UFU - Dissertações
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Item Análise espaço-temporal das variáveis de custos da cultura do café arábica nas principais regiões produtoras do país(Faculdade de Gestão e Negócios - Universidade Federal de Uberlândia, 2010-02-22) Almeida, Lara Cristina Francisco de; Reis, Ernando Antônio dosAs variáveis de custos da cultura do café precisam ser analisadas e controladas para que o produtor consiga alcançar uma rentabilidade satisfatória. Essa cultura sofre influência de diversos fatores incontroláveis, como os aspectos fisiológicos, os ambientais, os tratos culturais, além do mercado. Porém existem aqueles que o empreendedor pode controlar, como é o caso da alocação dos recursos de produção. Nesse contexto, o presente trabalho teve como objetivo identificar as variáveis de custos da cultura do café arábica que apresentaram diferenças significativas dentro do aspecto temporal, no período de 2003 a 2009, e dentro da perspectiva espacial, analisando as variações entre algumas cidades das principais regiões produtoras do país, e entre essas regiões. Utilizou-se, como metodologia, a abordagem quantitativa, constituindo-se em uma pesquisa descritiva, sendo que o procedimento de coleta de dados empregado foi a pesquisa documental. Para a análise, utilizaram-se as ferramentas estatísticas Análise da Variância e o teste de Scott e Knott (1974). A análise de resultados mostrou que a cidade de Luís Eduardo Magalhães apresentou custos bem acima da média das demais cidades. No entanto, de acordo com os dados da CONAB, emprega-se o cultivo semiadensado nas lavouras de café dessa cidade, com 100% de irrigação, além de predominar a utilização de elevado padrão tecnológico. Essas considerações podem justificar os altos custos dos seus cafezais. Por outro lado, verificou-se em Luís Eduardo Magalhães, uma produtividade em torno de 50 sacas de café por hectare, porquanto as outras cidades analisadas registraram uma média de 23 a 30 sacas de café por hectare. Contudo os itens de custos, para as demais cidades e regiões, sofrem variações de forma não tão acentuada como ocorre em Luís Eduardo Magalhães. As variáveis com maior impacto sobre os gastos totais de uma lavoura de café arábica são: mão de obra temporária e fixa, em torno de 32%, e fertilizantes e agrotóxicos, cerca de 30% sobre os totais de gastos. Na análise entre os anos, constatou-se que, praticamente, não houve diferença entre as médias das variáveis de custos, visto que se utilizaram os valores médios de custos das principais cidades produtoras de café arábica do país.Item Análise química e atividade antioxidante de quatro amostras de café (Coffea arabica) comerciais(Instituto de Química - Universidade Federal de Uberlândia, 2010-08-03) Rosa, Gabriel Marques; Moraes, Sergio Antônio Lemos deA padronização adotada para o café vendido ao consumidor brasileiro é muito flexível e não existe um controle de qualidade rígido, este trabalho busca criar um parâmetro dentre quatro amostras (A, B, C e D) de cafés comerciais do Triângulo Mineiro e Sul Goiano e um padrão selecionado de café arábica. As amostras A e C apresentaram teor de umidade superior aos recomendados pela ANVISA. As amostras A e B apresentam uma maior quantidade de sólidos solúveis, que é desejável para garantir o corpo da bebida de qualidade. Todas as amostras apresentaram teores de cafeína de acordo com os valores estipulados pela legislação vigente de pelo menos 0,7%, a amostra C apresentou o menor valor de cafeína entre as amostras comerciais e amostra D apresentou o maior teor, o que sugere um teor superior de café robusta, misturado nesta amostra. Os teores de proteínas para o café padrão e amostras em pó variaram de 16,56 a 18,69% e para as frações solúveis variaram de 21,88 a 25,25%. Todas as amostras tanto do padrão como dos cafés comerciais . apresentaram atividade seqüestradora do radical DPPH , a amostra D, juntamente com o café selecionado apresentou maior percentagem de inibição de radicais DPPH.. O Padrão apresentou maior número de compostos voláteis identificados e as Amostras C e D apresentaram os menores teores destes constituintes. O IVTF possibilitou a identificação de grupos funcionais ativos nesta região do espectro em todas as amostras, tanto na forma de pó como no extrato solúvel da bebida, mas nenhuma amostra apresentou características que pudessem ser utilizadas como forma de diferenciação. Na fração solúvel de todos os espectros de RMN de 1H foram observados os sinais referentes ao ácido quínico, cafeína, ácidos clorogênicos, ácido fórmico e trigonelina; na amostra A foi verificado um sinal bastante intenso na região 0,9 a 1,2 ppm, característico de sinais de prótons de grupos CH3 e CH2. O teor mais elevado de ácidos clorogênicos da amostra padrão foi evidenciado pela presença do ácido quínico identificado pelo sinal por volta de 2,0 ppm. Através do RMN de 13C no estado sólido foi possível observar a presença de sinais característicos de carbonos possivelmente referentes à cafeína, ácidos clorogênicos e ácido quínico em todas as amostras e no padrão.Item Análise química e avaliação do potencial alelopático da casca do café (Coffea arábica)(Instituto de Química - Universidade Federal de Uberlândia, 2009-10-15) Andrade, Aretha P.S.; Aquino, Francisco J. T. deNos últimos anos diferentes grupos de pesquisa vêm tentando encontrar uma regularidade entre a análise química e os diversos tipos de cafés selecionados por meio da degustação. Além dos cafés de classificação padrão para o consumo da bebida que são mais apreciados (mole, gourmet, duro) e que são selecionados a partir de grãos de ótima qualidade, os fragmentos “cascas” por mais inusitado que possa parecer, não são descartados, e sim, muito procurados pelas torrefadoras. O acréscimo da casca e de pergaminhos torrados na proporção de 30-50% permite a redução de custos dos cafés vendidos no mercado interno e são, por isso, usados rotineiramente na composição de nossos cafés que tomamos no dia-a-dia. Apesar de encontrarmos outros trabalhos na literatura sobre a composição química de cascas de café, não se têm conhecimento de qualquer trabalho científico que traga uma análise química mais detalhada dos constituintes da casca (epicarpo) e uma comparação com o café (Coffea arabica), ambos provenientes do Cerrado Mineiro. O presente trabalho teve como objetivo analisar e quantificar os constituintes químicos da casca melosa (casca de café sem pergaminho) do café (Coffea arabica, cultivar Mundo Novo) submetida a torra média, proveniente da região do Cerrado Mineiro (região do município de Araguari). Desta forma, foi feita a análise da composição química macromolecular da casca de café por via úmida, análises de espectroscopia no ultravioleta (UV), análise de cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) e a composição química dos voláteis por cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas (CG/EM), em comparação à do café (Coffea arabica). Adicionalmente, foi estudada a sua ação alelopática da casca de café através da atividade fitotóxica dos extratos diclorometano, em ensaios pré e pós-emergentes [germinação de sementes de Panicum maximum (capim colonião)], do crescimento da raiz e da parte aérea, e da análise dos metabólitos secundários presentes no extrato em diclorometano da casca e da borra de café. A análise química da casca de café torrado revelou uma composição bem diferenciada do grão de café torrado. Os resultados do teor de sólidos insolúveis e extrato aquoso sugerem um sabor muito próximo, o que explicaria a adição da casca no café comercial. Ocorreram alterações nos teores dos parâmetros analisados: umidade (3,0% para o café, 3,0% casca), sólidos insolúveis (66,03% para o café, 55,38% para a casca), extrato aquoso (34,41% para o café, 39,46% para a casca), o teor de lipídios (11,62% para o café, 4,52% para a casca), lignina de Klason (33,50% para o café, 13,23% para a casca), holocelulose (47,19 % para o café, 32,15% para a casca), extrativos metanol/ água (34,41% para o café, 39,46% para a casca), compostos fenólicos (75,99 mg mg-1 para o café, 23,63 mg mg-1 para a casca), proantocianidinas (16,52 mg mg-1 para o café, 21,97 mg mg-1 para a casca), pH (5,23 para o café, 4,21 para a casca), cafeína (3,85 % para o café, 0,81% para a casca) e atividade antioxidante (CE50 de 1,10 mg mg-1 de DPPH e a casca de café 6,41 mg mg-1 de DPPH). A casca por apresentar em algumas análises menores teores do que no café (exceto teor de lipídios), a casca de café tem características químicas indesejáveis para o consumo. Avaliação da ação alelopática dos extratos em diclorometano da casca de café, mostrou-se que os metabólitos secundários foram eficientes para a inibição do desenvolvimento da raiz (na concentração de 100 μg mL-1), enquanto que na inibição do desenvolvimento da parte aérea a ação alelopática do extrato da borra do café foi mais eficiente (na concentração de 100 e 200 μg mL -1), apresentando comportamento inibitório considerável no crescimento da raiz e parte aérea da planta daninha Panicum máximum (capim Colonião). De qualquer forma, estes resultados sugerem a utilização da casca de café como coadjuvante no controle de plantas daninhas.Item Atividade microbiana e propriedades bioquímicas do solo sob a adição de composto orgânico e palha de café(Instituto de Ciências Agrárias - Universidade Federal de Uberlândia, 2012-03-14) Oliveira, Suellen Martins de; Ferreira, Adão de SiqueiraNa agricultura moderna e com a adoção de práticas de manejo mais sustentáveis, o uso de resíduos orgânicos na agricultura tem sido visto como uma importante escolha, principalmente por se tratar de materiais recicláveis no solo. O trabalho foi conduzido com a adição de composto orgânico enriquecido com fosfato natural (COM), nas quantidades de 0, 10, 20, 40 e 80 g kg-1, e palha dos grãos de café (PC) com adições de 0, 7, 14, 28 e 56 g kg-1, em amostras de Latossolo Vermelho Amarelo coletadas na profundidade de 0-5 cm, com quatro repetições. Foram feitas análises químicas para a caracterização do solo e dos resíduos orgânicos utilizados. Os atributos avaliados foram: a respiração microbiana do solo (RMS), porcentagem de mineralização do carbono (C) da PC, atividade das enzimas desidrogenase (DHA), hidrolases do diacetato de fluoresceína (FDA), β-glicosidase, invertase, urease e fosfatases ácida e alcalina, bem como a disponibilidade de fósforo (P) no solo. Os resultados mostram que a adição de COM e PC tem implicações importantes na atividade microbiana e bioquímica do solo. As adições dos resíduos orgânicos implicaram em aumentos significativos na RMS, tendo a menor adição de PC (7 g kg-1) apresentado valores superiores à maior dose de COM (80 g kg-1). A adição de COM resultou em aumento linear na disponibilidade de P. A PC apresentou porcentagem de mineralização do C superior a 85%. A atividade das enzimas DHA, FDA e β-glicosidase apresentou maiores valores, quando da adição de PC, comparado com o COM. Os resultados obtidos sugerem que o aproveitamento de resíduos orgânicos, compostado ou natural, no sistema produtivo agrícola pode ser uma prática de manejo importante em decorrência das modificações identificadas nos processos biológicos e bioquímicos do solo.Item Atividade microbiana e propriedades bioquímicas do solo sob a adição de composto orgânico e palha de café(Universidade Federal de Uberlândia, 2012-03-14) Oliveira, Suelen Martins de; Ferreira, Adão de SiqueiraNa agricultura moderna e com a adoção de práticas de manejo mais sustentáveis, o uso de resíduos orgânicos na agricultura tem sido visto como uma importante escolha, principalmente por se tratar de materiais recicláveis no solo. O trabalho foi conduzido com a adição de composto orgânico enriquecido com fosfato natural (COM), nas quantidades de 0, 10, 20, 40 e 80 g kg -1 , e palha dos grãos de café (PC) com adições de 0, 7, 14, 28 e 56 g kg -1 , em amostras de Latossolo Vermelho Amarelo coletadas na profundidade de 0-5 cm, com quatro repetições. Foram feitas análises químicas para a caracterização do solo e dos resíduos orgânicos utilizados. Os atributos avaliados foram: a respiração microbiana do solo (RMS), porcentagem de mineralização do carbono (C) da PC, atividade das enzimas desidrogenase (DHA), hidrolases do diacetato de fluoresceína (FDA), β-glicosidase, invertase, urease e fosfatases ácida e alcalina, bem como a disponibilidade de fósforo (P) no solo. Os resultados mostram que a adição de COM e PC tem implicações importantes na atividade microbiana e bioquímica do solo. As adições dos resíduos orgânicos implicaram em aumentos significativos na RMS, tendo a menor adição de PC (7 g kg -1 ) apresentado valores superiores à maior dose de COM (80 g kg -1 ). A adição de COM resultou em aumento linear na disponibilidade de P. A PC apresentou porcentagem de mineralização do C superior a 85%. A atividade das enzimas DHA, FDA e β-glicosidase apresentou maiores valores, quando da adição de PC, comparado com o COM. Os resultados obtidos sugerem que o aproveitamento de resíduos orgânicos, compostado ou natural, no sistema produtivo agrícola pode ser uma prática de manejo importante em decorrência das modificações identificadas nos processos biológicos e bioquímicos do solo.Item Uma avaliação das condições de trabalho dos empregados na cafeicultura mineira e no cultivo da cana-de-açúcar em São Paulo, nos anos 2004, 2006 e 2008.(Instituto de Economia - Universidade Federal de Uberlândia, 2013-12-11) Fonseca Júnior, Sérgio Borges; Nascimento, Carlos Alves doEste trabalho tem o objetivo de analisar a evolução das condições de trabalho dos empregados na cafeicultura no Estado de Minas Gerais e no cultivo da cana-de-açúcar paulista em período recente. Para isso, foi realizado um estudo nos autores bases que abordam a temática de modernização na agricultura e os seus impactos sobre o espaço rural e nas condições de trabalho. Além disso, foi analisada uma série histórica de dados da cafeicultura e do cultivo de cana-de-açúcar nacional, observando-se como evoluem a produção, área plantada e produtividade. Posteriormente, foi analisado como evoluí o número de pessoas ocupadas nas diversas categorias ocupacionais na cafeicultura mineira e no cultivo de cana-de-açúcar paulista, confrontando-as com a média da agricultura nacional. Por fim, foram construídos os Índices de Qualidade de Emprego (IQE) para os grupos de empregados mais qualificados e menos qualificados, nos anos de 2004, 2006 e 2008, este indicador capta a evolução das condições de trabalho dos empregados nas culturas em analise, em período recente. Tanto na cafeicultura mineira, quanto no cultivo da cana-de-açúcar paulista os IQEs foram superiores a média nacional (para estas mesmas culturas e unidades da federação), e os IQEs do grupo de empregado mais qualificados foram sistematicamente superiores aos dos empregados menos qualificados.Item Cadeia de Markov aplicada ao manejo de pragas em lavoura cafeeira(Faculdade de Engenharia Mecânica - Universidade Federal de Uberlândia, 2014-12-19) Marcos, Wesley Pereira; Tavares, José Jean Paul Zanlucchi de SouzaAo se tratar de sistemas, no que diz respeito ao seu comportamento ou natureza, podem ser classificados em dois tipos: os sistemas determinísticos e os sistemas probabilísticos. Os sistemas determinísticos têm seu comportamento conhecido ou determinável ao longo do tempo, o que não se pode dizer dos sistemas probabilísticos. Estes são baseados em probabilidades de acontecimento e requerem uma ferramenta auxiliar para que sua análise possa ser realizada. Uma ferramenta que pode auxiliar nesta análise é a cadeia de Markov, objeto de estudo deste trabalho. Através de um problema de manejo de pragas de lavoura cafeeira, um modelo de cadeia de Markov foi proposto, segundo uma metodologia desenvolvida. Foram abordadas duas dimensões, a saber, incidência e pulverização. Os resultados de três anos consecutivos foram levantados, abordando percentuais de transição recorrente ao estado sem incidência e sem pulverização, bem como o percentual de estados sem incidência e sem pulverização. Também foram levantados os setores com incidências máximas e mínimas e as pulverizações e máximas e mínimas nos períodos. A cadeia de Markov demonstrou uma ferramenta eficiente no monitoramento de pragas e análise global do sistema, o que é essencial para o desenvolvimento da agricultura de precisão.Item A cadeia produtiva do café [recurso eletrônico] : uma análise da produção acadêmica brasileira e o impacto da denominação de origem do café na criação de vantagem competitiva da Região do Cerrado Mineiro(Universidade Federal de Uberlândia, 2018-08-29) Souza, Ariany Pena de; Bueno, Janaína MariaA cadeia produtiva do café é tema desta dissertação e a sua importância está relacionada com a representatividade desta cadeia nas atividades do agronegócio mineiro e brasileiro, e a relevância do aprimoramento de técnicas de gestão, que possibilitam o desenvolvimento econômico, financeiro, social e sustentável das atividades econômicas, especialmente na região do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. A dissertação é composta por dois artigos, sendo que no primeiro o objetivo foi analisar a produção científica brasileira sobre a cadeia produtiva do café, na área de Administração, entre os anos de 2007 a 2017, por meio de revisão sistemática e bibliometria. Por meio da análise de publicações foi possível evidenciar suas características e de autoria, bem como, um panorama sobre seus subtemas e suas esferas de análise, no decorrer do tempo. Destaca-se que os subtemas mais frequentes nas publicações foram: boa prática, consumo, gestão, internacionalização e estratégia e que as esferas de análise mais estudadas foram:mercado, região, consumidor e indústria. Sobre as três leis da bibliometria, indica-se que nopresente estudo, a Lei de Lotka não foi comprovada, a Lei de Zipf foi confirmada e a Lei Bradford foi parcialmente constatada. Aponta-se que tem havido ummconsiderável interesse pelo tema, com o aumento de estudos ao longo dos anos, com certa constância de subtemas e esferas de análise de pesquisa, que vão consolidando no decorrer do tempo, o conhecimento sobre a cadeia produtiva do café no Brasil. Sobre o segundo artigo, o intuito da pesquisa foi analisar a criação da Denominação de Origem Região do Cerrado Mineiro, seu papel estratégico para os produtores e as capacidades necessárias para a sua criação e implementação. O procedimento técnico de pesquisa foi o estudo de caso, sendo a Denominação de Origem Região do Cerrado Mineiro o caso em si, com as organizações e os produtores rurais que compõem à Denominação. Foram utilizados análise documental, entrevista com uma representante da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, detentora da marca Região do Cerrado Mineiro e, também, questionário com uma representante de produtor rural e um produtor rural. Os resultados mostraram que a Denominação de Origem Região do Cerrado Mineiro, composta pela Federação dos Cafeicultores do Cerrado, cooperativas, associaçoes, pelos armazéns credenciados e exportadores, busca junto a seus produtores rurais, produzir café com ética, rastreabilidade e de alta qualidade, cujo objetivo é integrar e desenvolver a região, conectando-a aos produtores e torrefadores. Observa-se como um fator importante a criação do Selo de Origem, que ajuda no processo de diferenciação dos cafés produzidos na região, diante do mercado. Evidencia-se que os produtores estão respondendo ao mercado, à medida que ocorrem exigências dos consumidores, os produtores têm buscado atender às demandas e, que ainda, as capacidades adaptativa e absortiva têm sido desenvolvidas neste esforço de resposta, já a capacidade invocativa ficou pouco evidenciada. A Produção Tecnológica resultante da presente pesquisa foi à elaboração de um mapa-esquema para acompanhar a absorção e a adaptação de prática.Item Comparação química dos grãos de café (Coffea arabica), sadio e seus grãos PVA (pretos, verdes, ardidos) oriundos do Sul de Minas e do Cerrado Mineiro, submetidos a diferentes graus de torrefação(Universidade Federal de Uberlândia, 2006) Oliveira, Grasielle Silva de; Nascimento, Evandro Afonso do; Universidade Federal de UberlândiaO café é considerado um dos produtos agrícolas de maior importância para o Brasil. Sua qualidade é de fundamental importância, devendo o produto apresentar propriedades físicas, químicas e sensoriais de acordo com as normas estabelecidas. Entre os vários fatores que influenciam a qualidade do café destaca-se a presença de grãos defeituosos (grãos pretos, verdes e ardidos), que são os mais indesejáveis. Assim, este trabalho objetivou uma diferenciação química entre os grãos sadios e os grãos pretos, verdes e ardidos (PVA), obtidos com diferentes graus de torrefação (torra fraca, média e forte), utilizando-se amostras proveniente do Cerrado Mineiro e para a torra média uma amostra do Sul de Minas. Os resultados mostraram que bebidas preparadas a partir de grãos PVA são mais ácidas devido aos processos fermentativos e mais adstringente decorrente de maiores teores de compostos fenólicos, proantocianidinas e ácidos clorogênicos. Além disso, a presença de defeitos reduz a concentração de óleo essencial, porém aumenta os teores de substâncias indesejáveis para o aroma, como aldeídos de baixa massa molar e sulfetos. Estes grãos são ricos em olefinas e cadeias saturadas. No entanto, o substrato dos grãos defeituosos e sadios são semelhantes, compondo-se basicamente por açúcares, fenóis ácidos carboxílicos e cafeína.Item Comportamento das variáveis dos custos de produção das culturas de café, cana-de-açúcar, milho e soja em relação ao preço de venda(Faculdade de Gestão e Negócios - Universidade Federal de Uberlândia, 2010-02-22) Duarte, Sérgio Lemos; Reis, Ernando Antônio dosO comportamento dos custos das culturas do café, da cana-de-açúcar, do milho e da soja, em relação ao preço de venda, pode fornecer instrumentos de controles gerenciais ao produtor rural. O objetivo deste trabalho é investigar de que forma se deu esse comportamento, nas culturas em questão, em relação ao preço de venda ou à receita bruta. Para isso, utilizaram-se os dados do Agrianual, o anuário da agricultura brasileira, do período de 1999 a 2008, de custos e receitas brutas. Foi aplicado nas variáveis de custos o teste de Kolmogorov-smirnov (Lilliefors) para verificar a normalidade dos dados. Posteriormente, calculou-se o coeficiente de correlação de Spearman para os dados cuja distribuição era não normal e o coeficiente de correlação de Pearson quando os dados obtiveram distribuição normal, tencionando analisar se eles estavam correlacionados linearmente. Finalizou-se com o cálculo do coeficiente de determinação, o qual define o quanto de uma variável de custos é explicada pela variável receita bruta e, além disso, obteve-se a equação de regressão linear para averiguar a dependência entre as variáveis juntamente com o erro padrão de estimativa. O resultado obtido evidenciou para o período de formação da lavoura de todas as culturas analisadas os custos de “mudas” e “material de plantio” foram as variáveis que demonstraram melhor explicação pela variável preço. Nos outros períodos verificou-se que diversas variáveis dos custos de produção encontravam-se correlacionadas linearmente e podiam ser preditas com a receita bruta, fornecendo, assim, ao produtor rural, subsídios para o planejamento de seus orçamentos e um método para análises dos custos.Item Comportamento de cultivares de cafeeiro, sob irrigação, nas condições do município de Uberlândia-MG(Universidade Federal de Uberlândia, 2008-03-25) Borges, André Luiz; Melo, Benjamim deO comportamento de diferentes variáveis nos anos de cultivos e interação entre anos de cultivo por cultivares de cafeeiro, sob irrigação, nas condições do município de Uberlândia-MG. São fatores importantes no conhecimento deste comportamento das cultivares de cafeeiros, a fim de identificar as melhores cultivares. Para tanto este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de verificar este comportamento das cultivares em diferentes anos, de 2003 a 2006, e as variáveis como altura de planta, diâmetro de copa e diâmetro de caule, produtividade, rendimento e renda. Este estudo foi conduzido no Setor de Cafeicultura do Instituto de Ciências Agrárias, localizado na Fazenda Experimental do Glória, pertencente à Universidade Federal de Uberlândia. As cultivares foram Acaiá Cerrado MG 1474; Catuaí Vermelho IAC 15; Catuaí Vermelho IAC 99; Catuaí Amarelo IAC 17; Catuaí Amarelo IAC 62; Catuaí Vermelho IAC 144; Mundo Novo IAC379-19; Icatú Amarelo 3282; Rubi MG 1192 e Topázio MG 1190. Submetidas a irrigação por gotejamento. Por tanto, após as avaliações, as cultivares no cerrado mineiro irrigado nas condições de Uberlândia – MG, não apresentam um comportamento ideal para todos as variáveis. Contudo as cultivares de baixo porte Catuaí Amarelo IAC 62, Rubi MG 1192 e Topázio MG 1190 apresentaram desempenho de médias satisfatórias para a produtividade. As cultivares Mundo Novo IAC 379-19 e Acaiá Cerrado IAC 1474 apesar de não apresentarem desempenho de médias ideais em produtividade e renda, apresentaram desempenho satisfatório para as demais variáveis. A interação época de colheita em relação a cultivar é altamente influenciada para as variáveis de produtividade e renda. Os anos que apresentaram os melhores desempenhos foram os anos de safra produtiva. Exceto na variável de rendimento no ano de 2003.Item O comportamento dos custos de produção do café arábica em relação a venda de máquinas agrícolas no estado de Minas Gerais(Faculdade de Gestão e Negócios - Universidade Federal de Uberlândia, 2012-04-25) Pereira, Carlos Antônio; Reis, Ernando Antonio dosO Brasil se destaca no cenário mundial no que diz respeito à comercialização de produtos agrícolas, ocupando a terceira posição no ranking mundial, quando se trata de exportação, segundo dados da Organização Mundial do Comércio – OMC (2011). O setor agropecuário é o segundo em nível de empregabilidade no país, conforme divulga o Instituto Brasileiro de Geografia Econômica – IBGE (2011), o que mostra a importância deste setor econômico para o país. Deste setor, há de ressaltar a cultura cafeeira, em que o país é líder em produção e ocupa a segunda posição mundial no quesito consumo. O estado de Minas Gerais é responsável por, aproximadamente, 50% da produção total do café, com ênfase ao café tipo arábica. Embora seja crescente a introdução de máquinas agrícolas, na busca da redução dos custos de produção e, consequentemente, melhoria de resultados do empreendimento, é consenso entre os pesquisadores que não existe um grau ideal de mecanização. Assim, para decidir mecanizar o processo produtivo, ou qualquer outra alteração no trato cultural, é prudente um estudo no sentido de analisar qual a melhor relação custo e benefício. Diante do exposto, este estudo procura responder aos questionamentos: Como tem sido a evolução dos custos de produção do café (“tamanho do bolo”) em relação ao aumento do emprego de máquinas agrícolas? Qual a relação do aumento da introdução de máquinas agrícolas e os diversos elementos de custo (“fatias do bolo”)? Esta pesquisa utilizou-se dos dados referentes aos custos de produção do café arábica, divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento – CONAB – e corrigidos monetariamente pelo IGP-DI. Os anos analisados foram de 2003 a 2010, relativos às cidades de Guaxupé, Patrocínio e São Sebastião do Paraíso. Os dados referentes a mecanização foram extraídos do anuário da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores – ANFAVEA – em que foi adotado, como proxi de mecanização, o número de tratores de rodas vendidos no estado de Minas Gerais. Após a análise das estimativas de média, desvio padrão e variância, empregou-se o teste de Shapiro-Wilk para testar a normalidade dos dados. Calculou-se o coeficiente de correlação de Pearson, para os dados cuja distribuição foi tida como normal e, para os não normais, o coeficiente de correlação de Spearman, observando o nível de significância. A partir da obtenção da equação de regressão linear, utilizada para a verificação do nível de dependência entre as variáveis, calculou-se o coeficiente de explicação (R2), a fim de medir o poder explicativo do modelo de regressão adotado. Por fim, a pesquisa serviu-se da técnica da correlação canônica, separando as variáveis de custos agrupadas segundo critérios da CONAB, e associando estas à variável quantidade de tratores vendidos. O resultado evidenciou que todos os grupos demonstraram bons níveis de correlação, e um nível descritivo abaixo do valor nominal 0,05, e assim, comprovando a influencia entre a venda de tratores e os elementos de custo. O grupo formado pelos custos variáveis se sobressaiu por apresentar maior correlação com a variável venda de tratores. Após os resultados da análise de normalidade dos resíduos, do coeficiente de determinação e nível descritivo, apresentarem-se consideravelmente positivos, pode-se associar o comportamento das variáveis estudadas, por meio dos modelos de regressão utilizados. Evidenciou-se que embora pesquisas, levem a acreditar que a introdução de máquinas tenha como foco, a redução de custos, nas cidades analisadas, houve elevação dos custos totais.Item Comportamento dos custos de produção do café arábica em relação aos fatores climáticos(Faculdade de Gestão e Negócios - Universidade Federal de Uberlândia, 2013-02-26) Rodrigues, Núbia Aparecida; Reis, Ernando Antônio dosO gerenciamento dos custos de produção do café arábica enfrenta desafios devido à diversidade de fatores que afetam a sua formação dentro das propriedades rurais. Dentre os diversos fatores que interferem na formação dos custos de produção do café arábica se destacam os fatores climáticos, especialmente as condições de precipitação e de temperatura. O café se diferencia das demais plantas frutíferas perenes, pois necessita de dois anos para completar o seu ciclo reprodutivo, isto que dizer que o florescimento e a frutificafação não ocorre no mesmo ano civil. Esta particularidade fez com que estudiosos dividissem o ciclo fenológico do cafeeiro em fases fenológicas com a finalidade de facilitar o entendimento das exigências climáticas da planta. Estas fases são: (1) vegetação e formação das gemas foliares, (2) indução e maturação das gemas florais, (3) florada, chumbinho e expansão dos frutos, (4) granação, (5) maturação e (6) repouso. O comportamento das condições climáticas em cada uma destas fases interfere no desempenho produtivo da planta. A revisão teórica apontou que a produtividade da lavoura afeta a formação dos custos de produção. Diante disso, pretendeu investigar o comportamento dos custos de produção do café arábica em relação aos fatores climáticos nas fases fenológicas do cafeeiro. A amostra deste estudo foi composta pelas cidades referência das principais regiões produtoras do país, no período de 2003 a 2012. Os componentes de custos mais representativos na atividade neste período foram a mão de obra, as operações com máquinas, os fertilizantes, os defensivos e agrotóxicos e os outros itens. O comportamento destes componentes foi observado em relação às condições de precipitação e de temperatura. A análise descritiva e quantitativa deste estudo foi desenvolvida em três etapas. A primeira apresentou a composição do custo de produção e o comportamento das condições térmicas e hídricas no período estudado. A segunda investigou por meio de correlação simples (r) o comportamento do custo de produção do café arábica em relação aos fatores climáticos em cada localidade. Finalmente, a regressão linear múltipla (R2) - método backward buscou as relações entre o custo de produção e os fatores climáticos para todas as cidades conjuntamente. Na primeira etapa observou-se que as cidades com as temperaturas mais altas e índice pluviométrico diferenciado no período foram aquelas que obtiveram o maior custo de produção total. Na associação dos componentes do custo de produção do café arábica com os fatores climáticos, as análises de correlação simples (r) evidenciaram a importância das condições térmicas e hídricas nas fases fenológicas da indução da gema floral, máxima vegetação e granação. Este resultado é semelhante àquele encontrado por Weill et. al. (1999) e Arruda et. al. (2000) que investigaram a produção do cafeeiro em relação aos fatores climáticos. Os resultados da regressão linear múltipla (R2) apresentaram problemas de autocorrelação dos resíduos e de multicolinearidade, portanto precisam de mais investigações. A relevância deste estudo está associada principalmente a contribuição teórica relativa ao comportamento do custo de produção do café arábica em relação aos fatores climáticos, devido a escassez de estudos desta natureza.Item Deposição de calda aplicada em folhas de cafeeiro com diferentes volumes e pontas pulverização(Universidade Federal de Uberlândia, 2013-02-28) Silva, João Eduardo Ribeiro da; Cunha, João Paulo Arantes Rodrigues daA cafeicultura é no Brasil uma importante atividade agrícola e econômica. O País é o maior produtor e exportador mundial, tendo o estado de Minas Gerais como o principal produtor nacional. Um dos grandes problemas enfrentados pelos cafeicultores é a suscetibilidade das plantas a várias pragas e doenças. Dentre estas, destaca-se o bicho-mineiro, considerado praga-chave da cultura, ocorrendo em praticamente todas as regiões produtoras. Para o manejo desta praga, tem sido empregado o controle químico, no entanto a cultura apresenta diversos desafios para a tecnologia de aplicação dos produtos fitossanitários; as plantas apresentam densa folhagem e variações nos aspectos da copa. O objetivo deste trabalho foi estudar a deposição de calda pulverizada em folhas de cafeeiro (Coffea arábica L.) e a perda para o solo proporcionada pela aplicação com dois volumes de calda e dois tipos de pontas de pulverização. O trabalho foi conduzido na Fazenda do Glória, de propriedade da Universidade Federal de Uberlândia, em Uberlândia-MG, em lavoura de café arábica cultivar Catuaí IAC 99 com 11 anos de idade, em setembro de 2012. O experimento foi instalado em delineamento inteiramente casualizado, com quatro tratamentos e oito repetições, em esquema fatorial 2x2, com duas pontas de pulverização, jato cônico vazio (ATR) e jato cônico vazio com indução de ar (TVI), e dois volumes de calda, 200 e 500 L ha-1. Adicionou-se à calda o traçador Azul Brilhante, em dose fixa de 300 g ha-1. Foram coletadas folhas das metades superior e inferior da copa das plantas, bem como lâminas de vidro posicionadas no solo sob a copa das mesmas, das quais foi retirado e quantificado o traçador contido nas amostras por espectrofotometria de absorção de luz. Foi conduzido também um estudo de Controle Estatístico de Processo (CEP), que permitiu avaliar o comportamento das variáveis em suas repetições dentro dos tratamentos. O uso de pontas de jato cônico vazio com indução de ar mostrou-se viável quanto à deposição de calda no cafeeiro, principalmente junto com o uso do maior volume de calda (500 L ha-1). Na parte inferior da cultura, a deposição de calda foi semelhante empregando-se 200 L ha-1 ou 500 L ha-1, o que demonstra a viabilidade do uso do volume de calda reduzido. O uso da ponta de jato cônico vazio com indução de ar proporcionou maiores perdas para o solo. A análise das cartas de controle referentes aos tratamentos avaliados mostrou que não ocorreu grande variabilidade entre os pontos amostrais, indicando bom padrão de qualidade sob o ponto de vista estatístico.Item Desenvolvimento vegetativo de linhagens de cafeeiro (Coffea arabica L.) nas condições de cerrado em Patrocínio-MG(Universidade Federal de Uberlândia, 2012-09-20) Alcantara, Clauber Barbosa de; Melo, Benjamim deO cafeeiro é uma planta perene, de grande importância para o agronegócio nacional. Atualmente o Brasil é o maior produtor mundial e o segundo maior consumidor e, o estado de Minas Gerais produz quase metade dos grãos do país, sendo que a região do Cerrado contribui positivamente, em função das condições climáticas e geográficas favoráveis à cultura. Entretanto, além de produzir é necessário atender à qualidade desejada pelos consumidores, com produtividade, qualidade e custos competitivos. Para equilibrar essa equação torna-se essencial escolher a cultivar mais adequada. O objetivo deste estudo foi comparar o desenvolvimento de oito cultivares do cafeeiro (C. arabica), no Cerrado do município de Patrocínio, considerando as variáveis vegetativas, diâmetro do caule, altura da planta, diâmetro de copa, número de ramos plagiotrópicos e número de nós nos ramos plagiotrópicos. O experimento foi instalado na fazenda São Bernardo, situada no município de Patrocínio/MG. O plantio das mudas foi realizado nos dias 10 e 11 de janeiro de 2011 e a obtenção dos dados ocorreu aos 6, 9 e 12 meses após o plantio. Foram avaliadas as cultivares Acauã/FEX 1365; Catuaí Vermelho/IAC 99 e Catuaí Vermelho/IAC 144; Topázio/MG 1190; Catuaí Amarelo/IAC 62; Tupi/RN IAC 1669-13 (IBC-12), Mundo Novo/IAC 379-19 e Bourbon Amarelo. O delineamento experimental utilizado foi de blocos casualizados (DBC), com oito tratamentos e quatro repetições, com parcelas subdividas no tempo. A parcela foi composta por seis plantas, utilizando-se como úteis quatro plantas centrais. O espaçamento utilizado foi 3,80 m (entre linhas) x 0,60 m (entre plantas). A análise de variância das médias foi realizada pelo Teste de F e quando significativa foi feito o teste Scott-Knott. As médias das épocas de avaliações foram submetidas ao ajuste do modelo de regressão linear e foram calculados os coeficientes de correlação linear entre as variáveis. As características vegetativas altura de planta e número de ramos plagiotrópicos foram significativas para as cultivares testadas. A cultivar acauã apresentou menor desenvolvimento vegetativo em todas as características avaliadas. A cultivar Catuaí IAC 99 foi a que apresentou comportamento semelhante às cultivares de porte alto. A correlação foi positiva e altamente significativa entre todas as características. Há necessidade da continuidade do experimento por mais quatro safras afim de realizar a correlação entre as características vegetativas com a produtividade.Item Determinação da receita bruta gerada na cultura do café arábica em algumas das cidades polos do Brasil(Faculdade de Gestão e Negócios - Universidade Federal de Uberlândia, 2015-02-06) Gonçalves, Fabiolla Valeria; Reis, Ernando Antônio dosEstudos indicam que os setores primários e secundários têm registrado quedas ao longo dos anos, enquanto que o setor terciário tende a ganhar um peso relativo na economia. Essa redução relativa dessas atividades, ao longo do processo de desenvolvimento das economias mais avançadas, alavancou discussões sobre a doença holandesa, a desindustrialização e a reprimarização, alicerçadas nos estudos de Winjnberg (1984), Torkik (2001), Oreiro e Feijó (2010), Marquetti (2002), Rowthorn e Ramaswamy (1999), entre outros. Ainda assim, o agronegócio, ao elevar as exportações e contribuir com o aumento das reservas nacionais, representou um dos setores que mais geraram emprego na última década (ALMEIDA et al., 2009). O café, enquanto commodity, ganha cada dia mais status no mercado mundial e gera mais empregos no agronegócio. O Brasil é o terceiro maior exportador e o primeiro em produção deste produto. O objetivo deste estudo, através de uma pesquisa quantitativa, de abordagem descritiva e fonte de dados bibliográficos e documental, é estudar o comportamento da riqueza gerada e distribuída pela cultura do café arábica, em termos de receita bruta, nas principais regiões produtoras do Brasil (Franca-SP; Guaxupé, Luís Eduardo Magalhães-BA, Patrocínio, Manhuaçu e São Sebastião do Paraíso-MG; Londrina-PN; Venda Nova dos Imigrantes-ES), entre os períodos de 2001 e 2013. Para atingir os resultados, foram utilizadas as técnicas de análise de variância (ANOVA) e dados em painel. A primeira técnica foi utilizada para investigar a distribuição da receita bruta na cultura de café arábica e sua evolução ao longo do período estudado. A segunda técnica foi utilizada para analisar os determinantes da receita bruta observada ao longo das diversas regiões brasileiras estudadas. Os resultados apontaram que, a receita bruta de Luís Eduardo Magalhães foi estatisticamente significante e maior que Franca, Londrina, Manhuaçu e Guaxupé, e em termos de evolução de receita bruta as regiões que mais apresentaram crescimento foram Patrocínio, Guaxupé, Londrina e Venda Nova dos Imigrantes. Em relação às variáveis custos da lavoura, fator de produção e fator rendimento, estas foram positivamente significantes, indicando que estas são relevantes na determinação da receita bruta da cultura do café arábica.Item Diagnose foliar em cafeeiro de sequeiro e irrigado na região do Alto Paranaíba com uso do DRIS(Instituto de Ciências Agrárias - Universidade Federal de Uberlândia, 2009-10-30) Campos, Rodrigo de Arruda; Lana, Regina Maria QuintãoOs solos sob vegetação de cerrado têm a característica marcante da baixa fertilidade natural e o uso de subdosagens de fertilizantes acarreta em desequilíbrio nutricional da cultura cafeeira. Este trabalho teve por objetivos: caracterizar comparativamente as principais deficiências, excessos e desequilíbrios nutricionais na parte aérea do cafeeiro; indicar os nutrientes que apresentam maior resposta à adubação e as interações sinérgicas e antagônicas; bem como, com o uso do DRIS em análise de folhas para definir os níveis críticos e avaliar o Potencial de Resposta à Adubação. O experimento foi realizado no período de 2007 a 2009 na região do Alto Paranaíba - MG, em solo fase cerrado foram selecionadas 59 unidades amostrais com café produzido em condição de sequeiro e 52 lavouras com café produzido em condição irrigado. Com o uso do DRIS (Sistema Integrado de Diagnose e Recomendação), definiu-se a ordem geral de limitação de macro e micronutrientes, níveis de suficiência, Índice de Balanço Nutricional (IBN), Índice de Balanço Nutricional médio (IBNm) e correlação entre os índices DRIS e concentração de nutrientes nas folhas. As amostras foliares foram coletadas na fase fenológica chumbinho, retirando-se dois pares de folhas de cada planta em 20 plantas ao acaso. A cafeicultura irrigada mostrou potencial de resposta à adubação diferente da cafeicultura de sequeiro, sendo o Mn (25%) e o S (13%) os que apresentaram como mais limitantes da produtividade. O DRIS apontou os seguintes nutrientes limitantes da produtividade do café de sequeiro, P(18,6%), Fe(15,3%), K=Mn (13,5%) e Zn=B(10,2%). As correlações entre os índices DRIS permitiram visualizar o antagonismo e o sinergismo entre os nutrientes, observando que as correlações N(P, K e S), P(K, Mg e S) e K(Mg e S) foram sinérgicas e as correlações N(Ca, B, Fe e Zn), P(Ca, B, Fe e Zn) e K(Ca, B, Fe e Zn) foram antagônicas. Os níveis de suficiência estimados através do índice DRIS para café de sequeiro foram 33-36 g.kg-1 para N, 1,4- 1,8 g.kg-1 para P, 46-52 g.kg-1 para K, 11-12 g.kg-1 para Ca, 8-9 g.kg-1 para Mg, 2-3 g.kg-1 para S, 30-42 mg.kg-1 para B, 235-263 mg.kg-1 para Fe, 158-240 mg.kg-1 para Mn e 18-19 mg.kg-1 para Zn e para o café irrigado o teores foram 30,1g.kg-1 para N, 1,3 g.kg-1 para P, 22,5 g.kg-1 para K, 7,1 g.kg-1 para Ca, 2,5 g.kg-1 para Mg, 2,2 g.kg-1 para S, 28,3 mg.kg-1 para B, 131,9 mg.kg-1 para Fe, 103,9 mg.kg-1 para Mn, 9,0 mg.kg-1 para Cu e 8,2 mg.kg-1 para Zn , na camada de 0-5 cm foram: S, P, Ca e Mg e na camada de 5- 20 cm: S, Zn e K. Pode-se concluir que há uma taxa de suficiência diferenciada para o café irrigado e sequeiro e os nutrientes que mostraram maior probabilidade de resposta positiva à sua aplicação em ordem decrescente foram: S > P = Zn > K = Mg = Ca.Item Efeito da suplementação de cafeína sobre biomarcadores salivares e plasmáticos em ciclistas e praticantes de spinning durante teste incremental no cicloergômetro(Instituto de Genética e Bioquímica - Universidade Federal de Uberlândia, 2006-02-27) Costa, Karina Estela; Espíndola, Foued SalmenA saliva é constituída principalmente de água, além de conter também constituintes orgânicos e inorgânicos. O controle da secreção salivar é mediado por uma ação combinada de estímulos simpáticos e parassimpáticos, onde o sistema adrenérgico atua primariamente na secreção de proteínas e o colinérgico na regulação da secreção de eletrólitos e água. O exercício físico pode induzir alterações na concentração, atividade e composição de vários componentes salivares, tais como, proteínas, óxido nítrico, amilase e eletrólitos. O limiar anaeróbico foi definido como sendo o ponto no qual há um aumento não linear tendendo a exponencial na concentração de lactato sanguíneo. Alguns estudos mostraram uma correlação entre o limiar anaeróbico de lactato e o limiar salivar (TSA), onde aumentos na concentração de α-amilase, eletrólitos e proteínas totais ocorrem acima dos níveis basais durante o exercício. O NO é uma molécula gasosa muito reativa, que é produzida pela ação da enzima óxido nítrico sintase (NOS). Esta enzima promove a deaminação do aminoácido L-arginina produzindo L-citrulina e NO, o qual pode atuar como mediador endógeno do tônus vascular, agente da resposta imune e neurotransmissor ou neuromodulador no sistema nervoso central e periférico. Vários agentes e estímulos, como a bradicinina, acetilcolina e o atrito de cisalhamento (shear stress), são capazes de promover a liberação de NO. Eles atuam aumentando o influxo de cálcio para o interior das células endoteliais, resultando na ativação da NOS e na produção de NO. O atrito de cisalhamento, em especial, se dá pelo aumento do fluxo e da viscosidade sanguínea no vaso, e como os outros estímulos e agentes, eleva a concentração de cálcio intraendotelial promovendo a liberação de NO. Este por sua vez, se difunde então para as células endoteliais subjacentes, nas quais ativa a enzima guanilato ciclase, a qual produz GMP cíclico a partir de GTP, e desencadeia assim, o processo de vasodilatação. Técnicas histoquímicas e resultados funcionais têm sugerido que o NO possui um papel excitatório na regulação dos nervos parassimpáticos, induzindo a secreção salivar na glândula submandibular de ratos. A saliva humana contém níveis relativamente altos de óxido nítrico e sua dosagem é efetuada a partir de seus metabólitos, nitrito e nitrato. O método mais utilizado nas dosagens de NO é o de Griess, no qual a absorbância dos produtos gerados na reação do nitrito com uma amina aromática primária é mensurado e comparado com uma curva de referência. A cafeína é uma substância ergogênica popular entre os atletas, e a sua ingestão como suplemento é realizada com o propósito de aumentar a “performance” física. Uma das hipóteses para esse aumento na performance, causada pela ingestão de cafeína, é que ela atua na mobilização de ácidos graxos livres, e economiza assim, o glicogênio usado por músculos ativos. Outra hipótese seria a inibição dos receptores de adenosina a partir da similaridade com a molécula de adenosina. Entretanto, não se sabe ao certo o mecanismo preciso de atuação da cafeína na melhoraria do desempenho físico. Os benefícios ergogênicos da cafeína podem ser influenciados pela dose, intensidade, tipo de exercício, uso prévio de cafeína, status de treinamento e variação da resposta individual a suplementação. O pico plasmático da concentração da cafeína é de aproximadamente 1 hora.Nosso estudo verificou o efeito da ingestão aguda de cafeína (5mg/kg), uma hora antes de um teste incremental no cicloergômetro, até exaustão voluntária. Observamos que essa substância melhorou o desempenho físico, atuando como ergogênico, aumentou as concentrações de proteínas totais e óxido nítrico na saliva, e não alterou as concentrações de lactato sanguíneo.Item Épocas de aplicação do Espiromesifeno no controle de Brevipalpus Phoenicis (Geijskes) (Acari: tenuipalpidae) em cafeeiro(Instituto de Ciências Agrárias - Universidade Federal de Uberlândia, 2013-09-27) Costa, Thaís Ribeiro da; Melo, Benjamim deDos fatores que afetam a produção do cafeeiro, os danos causados pelo ácaro Brevipalpus phoenicis (GEIJSKES) são de significativa expressividade econômica, cuja importância nessa cultura se dá por esse ácaro ser o vetor do vírus da mancha anular, responsável pela queda de folhas e redução na qualidade do café. A época recomendada para o controle químico deste ácaro é após a colheita, quando o dano à produção já ocorreu, pois o pico populacional desta praga se dá antes deste período. O inseticida-acaricida espiromesifeno atua inibindo a síntese de lipídeos e tem efeito ovicida sobre B. phoenicis, demonstrando eficácia no controle deste ácaro em curto prazo após a aplicação, porém mostra ser promissor no controle por longo período, isso devido ao seu efeito residual na fecundidade do ácaro. Desta forma, visando manter o ácaro B. phoenicis em baixas populações, por meio da antecipação da época de aplicação dos produtos químicos, foram realizados dois experimentos na estação experimental da Bayer CropScience, fazenda São Jorge, em Araguari-MG, no período de outubro de 2011 a outubro de 2012. O primeiro teve como objetivo avaliar o produto espiromesifeno, em três doses, no controle do ácaro após a colheita, tendo como padrão os produtos espirodiclofeno e abamectina. No segundo, foi testada a eficácia de três doses de espiromesifeno para aplicação em três épocas antes da colheita, visando impedir o pico populacional do ácaro na cultura bem como avaliar a antecipação da aplicação do controle químico. Os experimentos foram conduzidos em talhões diferentes, dos quais, para as avaliações dos testes, se fez a contagem do número de ácaros em ramos e frutos de café retirados do terço médio e inferior da planta. Em ambos os experimentos foi observada a eficácia dos produtos a curto e longo prazo. Até 30 dias após a aplicação, o espiromesifeno desempenhou bom controle do ácaro B. phoenicis em todas as doses testadas, com melhor desempenho tanto nas de 120 g ia ha -1 quanto na de 144 g ia ha -1 em relação à abamectina e espirodiclofeno, quando avaliada a população do ácaro 232 dias após a aplicação. A antecipação da aplicação do espiromesifeno para o controle químico do ácaro B. phoenicis foi eficiente para todas as épocas testadas e doses utilizadas (96, 120 e 144 g ia ha -1 ) e impediu a formação de picos populacionais do ácaro, demonstrando, assim, que não é necessário aguardar o período de colheita para se realizar as pulverizações.Item As estratégias de internacionalização das cooperativas agropecuárias de café da região do Cerrado mineiro(Universidade Federal de Uberlândia, 2016-02-26) Moura, Erick de Freitas; Bueno, Janaína MariaO objetivo desta pesquisa foi identificar e analisar quais foram as estratégias de internacionalização adotadas pelas cooperativas agropecuárias de café da Região do Cerrado Mineiro. O paradigma de pesquisa adotado foi funcionalista, com abordagem qualitativa e, para acessar os dados, valeu-se de estudos de casos, de cinco cooperativas agropecuárias que comercializam café, filiadas à Federação dos Cafeicultores do Cerrado, que é a controladora da denominação de origem e marca Região do Cerrado Mineiro, além dos dados obtidos da própria federação. Dentre os cinco primeiros casos, dois deles são de cooperativas que se internacionalizaram, sendo que uma delas encerrou suas atividades no decorrer da pesquisa, e as outras três não se internacionalizaram. A coleta de dados foi conduzida por meio de entrevistas semiestruturadas com gestores das cooperativas internacionalizadas, não internacionalizadas e da Federação dos Cafeicultores do Cerrado e com cooperados associados às cooperativas internacionalizadas, o que resultou em 16 entrevistas, além de documentos. A técnica de análise de conteúdo serviu à análise dos dados coletados, a qual possibilitou identificar cinco categorias, constituídas por fatores impulsionadores, retardadores ou limitantes à internacionalização, ainda, por fatores híbridos, que influenciaram as estratégias de internacionalização das cooperativas agropecuárias de café da Região do Cerrado Mineiro, que são: 1) agregar valor; 2) relação com parceiros comerciais e concorrência; 3) estrutura da cooperativa; 4) fazer parte da Região do Cerrado Mineiro; 5) estar localizado no Cerrado Mineiro. Enquanto contribuição teórica, emergiram duas. A primeira é o uso conjunto das teorias de internacionalização, Teoria das Capacidades Dinâmicas e estudos sobre cooperativas agropecuárias no processo de internacionalização das cooperativas agropecuárias de café. A segunda, foi a padronização dos nomes utilizados para se referir aos tipos de cafés, são eles: a) commodities ou indiferenciados; b) diferenciados, superiores, certificados ou de segunda linha; c) especiais, finos, de primeira linha, finíssimos ou extrafinos. Em decorrência das contribuições teóricas, sobrevieram as contribuições práticas. Primeiramente, esboçou-se os passos adotados pelas cooperativas internacionalizadas ao atenderem o mercado internacional e, em sequência, apresentou-se dezenove estratégias de internacionalização específicas. Por último, a originalidade da pesquisa adveio do uso de teorias de internacionalização e da Teoria das Capacidades Dinâmicas, em conjunto, para compreender o movimento de internacionalização de cooperativas agropecuárias de café.