UNESP - Dissertações
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Item Efeito da adubação orgânica e foliar na composição química de folhas e no desenvolvimento de mudas de cafeeiro Coffea arabica L. cv. Mundo Novo(Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, 1980) Castro, Raul Olivari de; Pedroso, Paulo Afonso Claudino; Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita FilhoCom o objetivo de estudar o efeito da adubação orgânica e foliar na composição química de folhas e no desenvolvimento de mudas de cafeeiro Coffea arabica L. cv. Mundo Novo, foi instalado o presente ensaio, ern ripado localizado em área da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, "Campus" d e Jaboticaba, UNESP. O experimento constituiu de um fatorial 2x4x5, sendo os fatores representados por: solos, matéria orgânica e adubação foliar, no delineamento inteiramente casualizado e com três repetiçoes. A partir de um solo arenoso (Podzolizado de Lins e Marília, var. Marília) e um solo argiloso (Latossolo Roxo), foram constituídos substratos, com O , 2 0 0 , 300 e 400 litros de esterco de curral por m3 de solo. Quando as muclas apresentavam, em média, 3 ,4 e 5,l pares de folhas, foram pulverizadas com MAP a 1%, DAP a 1%, MAP a 1% + Uréia a 1% e DAP a 1% + Uréia a 1%. A avaliação do experimento foi feita por meio do estudo de diversas características, tais como: altura das mudas, peso de matéria seca, área foliar e composição química de folhas. Pelos resultados, foi possíve concluir que a matéria orgânica influenciou o desenvolvimento das mudas e elevou o teor de N(%) nas folhas. Não se observou, entretanto, nenhum efeito da adubação foliar no desenvolvimento das mudas.Item Efeito de bactérias endofíticas do cafeeiro no controle da ferrugem(Faculdade de Ciências Agronômicas - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2004-02) Shiomi, Humberto Franco; Bettiol, WagnerExperimentos sob condições controladas e testes de campo com bactérias endofíticas isoladas de folhas e caules de Coffea arabica e Coffea robusta, provenientes das cidades de Pedreira-SP, Mococa-SP e Pindorama-SP, foram realizados com o objetivo de avaliar a inibição da germinação de urediniosporos de Hemileia vastatrix, raça II e o controle do desenvolvimento da ferrugem alaranjada do cafeeiro, em testes em discos de folhas, folhas destacadas e em plantas da cv. Mundo Novo, pela aplicação de suspensões de bactérias endofíticas 72 e 24 horas antes e após à inoculação de H. vastatrix e concomitantemente à inoculação com o patógeno. Isolados de bactérias endofíticas testados demonstraram eficácia na inibição da germinação de urediniosporos e/ou no desenvolvimento da ferrugem, com valores acima de 50%, embora os resultados obtidos nos testes de germinação de urediniosporos tenham sido inferiores ao tratamento com o propiconazole. Nos testes em discos de folhas, folhas destacadas e em plantas de cafeeiro, os isolados endofíticos T G4-Ia, T F2-IIc, T F7-Ib e T F9-Ia, demonstraram melhor controle da ferrugem do cafeeiro. Os isolados endofíticos T G4-Ia e T F9-Ia foram identificados como Bacillus lentimorbus e Bacillus cereus, respectivamente. Os resultados indicam a ocorrência de isolados endofíticos eficientes em controlar a ferrugem alaranjada do cafeeiro. Alguns isolados de bactérias endofíticas podem aumentar a severidade da doença.Item Reprodução de Pratylenchus coffeae e P. Jaehni (nematoda: Pratylenchidae) em citros e cafeeiro(Faculdade de Ciências Agronômicas - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2004-09) Demant, Carlos Alberto Rauer; Wilcken, Silvia Renata SicilianoA presente pesquisa visou obter a taxa de reprodução de Pratylenchus coffeae (Zimmermann, 1898) e Pratylenchus jaehni Inserra,Duncan, Santos, Kaplan, Vovlas 2001 em cafeeiro e em citros a fim de encontrar nesses hospedeiros semelhanças ou diferenças entre as duas espécies de nematóides estudadas. Para isso, foram montados quatro diferentes experimentos. No primeiro experimento plantas de cafeeiro ‘Catuaí Vermelho’ e de citros ‘Limão Cravo’ foram inoculadas 100 nematóides (P. coffeae ou P. jaehni) por planta, que foram mantidas em casa de vegetação. Após 148 dias as plantas foram avaliadas utilizando como parâmetros: altura e peso seco da parte aérea, peso fresco do sistema radicular e população final do nematóide inoculado no solo e na raiz, seguindo a metodologia proposta por Jenkins (1964) e Coolen e D’Herde (1972), respectivamente. No segundo experimento plantas de cafeeiro ‘Catuaí Vermelho’ e de citros ‘Limão Cravo’ foram inoculadas 220 nematóides (P. jaehni) por planta, as quais foram mantidas em casa de vegetação. Após 136 dias as plantas foram avaliadas utilizando os mesmos parâmetros acima relacionados. No terceiro experimento sete genótipos de cafeeiro (Icatu Vermelho, Apoatã, Catuaí Vermelho, Mundo Novo, Laurentii, EP 355 e IAC 457) foram inoculadas com 500 nematóides (P. coffeae ou P. jaehni) por planta. Após 120 dias as plantas foram analisadas utilizando como parâmetros massa fresca do sistema radicular e população final do nematóide inoculado no solo e na raiz, seguindo a metodologia proposta por Jenkins (1964) e Coolen e D’Herde (1972), respectivamente. No quarto experimento, também conduzido em casa de vegetação, três genótipos de cafeeiro (Catuaí Vermelho, Icatu Vermelho e Mundo Novo) foram inoculadas com 1.000 nematóides (P. coffeae ou P. jaehni) por planta. Após 117 dias as plantas foram analisadas pelos mesmos parâmetros acima relacionados. De acordo com os resultados obtidos foi possível observar diferença na taxa de multiplicação das duas espécies de nematóides estudadas, sendo que P. coffeae apresentou alta taxa de multiplicação em cafeeiro ‘Catuaí Vermelho’ e baixa taxa de multiplicação em plantas de ‘Limão Cravo’. O inverso foi obtido para P. jaehni.Item Estudo da secagem do café cereja despolpado em diferentes tempos de fermentação(Campus de São José do Rio Preto - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2005) Paula, Luciana Teixeira de; Vieira, José Antônio GomesA cultura do café representou grande destaque no setor econômico essa posição ainda é muito expressiva por ser o maior produtor exportador. Atualmente o café produzido no Brasil vem sofrendo perdas em virtude da falta de qualidade dos grão, prejudicando a bebida final. A qualidade dos grãos está diretamente ligada a diversos fatores especialmente ao tipo de colheita, estágio de maturação e tempo de fermentação anterior à secagem. Este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito do tempo de fermentação na secagem e nas propriedades físicas do grão de café cereja despolpado. Os tempos de fermentação foram de 0, 24 e 48 horas. Utilizou-se um secador de leito fixo, com velocidade do ar de 1 e 2 m/s a temperaturas de 40, 50 e 60°C, por um período de 24 horas. Durante o processo de secagem acompanhou-se a variação da densidade real e aparente e o encolhimento do grão. Avaliou-se como parâmetro de qualidade a coloração dos grãos. O modelo que melhor representou os dados experimentais foi de Page. A velocidade de secagem foi afetada pela temperatura e a velocidade do ar teve efeito somente a 40°C. Quanto menor o tempo de fermentação maior é a velocidade de secagem , sendo que o teor final de umidade não foi afetado. As propriedades físicas do café despolpado variam com a secagem segundo uma relação linear. A cor dos grãos é afetada pela temperatura de secagem,enquanto que a velocidade do ar e o tempo de fermentação não tiveram efeito visível.Item Espaçamentos para caffeiro ( Coffea Arabica L.) com e sem irrigação em região de cerrado(Faculdade de Engenharia - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2005-07) Santos, Marcio Lustosa; Furlani Junior, EnesO presente teve por objetivo avaliar as características de crescimento vegetativo e produtividade dos cafeeiros sob diferentes espaçamentos entre linhas com e sem irrigação em áreas de Cerrado, na região de Selvíria - MS. O trabalho foi instalado na área experimental da Fazenda de Ensino e Pesquisa da FE/UNESP, Campus de Ilha Solteira, localizada no município de Selvíria-MS (20o22’S e 51o22’W). Os tratamentos utilizados no experimento foram os espaçamentos de 4,00, 3,50, 2,00 e 1,75 m com as plantas de café cv. Mundo Novo, espaçadas entre si de 0,75 m. Com estes espaçamentos obtiveram-se, respectivamente, as populações de 3.333, 3.809, 6.666 e 7.618 plantas ha -1 , com e sem a utilização da irrigação. O delineamento experimental utilizado foi blocos ao acaso com 4 repetições, num esquema fatorial 2x4, onde o primeiro fator foi a irrigação e no segundo o espaçamento entre linhas. A irrigação foi feita por meio do sistema de gotejamento, com vazão de 2 L hora -1 . Na avaliação das plantas foram consideradas as variáveis de produção e de desenvolvimento vegetativo, como: produtividade de grãos beneficiados, rendimento de grãos, massa de 100 grãos, altura de plantas, diâmetro de caule, número de pares de ramos plagiotrópicos totais por planta, comprimento de ramos plagiotrópicos e distância entre plantas (correspondente ao espaço livre entre linhas). A produtividade do cafeeiro foi incrementada com o aumento da população de plantas, até 6.666 plantas ha -1 , correspondente ao espaçamento de 2,00 x 0,75 m. Para a população superior a 6.666 plantas ha -1 , houve decréscimo na produtividade. O adensamento das lavouras de café não interfere no desenvolvimento vegetativo do cafeeiro na fase de produção, até cinco anos após o plantio. A irrigação contribui para o aumento da produtividade do cafeeiro, além de promover um maior desenvolvimento vegetativo sob irrigação.Item Adubação mineral, esterco de curral e lodo de esgoto no desenvolvimento inicial do cafeeiro(Faculdade de Ciências Agronômicas - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2006-01-27) Mobricci, Cassiano Augusto de Nadai; Grassi Filho, HélioO lodo de esgoto (LE) é um resíduo do tratamento das águas servidas, sejam domésticas, industriais ou agroindustriais, contendo níveis de matéria orgânica, macro e micronutrientes fundamentais para a fertilidade do solo. O presente trabalho teve como objetivo estudar o comportamento de plantas de café, comparando a utilização de lodo de esgoto, esterco de curral curtido (EC) e adubação mineral, avaliando-se o desenvolvimento das plantas, alterações na fertilidade do solo e o estado nutricional das plantas, bem como o acúmulo de metais pesados que pudessem atingir concentrações fitotóxicas para o solo e às plantas manejadas com as diferentes doses de lodo de esgoto. O experimento foi instalado em vasos de 20 litros preenchidos com LATOSSOLO VERMELHO. Foi utilizado o cultivar de café Tupi, linhagem IAC 1669-33 como planta indicadora. Constituiu de nove tratamentos e oito repetições, totalizando 72 plantas. Foram avaliados a cada dois meses os parâmetros de altura das plantas e diâmetro da copa. Depois de 12 meses foi avaliada a composição química das folhas fisiologicamente maduras, visando determinar N, P, Ca, Mg, S, Cu, Fe, Mn e Zn e Mo e os metais pesados As, Cd, Cr, Hg, Pb, Ni e Se. No mesmo período foram retiradas amostras de solo das parcelas, onde quatro amostras simples foram homogeneizadas, secas ao ar e peneiradas para posteriormente ser retirada uma amostragem composta para se determinar os nutrientes. As médias das características foram avaliadas pelo quadro de análise de variância (ANAVA) e regressão linear múltipla e comparadas pelo Teste de Tukey a um nível de 5% de significância. Os resultados comprovam a eficiência do lodo de esgoto no fornecimento de nutrientes às plantas de café, principalmente, N, P, Ca, Mg, Mo, Cu, Zn e na redução da acidez ativa e potencial dos solos. A elevação do pH e o aumento dos teores de 2 matéria orgânica proporcionado pelos tratamentos com LE e EC contribuíram para a menor mobilidade dos metais pesados no solo e nas folhas, não atingindo níveis considerados críticos para o meio ambiente ou para as plantas de café.Item Isolamento e caracterização de um gene que codifica uma isoflavona redutase like de café (Coffea arábica L.) e análise de sua região promotora(Institudo de Biociências - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2008) Severino, Fábio Eduardo; Maia, Ivan de GodoySendo o café (Coffea arabica) um dos mais importantes produtos agrícolas do mundo, o segmento cafeeiro é de grande relevância para o Brasil, que é o seu maior produtor mundial. Doenças e pragas reduzem consideravelmente a produtividade da cultura e conseqüentemente, as margens de lucro. Nesse contexto, a disponibilidade de promotores tecido-específicos, responsáveis pela regulação de genes responsivos a estresses bióticos e abióticos, constitui uma ferramenta fundamental para os programas de melhoramento genético do café visando o incremento de resistência. Pensando nisso, o presente trabalho teve como objetivo realizar a caracterização de um gene que codifica uma Isoflavona Redutase-Like em café (CaIRL), cuja expressão é específica em folha e induzida por estresses, bem como do seu promotor. Para tal, um cDNA cobrindo toda a região codificadora do gene CaIRL foi obtido por 3’RACE e sua seqüência determinada. Uma análise filogenética foi empreendida e mostrou que a CaIRL representa uma nova redutase específica de café. A quantificação da expressão desse gene em folhas de café, via PCR em tempo real, revelou que mesmo é rápida e fortemente induzido pelo fungo da ferrugem alaranjada do cafeeiro (Hemileia vastatrix) e por danos mecânicos realizados no limbo foliar. Uma análise de deleção do promotor CaIRL em plantas de tabaco (Nicotiana tabacum) transgênicas demonstrou que a versão integral desse promotor (0.9 kb) é capaz de garantir uma expressão basal do gene repórter, sendo a mesma induzida por estresse mecânico. Por outro lado, uma expressão bastante reduzida do gene repórter, e não mais induzida por estresse mecânico, foi observada nas plantas transformadas com a versão menor do promotor (0.4 kb). A atividade do promotor CaIRL foi portanto bastante afetada pela deleção efetuada, e uma possível explicação para esse fato está na ausência de elementos cis- regulatórios do tipo W-box na versão menor.Item Controle do acáro da mancha-anular em funcão da cobertura proporcionada pela calda acaricida aplicada com dois ramais e quatro volumes de pulverização(Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2008-05) Fernandes, Ana Paula; Ferreira, Marcelo da CostaA cultura do café (Coffea arabica L.) é de grande importância para a economia do Brasil que é o maior produtor mundial de café, exportando 1,44 milhão de tonelada por ano. Dentre as pragas de importância na cultura está o ácaro Brevipalpus phoencicis, relatado em cafeeiros desde a década de 1950, sendo relacionado posteriormente com a doença mancha-anular, como vetor do vírus. Esta praga, devido à sua biologia e comportamento na planta, não é atingida facilmente pelas pulverizações, exigindo estudos e critérios na tecnologia de aplicação empregada. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a mortalidade de B. phoenicis em função da cobertura proporcionada pela calda aplicada em plantas de café, com dois tipos de ramais utilizados em pulverizadores de jato transportado e quatro volumes de aplicação. O experimento foi realizado em área de plantio comercial do café, no município de AItinópoIis-SP, onde foram avaliados os efeitos do acaricida no controle do ácaro. Foi realizada uma aplicação com pulverizadores montados no terceiro ponto do trator, equipados com dois diferentes ramais de bicos, utiIizando pontas de cerâmica da série JA. Os tratamentos utilizados foram a aplicação do acaricida abamectina, nos volumes de 250, 400, 550 e 700 L/ha, com dois ramais de bicos, totalizando 36 parcelas experimentais. Foram avaliadas a mortalidade do ácaro, a deposição e a cobertura da calda nas plantas de café. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados, com oito tratamentos mais uma testemunha e quatro repetições. A análise estatística foi feita no esquema fatorial 2x4+1 (2 ramais de bicos, 4 volumes de aplicação e uma testemunha). Verificou-se que não houve diferença significativa na análise estatística para o número de ácaros encontrados. Para os resultados de deposição, observa-se um aumento da deposição em função do volume de aplicação e a parte alta das plantas foi a que mais houve deposição da calda. A média de eficiência para o ramal duplicado foi maior (70%) que a do ramal convencional (50%). Conclui-se que a eficiência de controle é maior com a duplicação do ramal de bicos do pulverizador e o controle independe do volume de aplicação entre os limites avaliados neste trabalho.Item Parasitóides (HYM., Eulophidae) de bicho-mineiro Leucoptera coffeella (Guérin-Mèneville) (Lep., Lyonetiidae)(Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2009) Miranda, Natalia Furlan; Martinelli, Nilza MariaOs Entedoninae (Eulophidae) são endoparasitóides primários ou secundários, solitários ou gregários de larvas que se desenvolvem em ambientes abrigados; menos comumente atacam ovos ou pupas. Pouco se conhece sobre a fauna neotropical destes insetos. As amostragens dos entedoníneos em lavoura de café em Cravinhos, SP, ocorreram entre maio de 2005 e abril de 2007 através de coletas semanais com armadilhas de Möricke e luminosa modelo Jermy e entre setembro de 2007 e agosto de 2008, através de coleta quinzenal de folhas minadas. Nos dois anos de amostragens as maiores freqüências de entedoníneos ocorreram em outubro, após o pico populacional do bicho-mineiro e a floração do cafeeiro; os picos populacionais de larvas vivas do bicho-mineiro ocorreram em setembro e outubro de 2005 e em junho e julho de 2006. Foram reconhecidos doze gêneros de entedoníneos: Closterocerus (486 espécimes), Proacrias (451), Horismenus (103), Ionympha (76) – pela primeira vez relatada para o Brasil -, Chrysocharis (29), Emersonella (20), Ceranisus (17), Neochrysocharis (15), Neopomphale (14), Omphale (6), Chrysonotomyia (5) e Pediobius (1). Foram identificadas três espécies de Chrysocharis, uma de Chrysonotomyia, duas de Emersonella, uma de Neopomphale e uma de Omphale. São relatadas as associações entre Proacrias, Closterocerus, Ionympha e Horismenus cupreus com o bicho-mineiro. É descrita uma nova espécie de Galeopsomyia (Eulophidae, Tetrastichinae), parasitóide do bicho-mineiro.Item Relação solo relevo em áreas sob cultivo de café no sudoeste de Minas(Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2009-09) Sanchez, Maria Gabriela Baracat; Marques Júnior, JoséOs atributos físicos, químicos e de produção apresentam dependência espacial, e a distribuição dos mesmos é dependente do relevo. O mapeamento da distribuição espacial dos atributos físicos, químicos e de produtividade permite identificar zonas de manejo específico da cultura do café. O objetivo deste trabalho foi avaliar a variabilidade espacial dos atributos físicos, identificando e mapeando zona de manejo específico, para predizer a produtividade do café, com base nos atributos físicos e químicos do solo. O solo da área de estudo foi classificado como Latossolo Vermelho-Amarelo. A área produziu, exclusivamente, café nos últimos 18 anos e, atualmente, está plantada a variedade Coffea arabica (Catuaí), com espaçamento de 4,0 x 0,75 m. Na área escolhida, com representatividade fisiográfica regional, estabeleceu-se uma malha, com intervalos regulares de 50 m, perfazendo um total de 145 pontos nos 31,7 hectares. Em cada ponto do cruzamento desta malha, foram retiradas amostras de solo, nas profundidades de 0,0 - 0,20 m e 0,20 – 0,40 m, para a avaliação dos atributos físicos, granulométricos e químicos do solo. Uma unidade amostral composta por nove plantas foi construída em cada ponto amostral para a coleta dos atributos qualitativos e quantitativos do rendimento da cultura (produção, porcentagens de grãos nas peneiras 16; 17; 18 e do tipo de bebida). A área de estudo foi intensamente amostrada para a avaliação da espessura do solun, realizando tradagens profundas por meio das quais se estabeleceu o limite de 1,6 m para presença de cascalho, o que permitiu a divisão da área em dois compartimentos. Efetuou-se a análise estatística, geoestatística e multivariada para a análise dos dados. Todos os atributos físicos estudados, nas duas profundidades, apresentaram dependência espacial. Pequenas variações nas formas do relevo condicionaram variabilidade diferenciada desses atributos. Por meio de resultados da análise multivariada, o estudo da variância dos atributos do solo pôde ser resumido no estudo de somente alguns atributos, como teor de argila e teor de ferro. Nos locais da paisagem com maiores teores de argila e ferro, foram encontrados os grãos de maior qualidade de bebida e produção. No entanto, somente com base nos teores de argila e ferro do solo foi possível estimar 18,6% da porcentagem de grãos correspondentes à peneira 18. Assim, os atributos teor de argila e teor de ferro no solo podem ser utilizados como indicadores ambientais, auxiliando na identificação de zonas de manejo específico e predição de atributos do café.Item Utilização de água residuária do processo pós-colheita do café na produção de mudas de cafeeiro(Faculdade de Ciências Agronômicas - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2009-11-13) Melo, Augusto Cezar de Paula e; Sousa, Antônio de PáduaCom o intuito de alcançar maiores produtividades de café, cafeicultores começaram, a partir da década de 80, a fazer uso do processamento pós-colheita de café, a fim de garantirem uma qualidade superior de seu produto. Porém, com o processamento, houve o surgimento de outro problema a água residuária de café (ARC) que passou a contaminar rios, ribeirões, solos, lençol freático, etc. Este trabalho teve como objetivo utilizar a ARC na produção de mudas de café verificando sua viabilidade e a capacidade de a ARC em suprir as necessidades das mudas com relação ao potássio, quando estas não recebem cloreto de potássio no solo utilizado. O trabalho foi desenvolvido na Faculdade de Ciências Agronômicas – UNESP, Botucatu – SP em uma casa de vegetação localizada no Departamento de Engenharia Rural, consistiu de 10 tratamentos em um fatorial 5x2 (5 proporções de água residuária de processamento pós-colheita do café – 0%, 25%, 50%, 75% e 100% - e presença ou ausência de cloreto de potássio no solo utilizado), com 4 repetições dispostos em delineamento inteiramente casualizados. A ARC foi aplicada a cada 48 horas com uma lâmina de 10 mm. Após 6 meses, foram avaliadas características vegetativas das plantas e características químicas do solo e das plantas. Constatou-se que os tratamentos com a presença de cloreto de potássio foram estatisticamente inferiores aos tratamentos que não apresentavam KCl em seu solo quanto às características vegetativas. Com o aumento das proporções de água residuária, houve um decréscimo nas características vegetativas, porém um acréscimo nas características químicas do solo. Além disso, os tratamentos sem a presença de KCl e com 0% e 25% de água residuária de café foram estatisticamente iguais, mostrando a viabilidade no uso da ARC na produção de mudas de café, desde que o solo não contenha KCl e que a água utilizada seja uma mistura de 25% de ARC com 75% de água comum.Item Modulação contexto-específica dos efeitos comportamentais e neuroquímicos decorrentes da cafeína(Universidade de São Carlos - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2010) Zancheta, Roberta; Planeta, Cleopatra da SilvaA cafeína é a substância psicoativa mais consumida no mundo. A administração repetida de psicostimulantes pode aumentar ou diminuir o efeito da substância, induzindo sensibilização ou tolerância, respectivamente, dependendo do procedimento de administração. Além da dose e do regime de administração, o ambiente onde a substância é administrada parece modular as mudanças comportamentais que ocorrem após administração repetida. O objetivo do presente estudo foi analisar a influência do contexto ambiental nas respostas comportamentais induzidas pela cafeína após administração repetida dessa substância. Também foi investigado se as alterações comportamentais estavam relacionadas a mudanças nas concentrações teciduais de dopamina e seus metabólitos no córtex pré-frontal medial, núcleo accumbens e caudado putamen. Para tanto, administramos cafeína (15mg/kg) ou salina (1mL/kg) a ratos adultos em dias alternados durante 13 dias (uma injeção a cada 48 horas; 7 administrações no total), o tratamento repetido com cafeína foi realizado de duas formas: 1) pareado ao ambiente onde foi realizado o teste locomotor; 2) não pareado ao ambiente onde foi realizado o teste locomotor. Três dias após a última injeção de cafeína ou salina foi realizado o teste comportamental dos animais. Imediatamente após o registro do comportamento os animais foram decapitados e seus encéfalos foram removidos para determinação das concentrações de dopamina e seus metabólitos por cromatografia líquida de alta resolução. Nossos resultados mostraram que a administração repetida de cafeína induziu sensibilização psicomotora quando as injeções foram pareadas ao ambiente onde foi realizado o teste locomotor dos animais, enquanto tolerância foi observada quando os animais receberam cafeína repetidamente em um ambiente distinto daquele onde o teste locomotor dos animais foi realizado. Alterações dopaminérgicas foram detectadas no córtex pré-frontal medial, caudado putamen e núcleo acumbens em resposta ao tratamento repetido e a injeção aguda de cafeína. Os resultados do presente estudo demonstraram que a administração repetida de cafeína induz comportamentos adaptativos opostos dependendo do contexto ambiental de tratamento. Alterações comportamentais não se relacionam às neuroquímicas.Item Análise da expressão dos genes envolvidos na via de síntese de cafeína em plantas de café (Coffea arabica) apresentando diferentes teores de cafeína(Instituto de Biociências - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2010) Tavares, Aline Gomes; Maia, Ivan de GodoyA cafeína é um alcalóide do grupo das metilxantinas. Em café, sua síntese depende da ação de três enzimas: Metilxanthosina sintase (MS), Teobromina sintase (TS) e Cafeina sintase (CS). A crença de que o consumo de cafeína pode trazer problemas à saúde como também a sensibilidade aos efeitos da cafeína, em alguns consumidores, determinou um crescimento do mercado dos cafés descafeinados em pelo menos 10%. O processo de descafeinização hoje é baseado no uso de solventes, que acarreta em significante perda de compostos essenciais ao sabor e qualidade de bebida. Recentemente, foram descobertas três plantas de Coffea arabica naturalmente descafeinadas no banco de germoplasma do Instituto Agronômico de Campinas (IAC). Estas plantas foram nomeadas AC. Análises bioquímicas nas folhas de AC1 mostraram que esta planta acumula teobromina, percussor da cafeína, não sendo detectada atividade da cafeína sintase. Maluf em 2009 descreveu, a existência de transcritos extras em todas as fases de desenvolvimento de frutos de AC1. Estes transcritos também estão presentes nos estágios verde-cana e cereja de frutos do cultivar mundo novo. Esses resultados obtidos sugerem que o transcrito extra está relacionado ao mecanismo de não produção de cafeína em frutos maduros. Tais resultados representam a possibilidade do desenvolvimento de um cultivar naturalmente descafeinado, e estratégias de melhoramento vêm sendo utilizadas para a transferência desta característica para outros cultivares. O presente trabalho caracterizou as plantas com baixos teores de cafeína através de análises genéticas e moleculares. Através da analise da regulação da expressão do gene caffeine sinthase (CCS), em folhas de café com teores normais e baixos de cafeína. As quantifcação dos níveis de expressão, analisados via PCR quantitativo em tempo real revelaram baixa expressão do gene em folhas dos mutantes naturalmente descafeinados Ac1, Ac2 e Ac3 quando comparados aos nives expressos pela cultivar Mundo Novo e do Etiópia 04, planta da mesma cultivar que os mutantes ACs. As análises da expressão do gene revelaram ainda um baixo acumulo dos transcritos do mutante abramulosa, comparando-se ao acumulo no cultivar mundo novo, já o mutante semperflorens apresentou acumulo normal do transcrito. A expressão do gene da cafeína sintase foi também analisado durante o desenvolvimento de folhas jovens e senescentes, através RT-PCR semi-quantitativo. Foi observada a presença do transcrito extra somente nas fases de senescência das folhas, estes resultados corroboram com os resultados decritos que relacionam a presença do transcrito com a não produção da cafeina. A fim de compreender a regulação do gene da cafeína sintase e do transcrito extra, um cDNA cobrindo toda a região codificadora, 5 ́ e 3 ́ foi obtido através da técnica RACE, determinando sua sequência.Item Efeitos comportamantais e neuroquímicos agudos da cafeína em ratos adolecentes e adultos(Universidade Federal de São Carlos - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2010) Possi, Ana Paula Marques; Planeta, Cleopatra da SilvaA cafeína é provavelmente a substância psicoativa mais consumida no mundo. Essa substância está presente em alimentos, bebidas e medicamentos, sendo esses comercializados para indivíduos de todas as idades. Apesar disto, os efeitos da cafeína sobre os adolescentes são pouco compreendidos. Assim, o objetivo do presente estudo foi investigar os efeitos psicomotores e neuroquímicos da cafeína em ratos adolescentes e adultos. Para tanto, ratos Wistar adolescentes (dia pós- natal 37 - 40) ou adultos (dia pós-natal 70 - 74) tiveram sua atividade locomotora registrada após injeção intraperitoneal (i.p.) de salina ou cafeína (3, 10, 30, 60 ou 120 mg/kg). Em outro experimento ratos adolescentes e adultos receberam injeção i.p. de salina ou cafeína nas doses de 30 ou 100 mg/kg e as concentrações de dopamina, serotonina e seus metabólitos foram determinadas no córtex pré-frontal medial (CPFm), núcleo acumbens (NAc), caudado putamem (CPu) e área tegmental ventral (ATV) por cromatrografia líquida de alta resolução acoplada a detector eletroquímico. Nossos resultados demonstraram que a cafeína nas doses de 10 e 30 mg/kg induziram estimulação da atividade locomotora em ambos as idades, enquanto as doses mais elevadas (60 e 120 mg/kg) somente estimulou a atividade locomotora nos animais adolescentes. A injeção aguda de cafeína na dose de 30 e 100 mg/kg aumentou as concentrações de dopamina no CPu e na ATV em ratos adolescentes, mas não em adultos, e no NAc em ambas as idades. Além disso, cafeína causou aumento das concentrações de serotonina no CPFm em ratos adultos, mas não em adolescentes; e na ATV em ambas as idades. Portanto, em ratos adolescentes a cafeína causa estimulação em uma faixa de doses mais ampla que nos adultos. A alteração causada pela cafeína sobre o sistema dopaminérgico é mais evidente em ratos adolescentes do que adultos, enquanto sobre o sistema serotoninérgico é mais evidente em ratos adultos.Item Produção de café orgânico na região sul de Minas Gerais: eficiência econômica e energética(Faculdade de Ciências Agronômicas - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2011-08) Turco, Patrícia Helena Nogueira; Esperancini, Maura Seiko TsutsuiA cafeicultura passou por profunda reestruturação nas últimas décadas, com mudanças significativas nas práticas de condução da lavoura. Em função dessas mudanças surgem sistemas de produção inovadores que buscam o aumento da competitividade pela melhoria da qualidade, redução de custos e intensificação da mecanização. Como estes fatores envolvem investimentos e alterações nas práticas tradicionais utilizadas, é natural que existam questões quanto à eficiência técnica e econômica, quando consideradas as características peculiares de uma dada região produtora. Dentre os sistemas existentes na cafeicultura, a produção orgânica é uma alternativa que busca a competitividade, diretamente ligada à integração dos sistemas de produção, minimizando gastos com insumos pelo aproveitamento de resíduos mediante práticas de reciclagem dos nutrientes e de matéria orgânica. O cultivo de café orgânico pode proporcionar maiores rendas ao adequar exigências de produção às características requisitadas por determinados nichos de mercados. O objetivo deste estudo foi estimar a eficiência (econômica e energética) de sistemas de produção de café orgânico, fazendo uso dos custos de produção e da renda bruta, respectivamente, como input e output econômico, a conversão dos insumos utilizados em unidades de energia, bem como a produção de café orgânico em grão beneficiado, respectivamente, como input e output energético. Para o desenvolvimento do estudo, foi delineado um sistema de produção a partir de levantamento de dados, informados por uma amostra de produtores em diferentes estágios de produção, que propiciaram a elaboração de uma matriz de coeficientes técnicos médios. A amostragem adotada nesta pesquisa foi intencional e não probabilística procurando-se selecionar propriedades nas quais a cultura de café é a principal fonte de renda. Foram entrevistados nove produtores em três municípios da Região Sul de Minas Gerais, que fazem sistematicamente anotações dos custos da cultura. Os resultados obtidos apontaram que a Receita Bruta Anal Equivalente e Custo Anual Equivalente foram R$4.926,95.ha -1 e R$4.084,09.ha -1 , respectivamente. Estes resultados indicam que se as receitas ocorressem igualmente em todos os anos, os produtores obteriam R$4.926,95.ha -1 e, do mesmo modo, se os custos fossem distribuídos ao longo do tempo de duração da cultura, os produtores teriam um dispêndio de R$4.084,09.ha -1 . Aplicando as estimativas obtidas à equação da eficiência econômica obteve-se o resultado de 1,21 indicando que a receita bruta supera os custos operacionais em 21%, indicando um sistema economicamente eficiente. Na análise energética, os resultados obtidos permitiram concluir que os sistemas apresentam balanços energéticos positivos, com uma produção energética de 637.697,MJ.ha -1 sendo que a energia utilizada para produção de café orgânico correspondeu a 112.998,MJ.ha -1 para os 20 anos considerados da cultura, indicando que o sistema foi eficiente energeticamente. Os maiores dispêndios energéticos, nas fases de implantação e condução da cultura, foram os de fonte biológica. Na fase de produção, a energia direta de fonte fóssil foi superior às demais.Item Amostragem de folhas em cafeeiro para fins de diagnose do estado nutricional(Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2012) Cintra, Antonio Carlos De Oliveira; Natale, WilliamO café é um dos principais produtos na pauta das exportações agrícolas, constituindo-se numa das mais importantes fontes de divisas para a economia brasileira. Além disso, a cafeicultura tem importante papel social no país, empregando considerável volume de mão-de-obra, devido à exigência da cultura em relação aos tratos culturais. A análise foliar é uma importante ferramenta para auxiliar no aumento de produtividade das culturas perenes em geral e, particularmente para o cafeeiro, sendo imprescindível conhecer o tamanho ideal da amostra de folhas a ser coletada, a fim de otimizar a mão-de-obra e diminuir os erros inerentes aos critérios de diagnose do estado nutricional. Neste sentido, este trabalho teve como objetivo determinar em lavouras comerciais de café com idades entre 8 e 12 anos, instaladas em Latossolo Vermelho Distrófico, submetidas a dois regimes hídricos, o tamanho de amostras foliares e a variação do erro amostral para a diagnose do estado nutricional da cultura. Foi utilizado o delineamento experimental inteiramente casualizado, composto por quatro tratamentos que constaram da amostragem de folhas em 5, 10, 20 e 40 plantas de cafeeiro e cinco repetições, no sistema de sequeiro e irrigado. Concluiu-se que para a determinação de macronutrientes, a amostragem de folhas em 10 e 20 plantas por unidade amostral nos sistemas irrigado e sequeiro respectivamente, são suficientes para manter o erro amostral menor que 10%. Para realizar as determinações químicas de macro e micronutrientes, 20 plantas são suficientes para manter o erro na estimativa da média amostral menor que 10% no sistema irrigado e sequeiro, exceto para o Cu e Mn que necessitam de amostragem superior a 40 plantas no sistema de sequeiro.Item Avaliação da liberação de potássio por resíduos do benefício de café(Faculdade de Ciências Agronômicas - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2012-05-04) Zoca, Samuel Menegatti; Rosolem, Ciro AntonioO Brasil é o maior produtor mundial de café, com uma produção estimada em 43,5 milhões de sacas beneficiadas na safra 2011, uma vez que, o processamento do café gera grandes quantidades de resíduos sólidos, e também, esses resíduos podem proporcionar problemas ambientais, torna-se de grande importância o estudo de alternativas de utilização desses materiais, sendo assim, objetivou-se nesse experimento caracterizar cinco tipos de resíduos do benefício de café e avaliar seu valor como fertilizante potássico, estudando a liberação do nutriente. O experimento foi realizado em colunas com solo, em casa de vegetação, na Faculdade de Ciências Agronômicas Botucatu (SP). Foi utilizada a camada superficial (0-20 cm) de um Latossolo Vermelho distroférrico de textura média. Os materiais estudados foram cinco tipos de resíduos do benefício de café, sendo eles, a casca do café cereja despolpado, casca do café “boia” separado no lavador, casca do café “natural” seco em coco sem passagem pelo lavador, casca de café um ano compostada e casca de café enriquecida e compostada por três anos. Os resíduos foram aplicadas sobre o solo das colunas em quatro doses baseadas no teor total de potássio de cada material com testemunhas sem e com aplicação de fertilizante potássico mineral em quantidade equivalente à 300 kg ha -1 de K2O. O experimento foi conduzido pelo período de 10 meses. A água percolada foi coletada semanalmente e foram analisados pH, condutividade elétrica e K. Ao término do ensaio foram coletadas amostras de solo e analisados os teores de K nas diferentes profundidades do solo das colunas. Paralelamente ao ensaio foram confeccionados sacos de nylon para avaliar as alterações dos cinco tipos de resíduos do benefício de café utilizando o método do litterbag. Foram realizadas amostragens dos sacos com resíduos, aos 15, 30, 45, 90, 150, 210 e 300 dias e analisado potássio total, potássio solúvel em água, carbono e nitrogênio total, fenóis totais, pH, condutividade elétrica, celulose, hemicelulose e lignina. Diferentes preparos dos resíduos do benefício de café resulta em características distintas em relação aos teores de potássio, nitrogênio, carbono, celulose, hemicelulose, lignina, fenóis totais, pH e condutividade elétrica. A liberação de K é alta (acima de 90%), mas independe da constituição ou tipo de resíduo do benefício de café que, assim, poderiam ser utilizados como substituto do fertilizante mineral. A aplicação de K na forma de resíduos do benefício de café não evita perdas por lixiviação. O resíduo enriquecido e compostado com gesso, a casca do café cereja e a casca do café natural seco em coco proporcionam lixiviação maior que aquela observada com aplicação de fertilizante potássico mineral.Item Qualidade da colheita mecanizada de café em plantio circular sob pivô central(Faculdade de Ciências e Veterinárias - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2012-07-23) Cassia, Marcelo Tufaile; Silva, Rouverson Pereira daO emprego de novas ferramentas de gestão tem auxiliado os sistemas de produção na otimização do emprego de recursos e serviços. Dessa forma, o presente trabalho realizado em Patos de Minas, MG, teve por objetivo avaliar sob a ótica do controle estatístico de qualidade (CEQ), a operação de colheita mecanizada da cultura do cafeeiro, conduzida sob pivô central, em quatro alinhamentos de plantio e duas frequências de vibração das hastes, nas safras 2009/10 e 2010/11. Para as condições da região e da cultura, os alinhamentos de plantio alteraram os índices de colheita na safra de baixa produção e a maturação dos frutos produzidos na safra de alta produção. O controle estatístico permitiu caracterizar a colheita mecanizada como próxima a alcançar a qualidade operacional, e que a frequência de vibração das hastes tem resultado variável de acordo com as condições de exposição solar, o que demanda a regulagem dinâmica da colhedora ao longo da operação. Para a melhor condição de exposição solar das plantas (E-W), a produção e maturação dos frutos se mostraram mais estáveis, porém a qualidade da colheita mecanizada foi deficiente, demandando estudos com novas regulagens. Nas demais condições, os melhores resultados foram obtidos com a frequência de 12,5 Hz nas zonas localizadas próximas aos eixos SE-NW e N-S, e de 15,8 Hz na zona do eixo NE-SW, para a safra de menor produção Na safra de alta produção o aumento na frequência vibração melhorou a qualidade da colheita em todas as condições de exposição solar, sendo que estes fatores não influenciaram nos danos causados à cultura.Item Manejo da irrigação por gotejamento na cultura do café arábica(Faculdade de Ciências Agronômicas - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2012-07-30) Sampaio Neto, Givaldo Dantas; Cruz, Raimundo LeiteA cafeicultura irrigada vem crescendo nos últimos anos no Brasil devido aos bons resultados apresentados em várias regiões do país, porém um dos grandes problemas de se utilizar a irrigação na cultura do café tem sido o manejo, pois são poucas as informações em relação a esse assunto. Objetivou-se com este trabalho avaliar o desenvolvimento vegetativo e as características fisiológicas do cafeeiro irrigado com diferentes lâminas de água, calculadas em função da evaporação de água do Tanque Classe A, durante as fases de expansão e granação dos frutos que são as, mas críticas da cultura em relação ao déficit hídrico. O experimento foi conduzido no período de novembro de 2011 até março de 2012, na Fazenda Nova América situada no município de Botucatu-SP, localizada nas coordenadas geográficas 22°56’ S e 48°21’W, altitude de 663m, em um cafezal da cultivar Obatã IAC 1669-20 com oito anos de idade. O experimento foi composto por seis tratamentos onde T1 foi a testemunha sem irrigação, as demais lâminas de água aplicadas foram correspondentes a 60% (T2), 80% (T3), 100% (T4), 120% (T5), 140% (T6) da evapotranspiração da cultura (Etc) calculada conforme a evaporação de água do Tanque Classe A. O crescimento de ramos e números de par de folhas, foram superiores nos tratamentos T5 e T6. O número de entrenós do T5 foi superior em relação aos demais tratamentos. As variáveis correspondentes à condutância estomática (g s ) e temperatura foliar (T f ) não apresentaram diferenciação entre os tratamentos. Porém, os valores médios da assimilação líquida de carbono (A) dos tratamentos irrigados, apresentaram valores maiores em relação à testemunha sem irrigação.Item Fontes e doses de potássio na cultura do café (Coffea arabica L.)(Faculdade de Ciências Agronomicas - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2012-07-30) Mancuso, Mauricio Antonio Cuzato; Soratto, Rogério PeresO Brasil é o maior produtor mundial de café, sendo esse um dos mais importantes produtos agrícolas de exportação, gerando riquezas e divisas ao País. Com isso, a produção de plantas bem nutridas, através da utilização de fertilizantes, torna- se cada vez mais importante. O Brasil é um dos maiores importadores mundiais de fertilizantes e o 4o maior consumidor dos mesmos. Só de KCl, em 2009, o Brasil consumiu cerca de 3,2 milhões de toneladas. Isso se deve a fatores como a extensa área cultivada, refletindo na dimensão da produção agrícola brasileira, as características dos seus solos muito pobres quanto aos macronutrientes K e P e a insuficiente produção doméstica de fertilizantes. Para diminuir a dependência nacional do K utilizado na agricultura, a pesquisa vem buscando opções para obtenção desse nutriente com base em minerais contidos em rochas brasileiras, especialmente mediante a moagem de rochas potássicas. Com isso, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a eficácia de uma rocha fonolito moída em fornecer K para a cultura do café. Para tanto, o experimento foi desenvolvido em uma propriedade no município de Pirajú-SP, sendo conduzido nos anos agrícolas de 2008/09 e 2009/10. Os tratamentos foram duas fontes de K (KCl e rocha fonolito moída F2) e três doses (75, 150 e 300 kg ha-1 de K2O), correspondente à 1⁄2, 1 e 2 vezes a dose de K2O recomendada para a cultura, aplicadas em um cafezal cultivar Mundo Novo, já formado e produtivo, e mais uma testemunha (sem aplicação de K). O delineamento experimental 2 utilizado foi de blocos ao acaso, em esquema fatorial 2 x 3 + 1, com quatro repetições. As avaliações mais importantes foram teor foliar de N, P, K, Ca, Mg, S e Si, teor desses mesmos nutrientes, exceto Si, nos grãos de café em coco e exportação de nutrientes pelos grãos. As doses aplicadas influenciaram significativamente o teor foliar de K no ano agrícola 2008/09, com resultados maiores para o KCl. Não houve efeito significativo dos tratamentos sobre o teor foliar de K no ano agrícola 2009/10. Os teores foliares de todos os nutrientes estavam dentro da faixa considerada adequada para a cultura. Para teor de nutrientes dos grãos, os tratamentos afetaram apenas o teor de K e de Ca no primeiro ano agrícola estudado e o teor de Ca no segundo ano agrícola. Os tratamentos proporcionaram efeito significativo para exportação de todos os nutrientes estudados, exceto o Ca no primeiro ano agrícola. Os tratamentos influenciaram significativamente a produtividade em ambos os anos agrícolas. O K e o N foram os nutrientes exportados em maior quantidade pelos grãos de café. A cultura do café responde ao aumento das doses de K, independentemente da fonte utilizada, obtendo-se as maiores produtividades com a dose de 150 kg ha-1 de K2O. A aplicação de K aumenta a exportação de macronutrientes pela cultura do café. A aplicação do produto F2 aumenta a produtividade de café em coco semelhante ao KCl na dose de K2O recomendada para a cultura, sendo um produto eficiente em fornecer K à cultura do café, além de também aumentar o teor de Si nas folhas.