Bragantia
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Item Avaliação da suscetibilidade à Xylella fastidiosa em diferentes espécies de cafeeiro(Instituto Agronômico (IAC), 2005-10) Queiroz-Voltan, Rachel Benetti; Cabral, Luciane Perosin; Fazuoli, Luiz Carlos; Paradela Filho, OsvaldoA bactéria Xylella fastidiosa Wells et al. foi detectada pela primeira vez em cafeeiro no Brasil, em 1995, entretanto acredita-se que a cultura foi infectada por essa bactéria há muitos anos, embora os sintomas fossem atribuídos a um estresse nutricional. Até o momento têm sido realizados estudos principalmente com espécies de C. arabica e C. canephora, porém, em outras espécies do gênero, somente foi detectada sua presença. Neste trabalho, objetivou-se avaliar a proporção de elementos de vaso do xilema obstruídos, total e parcialmente, pela X. fastidiosa, naturalmente infectadas, em diferentes espécies de cafeeiro do Banco de Germoplasma do IAC, visando identificar material resistente a essa bactéria para ser utilizado no programa de melhoramento genético. Os acessos estudados foram: C. canephora (progenitora da 'Guarini'), C. liberica var. liberica, os quatro acessos de C. liberica var. dewevrei (Ugandae, Dibowskii, Abeokutae, Excelsa) e o híbrido interespecífico Piatã (C. arabica X C. liberica var. dewevrei). Todos eles mostraram-se menos suscetíveis à X. fastidiosa. A porcentagem de obstrução dos elementos de vasos na folha não foi maior que 0,6% na maioria dos acessos, com exceção de Excelsa e do híbrido Piatã com até 2% de obstrução, sendo bem menos suscetíveis a essa bactéria do que as cultivares de C. arabica. Trata-se, portanto, de materiais genéticos importantes para serem utilizados no programa de melhoramento do cafeeiro visando à resistência ao agente dessa doença.Item Efeito da Xylella fastidiosa em cafeeiros em diferentes regiões edafoclimáticas(Instituto Agronômico (IAC), 2005-01) Queiroz-Voltan, Rachel Benetti; Cabral, Luciane Perosin; Paradela Filho, Osvaldo; Carelli, Maria Luiza Carvalho; Fahl, Joel Irineu; Fazuoli, Luiz CarlosA bactéria Xylella fastidiosa vem causando problemas para a cafeicultura, uma vez que sua presença, associada a diversos fatores de estresse, provoca um decréscimo na produção devido à diminuição no número e tamanho dos frutos e à morte de alguns ramos. Este trabalho objetiva avaliar o efeito da X. fastidiosa sobre cultivares de Coffea arabica (enxertados ou não) através da quantificação da proporção de vasos do xilema obstruídos pela bactéria, nas diferentes partes da planta e entre ramos com e sem sintoma da doença, em experimentos desenvolvidos em diferentes regiões edafoclimáticas. Avaliou-se também a distribuição das classes de infecção nas diferentes partes da planta nos materiais genéticos estudados. Os experimentos foram instalados em 1986 em Mococa e Garça (SP) e as amostras para o estudo anatômico, retiradas em abril de 1998 e 2000 (período de estresse hídrico), respectivamente, das plantas de cafeeiros dessas áreas. Na região de Mococa, observou-se que a nervura principal e o pecíolo foram os tecidos com proporção maior de vasos do xilema obstruídos pela X. fastidiosa; na região de Garça, foram o pecíolo e o caule. Não houve diferenças significativas na obstrução de elementos de vaso do xilema do cafeeiro ocasionado pela bactéria entre as duas regiões estudadas. Não houve tolerância à bactéria nos materiais genéticos, havendo no entanto variação dentro de cada um deles. Na região de Garça, nas plantas de café, observou-se alta proporção de vasos obstruídos nas raízes (3%), entretanto, não houve dano maior na parte aérea.Item Eficiência da poda em cafeeiros no controle da Xylella fastidiosa(Instituto Agronômico (IAC), 2006-07) Queiroz-Voltan, Rachel Benetti; Cabral, Luciane Perosin; Paradela Filho, Osvaldo; Fazuoli, Luiz CarlosA bactéria Xylella fastidiosa coloniza os vasos do xilema dos seus hospedeiros, bloqueando o movimento da água e nutrientes, afetando a produção. Até o momento, o manejo adequado do cafezal, desde o plantio, com o uso de mudas isentas da bactéria e o controle das cigarrinhas vetoras, são medidas que atenuam a incidência da doença. A poda é uma prática importante para a otimização da produção do cafezal, e o tipo de poda depende da cultivar e do ambiente, usando-se podas tradicionais ou drásticas. Neste trabalho, objetivou-se avaliar a eficiência do emprego de diferentes tipos de poda no controle de X. fastidiosa nas cultivares comerciais de café arábica `Acaiá IAC 474-19' e `Catuaí Vermelho IAC 81'. Oito plantas de cada cultivar foram submetidas aos tipos de podas: decote, esqueletamento e recepa, em outubro de 2003, e oito delas foram mantidas sem poda, como testemunha. Para o estudo anatômico, anteriormente à poda, foram retirados cinco ramos das plantas utilizadas como testemunha e, em outubro de 2004 (período chuvoso) e junho de 2005 (período seco), retiraram-se outros cinco ramos de cada planta dos quatro tratamentos. Na cultivar Acaiá IAC 474-19, notou-se baixa proporção de obstrução dos elementos de vaso de xilema, não sendo observadas diferenças entre os tratamentos. Na `Catuaí Vermelho IAC 81', embora as diferenças entre os tratamentos também não tenham sido significativas, constatou-se uma tendência em diminuir a proporção de obstrução de elementos de vasos do xilema pela bactéria nas podas mais drásticas do tipo esqueletamento e recepa, nos dois períodos (chuvoso e seco). Sugere-se que a prática da poda dos tipos esqueletamento e recepa sejam mais vantajosas para o controle da Xylella em situações de alta severidade.Item Efeito da poda do tipo decote no controle da Xylella fastidiosa em cultivares de cafeeiro(Instituto Agronômico (IAC), 2007-01) Queiroz-Voltan, Rachel Benetti; Cabral, Luciane Perosin; Paradela Filho, Osvaldo; Fazuoli, Luiz CarlosA bactéria Xylella fastidiosa causa prejuízos à cafeicultura e o emprego de produtos químicos, até o presente, não tem possibilitado o controle econômico dessa bactéria. O manejo adequado do cafezal, desde o plantio, com o uso de mudas isentas da bactéria e o controle das cigarrinhas vetoras, são medidas que atenuam a incidência da doença. A utilização de podas, que tem sido recomendada como medida de controle em citros e videiras, não tem ainda eficiência comprovada para o cafeeiro. Neste trabalho, objetivou-se estudar a eficácia do emprego da poda do tipo decote em cafeeiros arábica como controle de X. fastidiosa. Para tanto, após o emprego desse tipo de poda em cafeeiros infectados pela bactéria, quantificou-se a proporção de elementos de vaso do xilema obstruídos pela bactéria, e avaliou-se a severidade dos sintomas externos de infecção provocados pela X. fastidiosa. Oito meses após a aplicação da poda, no mês de junho de 2003 (período seco), observou-se que as plantas estavam com 4% dos elementos de vaso do pecíolo, 2% na nervura principal e 1% no caule obstruído pela X. fastidiosa. No período chuvoso, 14 meses após a poda, a proporção de obstrução dos elementos de vaso diminuiu para 2% no pecíolo, 1% no caule e na nervura principal. A prática da poda diminuiu ligeiramente a proporção de elementos de vaso obstruídos pela bactéria apenas no período seco, uma vez que foi observado antes da poda um máximo de 6% de obstrução no pecíolo. Os novos ramos que brotavam no cafeeiro, na estação chuvosa, pareciam compensar a obstrução dos ramos mais velhos, diminuindo a proporção de obstrução dos elementos de vaso na planta. Em 2003, não houve diferenças na severidade do sintoma externo entre os tratamentos nos dois períodos, seca e chuvoso. Entretanto, no período seco de 2004, as cultivares Catuaí Vermelho IAC 81 e Mundo Novo IAC 515-20, enxertadas sobre o porta-enxerto 'Apoatã IAC 2258' de C. canephora, foram os tratamentos com maior severidade e, novamente no período chuvoso, as diferenças não foram observadas. Concluiu-se, portanto, que a prática da poda do tipo decote não resultou nesse experimento em um controle eficiente da X. fastidiosa em cafeeiros de C. arabica de pé-franco ou enxertados e infectados por esta moléstia.Item Resistência de plantas de Coffea arabica, Coffea canephora e híbridos interespecíficos à cercosporiose(Instituto Agronômico (IAC), 2010-10) Patricio, Flávia Rodrigues Alves; Braghini, Masako Toma; Fazuoli, Luiz CarlosO presente estudo objetivou avaliar a resistência de plantas de Coffea arabica, C. canephora e de híbridos interespecíficos, à cercosporiose (Cercospora coffeicola), importante doença da cultura do cafeeiro. Foram realizados dois experimentos em 2003, em Campinas (SP), com mudas das cultivares de C. arabica, Mundo Novo IAC 388-17-1, Mundo Novo IAC 376-4, Bourbon Amarelo, Bourbon Vermelho, Obatã IAC 1669-20, Catuaí Vermelho IAC 144, Catuaí Amarelo IAC 62, Icatu Precoce IAC 3282, Icatu Vermelho IAC 4045, Ouro Verde IAC H5010-5 e Tupi IAC 1669-33; de C. canephora, Robusta IAC 1653-7 e Apoatã IAC 2258, além de dois híbridos interespecíficos Piatã IAC 387 e Híbrido de Timor IAC 1559-13. As mudas foram submetidas à inoculação com uma suspensão de conídios preparada com cinco isolados coletados em diferentes regiões do Estado de São Paulo. Os materiais mais suscetíveis foram Robusta IAC 1653-7, Apoatã IAC 2258, Híbrido de Timor IAC 1559-13, Bourbon Vermelho e Bourbon Amarelo com incidência entre 63,1% e 81,6% no primeiro experimento e entre 70% e 93,3% no segundo e severidade (notas 1-6) entre 2,92 e 3,42 no primeiro experimento e entre 3,64 e 2,79 no segundo. Os materiais mais resistentes foram Piatã IAC 387, Ouro Verde IAC H5010-5 e Tupi IAC 1669-33, com incidência entre 28,4% e 35,5% no primeiro experimento e 21,1% e 55,6% no segundo, e severidade entre 1,44 e 1,73 e entre 1,28 e 1,88, respectivamente, no primeiro e segundo experimentos.