UNESP - Dissertações
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Item Adubação mineral, esterco de curral e lodo de esgoto no desenvolvimento inicial do cafeeiro(Faculdade de Ciências Agronômicas - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2006-01-27) Mobricci, Cassiano Augusto de Nadai; Grassi Filho, HélioO lodo de esgoto (LE) é um resíduo do tratamento das águas servidas, sejam domésticas, industriais ou agroindustriais, contendo níveis de matéria orgânica, macro e micronutrientes fundamentais para a fertilidade do solo. O presente trabalho teve como objetivo estudar o comportamento de plantas de café, comparando a utilização de lodo de esgoto, esterco de curral curtido (EC) e adubação mineral, avaliando-se o desenvolvimento das plantas, alterações na fertilidade do solo e o estado nutricional das plantas, bem como o acúmulo de metais pesados que pudessem atingir concentrações fitotóxicas para o solo e às plantas manejadas com as diferentes doses de lodo de esgoto. O experimento foi instalado em vasos de 20 litros preenchidos com LATOSSOLO VERMELHO. Foi utilizado o cultivar de café Tupi, linhagem IAC 1669-33 como planta indicadora. Constituiu de nove tratamentos e oito repetições, totalizando 72 plantas. Foram avaliados a cada dois meses os parâmetros de altura das plantas e diâmetro da copa. Depois de 12 meses foi avaliada a composição química das folhas fisiologicamente maduras, visando determinar N, P, Ca, Mg, S, Cu, Fe, Mn e Zn e Mo e os metais pesados As, Cd, Cr, Hg, Pb, Ni e Se. No mesmo período foram retiradas amostras de solo das parcelas, onde quatro amostras simples foram homogeneizadas, secas ao ar e peneiradas para posteriormente ser retirada uma amostragem composta para se determinar os nutrientes. As médias das características foram avaliadas pelo quadro de análise de variância (ANAVA) e regressão linear múltipla e comparadas pelo Teste de Tukey a um nível de 5% de significância. Os resultados comprovam a eficiência do lodo de esgoto no fornecimento de nutrientes às plantas de café, principalmente, N, P, Ca, Mg, Mo, Cu, Zn e na redução da acidez ativa e potencial dos solos. A elevação do pH e o aumento dos teores de 2 matéria orgânica proporcionado pelos tratamentos com LE e EC contribuíram para a menor mobilidade dos metais pesados no solo e nas folhas, não atingindo níveis considerados críticos para o meio ambiente ou para as plantas de café.Item Amostragem de folhas em cafeeiro para fins de diagnose do estado nutricional(Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2012) Cintra, Antonio Carlos De Oliveira; Natale, WilliamO café é um dos principais produtos na pauta das exportações agrícolas, constituindo-se numa das mais importantes fontes de divisas para a economia brasileira. Além disso, a cafeicultura tem importante papel social no país, empregando considerável volume de mão-de-obra, devido à exigência da cultura em relação aos tratos culturais. A análise foliar é uma importante ferramenta para auxiliar no aumento de produtividade das culturas perenes em geral e, particularmente para o cafeeiro, sendo imprescindível conhecer o tamanho ideal da amostra de folhas a ser coletada, a fim de otimizar a mão-de-obra e diminuir os erros inerentes aos critérios de diagnose do estado nutricional. Neste sentido, este trabalho teve como objetivo determinar em lavouras comerciais de café com idades entre 8 e 12 anos, instaladas em Latossolo Vermelho Distrófico, submetidas a dois regimes hídricos, o tamanho de amostras foliares e a variação do erro amostral para a diagnose do estado nutricional da cultura. Foi utilizado o delineamento experimental inteiramente casualizado, composto por quatro tratamentos que constaram da amostragem de folhas em 5, 10, 20 e 40 plantas de cafeeiro e cinco repetições, no sistema de sequeiro e irrigado. Concluiu-se que para a determinação de macronutrientes, a amostragem de folhas em 10 e 20 plantas por unidade amostral nos sistemas irrigado e sequeiro respectivamente, são suficientes para manter o erro amostral menor que 10%. Para realizar as determinações químicas de macro e micronutrientes, 20 plantas são suficientes para manter o erro na estimativa da média amostral menor que 10% no sistema irrigado e sequeiro, exceto para o Cu e Mn que necessitam de amostragem superior a 40 plantas no sistema de sequeiro.Item Análise da expressão dos genes envolvidos na via de síntese de cafeína em plantas de café (Coffea arabica) apresentando diferentes teores de cafeína(Instituto de Biociências - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2010) Tavares, Aline Gomes; Maia, Ivan de GodoyA cafeína é um alcalóide do grupo das metilxantinas. Em café, sua síntese depende da ação de três enzimas: Metilxanthosina sintase (MS), Teobromina sintase (TS) e Cafeina sintase (CS). A crença de que o consumo de cafeína pode trazer problemas à saúde como também a sensibilidade aos efeitos da cafeína, em alguns consumidores, determinou um crescimento do mercado dos cafés descafeinados em pelo menos 10%. O processo de descafeinização hoje é baseado no uso de solventes, que acarreta em significante perda de compostos essenciais ao sabor e qualidade de bebida. Recentemente, foram descobertas três plantas de Coffea arabica naturalmente descafeinadas no banco de germoplasma do Instituto Agronômico de Campinas (IAC). Estas plantas foram nomeadas AC. Análises bioquímicas nas folhas de AC1 mostraram que esta planta acumula teobromina, percussor da cafeína, não sendo detectada atividade da cafeína sintase. Maluf em 2009 descreveu, a existência de transcritos extras em todas as fases de desenvolvimento de frutos de AC1. Estes transcritos também estão presentes nos estágios verde-cana e cereja de frutos do cultivar mundo novo. Esses resultados obtidos sugerem que o transcrito extra está relacionado ao mecanismo de não produção de cafeína em frutos maduros. Tais resultados representam a possibilidade do desenvolvimento de um cultivar naturalmente descafeinado, e estratégias de melhoramento vêm sendo utilizadas para a transferência desta característica para outros cultivares. O presente trabalho caracterizou as plantas com baixos teores de cafeína através de análises genéticas e moleculares. Através da analise da regulação da expressão do gene caffeine sinthase (CCS), em folhas de café com teores normais e baixos de cafeína. As quantifcação dos níveis de expressão, analisados via PCR quantitativo em tempo real revelaram baixa expressão do gene em folhas dos mutantes naturalmente descafeinados Ac1, Ac2 e Ac3 quando comparados aos nives expressos pela cultivar Mundo Novo e do Etiópia 04, planta da mesma cultivar que os mutantes ACs. As análises da expressão do gene revelaram ainda um baixo acumulo dos transcritos do mutante abramulosa, comparando-se ao acumulo no cultivar mundo novo, já o mutante semperflorens apresentou acumulo normal do transcrito. A expressão do gene da cafeína sintase foi também analisado durante o desenvolvimento de folhas jovens e senescentes, através RT-PCR semi-quantitativo. Foi observada a presença do transcrito extra somente nas fases de senescência das folhas, estes resultados corroboram com os resultados decritos que relacionam a presença do transcrito com a não produção da cafeina. A fim de compreender a regulação do gene da cafeína sintase e do transcrito extra, um cDNA cobrindo toda a região codificadora, 5 ́ e 3 ́ foi obtido através da técnica RACE, determinando sua sequência.Item Aplicação de água ozonizada como agente sanitizante durante o processamento de café arábica(Faculdades de Ciências Agronômicas - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2014-07-29) Brandão, Fernando João Bispo; Biaggioni, Marco Antonio MartinNa busca por novos tratamentos de alimentos contra a contaminação por pragas e microrganismos, o ozônio tem se tornado uma alternativa eficiente na redução destes agentes de deterioração, porém, a sua atuação sobre os tecidos vegetais também pode comprometer a qualidade do produto ozonizado. O presente trabalho tem o objetivo avaliar a qualidade do café arábica, lavado em diferentes tempos à uma dose constante de ozônio, e submetido a diferentes tempos de secagem e de armazenamento. Nos tratamentos foram utilizados 2 kg de café da roça por amostra, acondicionados em sacos de malhas plásticas de 1.5 x 0.5 cm, colocadas no tanque do aparelho ozonizador até completar o volume de 105 L. Em seguida, iniciou-se a ozonização mantendo as amostras submersas por diferentes períodos 0 min, 5min, 10min, 20 min e 30 min, com frequente agitação da água e taxa constante de ozônio solubilizado. Após cada tratamento, as amostras de café foram colocadas para secar, em bancadas suspensas, em dois ambientes: expostas ao sol, em condições naturais, e no interior de câmara climatizada com temperatura de 32°C e umidade relativa de 80%. Após a secagem, foram realizadas as análises de qualidade (contagem de fungos, condutividade elétrica, acidez graxa, lixiviação de potássio, açúcar total e redutor, compostos fenólicos totais e análise sensorial). O material oriundo das duas secagens foi armazenado em sacos plásticos no interior do laboratório, durante o período de seis meses, quando foram repetidas as análises de qualidade. O delineamento foi inteiramente ao acaso, com cinco tempos de ozonização 0, 5, 10, 20, 30 min e quatro repetições, sendo utilizada a análise de variância em três momentos: Após a ozonização, após a secagem e após o armazenamento. Para 2 avaliar o comportamento dos diferentes tempos de ozonização, os dados de contagem de fungos foram avaliados por análise multivariada, através da análise de componentes principais. Os resultados mostram que a aplicação de ozônio, na dose utilizada foi capaz de reduzir parcialmente os fungos, a lavagem com água ozonizada não possui efeito latente na desinfecção microbiana, e não altera a qualidade sensorial da bebida e a secagem natural proporcionou os melhores resultados de qualidade dos grãos.Item Aspectos biológicos de Quesada gigas (Olivier, 1790) (Hemiptera: Cicadidae) em cafeeiro(Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2013) Kubota, Mirian Maristela; Martinelli, Nilza MariaAs cigarras são insetos que vivem a maior parte da vida no interior do solo. No Brasil, a espécie Quesada gigas possui importância, principalmente, devido aos danos causados ao cafeeiro. Entretanto, informações sobre a biologia são pouco conhecidas. Os objetivos deste trabalho foram avaliar a duração do período ninfal, o efeito da umidade e da temperatura na eclosão de ninfas de Q. gigas, e avaliar a época de imersão dos ramos com postura, em condições de laboratório. Foram realizadas coletas de ramos secos de café em 2009 e em 2012 na Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), em São Sebastião do Paraíso, MG, Brasil. Para o estudo de biologia, os ramos foram colocados em recipientes de 1000 mL e submetidos à imersão em água, por três minutos, para induzir a eclosão das ninfas. As ninfas provenientes das imersões de dezembro de 2009 foram colocadas em nove plantas de café, plantadas em caixas de alvenaria na área experimental do Departamento de Fitossanidade da Fcav/Unesp, Câmpus de Jaboticabal, SP, Brasil, teladas na parte aérea, para evitar oviposição indesejada. Em todas as plantas foram colocada parte dos ramos secos, na expectativa de eclosão de ninfas destes. A avaliação foi em agosto de 2010 e em julho de 2011. Além do experimento em Jaboticabal, foram realizadas duas avaliações na área experimental da EPAMIG em São Sebastião do Paraíso, em abril de 2012 e março de 2013. Para o estudo da influência da umidade e da temperatura na eclosão das ninfas, os ramos secos de café coletados em 2012 foram colocados em recipientes de 1000 ml e submergidos em água por três minutos e posteriormente, mantidos em duas câmaras incubadoras para BOD em duas condições de temperatura, a 25 ± 2 o C e a 29-19 ± 2 o C (dia-noite). As datas de início de imersão foram 15, 20, 25, 30 de dezembro de 2012 e 04 de janeiro de 2013. Os ramos secos foram submergidos a cada três dias. Foi mantido um tratamento sem imersão, a fim de verificar se ocorreria a emergência de ninfas dos ramos de café na ausência de água. Os ramos foram observados diariamente e as ninfas contadas e retiradas dos recipientes. Quanto ao aspecto biológico de Q. gigas, no experimento iniciado em 2009, foram encontradas ninfas de terceiro ínstar nas plantas de café, em agosto de 2010. Em julho de 2011, as ninfas encontravam- se no quinto ínstar. Os adultos de Q. gigas emergiram em setembro de 2011. Na EPAMIG, as ninfas encontravam-se no quarto e quinto ínstar tanto em abril de 2012 quanto em março de 2013. A duração do período ninfal de Q. gigas é de um ano e nove meses e o quinto ínstar tem duração de cinco a seis meses. Quanto à influência da temperatura e da umidade na eclosão das ninfas, não houve eclosão de ninfas nos ramos não submergidos em água, em ambas as temperaturas. Entretanto, nos ramos submergidos, houve diferença significativa no número de ninfas eclodidas nas diferentes datas e temperaturas. A câmara a 25 o C teve maior número médio de ninfas. Quanto maior o número de imersões, maior o número de ninfas eclodidas, porém as imersões devem ser iniciadas na data próxima a coleta dos ramos, no final de novembro.Item Avaliação da liberação de potássio por resíduos do benefício de café(Faculdade de Ciências Agronômicas - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2012-05-04) Zoca, Samuel Menegatti; Rosolem, Ciro AntonioO Brasil é o maior produtor mundial de café, com uma produção estimada em 43,5 milhões de sacas beneficiadas na safra 2011, uma vez que, o processamento do café gera grandes quantidades de resíduos sólidos, e também, esses resíduos podem proporcionar problemas ambientais, torna-se de grande importância o estudo de alternativas de utilização desses materiais, sendo assim, objetivou-se nesse experimento caracterizar cinco tipos de resíduos do benefício de café e avaliar seu valor como fertilizante potássico, estudando a liberação do nutriente. O experimento foi realizado em colunas com solo, em casa de vegetação, na Faculdade de Ciências Agronômicas Botucatu (SP). Foi utilizada a camada superficial (0-20 cm) de um Latossolo Vermelho distroférrico de textura média. Os materiais estudados foram cinco tipos de resíduos do benefício de café, sendo eles, a casca do café cereja despolpado, casca do café “boia” separado no lavador, casca do café “natural” seco em coco sem passagem pelo lavador, casca de café um ano compostada e casca de café enriquecida e compostada por três anos. Os resíduos foram aplicadas sobre o solo das colunas em quatro doses baseadas no teor total de potássio de cada material com testemunhas sem e com aplicação de fertilizante potássico mineral em quantidade equivalente à 300 kg ha -1 de K2O. O experimento foi conduzido pelo período de 10 meses. A água percolada foi coletada semanalmente e foram analisados pH, condutividade elétrica e K. Ao término do ensaio foram coletadas amostras de solo e analisados os teores de K nas diferentes profundidades do solo das colunas. Paralelamente ao ensaio foram confeccionados sacos de nylon para avaliar as alterações dos cinco tipos de resíduos do benefício de café utilizando o método do litterbag. Foram realizadas amostragens dos sacos com resíduos, aos 15, 30, 45, 90, 150, 210 e 300 dias e analisado potássio total, potássio solúvel em água, carbono e nitrogênio total, fenóis totais, pH, condutividade elétrica, celulose, hemicelulose e lignina. Diferentes preparos dos resíduos do benefício de café resulta em características distintas em relação aos teores de potássio, nitrogênio, carbono, celulose, hemicelulose, lignina, fenóis totais, pH e condutividade elétrica. A liberação de K é alta (acima de 90%), mas independe da constituição ou tipo de resíduo do benefício de café que, assim, poderiam ser utilizados como substituto do fertilizante mineral. A aplicação de K na forma de resíduos do benefício de café não evita perdas por lixiviação. O resíduo enriquecido e compostado com gesso, a casca do café cereja e a casca do café natural seco em coco proporcionam lixiviação maior que aquela observada com aplicação de fertilizante potássico mineral.Item Avaliação de um pulverizador de volume ultra baixo na cultura do café para o controle de Leucoptera coffeella (Lepidoptera: Lyonetiidae)(Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2013-02-04) Decaro Junior, Sergio Tadeu; Ferreira, Marcelo da CostaA necessidade de aplicações periódicas de produtos fitossanitários na cultura do café para o controle de Leucoptera coffeella assegura a produtividade em regiões propícias à alta ocorrência desse inseto, porém onera os custos de produção. A utilização de pulverizador que aplica volume ultra baixo de calda contribui para que haja uma redução desses custos. Para tanto, foram preparadas caldas fitossanitárias com diferentes concentrações de adjuvantes e medidas as características de tensão superficial, ângulo de contato e área molhada de gotas aplicadas sobre a superfície de folhas de café e de vidro. Essas caldas foram pulverizadas a campo por meio de um pulverizador de volume ultra baixo com bicos pneumáticos, nos volumes de 20, 30, 40, 46, 67 e 92 L.ha -1 , e um pulverizador convencional de volume alto, com bicos hidráulicos, nos volumes de 200 e 400 L.ha - 1 , em que avaliaram-se os depósitos de marcador sobre folhas de plantas de café, bem como a capacidade de campo operacional dessas aplicações. Antes e após as pulverizações foram feitas 1 e 3 coletas de folhas, respectivamente, sendo uma prévia e a outras aos 7, 14 e 21 dias após a pulverização (DAP), em que foram avaliados o número de larvas de L. coffeella vivas e mortas, número de minas novas e velhas, número de folhas minadas, número de ovos e número de larvas de L. coffeella parasitadas e eficiência do controle. Os resultados mostraram que, aumentando-se a concentração de óleo na calda, há reduções no valor de tensão superficial, e consequentemente no ângulo de contato, aumentando a área molhada pelas gotas. A deposição de marcador sobre as folhas foi significativamente maior para os volumes do pulverizador convencional, porém o pulverizador pneumático depositou, significativamente, mais volume de inseticida nas folhas e de forma mais homogênea entre as alturas da planta. Os volumes menores proporcionaram um ganho em capacidade de campo operacional. O volume de 200 L.ha -1 foi significativamente melhor que o volume de 400 L.ha -1 , para o pulverizador convencional, e a faixa de 70 a 90 L.ha -1 , para o pulverizador com bicos pneumáticos, podem ser utilizados no controle de L. coffeella, havendo eficiência da pulverização, ganho operacional, redução de custos e de contaminação ambiental.Item Avaliação dos efeitos de Coffea arabica L., Brassica campestris L. e de sua associação na obesidade induzida por dieta hipercalórica(Instituto de Biociências - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2014) Del Ben, Adriana; Di Stasi, Luiz ClaudioA obesidade, juntamente com o sobrepeso, tem sido considerada um dos mais graves problemas de saúde pública do mundo, especialmente por serem os principais fatores de risco para inúmeras doenças crônicas, como a doença coronariana, diabetes mellitus tipo II, hipertensão e alguns tipos de tumores, as quais estão associadas a altas taxas de mortalidade. Devido à gravidade da obesidade para a população mundial, a padronização de modelos experimentais é necessária para realização de estudos em busca de novos tratamentos. O uso de compostos vegetais com apelo de promoção da saúde tem crescido como mecanismo de prevenção, controle e tratamento de doenças crônicas como a obesidade. Vários estudos etnofarmacológicos indicam espécies vegetais para o tratamento de distúrbios relacionados à obesidade com um importante atrativo de que estes compostos podem reduzir os efeitos adversos provocados pelo tratamento com anorexígenos tradicionais. Considerando a necessidade de um bom modelo experimental e que tanto a ingesta de alimentos como o tratamento por via oral com diferentes compostos pode manter as funções vitais do organismo, o objetivo deste projeto foi padronizar o modelo experimental de obesidade induzida por dieta hipercalórica em ratos e camundongos e avaliar os efeitos dos extratos padronizados de óleo de café verde (Coffea arabica L.), fitoesteróis de canola (Brassica campestres L.) e da associação dos dois extratos na obesidade induzida por dieta hipercalórica em roedores. Após indução da obesidade, os animais foram tratados por 21 dias com os extratos por via oral e sacrificados no 22o dia para avaliação dos efeitos destes produtos. Os experimentos mostraram que a indução da obesidade foi efetiva tanto em camundongos como em ratos, sendo que em camundongos foram necessárias apenas 8 semanas para se desenvolver obesidade severa. O óleo de café verde foi eficaz na redução do peso corporal, dos níveis de insulina, proteína C reativa e leptina dos animais obesos. Os fitoesteróis da canola foram hábeis em diminuir os níveis de proteína C reativa e colesterol. A associação dos dois produtos reduziu o colesterol, os triacilgrliceróis e o VLDL-colesterol. De acordo com os resultados obtidos, conclui-se que o modelo de indução em camundongos é mais adequado e o extrato mais eficaz é o de óleo de café verde.Item Avaliação in vitro do efeito da cafeína na inibição do vírus da Hepatite C(Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2014-08-04) Batista, Mariana Nogueira; Rahal, PaulaA hepatite C é a inflamação do fígado decorrente da infecção pelo vírus da hepatite C (HCV), frequentemente evolui para quadros crônicos, sendo considerada mundialmente a maior causa de cirrose e carcinoma hepatocelular. O tratamento padrão com PEG-IFN e ribavirina não é efetivo contra alguns genótipos do HCV, possui alto custo e efeitos colaterais severos. Portanto, novos tratamentos vêm sendo buscados. A cafeína vem sendo associada a um efeito benéfico sobre várias doenças hepáticas incluindo a melhora da bioquímica anormal do fígado, cirrose e carcinoma hepatocelular. A cafeína atua diretamente desacelerando a progressão da fibrose, além de melhorar a função de vias celulares hepáticas, dentre elas vias utilizadas durante o ciclo replicativo do HCV. Embora a cafeína tenha demonstrado efetividade no controle de doenças hepáticas e interação direta com vias celulares utilizadas pelo HCV, não há na literatura correlação direta entre o efeito da cafeína e as etapas do ciclo replicativo do HCV. Assim, o presente estudo propôs estabelecer a relação direta entre a cafeína e sua capacidade inibitória sobre as diferentes etapas do ciclo replicativo completo do HCV. Para esse estudo foram utilizados o replicon subgenômico SGR-JFH-FEO, os replicons completos FL-J6/JFH-5′C19Rluc2AUbi e JFH-1 e a linhagem celular Huh-7.5. A expressão viral foi avaliada por ensaios de Luciferase, Western Blotting, Imunofluorescencia indireta e qPCR. A cafeína demonstrou inibição da replicação viral em todos os níveis avaliados, apresentando IC50 de 0.7263 mM e atingindo em concentrações seguras, inibição máxima da replicação de HCVcc em torno de 79 %. A cafeína demonstrou ainda inibição de 30 % sobre a entrada quando aplicada em conjunto ao sobrenadante infeccioso. Entretanto, essa inibição dobra quando há a exposição das partículas à cafeína previamente à introdução em cultura de células, possivelmente havendo interação entre a cafeína e alguma proteína viral. Por outro lado, não houve influência da cafeína sobre o processo de liberação viral.Item Controle da ferrugem assiática da soja (Phakopsora packyrhizi) com óleo de café e Bacillus spp.(Faculdade de Ciências Agronômicas - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2013-08-02) Dorighello, Dalton Vinicio; Bettiol, WagnerA ferrugem asiática da soja, causada por Phakopsora packyrhizi, se transformou na principal doença da cultura após a sua introdução no Brasil, em 2001. O controle é realizado, principalmente, com fungicidas químicos. Com relatos de populações do patógeno resistentes a estas moléculas, bem como de impactos negativos ao ambiente e a saúde pública, é necessário que novos métodos de controle sejam desenvolvidos. Entre esses, a utilização de agentes de biocontrole e produtos de origem vegetal surgem como potenciais ferramentas para o manejo da doença. O presente trabalho objetivou avaliar a eficiência de Bacillus subtilis – QST 713 (Serenade®), Bacillus pumilus – QST 2808 (Sonata®); Bacillus subtilis e Bacillus licheniformis (Nemix®), bem como cada isolado desse produto individualmente; isolados AP-3 e AP-51de Bacillus subtilis; óleo de café obtidos de grãos torrados (CT) e crus (CC), nas concentrações de 1% e 2% e nas concentrações de 0,5% e 1% em mistura com metade da concentração do fungicida à base de pyraclostrobin e epoxiconazol (Ópera®); além da testemunha (água) e do fungicida, na concentração recomendada e metade dessa concentração, sobre a germinação de uredósporos do patógeno e no controle da ferrugem asiática em folhas destacadas e plantas cultivadas em condições de casa-de-vegetação e campo. Todos os ensaios foram conduzidos duas vezes, exceto nas condições de campo, com a cultivar BRS316RR. Os isolados de B. subtilis QST 713 e AP-3 e B. pumilus reduziram significativamente a germinação dos uredósporos, assim como os óleos de café torrado e cru. Nos ensaios com folhas destacadas e em casa de vegetação a inoculação do patógeno foi feita de forma artificial. Os isolados de B. subtilis (QST 713, AP-3 e AP-51) e o isolado de B. pumilus (QST 2808), assim como o óleo de café reduziram a severidade da doença no teste de folhas destacadas. Os resultados dos ensaios em casa de vegetação apresentaram a mesma tendência dos de folhas destacadas. No entanto, os tratamentos associados ao fungicida se destacaram na redução da severidade da doença e da desfolha. Em condições de campo, a doença ocorreu de forma natural e as avaliações foram a cada 20 dias após os primeiros sintomas. Todos os tratamentos reduziram a severidade da doença, exceto o isolado de B. pumilus e B. subtilis (AP-3). No entanto, apenas os tratamentos com óleo de café torrado a 1% e 0,5% em mistura com o fungicida se aproximaram dos resultados alcançados pelo fungicida na concentração recomendada.Item Controle do acáro da mancha-anular em funcão da cobertura proporcionada pela calda acaricida aplicada com dois ramais e quatro volumes de pulverização(Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2008-05) Fernandes, Ana Paula; Ferreira, Marcelo da CostaA cultura do café (Coffea arabica L.) é de grande importância para a economia do Brasil que é o maior produtor mundial de café, exportando 1,44 milhão de tonelada por ano. Dentre as pragas de importância na cultura está o ácaro Brevipalpus phoencicis, relatado em cafeeiros desde a década de 1950, sendo relacionado posteriormente com a doença mancha-anular, como vetor do vírus. Esta praga, devido à sua biologia e comportamento na planta, não é atingida facilmente pelas pulverizações, exigindo estudos e critérios na tecnologia de aplicação empregada. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a mortalidade de B. phoenicis em função da cobertura proporcionada pela calda aplicada em plantas de café, com dois tipos de ramais utilizados em pulverizadores de jato transportado e quatro volumes de aplicação. O experimento foi realizado em área de plantio comercial do café, no município de AItinópoIis-SP, onde foram avaliados os efeitos do acaricida no controle do ácaro. Foi realizada uma aplicação com pulverizadores montados no terceiro ponto do trator, equipados com dois diferentes ramais de bicos, utiIizando pontas de cerâmica da série JA. Os tratamentos utilizados foram a aplicação do acaricida abamectina, nos volumes de 250, 400, 550 e 700 L/ha, com dois ramais de bicos, totalizando 36 parcelas experimentais. Foram avaliadas a mortalidade do ácaro, a deposição e a cobertura da calda nas plantas de café. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados, com oito tratamentos mais uma testemunha e quatro repetições. A análise estatística foi feita no esquema fatorial 2x4+1 (2 ramais de bicos, 4 volumes de aplicação e uma testemunha). Verificou-se que não houve diferença significativa na análise estatística para o número de ácaros encontrados. Para os resultados de deposição, observa-se um aumento da deposição em função do volume de aplicação e a parte alta das plantas foi a que mais houve deposição da calda. A média de eficiência para o ramal duplicado foi maior (70%) que a do ramal convencional (50%). Conclui-se que a eficiência de controle é maior com a duplicação do ramal de bicos do pulverizador e o controle independe do volume de aplicação entre os limites avaliados neste trabalho.Item Cor do solo na caracterização de áreas específicas de manejo para cultura do café(Campus Jaboticabal - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2014-07-16) Carmo, Danilo Almeida Baldo do; Marques Júnior, JoséO avanço no conhecimento dos atributos do solo entusiasmará de maneira satisfatória o resultado final das atividades agrícolas, tanto no potencial produtivo, quanto nos valores agregados ao produto final. Com isso, o objetivo desta pesquisa foi avaliar a cor do solo obtida pela espectroscopia de reflectância difusa - VIS-NIR, para o mapeamento de áreas específicas de manejo na cultura do café. O experimento foi conduzido em uma área de 39 ha com cultivo de café, localizada no município de Matão, sudoeste do Estado de São Paulo. A área estava sobre o cultivo de café variedade Coffea arabic L. (IAC Catuai Amarelo – 62). Para a instalação do experimento, foram utilizadas plantas com 7 anos de idade, em um espaçamento de plantio de 3,5 × 0,50 metros. Os pontos amostrais para análises de solo e planta foram realizados com intervalo regular, usando entre os pontos 45 m, o que totalizou 173 pontos na área total. As coletas de solos foram retiradas na profundidade de 0,0 – 0,20 m. Deste solo coletado, foi retirado 0,5 g, que foi moído e seco ao ar, determinando, assim, os valores de reflectância difusa na faixa de 380 a 780 nm, obtendo-se posteriormente os valores do matiz, valor e croma que promoveram juntos o resultado do índice de avermelhamento. Os valores de cada atributo foram correlacionados às variáveis produtiva e qualitativa da planta. Diante disso, os resultados manifestaram a existência de correlações com atributos da planta, indicando então que os constituintes da cor podem ser utilizados como preditores das variáveis analisadas.Item Distribuição espacial de Quesada gigas (Oliver, 1790) (Hemiptera: Cicadidae) na cultura do café(Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2013-02) Pereira, Nirélcio Aparecido; Martinelli, Nilza MariaAs cigarras da espécie Quesada gigas são consideradas pragas chave na cultura do café, principalmente nos Estados de São Paulo e Minas Gerais. Atualmente, estas cigarras é a espécie principal e a mais prejudicial ao cafeeiro e infesta principalmente o plantio destes dois Estados. O objetivo do trabalho foi estudar a distribuição espacial de Q.gigas de ovos, ovos por postura e ninfas na cultura do café. O experimento foi conduzido na Estação Experimental da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais – EPAMIG, no município de São Sebastião do Paraíso – MG, onde foram selecionados três áreas de 10.000 m 2 , subdivididos em 100 parcelas de 10 m x 10m. As cultivares utilizadas foram Rubi MG-1192, Acácia Cerrado MG-1474, Catuaí-30 Vermelho IAC-15, Mundo Novo IAC- 501 e Melhoramento Genético. Nas amostragens foram coletados três ramos secos do terço superior de uma planta por parcela, colocados em sacos de papel, devidamente etiquetados e transportados para o laboratório. Para se verificar a existência de postura e o número de ovos por postura, foram realizadas uma abertura longitudinal dos ramos secos, com o auxílio de uma lâmina cortante e o auxilio do microscópio esteroscópico. Para o estudo das ninfas vivas, realizou-se a abertura de trincheiras num total de 300 covas de 0,50x0, 50x0, 50m/cova adjacente ao tronco das plantas e em seguida, procedeu à contagem. Para o estudo da dispersão das posturas, ovos por posturas e ninfas no solo foram utilizados os seguintes índices: razão variância/média, índice de Morisita, Coeficiente de Green e expoente k da distribuição binomial negativa. Com relação aos modelos probabilísticos que descrevem a distribuição espacial, foram testados os ajustes às distribuições de Poisson e Binomial Negativa. Concluindo, após a realização dos testes de ajustes aos dados é possível afirmar que a postura e ovos por posturas de Quesada gigas ocorre de forma agregada em todos os cultivares amostrados. E, em relação às ninfas recomenda-se que a amostragem seja realizada com maior número de amostras possível na parcela, para que a quantidade de ninfas estimada seja próxima do real.Item Doses de nitrogênio via solo e aplicação de silício via foliar na cultura do café arábica(Faculdade de Ciências Agronômicas - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2016-07-28) Parecido, Renan José; Soratto, Rogério PeresNa fase inicial da cultura do café arábica (Coffea arabica L.), as exigências nutricionais aumentam rapidamente com a entrada em produção (primeira safra), época em que se deve ter cuidado na nutrição das plantas, pois os cafeeiros produzem muito, ainda com pouca folhagem (baixa relação folha/fruto). O nitrogênio (N) é o nutriente mais exigido pelo cafeeiro. O silício (Si) desempenha diversos efeitos benéficos às plantas, e supõe-se que possa melhorar o aproveitamento do N fornecido. Dessa forma, objetivou-se com o presente trabalho avaliar o efeito da aplicação de Si via foliar e doses de N via solo no crescimento, nutrição e produtividade inicial da cultura do café arábica. O experimento foi conduzido em uma área cultivada com cafeeiro arábica, cultivar Catuaí IAC 99, localizado no município de Manduri-SP, em um solo Latossolo Vermelho Amarelo distrófico. Foi adotado o delineamento em blocos casualizados, em esquema fatorial 4 x 2, com quatro repetições. Os tratamentos foram constituídos por quatro doses de N (0, 75, 150 e 300 kg ha -1 ) com presença e ausência de aplicação Si via foliar. A fonte de N utilizada foi o nitrato de amônio. O Si foi aplicado na dose de 2 L ha -1 do produto Silamol ® . O experimento foi conduzido durante o período de 39 meses após o plantio dos cafeeiros no campo. A adubação nitrogenada aumentou a altura da planta, o número de nós nos ramos plagiotrópicos e colaborou na manutenção do enfolhamento das plantas, na fase de formação da lavoura. A aplicação das maiores doses de N atrasou a maturação dos frutos e incrementou a produtividade e o tamanho dos grãos da cultura do café. Nas duas primeiras safras, a produtividade de grãos beneficiados da cultura do café arábica foi incrementada até doses de N que variaram de 246 a 300 kg ha -1 . A aplicação de Si via foliar proporcionou maior altura das plantas e número de nós nos ramos plagiotrópicos, especialmente na ausência da aplicação de N em cobertura. Na presença das maiores doses de N, o fornecimento de Si2 via foliar proporcionou maiores teores de N na folha e maior produtividade de grãos na cultura do café arábica.Item Efeito da adubação orgânica e foliar na composição química de folhas e no desenvolvimento de mudas de cafeeiro Coffea arabica L. cv. Mundo Novo(Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, 1980) Castro, Raul Olivari de; Pedroso, Paulo Afonso Claudino; Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita FilhoCom o objetivo de estudar o efeito da adubação orgânica e foliar na composição química de folhas e no desenvolvimento de mudas de cafeeiro Coffea arabica L. cv. Mundo Novo, foi instalado o presente ensaio, ern ripado localizado em área da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, "Campus" d e Jaboticaba, UNESP. O experimento constituiu de um fatorial 2x4x5, sendo os fatores representados por: solos, matéria orgânica e adubação foliar, no delineamento inteiramente casualizado e com três repetiçoes. A partir de um solo arenoso (Podzolizado de Lins e Marília, var. Marília) e um solo argiloso (Latossolo Roxo), foram constituídos substratos, com O , 2 0 0 , 300 e 400 litros de esterco de curral por m3 de solo. Quando as muclas apresentavam, em média, 3 ,4 e 5,l pares de folhas, foram pulverizadas com MAP a 1%, DAP a 1%, MAP a 1% + Uréia a 1% e DAP a 1% + Uréia a 1%. A avaliação do experimento foi feita por meio do estudo de diversas características, tais como: altura das mudas, peso de matéria seca, área foliar e composição química de folhas. Pelos resultados, foi possíve concluir que a matéria orgânica influenciou o desenvolvimento das mudas e elevou o teor de N(%) nas folhas. Não se observou, entretanto, nenhum efeito da adubação foliar no desenvolvimento das mudas.Item Efeito da cafeína no desenvolvimento de Aedes aegypti (Diptera: Culicidae): o significado biológico das alterações do padrão de síntese de esterases(Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2014-05-30) Pólo, André Martins; Bicudo, Hermione Elly Melara de CamposO mosquito Aedes aegypti é vetor dos vírus causadores de doenças humanas entre as quais incluem-se a dengue, a dengue hemorrágica e a febre amarela. A transmissão dessas doenças é feita pelas fêmeas adultas, as quais necessitam de repasto sanguíneo para amadurecimento de seus óvulos. Ao picar indivíduos doentes e depois indivíduos não infectados, as fêmeas transmitem os vírus absorvidos dos primeiros, juntamente com o sangue. Vários estudos mostraram que o tratamento com cafeína (CAF) bloqueia o desenvolvimento e mata A. aegypti na fase larval, impedindo a produção de adultos e, consequentemente, a transmissão das doenças mencionadas. Paralelamente, trabalhos preliminares indicaram que o tratamento do mosquito com CAF altera o padrão de síntese das enzimas esterases. São enzimas que desempenham papel importante em vários processos fisiológicos dos organismos, estando inclusive envolvidas no controle da metamorfose dos insetos. No presente trabalho, as esterases foram analisadas em géis de poliacrilamida corados com α-naftil e β-naftil acetatos e Fast Blue RR. As amostras foram preparadas com larvas L2/L3, L4, pupas e adultos, porém, tendo em vista que a fase L4 foi a que permitiu melhor observação das bandas, o estudo praticamente restringiu-se à mesma. A comparação das amostras dos mosquitos tratados e controle envolveu a observação da presença e da frequência das bandas esterásicas nos géis. Foi também analisado o grau de expressão das bandas com base na intensidade de coloração avaliada pelo programa computacional Global Lab Image. A presente análise mostrou que a CAF altera cinco bandas β- esterásicas (EST-17A a EST-21) e um grupo de bandas α-esterásicas (EST-12 a EST-14). As bandas EST-17A a EST-20 apresentaram redução em ambas as características, enquanto EST-21 e as α-esterases apresentaram aumento. Tendo em vista as variações do grau de expressão das esterases, paralelamente ao bloqueio do desenvolvimento larval aventou-se relacionadas com a hipótese a regulação de que dos essas esterases hormônios estejam controladores do desenvolvimento. Desta forma, por exemplo, as β-esterases poderiam constituir esterases do hormônio juvenil que seriam expressas em níveis mais baixos sob tratamento com a cafeína. Esses níveis de expressão não seriam suficientes para desdobrar o hormônio juvenil, que é um processo necessário para ocorrer a muda. A classificação dessas bandas como carboxilesterases, a mesma classificação da esterase do hormônio juvenil descrita na literatura, incentiva a continuidade do teste dessa hipótese. Nesse sentido algumas das bandas que se alteram sob ação da CAF foram isoladas do gel e as enzimas correspondentes sofreram uma primeira purificação para posterior sequenciamento a ser realizado no Laboratório de Tecnologia Enzimática da FCFRP-USP por cromatografia de troca iônica e exclusão de massa molecular.Item Efeito de bactérias endofíticas do cafeeiro no controle da ferrugem(Faculdade de Ciências Agronômicas - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2004-02) Shiomi, Humberto Franco; Bettiol, WagnerExperimentos sob condições controladas e testes de campo com bactérias endofíticas isoladas de folhas e caules de Coffea arabica e Coffea robusta, provenientes das cidades de Pedreira-SP, Mococa-SP e Pindorama-SP, foram realizados com o objetivo de avaliar a inibição da germinação de urediniosporos de Hemileia vastatrix, raça II e o controle do desenvolvimento da ferrugem alaranjada do cafeeiro, em testes em discos de folhas, folhas destacadas e em plantas da cv. Mundo Novo, pela aplicação de suspensões de bactérias endofíticas 72 e 24 horas antes e após à inoculação de H. vastatrix e concomitantemente à inoculação com o patógeno. Isolados de bactérias endofíticas testados demonstraram eficácia na inibição da germinação de urediniosporos e/ou no desenvolvimento da ferrugem, com valores acima de 50%, embora os resultados obtidos nos testes de germinação de urediniosporos tenham sido inferiores ao tratamento com o propiconazole. Nos testes em discos de folhas, folhas destacadas e em plantas de cafeeiro, os isolados endofíticos T G4-Ia, T F2-IIc, T F7-Ib e T F9-Ia, demonstraram melhor controle da ferrugem do cafeeiro. Os isolados endofíticos T G4-Ia e T F9-Ia foram identificados como Bacillus lentimorbus e Bacillus cereus, respectivamente. Os resultados indicam a ocorrência de isolados endofíticos eficientes em controlar a ferrugem alaranjada do cafeeiro. Alguns isolados de bactérias endofíticas podem aumentar a severidade da doença.Item Efeito do processo de descafeinação de café arábica em meio aquoso auxiliado por ultrassom sobre a composição quimica e o perfil sensorial(Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2015) Henao, Carolina Pérez; Barbosa, Roger DarrosO mercado do café descafeinado encontra-se em expansão, embora, a extração da cafeína possa, eventualmente, resultar em perdas de compostos químicos tais como ácidos clorogênicos, açúcares, trigonelína, lipídios e proteínas, compostos importantes para a formação do sabor, aroma e fragrância que determinam a qualidade final da bebida de café, assim como também podem-se perder compostos associados com os efeitos saudáveis como os antioxidantes presentes no café. A pesquisa teve como objetivos avaliar o impacto do processo alternativo de descafeinação usando água como solvente auxiliado por ultrassom de alta intensidade nas características físicas (dimensões, granulometria, esfericidade e densidade) e nos teores de cafeína, ácidos clorogênicos (ACG), açúcares e lipídios totais em grãos de café da variedade arábica, e, adicionalmente, avaliar o perfil sensorial da bebida do café descafeinado pelo método denominado Perfil Descritivo Otimizado. Os resultados foram comparados com os obtidos para café descafeinado com solvente orgânico (diclorometano) e para o café descafeinado com água em ausência de ultrassom. Para atingir tais objetivos foi realizada a seleção de julgadores com habilidades para análise sensorial, os quais foram treinados para a avaliação de café e foi avaliada a repetibilidade e consenso, sendo satisfatórios seus resultados para serem utilizados como julgadores na avaliação da bebida dos diferentes cafés. Foram desenvolvidas e testadas metodologias para analisar o café matéria prima e café descafeinado, visando à quantificação da cafeína e ácidos clorogênicos por protocolo em HPLC-MS, e, por espectrometria de massas (MS) foi possível identificar os isômeros majoritários dos ACG como 3-CQA, 4-CQA e 5- CQA. Os resultados mostraram que o café descafeinado com água e auxílio de ultrassom apresentou perdas não significativas nos teores de açúcares, lipídios, 3-CQA, 4-CQA, e, as dimensões físicas dos grãos (largura e espessura) não foram alteradas, assim como o perfil sensorial não apresentou diferença nos descritores sensoriais quando comparado com o café matéria prima, exceto para o descritor de corpo, que foi menor para o café descafeinado. Com os resultados deste trabalho conclui-se que a descafeinação com água e auxílio de ultrassom de alta intensidade é uma alternativa de descafeinação menos agressiva com o meio ambiente, necessitando menor tempo de processamento, não utiliza solventes orgânicos, e obtém um produto de qualidade similar ao café não descafeinado adequado para as pessoas que tem restrição de consumo de cafeína.Item Efeito do ultrassom de alta intensidade na extração e difusão da cafeína nos grãos de café (Coffea arabica)(Campus de São José do Rio Preto - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2012-09-21) Meléndez, Víctor Justiniano Huamaní; Barbosa, Róger DarrosA presente pesquisa propõe como alternativa melhorar o processo de extração da cafeína dos grãos de café de variedade arábica utilizando água como solvente com auxílio de ultrassom de alta intensidade. Na primeira etapa da pesquisa foram avaliadas propriedades físicas do grão no processo de hidratação e a proposição da solução analítica para a semiesfera da equação de Fick. Na segunda etapa foi avaliado o coeficiente de difusão da cafeína no processo de extração com água em diferentes temperaturas (30, 40, 50 e 60 °C). Na terceira etapa foi empregado um delineamento composto central rotacional para avaliar a porcentagem de recuperação e o coeficiente de difusão de cafeína nos grãos de café, para os tempos de 15, 30 e 60 minutos sob a influência do ultrassom de alta intensidade (30, 45, 65, 85 e 100% da amplitude da potência) em diferentes ciclos de aplicação (30, 45, 65, 85 e 100%) e em função da temperatura de extração (30, 36, 45, 53 e 60 °C). O modelo matemático para geometria semiesférica apresentou melhor ajuste aos dados experimentais, tanto para a difusão de água nos grãos de café no processo de hidratação, como para o processo de extração de cafeína em meio aquoso. O coeficiente de difusão de água no grão de café no processo de hidratação variou de 6,901 .10 -11 m 2 s -1 a 30 °C até 3,119 .10 -10 m 2 s -1 a 60 °C, com energia de ativação de 41,243 kJ mol -1 . Para a difusão da cafeína, o modelo matemático para semiesfera também resultou ser ligeiramente superior na maioria dos casos, onde o coeficiente de difusão variou de 1,026 .10 -11 m 2 s -1 a 30 °C até 9,004 .10 -11 m 2 s -1 a 60 °C com uma energia de ativação de 59,933 kJ mol -1 . Na aplicação de ultrassom de alta intensidade, os fatores de potência de ultrassom e a temperatura de extração resultaram ter influência significativa na porcentagem de recuperação e no coeficiente de difusão da cafeína no grão. Na condição de 55 °C, 81 W cm -2 e 70% de ciclo de ultrassom, o coeficiente de difusão da cafeína foi cerca de 21% maior do que o coeficiente de difusão da cafeína a 55 °C no processo de extração sem auxílio de ultrassom.Item Efeitos comportamantais e neuroquímicos agudos da cafeína em ratos adolecentes e adultos(Universidade Federal de São Carlos - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2010) Possi, Ana Paula Marques; Planeta, Cleopatra da SilvaA cafeína é provavelmente a substância psicoativa mais consumida no mundo. Essa substância está presente em alimentos, bebidas e medicamentos, sendo esses comercializados para indivíduos de todas as idades. Apesar disto, os efeitos da cafeína sobre os adolescentes são pouco compreendidos. Assim, o objetivo do presente estudo foi investigar os efeitos psicomotores e neuroquímicos da cafeína em ratos adolescentes e adultos. Para tanto, ratos Wistar adolescentes (dia pós- natal 37 - 40) ou adultos (dia pós-natal 70 - 74) tiveram sua atividade locomotora registrada após injeção intraperitoneal (i.p.) de salina ou cafeína (3, 10, 30, 60 ou 120 mg/kg). Em outro experimento ratos adolescentes e adultos receberam injeção i.p. de salina ou cafeína nas doses de 30 ou 100 mg/kg e as concentrações de dopamina, serotonina e seus metabólitos foram determinadas no córtex pré-frontal medial (CPFm), núcleo acumbens (NAc), caudado putamem (CPu) e área tegmental ventral (ATV) por cromatrografia líquida de alta resolução acoplada a detector eletroquímico. Nossos resultados demonstraram que a cafeína nas doses de 10 e 30 mg/kg induziram estimulação da atividade locomotora em ambos as idades, enquanto as doses mais elevadas (60 e 120 mg/kg) somente estimulou a atividade locomotora nos animais adolescentes. A injeção aguda de cafeína na dose de 30 e 100 mg/kg aumentou as concentrações de dopamina no CPu e na ATV em ratos adolescentes, mas não em adultos, e no NAc em ambas as idades. Além disso, cafeína causou aumento das concentrações de serotonina no CPFm em ratos adultos, mas não em adolescentes; e na ATV em ambas as idades. Portanto, em ratos adolescentes a cafeína causa estimulação em uma faixa de doses mais ampla que nos adultos. A alteração causada pela cafeína sobre o sistema dopaminérgico é mais evidente em ratos adolescentes do que adultos, enquanto sobre o sistema serotoninérgico é mais evidente em ratos adultos.