assim, verificou-se que os modelos de previsão para a ferrugem do cafeeiro poderão auxiliar na tomada de decisão para aplicação racional de fungicidas na lavoura cafeeira e os resultados obtidos com monitoramento de esporos poderão auxiliar futuros trabalhos nessa área, otimizando o intervalo e o período de coleta de esporos no ar.
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    Análise espaço temporal da ferrugem do cafeeiro e sua relação com o clima e a nutrição mineral com K e B
    (Universidade Federal de Lavras, 2016-04-19) Vasco, Gabriel Brandão; Pozza, Edson Ampélio
    A ferrugem (Hemileia vastatrix) é a principal doença do cafeeiro. Fatores como a carga pendente da lavoura, plantios adensados, desequilíbrio nutricional, déficit hídrico, entre outros favorecem o progresso da doença. Para minimizar os danos da doença e aumentar a produtividade dos cafeeiros com sustentabilidade é necessário conhecer como essas variáveis podem influenciar a ferrugem. Nesse contexto, a nutrição mineral de plantas pode aumentar ou reduzir a suscetibilidade às doenças, interferindo nas estruturas histológicas e/ou morfológicas, contribuindo para formar estruturas e compostos de resistência. Dessa forma, foram realizados três ensaios enfatizando o equilíbrio nutricional dos nutrientes B, K e P no manejo da ferrugem do cafeeiro. Foram realizados experimentos em casa de vegetação, em parcelas experimentais e também em grandes áreas de produção irrigadas. O primeiro ensaio objetivou-se avaliar o efeito dos K e B na incidência e severidade da ferrugem e no desenvolvimento de mudas do cafeeiro via solução nutritiva. Os tratamentos consistiram de 5 doses de boro (0,05; 0,50; 1; 2 e 4 mg L -1 ) e 5 doses de potássio (4,0; 5,0; 6,0; 7,0 e 8,0 mmol L -1 ). Ocorreu interação entre os nutrientes potássio (K) e boro (B) afetando a intensidade da ferrugem do cafeeiro. A partir da dose de 1 mg L -1 de B foi observado aumento da intensidade da ferrugem do cafeeiro com redução do peso da planta seca. No segundo ensaio objetivou-se avaliar a interação entre doses de K e B na incidência da ferrugem (H. vastatrix) do cafeeiro em campo experimental. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, com quatro doses de K (0, 100, 200 e 400 kg ha -1 K 2 O) e quatro de B (0; 1; 2 e 4 kg ha -1 de B). Para a área abaixo do progresso da incidência (AACPDI) não houve interação significativa entre as doses de K e B. No entanto, na análise foliar observou-se correlação positiva para os nutrientes K, B, Cu e Fe com a AACPDI, ou seja, houve aumento da incidência da ferrugem do cafeeiro com o aumento dos teores desses nutrientes, devido ao desbalanço nutricional nas maiores doses de K e B. No terceiro ensaio objetivou-se avaliar o padrão espacial da relação entre a ferrugem e a nutrição da planta em lavoura cafeeira irrigada por pivô central. Houve dependência espacial da ferrugem do cafeeiro com os teores de P, K e B. A maior incidência da ferrugem do cafeeiro ocorreu nas áreas com os menores teores de P e K e os maiores teores de B.
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    Indutores de resistência no manejo da ferrugem e cercosporiose do cafeeiro (Coffea arabica) : análises bioquímicas e moleculares
    (Universidade Federal de Lavras, 2014-10-10) Monteiro, Ana Cristina Andrade; Resende, Mário Lúcio Vilela de
    A ferrugem e a cercosporiose, causadas por Hemileia vastatrix e Cercospora coffeicola, respectivamente, são as principais doenças fúngicas do cafeeiro no Brasil. Considerando-se a necessidade do desenvolvimento de produtos alternativos para o seu controle, objetivou-se neste trabalho avaliar o efeito de fontes de fosfitos e de formulações à base de subprodutos da lavoura cafeeira e da indústria cítrica no controle destas doenças, em condições de casa-de-vegetação e de campo. Após isso, selecionaram-se o Greenforce CuCa (formulação à base de subproduto da indústria cafeeira adicionada de cobre e cálcio) e o fosfito de manganês para estudar seus efeitos na interação cafeeiro- H. vastatrix e cafeeiro- C. coffeicola, respectivamente. Verificou-se que fontes de fosfitos e formulações à base de subprodutos da lavoura cafeeira e da indústria cítrica proporcionaram controle da ferrugem e cercosporiose tanto em plantas de cafeeiro adultas quanto em mudas. Em condições de campo, observou-se que as associações de fontes de fosfitos e de formulações à base de subprodutos da lavoura cafeeira e da indústria cítrica com fungicida controlaram a ferrugem e cercosporiose, sendo mais eficaz quando comparado à aplicação dos produtos isoladamente, além de proporcionarem maior retenção foliar e maior produção. Nas análises bioquímica e molecular, comprovou-se que Greenforce CuCa induziu o aumento da transcrição dos genes CaPR1, CaGT, LOX e PAL e, também, proporcionou um incremento na atividade das enzimas peroxidase (POX), ascorbato peroxidase (APX), catalase (CAT), superóxido dismutase (SOD), fenilalanina amônialiase (PAL) e polifenol oxidase (PPO) em mudas de cafeeiro inoculadas e não inoculadas com C. coffeicola. Já o fosfito de manganês induziu respostas de defesa nas mudas de cafeeiro, pois aumentou a transcrição dos genes POX, CAT, GLU e PAL em plantas não inoculadas com o patógeno e, também, proporcionou um incremento na atividade das enzimas APX, SOD e PPO em plantas não inoculadas e inoculadas com H. vastatrix. Pelos resultados observados indica-se que o uso de fosfitos ou de formulações à base de subprodutos da lavoura cafeeira e da indústria cítrica pode ser utilizado no manejo de doenças do cafeeiro.
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    Doenças em cultivo orgânico do cafeeiro (Coffea arabica L.): epidemiologia e controle alternativo
    (Universidade Federal de Lavras, 2007-08-10) Miranda, Julio César; Souza, Paulo Estevão de
    Foram instalados dois ensaios nos anos de 2005 e 2006 em lavouras conduzidas nos sistemas orgânico e convencional, no município de Santo Antônio do Amparo, MG, cultivadas com cafeeiros da cv. Acaiá MG-474-19, de oito anos. O progresso da ferrugem e da cercosporiose em cafeeiros foi avaliado em função do efeito de diferentes biofertilizantes, sendo avaliadas entre dezembro/2004 e outubro/2005. O estado nutricional dos cafeeiros foi monitorado nas fases chumbinho, granação e maturação, durante o período de frutificação, nos dois ciclos produtivos. As maiores intensidades de doenças foram observadas no tratamento testemunha, ou seja, nas parcelas que não receberam quaisquer tratamentos foliares. O sistema de cultivo convencional proporcionou maiores áreas abaixo da curva da ferrugem e cercosporiose, permitindo, portanto a associação com os menores teores de nutrientes encontrados na folhas de Ca, Mg, B e Cu. Estes elementos estão diretamente relacionados ao progresso das doenças de acordo com estudos anteriores Os tratamentos que promoveram maior redução no progresso das doenças foram o Biofertilizante Agrobio e Supermagro com mato, proporcionando também maiores índices de áreas foliares nas plantas. O sistema de cultivo orgânico apresentou maior índice de área foliar em relação ao sistema convencional em todos tratamentos, inclusive a testemunha. A produtividade nos cafeeiros orgânicos foram inferiores à obtida no sistema convencional, ressaltando que na primeira safra avaliada, a produção nos cafeeiros convencionais reduziu em 35,8%, em relação ao ano anterior a instalação do ensaio, comparando ao melhor tratamento (Agrobio). A diferença na produção de 2005 para 2006 no sistema convencional reduziu 19,88% enquanto no sistema orgânico de 5,08%. Isso sugere uma tendência de menor efeito das doenças sobre a safra seguinte dos cafeeiros no sistema orgânico de produção, comparado ao convencional. A cercosporiose mostrou-se mais importante na desfolha dos cafeeiros no sistema convencional, pois no sistema orgânico com menor incidência da doença, observou-se maior enfolhamento. No período de monitoramento do presente estudo, o estado nutricional dos cafeeiros no sistema de produção orgânico esteve mais equilibrado comparado ao convencional. No sistema de cultivo orgânico foram testados alguns extratos e óleos de plantas na finalidade de reduzir o progresso das doenças no cafeeiro e casa de vegetação (ferrugem) e no campo (ferrugem e cercosporiose). No ensaio em casa-de-vegetação, os melhores tratamentos no controle da ferrugem foram: biofertilizante Agrobio, biofertilizante supermagro com mato, óleos de nim e tomilho, extrato aquoso de folhas de café infectadas por Hemileia vastatrix puro ou em mistura com extrato de casca de frutos de café. No ensaio de realizado em campo, o progresso da ferrugem foi controlado após aplicação de Ecolife® e Óleo de Tomilho. Na avaliação de cercosporiose, verificou-se redução significativa apenas com a aplicação de Ecolife®.
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    Progresso da ferrugem e da cercosporiose em cultivares de cafeeiro sob cultivo orgânico e o efeito de Colletotrichum gloeosporioides Penz na germinação e estabelecimento de plântulas
    (Universidade Federal de Lavras, 2010-06-02) Carvalho, Hebe Perez de; Souza, Paulo Estevão de
    Vários são os fatores que limitam a produção do cafeeiro. Entre eles estão as doenças que atacam a parte aérea, principalmente a ferrugem, a cercosporiose e a mancha-manteigosa, cujo agente etiológico Colletotrichum gloeosporioides considera-se que seja transmitido pela semente. Sendo assim, objetivou-se, com a realização deste trabalho: avaliar o progresso da ferrugem e da cercosporiose em diferentes cultivares sob cultivo orgânico; verificar a patogenicidade de isolados de C. gloeosporioides em cultivares de cafeeiro e avaliar o efeito do referido fungo na germinação, na viabilidade da semente e no estabelecimento de plântulas. O experimento sobre o progresso da ferrugem e da cercosporiose foi conduzido em lavoura orgânica, no município de Machado, MG, em dois períodos, de fevereiro/2007 a outubro/2007 e de outubro/2007 a junho/2008. Os dados de incidência, severidade e índice de área foliar foram transformados em área abaixo da curva de progresso da incidência (AACPI), área abaixo da curva de progresso da severidade (AACPS) e área abaixo da curva de progresso do índice de área foliar (AACPIAF). Observou-se diferença significativa na AACPI e AACPS da ferrugem entre as cultivares, nos dois períodos de avaliação. No primeiro período de avaliação, a AACPI e a AACPS da ferrugem foram maiores nas cultivares Icatu Vermelho IAC 2942 e Catuaí Vermelho IAC 44. Já no segundo período de avaliação, a AACPI foi menor apenas na cultivar Acaiá Cerrado, MG 1474, não tendo as demais cultivares diferido entre si. Entretanto, a AACPS foi maior na cultivar Icatu Vermelho IAC 2942. Quanto à cercosporiose, tanto a AACPI quanto a AACPS foram maiores nas cultivares Acaiá Cerrado MG 1474 e Catuaí Amarelo IAC 62, seguidas das cultivares Catuaí Vermelho IAC 44 e Rubi MG 1192. Na cultivar Icatu Vermelho IAC 2942, tanto a incidência como a severidade foram menores. A incidência e a severidade de cercosporiose nos frutos foram maiores nas cultivares Acaiá Cerrado MG 1474 e Catuaí Amarelo IAC 62, no primeiro período de avaliação. Já no segundo período de avaliação, a severidade foi maior nas cultivares Catuaí Amarelo IAC 62 e Catuaí Vermelho IAC 44. Houve redução significativa na produção da cultivar Acaiá Cerrado MG 1474. O índice de área foliar foi menor em Icatu Vermelho IAC 2942 e Acaiá Cerrado MG 1474. O teor foliar de Cu e Zn foi alto e o de Mn deficiente, durante o período de avaliação. Para avaliar a patogenicidade de isolados de C. gloeosporioides, utilizaram-se 5 isolados monospóricos, denominados de I 1 , I 2 , I 3 , I 4 e I 5 , obtidos de plantas com sintomas de mancha-manteigosa, os quais foram inoculados em hipocótilos de cafeeiro das cultivares Catuaí Vermelho IAC 99 e Mundo Novo IAC 379/19. Avaliaram-se a incidência e a severiadade dos sintomas nas plântulas, 15 dias após inoculação. Verificou-se diferença significativa quanto à patogenicidade entre os isolados. A severidade dos isolados I 2 , I 3 e I 4 foi maiorque a dos isolados I 1 e I 5. A incidência foi maior para os isolados I 2 e I 3. Tanto a incidência como a severidade foram maiores em hipocótilos da cultivar Catuaí Vermelho IAC 99. O efeito de C. gloeosporioides na germinação, na viabilidade da semente e no estabelecimento de plântulas foi realizado com o isolado I 3 inoculado em sementes das cultivares Catuaí Vermelho (sementes de plantas com sintomas de mancha-manteigosa), Catuaí Vermelho IAC 44 e Mundo Novo IAC 317-19. As sementes das cultivares foram submetidas por 0, 24, 48, 72, 96 e 120 horas de exposição ao fungo, pelo contato direto com a colônia do fungo em placas de Petri. Foram consideradas as variáveis sanidade, germinação, índice de velocidade de emergência em areia e tetrazólio. Verificou-se que, com o aumento do tempo de exposição ao fungo, houve aumento da incidência nas sementes, tendo a incidência sido maior na cultivar Catuaí Vermelho (26%), seguida da cultivar Catuaí Vermelho IAC 44 (21,5%) e Mundo Novo IAC 379- 19 (11,0%). C. gloeosporioides afetou a germinação e o índice de velocidade de emergência das sementes da cultivar Catuaí Vermelho, a partir de 96 horas de exposição ao fungo. No caso da cultivar Catuaí Vermelho IAC 44, ocorreu queda na germinação a partir de 96 horas. O tempo de exposição ao fungo não afetou a germinação e o índice de velocidade de emergência da cultivar Mundo Novo IAC 379-19, tendo sido verificado apenas o efeito priming. Pelo teste de tetrazólio foi possível verificar que C. gloeosporioides reduziu a viabilidade das sementes de café. Verificaram-se, por microscópio eletrônico de varredura, colonização do endocarpo e do endosperma da semente e a presença do fungo no embrião.
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    Irrigação, nutrição mineral e face de exposição ao sol no progresso da ferrugem e da cercosporiose do cafeeiro
    (Universidade Federal de Lavras, 2011-03-30) Custódio, Adriano Augusto de Paiva; Pozza, Edson Ampélio
    Doenças de natureza policíclica, a ferrugem (Hemileia vastatrix) e a cercosporiose (Cercospora coffeicola) são responsáveis por significativas perdas na cafeicultura em todas as regiões produtoras do Brasil e do mundo. A adoção de práticas culturais que atuam sobre o ambiente para reduzir a taxa de progresso da epidemia dessas enfermidades é de extrema importância, como tática de controle alternativo, diminuindo a dependência de defensivos agrícolas no campo. Dessa forma, visando à geração de informações técnico-científicas com aplicabilidade imediata, foram realizados três experimentos em campo, enfatizando a prevenção e o controle da ferrugem e da cercosporiose. No primeiro experimento, o objetivou foi avaliar o efeito de lâminas de irrigação (0%, 60%, 80%, 100%, 120% e 140% Kc) pelo método da aspersão, tipo pivô central, na epidemiologia da ferrugem e da cercosporiose do cafeeiro. Amostraram-se as doenças em cada face (norte e sul) de exposição da lavoura à luz solar, correspondendo aos tratamentos secundários. Maior progresso da ferrugem foi observado no tratamento não irrigado e menor, nas maiores lâminas de irrigação (100%, 120% e 140% Kc). O impacto das gotas de água promovido pelo método de irrigação por aspersão reduziu a concentração de propágulos aéreos de Hemileia vastatrix, resultando em menor severidade da doença na lâmina de 100% Kc. Durante todo o período de avaliação, registrou-se maior intensidade da ferrugem na face sul de exposição do cafeeiro à luz solar. De forma oposta à ferrugem, houve aumento da cercosporiose com o incremento de maiores lâminas de irrigação por pivô central, ocorrendo menor incidência da doença no tratamento não irrigado e maior nas lâminas de 100% e 140% Kc. Devido à maior luminosidade, houve também maior intensidade da cercosporiose, em folhas e frutos, para a face de exposição norte do cafeeiro. Sugere-se assim, sempre que possível, considerar a face de exposição da lavoura mais favorável às enfermidades no campo, na tomada de decisão de medidas de controle. O segundo experimento foi realizado no intuito de entender o comportamento da cercosporiose na formação do cafeeiro fertirrigado, com diferentes parcelamentos e doses de nitrogênio e de potássio. A cercosporiose do cafeeiro foi amostrada em cada face de exposição da lavoura (noroeste e sudeste), que corresponderam aos tratamentos secundários. Não foi observada influência significativa entre a interação de doses e parcelamentos de adubação, assim como de diferentes doses de adubação, de forma isolada, na incidência da cercosporiose do cafeeiro. Esse resultado pode ter ocorrido devido ao fornecimento da fertirrigação e da irrigação suplementar ter favorecido a absorção de N e K pelas plantas, resultando em maior resistência à cercosporiose. Porém, houve influência significativa dos diferentes parcelamentos de adubação nitrogenada e potássica por meio da fertirrigação na incidência da cercosporiose. Foi verificado menor progresso da doença e maior enfolhamento das plantas, realizando doze aplicações ao ano de N e K, uma vez ao mês, por condicionar maior teor foliar de nitrogênio e níveis adequados de potássio à planta. Houve maior incidência da doença na face sudeste da lavoura, provavelmente devido à maior exposição da folhagem do cafeeiro à luz solar. A temperatura média do ar foi à variável climática que melhor se correlacionou, de forma negativa, com a cercosporiose, aos 15 e 30 dias anterior a avaliação. Dessa forma, o fornecimento de nitrogênio e potássio em doze parcelamentos via fertirrigação é uma tática de controle cultural eficaz no manejo da cercosporiose do cafeeiro em formação. No terceiro experimento, o objetivo foi estudar o progresso temporal da ferrugem e da cercosporiose, em lavoura cafeeira não irrigada, sobre diferentes níveis de Ca e de K. Para isso, quatro doses de calcário dolomítico (0, 1, 2 e 4 t ha -1 ) e quatro doses de cloreto de potássio (0, 100, 200 e 400 kg ha -1 ) foram fornecidas. A amostragem das doenças foi realizada considerando cada face de exposição predominante da lavoura (leste e oeste). Somente o progresso da ferrugem foi influenciado pelas doses de calcário dolomítico e cloreto de potássio estudadas, ocorrendo interação significativa. O menor progresso da ferrugem do cafeeiro foi obtido nas doses medianas de calcário aplicado, quando as dose de cloreto de potássio foram responsáveis por menores amplitudes na variação da intensidade da doença, reafirmando a necessidade de equilíbrio entre nutrientes. Durante todo o período experimental, pode-se observar que maiores valores de incidência e severidade da ferrugem ocorreram na face de exposição leste da lavoura e o menor, na face oeste. De forma contrária, foi registrada maior intensidade da cercosporiose na face oeste de exposição da lavoura e menor intensidade da face leste. No campo, a redução da precipitação e a temperatura média do ar proporcionaram maiores índices de ferrugem e cercosporiose, ambas aos 30 dias anteriores à avaliação das doenças.
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    Potencial de óleos essenciais no manejo da ferrugem e da cercosporiose do cafeeiro
    (Universidade Federal de Lavras, 2008-12-19) Pereira, Ricardo Borges; Alves, Eduardo
    A ferrugem e a cercosporiose são consideradas as principais doenças do cafeeiro, pois reduzem a produção e prejudicam a qualidade da bebida. O manejo da doença é realizado, convencionalmente, pela aplicação de cúpricos e fungicidas sistêmicos, no entanto, eles podem promover a contaminação do homem e do ambiente e selecionar raças resistentes dos patógenos. Assim, os óleos essenciais surgem como uma alternativa para o controle da ferrugem e a cercosporiose do cafeeiro. Diante do exposto, os objetivos deste trabalho foram: (i) avaliar o efeito in vitro dos óleos essenciais de canela (CA), citronela (CI), capim-limão (CL), cravo-da-índia (CR), árvore-de-chá (ME), tomilho (TO), nim (NI) e eucalipto (EU) na germinação de urediniósporos de Hemileia vastatrix e de conídios de Cercospora coffeicola; (ii) avaliar o efeito destes no crescimento micelial de C. coffeicola; (iii) avaliar o efeito dos óleos essenciais no controle da ferrugem e cercosporiose em diferentes cultivares de cafeeiro em casa de vegetação; (iv) avaliar a proteção sistêmica dos óleos essenciais mais promissores nas diferentes cultivares e seus efeitos no controle da ferrugem e da cercosporiose e (v) avaliar in vivo os efeitos destes sobre a germinação de conídios e o desenvolvimento micelial de C. coffeicola, por meio da microscopia eletrônica de varredura (MEV). Todos os óleos essenciais promoveram a inibição da germinação dos urediniósporos de H. vastatrix e dos conídios de C. coffeicola, com o aumento das concentrações. Os óleos essenciais de CR, CA, NI, TO e CL inibiram o crescimento micelial de C. coffeicola na concentração 1.000 μL L -1 . Os óleos essenciais promoveram controle parcial das doenças em casa de vegetação, sendo os óleos de TO, CR e CI os mais promissores para o controle da ferrugem nas cultivares Catucaí 2SL, Catuaí IAC 62 e Mundo Novo 379/19, e os óleos de CA e CI, para o controle da cercosporiose em todas as cultivares. O óleo essencial de CR apresentou efeito local, enquanto o óleo de CI apresentou efeito sistêmico contra a ferrugem do cafeeiro. Os óleos essenciais de CA e CI promovem proteção sistêmica nas cultivares Catucaí 2SL e Catuaí IAC 62 contra a cercosporiose. Os óleos essenciais de CA e CI reduziram a germinação e o desenvolvimento micelial de C. coffeicola in vivo, promovendo o extravasamento do citoplasma celular.