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    Taxonomia de Coffea arabica L. III - Coffea arabica L. var. anormalis
    (Instituto Agronômico (IAC), 1950-11) Krug, C. A.; Carvalho, A.; Mendes, J. E. T.
    A espécie Coffea arabica L. é polimorfa ; vinte e cinco variedades e quatro formas já se acham descritas. As formas homozigotas para fatores genéticos novos estão sendo descritas como variedades, não se considerando como tais as numerosas recombinações, obtidas no decurso dos trabalhos relativos à genética dessa espécie. Em 1938, observou-se, na Estação Experimental Central de Campinas, uma nova variação de café, caraterizada por fôlhas e ramificação anormais. Essa variação foi encontrada na progênie correspondente à segunda geração de um cafeeiro normal, o que faz supor que se tenha originado por mutação. A progênie obtida pela autofecundação artificial das flores dessa variação revelou ser esta heterozigota para um par de fatôres genéticos que ainda não havia sido descrito na espécie C. arabica. A forma homozigota para êsse fator genético constitui a nova variedade anormalis, descrita no presente trabalho. Seus caracteres são comparados com os da variedade typica. A ramificação do anormalis é bastante anormal, havendo excesso de ramos ortotrópicos. Também é anormal a ramificação lateral. As fôlhas são extremamente variáveis quanto à forma e tamanho, mostrando-se ora com dois ou mais ápices, ora recortadas a diferentes profundidades ou até mesmo na base do pecíolo. O número de fôlhas por verticilo varia de 1 a 4 ; as estipulas interpeciolares são grandes, irregulares e em número de duas. As flores mostram anomalias em tôdas as suas partes. Os frutos são de tamanho normal e com disco pouco mais desenvolvido do que na var. typica ; as sementes do tipo "concha" ocorrem com frequência elevada. Outra variação semelhante ao anormalis foi encontrada no município de Avaré, onde também provavelmente apareceu por mutação. As provas genéticas até agora realizadas parecem indicar que se trata da mutação do mesmo fator genético que determina os caracteres do anormalis encontrado em Campinas.
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    Genética de Coffea: XIII - Hereditariedade do caraterístico erecta em Coffea arabica L.
    (Instituto Agronômico (IAC), 1950-10) Carvalho, A.; Krug, C. A.
    In the present paper the authors present the results of a genetic study concerning the erecta type of growth of the lateral branches of Coffea arabica L. The erecta mutant, which probably originated in Java, differs from normal coffee plants by having upright growing lateral branches instead of plagiotropic ones. However, in spite of the fact that both, the main shoot and the lateral branches grow in the same direction, the dimorphic nature of the branches still persists. The genetic studies carried out since 1933, which included the study of progenies of F1, F2 generations and backcrosses, have revealed that the erecta character is conditioned by one pair of dominant genes Er Er. It is not yet known whether all erecta plants, of different origins, have the same dominant gene, but investigations already in progress are expected to yield information on this matter. Of all genes so far studied in C. arabica, Er is the most completely dominant, the heterozygote being indistinguishable from the homozygote. The erecta gene has been found to show complete penetrance and a constant expressivity.
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    Uma nova forma de coffea
    (Instituto Agronômico (IAC), 1950-01) Krug, C. A.; Mendes, J. E. T.; Carvalho, A.; Mendes, A. J. T.
    Nos extensos trabalhos de melhoramento do cafeeiro, há 18 anos em realização na Subdivisão de Genética do Instituto Agronômico, tem-se dedicado especial atenção à espécie C. arabica L., pelo fato de todos os nossos cafèzais pertencerem a esta espécie que, sem dúvida, fornece o produto de melhor qualidade. Nas regiões de terras extremamente cansadas, um dos principais fatôres levados em consideração no melhoramento é a rusticidade, caráter êsse, entretanto, encontrado de preferência em outras espécies, tais como o C. canephora e C. Dewevrei, cujos cafés são de má qualidade. A hibridação interespecífica, que poderia reunir em uma só planta caraterísticos de rusticidade e boa qualidade de bebida, tem o inconveniente de dar origem a plantas triplóides, que são estéreis. Daí se deduz que a obtenção artificial de formas que combinassem êsses caraterísticos constitui problema, cuja solução é extremamente demorada. No presente trabalho, apresentam-se os caracteres de uma nova forma de Coffea, encontrada em cafèzal da Fazenda Itaporã, em Terra Roxa, município de Viradouro, que, com algumas ressalvas, oferece a desejada combinação de caracteres. Trata-se, provàvelmente, de um híbrido espontâneo entre C. arabica e C. Dewevrei, com 2n = 44 cromosômios, extremamente rústico e produtivo, cujas sementes fornecem uma bebida que pode ser classificada como boa. Apenas apresenta, como principal defeito, uma auto-esterilidade quase completa. Os seus caraterísticos botânicos são descritos em detalhe. Devido ao seu porte elevado, ramos abundantes e folhas grandes e coriáceas, esse cafeeiro se assemelha ao C. Dewevrei. Os frutos são oval-elípticos, de um vermelho bem escuro quando maduros, e as sementes oblongas, constatan-do-se elevada percentagem do tipo "moca" e "chocha". Quanto à constituição citológica, as pesquisas conduziram à hipótese de este cafeeiro possuir 22 cromosômios de C. arabica e 22 (número diplóide) de C. Dewevrei, o que parece confirmado pelos resultados obtidos nas hibridações com C. arabica. Apresentam-se também algumas informações preliminares sôbre a sua constituição genética, derivadas de um extenso projeto de cruzamentos com espécies e também genótipos diferentes de C. arabica (nana; prpr; FsFs; lrlr; momo; MgMg; ErEr; C-; CtCt; cece; etc). Concluiu-se que a nova forma é extremamente heterozigota, com relação aos fatôres determinantes dos seus principais caracteres morfológicos, e que possui vários alelos dos fatôres conhecidos de C. arabica, apresentando os indivíduos F1, e os "backcrosses" com esta espécie, acentuada predominância dos caracteres da nova forma. A auto-esterilidade predomina nas gerações de "backcrosses" seguidos, já se tendo encontrado, entretanto, plantas razoavelmente auto-férteis. Além de constituir material básico de grande importância para as tentativas de síntese de novos tipos de cafeeiros, a forma em questão também está sendo ensaiada em plantações mistas, intercalando-se o seu clone (cafeeiros enxertados) com fileiras de cafeeiros arábica (bourbon, etc.), que servirão de agentes polinizadores. Conclui-se que a descoberta dêsse cafeeiro, em Terra Roxa, facilitará a solução do problema da formação de novos cafezais em terras extremamente esgotadas.
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    O dimorfismo dos ramos em Coffea arabica L.
    (Instituto Agronômico (IAC), 1950-06) Carvalho, A.; Krug, C. A.; Mendes, J. E. T.
    O dimorfismo dos ramos tem sido observado em vários gêneros de plantas, tais como Gossypium, Theobroma, Hedera, Musa, Araucária, Castilla, bem como em Coffea. Tal fenômeno se carateriza por uma diferenciação somática, que, na maioria dos casos, é permanente, podendo-se propagar as diferentes formas pela reprodução vegetativa. Como acontece nos representantes de Coffea, tal dimorfismo se carateriza por diferenças no hábito de crescimento, isto é, na direção dos ramos. Assim, a extremidade de um ramo ponteiro (ortotrópico) reproduz, quando enxertada, uma planta normal, ao passo que a de um ramo lateral (plagiotrópico) somente dará origem a ramos laterais. Em se tratando de um fenômeno tanto de interesse teórico como de importância prática (para a propagação vegetativa), resolveu-se fazer uma série de investigações em tôrno dêsse assunto, cujos primeiros resultados os autores relatam no presente trabalho. Apresentaram-se, em primeiro lugar, as observações feitas com referência à natureza das gemas existentes nas axilas das fôlhas de plantas novas, tanto na haste principal, como nos ramos laterais. Verificou-se que: a) no eixo hipocotiledonar não há indícios da existência de gemas ; b) na axila das fôlhas cotiledonares há um grupo de gemas dormentes, que são despertadas, dando origem a ramos ortotrópicos, quando o eixo epicotiledonar é cortado abaixo do primeiro par de fôlhas primárias; c) o aparecimento de gemas, que dão ramos laterais (plagiotrópicos), só ocorre pela primeira vez, nas axilas do oitavo ao décimo primeiro par de folhas ; observou-se que certas estruturas genéticas impedem a formação de ramos plagiotrópicos mesmo até o trigésimo terceiro par de fôlhas ; d) nas axilas da haste principal, possuidoras de gemas que dão origem a ramos plagiotrópicos, ocorrem também duas e, mais raramente, três outras, que produzem ramos ortotrópicos, e que se desenvolvem quando se suprime o eixo principal da planta ; (às vêzes também aí ocorrem gemas de um terceiro tipo, que dão origem a inflorescências); e) as axilas das fôlhas dos ramos plagiotrópicos sòmente encerram gemas que dão nascimento a ramos plagiotrópicos ou a inflorescências, mas nunca a ramos ortotrópicos ; em algumas combinações genéticas, as gemas de inflorescências não se desenvolvem, sendo intensa a produção de ramos laterais secundários na época normal de florescimento do cafeeiro. Foram feitas várias combinações de enxertos, verificando-se que não há mudanças no hábito de crescimento dos ramos. A diferenciação dos ramos plagiotrópicos revelou ser permanente e imutável. O mesmo fenômeno se verifica em estacas enraizadas. Depois de se mencionar a variabilidade do ângulo que os ramos laterais formam com a haste principal, fêz-se referência especial à variedade erecta de Coffea arabica, que constitui uma mutação dominante em relação ao tipo normal, caraterizando-se por possuir ramos laterais verticais. As experiências de enxertia revelaram que, mesmo nesta variação, persiste o dimorfismo, pois as plantas obtidas pela enxertia de ramos laterais só formam arbustos baixos, apesar de os ramos crescerem em sentido vertical. Também aqui, para se obter uma planta enxertada erecta normal, é preciso enxertar a extremidade de um ramo ponteiro. Foram citadas algumas hipóteses que talvez expliquem êsse fenômeno. Chamou-se a atenção para o fato de a diferenciação já se processar nas gemas, apesar de os dois tipos de gemas vegetativas coexistirem, como acontece nas axilas das fôlhas, ao longo da haste principal.
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    Taxonomia de Coffea arabica L. V - Algumas recombinações genéticas
    (Instituto Agronômico (IAC), 1952-04) Carvalho, A.
    Os resultados das análises genéticas das principais variedades de Coffea arabica têm demonstrado que elas diferem da variedade typica, tomada como têrmo de comparação, apenas por um ou dois pares de fatores genéticos principais. Essas variedades de C. arabica se acham reunidas em uma coleção na Estação Experimental Central de Campinas, que atualmente conta 24 variedades. Diversas outras variedades se acham em estudo e ainda não foram descritas. Em vista de se multiplicar a espécie C. arabica, praticamente por auto-fecundação (7 a 9% de sementes são resultantes de cruzamentos naturais), sugeriu-se que, sòmente após a obtenção da forma homozigota para os fatôres genéticos principais que as caracterizam, sejam as novas variações hereditárias descritas como variedades. Durante a execução das análises genéticas, mais de uma centena de recombinações de fatôres foram obtidas, algumas das quais dão ao cafeeiro aparência bem diferente. Após apresentar os principais característicos morfológicos de algumas recombinações, chamou-se atenção para a inconveniência de virem a ser descritas como novas variedades, criando desnecessária complexidade à nomenclatura das variedades de C. arabica.
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    Genética de Coffea XV - Hereditariedade dos característicos principais de Coffea arabica L. Var. semperflorens K.M.C.
    (Instituto Agronômico (IAC), 1952-04) Carvalho, A.; Krug, C. A.
    No planalto de São Paulo, o cafeeiro normalmente floresce duas a quatro vezes por ano, nos períodos compreendidos entre fins de julho a novembro. Raramente floresce mais vêzes, e um pouco além dessa estação. Em 1934, foram encontrados alguns cafeeiros da espécie C. arabica, caracterizados por seu florescimento quase que continuamente durante o ano. A êsse mutante foi dada a denominação de semperflorens. Os resultados da análise genética apresentados indicam que os característicos principais do semperflorens, a forma da planta, tipo de ramificação e florescimento quase que contínuo, são controlados por um par de fatôres genéticos recessivos. Êsse fator genético tem por símbolo sf sf, correspondente à abreviação da palavra semperflorens. Os resultados dos cruzamentos entre o semperflorens e as variedades murta e nana indicam que o semperflorens deve ter-se originado como uma mutação recessiva do bourbon. Apesar de terem sido encontrados cafeeiros semperflorens quase que simultâneamente em Ribeirão Prêto e Campinas, é mais provável que a mutação tenha ocorrido em Ribeirão Preto, onde o café bourbon foi cultivado pela primeira vez em São Paulo. Além de apresentar o semperflorens interêsse do ponto de vista fisiológico, tem também valor econômico, por ser produtivo e possuir boa resistência à sêca, motivo pelo qual numerosas progênies dêsse cafeeiro vêm sendo estudadas, visando o isolamento de linhagens ainda mais produtivas.
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    Novas observações sôbre o dimorfismo dos ramos em Coffea arabica L.
    (Instituto Agronômico (IAC), 1952-01) Carvalho, A.; Antunes Filho, H.
    Numerosos exemplos de enxertia e estaquia têm mostrado que as gemas dos ramos laterais (plagiotrópicos) do café são diferenciadas de modo que, ao se desenvolverem, não possuem a capacidade de dar ramos ponteiros (ortotrópicos). São descritos dois casos independentes em que se formaram ramos ortotrópicos a partir de ramos plagiotrópicos, indicando que a perda de capacidade do ramo plagiotrópico, de produzir gemas de ramos ortotrópicos, não é total. Um outro exemplo é descrito de ramos ortotrópicos que, pelas observações até agora realizadas, parecem ter se transformado em plagiotrópicos.
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    Melhoramento do cafeeiro. V - Melhoramento por hibridação
    (Instituto Agronômico (IAC), 1952-04) Krug, C. A.; Carvalho, A.
    A hibridação como método de melhoramento do cafeeiro, oferece amplas possibilidades que ainda se acham pouco exploradas. Para o caso da espécie C. arabica, a hibridação entre suas variedades, além de fornecer dados seguros sôbre a constituição genética, permite também a verificação de ocorrência da heterose, o melhoramento sem mudança dos caracteres das variedades, ou sintetização de estruturas genéticas novas. Os cruzamentos interespecíficos poderão contribuir decisivamente para a solução do problema da melhoria da qualidade do produto e dar indicações a respeito das relações das várias espécies e da reação dos fatôres genéticos de uma espécie em ambientes genéticos diversos. Cêrca de 2500 híbridos se acham em estudo na Secção de Genética, envolvendo plantas da mesma variedade, plantas de variedades diferentes e cafeeiros pertencentes a espécies distintas. As diversas possibilidades dêsses cruzamentos no melhoramento do cafeeiro são indicadas, chamando-se especial atenção para os híbridos interespecíficos, principalmente aquêles que envolvem a espécie tetraplóide C. arabica e outras espécies diplóides, como C. canephora, C. Dewevrei e C. congensis. Êstes híbridos triplóides, após duplicação do número de cromosômios, poderão constituir fonte de novas formas de Coffea, permitindo a expansão do cultivo do café era São Paulo.
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    Genética de Coffea. XIV - Hereditariedade do cálice petalóide em Coffea arábica L. Var. calycanthema K.M.C.
    (Instituto Agronômico (IAC), 1952-04) Carvalho, A.
    As espécies de Coffea, no geral, apresentam um cálice constituído de cinco sépalas muito rudimentares. Em Coffea arabica L. foi encontrado um único cafeeiro, possuindo o cálice bem desenvolvido e de natureza petalóide. A análise genética dêsse característico é discutida no presente trabalho. Verificou-se que se trata de um fator que afeta, aparentemente, apenas algumas partes da flor, sendo o cálice de natureza petalóide, o estilo e o estigma de forma e tamanho variáveis e o estigma desprovido de superfície estigmática. O ovário e o pedicelo da flor são de cor branca e se desprendem com a flor, alguns dias após a sua abertura, determinando esterilidade quase total das plantas portadoras do fator calicântema. O pólen é normal. Pelo cruzamento de plantas normais com o cafeeiro calicântema, obtiveram-se 50% de plantas normais e 50% de plantas calicântema. Êstes dados da análise genética indicam, pois, que a calicantemia é controlada por um par de fatôres genéticos, tendo as plantas com cálice normal a constituição cc e, sendo heterozigotas para êsse par de alelos — Cc, as plantas calicântema estudadas. Não se conhecem plantas de constituição CC, pois todos os cafeeiros portadores do alelo C apresentam esterilidade das partes femininas da flor. As plantas calicântema têm tôdas as flores com o cálice petalóide, e não se notaram casos de instabilidade somática do alelo C. A julgar pelos dados de cruzamento com a var. murta, o cafeeiro mostrando o característico calicântema deve ter-se originado por mutação da var. typica. Essa mutação deve ser muito rara, pois apenas uma planta foi observada entre centenas de milhares de cafeeiros que têm sido examinados, tanto em viveiros como nas plantações de café.
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    Melhoramento do cafeeiro. IV - Café Mundo Novo
    (Instituto Agronômico (IAC), 1952-04) Carvalho, A.; Krug, C. A.; Mendes, J. E. T.; Antunes Filho, H.; Morais, Hélio de; Sobrinho, J. Aloisi; Morais, M. Vieira de; Rocha, T. Ribeiro da
    Em um conjunto de cafeeiros existentes em Mundo Novo, hoje Urupês, na região Araraquarense do Estado de São Paulo, foram feitas seleções de vários cafeeiros baseando-se no seu aspecto vegetativo, na produção existente na época da seleção e na provável produção do ano seguinte. Estudou-se a origem da plantação inicial desse café, tanto em Urupês como em Jaú, chegando-se à conclusão de que é provavelmente originário desta última localidade. Progênies do café "Mundo Novo", anteriormente conhecido por "Sumatra" e derivado de plantas selecionadas em Urupês e Jaú, acham-se em estudo em seis localidades do Estado : Campinas, Ribeirão Prêto, Pindorama, Mococa, Jaú e Monte Alegre do Sul. No presente trabalho são apenas aproveitados dados referentes à variabilidade morfológica e característicos da produção das progênies dos primeiros cafeeiros selecionados em Urupês e estudados em Campinas, Jaú, Pindorama e Mococa. Em tôdas as localidades, observou-se variação nos caracteres morfológicos das progênies, verificando-se a ocorrência de plantas quase improdutivas. A maioria das progênies, no entanto, se caracteriza por acentuado vigor vegetativo. Foram estudadas as produções totais das progénies e das plantas, no período 1946-1951, notando-se que algumas progénies se salientaram pela elevada produção em tôdas as localidades. Os tipos de sementes "moca", "concha" e "chato" foram determinados em amostras de tôdas as plantas, por um período de três anos, notando-se que a variação ocorrida é da mesma ordem que a encontrada em outros cafeeiros em seleção. Procurou-se eliminar, pela seleção, cafeeiros com elevada produção de frutos sem sementes em uma ou duas lojas, característico êsse que parece ser hereditário. Os resultados obtidos de cruzamento entre os melhores cafeeiros "Mundo Novo" de Campinas e plantas da variedade murta, indicaram que esses cafeeiros são do tipo bourbon. Provavelmente, êsses cafeeiros constituem recombinações de um cruzamento primitivo entre o café "Sumatra" e o bourbon. As progênies mais produtivas do café "Mundo Novo" e livres de vários dos defeitos mencionados, já se acham em multiplicação, a fim de, em breve, serem fornecidas sementes aos lavradores, que tanto interêsse têm demonstrado por êsse café.