UFU - Dissertações

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    Resposta do cafeeiro (Coffea arabica L.) à lâminas de irrigação por gotejamento
    (Universidade Federal de Uberlândia, 2007-10-19) Silva, César Antônio da; Teodoro, Reges Eduardo Franco
    O objetivo deste trabalho foi avaliar o desenvolvimento vegetativo, produção e qualidade de grãos do cafeeiro Rubi, linhagem MG-1192, cultivado sob lâminas de irrigação durante cinco anos consecutivos. O experimento foi conduzido num Latossolo Vermelho distrófico de textura argilosa, na Fazenda Experimental do Glória, situada a 18o58’ de latitude sul e 48o12’ de longitude oeste, e altitude de aproximadamente 890 m, no município de Uberlândia, em Minas Gerais, Brasil. O clima local é do tipo Cwa, sendo o inverno seco e o verão quente e chuvoso. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, com quatro repetições e oito tratamentos de lâminas de irrigação, iguais a 0% (sem irrigação), 30%, 60%, 90%, 120%, 150%, 180% e 210% da Evaporação em tanque “Classe A” – ECA. O plantio foi realizado em janeiro de 2001, no espaçamento de 3,5 m entre linhas e 0,7 m entre plantas. As parcelas foram constituídas por três fileiras com oito plantas cada, sendo avaliadas as quatro plantas centrais da fileira central. Foi adotado o sistema de irrigação por gotejamento, com emissores autocompensantes de vazão 3,5 L h-1, sendo as irrigações realizadas às segundas, quartas e sextas-feiras. Diariamente, foram coletados os dados de precipitação pluvial, evaporação de água em tanque “Classe A”, temperatura e umidade relativa do ar. O manejo da lavoura foi realizado com aplicação de micronutrientes, via foliar, e adubação de produção, via convencional, na região da “saia” do cafeeiro. O controle de pragas, doenças e plantas invasoras foi estabelecido conforme a necessidade. As plantas infestantes foram manejadas com roçadeira nas entrelinhas e aplicação de herbicida ao longo das linhas. Anualmente (de 2002 a 2006), foram mensurados a altura do cafeeiro, diâmetro de copa e de caule, comprimento de ramos plagiotrópicos e número de entrenós no ramo ortotrópico. A partir de 2003, em quatro colheitas consecutivas, avaliou-se a produtividade, rendimento e renda, e em 2006, a qualidade dos grãos. Com relação ao desenvolvimento vegetativo do cafeeiro, os melhores resultados foram obtidos com lâminas variando de 136,3% a 149,2% da ECA. A produtividade máxima alcançada foi de 115 sacas de 60 kg por hectare, obtida em 2004, com a lâmina de 164,1% da ECA. A irrigação não amenizou o efeito da bianualidade, já que, em 2005, a produção foi relativamente baixa. Entretanto, o uso desta técnica diminuiu o percentual de grãos grandes (peneiras 19, 18 e 17) e aumentou o de grãos médios (peneiras 16 e 15), não interferindo na qualidade da bebida de café.