UNESP - Dissertações
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Item Tratamento anaeróbio – aeróbio de águas residuárias do processamento de frutos de cafeeiro em reatores biológicos(Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2015-02-27) Montoya, Alejandra Carolina Villa; Oliveira, Roberto Alves deAs águas residuárias do processamento de frutos de cafeeiro por via úmida (ARC) constituem-se num importante resíduo orgânico com grande potencial poluente. A digestão anaeróbia em dois estágios combinado com o pós- tratamento aeróbio, possibilita a produção de subprodutos com valor agregado. Neste trabalho foi avaliada a combinação de dois reatores UASB em série (R1 e R2) seguidos de um reator em batelada sequencial (RBS), para a produção de metano e efluente estabilizado com e sem suplementação de fósforo. Foi aplicado o aumento gradual de cargas orgânicas volumétricas (COV) de 0,5 a 6 g DQO total (L d) -1 , com tempos de detenção hidráulica de 60, 30 e 24 h no R1, R2 e RBS, respectivamente. A demanda química de oxigênio (DQO) dos afluentes aumentou de 6974 para 14939 mg L -1 O 2 , com isto, as remoções diminuíram de 87% para 80%, e a suplementação de fósforo não teve um efeito significativo sobre a remoção da matéria orgânica. A correção nutricional permitiu melhorar a qualidade dos efluentes, aumentando as eficiências de remoção de fenóis de 70% para 94% com fósforo, porém não houve aumento da produção de biogás com a correção nutricional. As maiores produções de metano ocorreram no R1, e foram de 0,29 e 0,74 L CH 4 (L d) -1 nos diferentes ensaios. Adicionalmente, o sistema anaeróbio – aeróbio removeu de 40% a 71% de nitrogênio total Kjeldahl (NTK) e fósforo total (PT) sem correção nutricional do afluente, e 41% e 81% de NTK e PT quando o afluente foi corrigido. Houve remoções de elementos inorgânicos como Fe, Zn, Cu, Mn, Mg, Ca e K, principalmente durante a digestão anaeróbia. Observou-se baixo desempenho para a produção de biogás e qualidade do efluente no R2, embora permitisse estabilizar os choques de carga e compostos tóxicos, como fenóis, durante as mudanças nas características físico-químicas das ARC. No RBS ocorreram fenômenos de nitrificação e remoção biológica de fósforo significativamente igual, mesmo com o decréscimo do tempo de reação aeróbia e a adição do ciclo de reação anóxica. Nos reatores UASB, em série, foi observada a remoção da matéria orgânica superior a 80% com tempos de detenção hidráulica de 90 h.Item Efeito do processo de descafeinação de café arábica em meio aquoso auxiliado por ultrassom sobre a composição quimica e o perfil sensorial(Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2015) Henao, Carolina Pérez; Barbosa, Roger DarrosO mercado do café descafeinado encontra-se em expansão, embora, a extração da cafeína possa, eventualmente, resultar em perdas de compostos químicos tais como ácidos clorogênicos, açúcares, trigonelína, lipídios e proteínas, compostos importantes para a formação do sabor, aroma e fragrância que determinam a qualidade final da bebida de café, assim como também podem-se perder compostos associados com os efeitos saudáveis como os antioxidantes presentes no café. A pesquisa teve como objetivos avaliar o impacto do processo alternativo de descafeinação usando água como solvente auxiliado por ultrassom de alta intensidade nas características físicas (dimensões, granulometria, esfericidade e densidade) e nos teores de cafeína, ácidos clorogênicos (ACG), açúcares e lipídios totais em grãos de café da variedade arábica, e, adicionalmente, avaliar o perfil sensorial da bebida do café descafeinado pelo método denominado Perfil Descritivo Otimizado. Os resultados foram comparados com os obtidos para café descafeinado com solvente orgânico (diclorometano) e para o café descafeinado com água em ausência de ultrassom. Para atingir tais objetivos foi realizada a seleção de julgadores com habilidades para análise sensorial, os quais foram treinados para a avaliação de café e foi avaliada a repetibilidade e consenso, sendo satisfatórios seus resultados para serem utilizados como julgadores na avaliação da bebida dos diferentes cafés. Foram desenvolvidas e testadas metodologias para analisar o café matéria prima e café descafeinado, visando à quantificação da cafeína e ácidos clorogênicos por protocolo em HPLC-MS, e, por espectrometria de massas (MS) foi possível identificar os isômeros majoritários dos ACG como 3-CQA, 4-CQA e 5- CQA. Os resultados mostraram que o café descafeinado com água e auxílio de ultrassom apresentou perdas não significativas nos teores de açúcares, lipídios, 3-CQA, 4-CQA, e, as dimensões físicas dos grãos (largura e espessura) não foram alteradas, assim como o perfil sensorial não apresentou diferença nos descritores sensoriais quando comparado com o café matéria prima, exceto para o descritor de corpo, que foi menor para o café descafeinado. Com os resultados deste trabalho conclui-se que a descafeinação com água e auxílio de ultrassom de alta intensidade é uma alternativa de descafeinação menos agressiva com o meio ambiente, necessitando menor tempo de processamento, não utiliza solventes orgânicos, e obtém um produto de qualidade similar ao café não descafeinado adequado para as pessoas que tem restrição de consumo de cafeína.Item Doses de nitrogênio via solo e aplicação de silício via foliar na cultura do café arábica(Faculdade de Ciências Agronômicas - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2016-07-28) Parecido, Renan José; Soratto, Rogério PeresNa fase inicial da cultura do café arábica (Coffea arabica L.), as exigências nutricionais aumentam rapidamente com a entrada em produção (primeira safra), época em que se deve ter cuidado na nutrição das plantas, pois os cafeeiros produzem muito, ainda com pouca folhagem (baixa relação folha/fruto). O nitrogênio (N) é o nutriente mais exigido pelo cafeeiro. O silício (Si) desempenha diversos efeitos benéficos às plantas, e supõe-se que possa melhorar o aproveitamento do N fornecido. Dessa forma, objetivou-se com o presente trabalho avaliar o efeito da aplicação de Si via foliar e doses de N via solo no crescimento, nutrição e produtividade inicial da cultura do café arábica. O experimento foi conduzido em uma área cultivada com cafeeiro arábica, cultivar Catuaí IAC 99, localizado no município de Manduri-SP, em um solo Latossolo Vermelho Amarelo distrófico. Foi adotado o delineamento em blocos casualizados, em esquema fatorial 4 x 2, com quatro repetições. Os tratamentos foram constituídos por quatro doses de N (0, 75, 150 e 300 kg ha -1 ) com presença e ausência de aplicação Si via foliar. A fonte de N utilizada foi o nitrato de amônio. O Si foi aplicado na dose de 2 L ha -1 do produto Silamol ® . O experimento foi conduzido durante o período de 39 meses após o plantio dos cafeeiros no campo. A adubação nitrogenada aumentou a altura da planta, o número de nós nos ramos plagiotrópicos e colaborou na manutenção do enfolhamento das plantas, na fase de formação da lavoura. A aplicação das maiores doses de N atrasou a maturação dos frutos e incrementou a produtividade e o tamanho dos grãos da cultura do café. Nas duas primeiras safras, a produtividade de grãos beneficiados da cultura do café arábica foi incrementada até doses de N que variaram de 246 a 300 kg ha -1 . A aplicação de Si via foliar proporcionou maior altura das plantas e número de nós nos ramos plagiotrópicos, especialmente na ausência da aplicação de N em cobertura. Na presença das maiores doses de N, o fornecimento de Si2 via foliar proporcionou maiores teores de N na folha e maior produtividade de grãos na cultura do café arábica.Item Recolhimento mecanizado do café em função do manejo do solo e da declividade do terreno(Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2016) Tavares, Tiago de Oliveira; Silva, Rouverson Pereira daA colheita do café de varrição é uma prática essencial na cafeicultura nos dias de hoje, pois o café caído de forma natural somado ao caído pela operação da colhedora fazem com que até 25% da produção esteja no solo, valor este dependendente de vários fatores relacionados à planta e às colhedoras utilizadas. Nos últimos anos, a mecanização deste processo se tornou comum, principalmente devido à oneração e à indisponibilidade de mão de obra. Porém, os poucos estudos existentes com estas máquinas dificultam as tomadas de decisões quanto às suas regulagens. Observações de campo sugerem que as recolhedoras apresentem alta sensibilidade às condições do solo e do material a ser recolhido. O uso de subsolagem nas lavouras é o fato considerado pelos produtores como o maior problema do recolhimento necessitando de alguma alternativa para reduzir os efeitos negativos. A declividade também é vista como entrave, pois o serviço deve ser realizado com menor velocidade, o que reduz a capacidade operacional e interfere no planejamento da colheita. Neste trabalho foram realizados dois estudos: no primeiro analisou-se quali-quantitativamente as operações de varrição e recolhimento em quatro manejos do solo subsolado e, no segundo, verificou-se a capacidade e a eficiência operacionais em quatro faixas de declividade. Os manejos do solo estudados foram: grade após subsolagem; trituração após subsolagem; gradagem e trituração após subsolagem; além de um padrão de comparação sem subsolagem. Para o trabalho de declividade adotou-se entrelinhas com faixas de 0,0 a 5,0%; 5,1 a 10,0%; 10,1 a 15,0% e 15,1 a 20,0% de declividade. Os experimentos foram realizados em duas propriedades no município de Presidente Olegário – MG, sob delineamento disposto em faixas, sendo utilizado o controle estatístico de processos para avaliar a qualidade das operações no primeiro estudo e teste de médias para analisar as capacidades e eficiências operacionais no segundo estudo. No primeiro estudo, a maior qualidade foi obtida para o manejo com grade e triturador após subsolagem, favorecendo menor quantidade de perdas e menor nível de impureza do café recolhido. O manejo apenas com grade após subsolagem apresentou os piores indicadores de qualidade. No segundo estudo, a declividade do terreno a partir de 15,1%, interferem no desempenho da recolhedora, reduzindo significativamente a capacidade de campo efetiva e operacional. Declividades de até 20% não prejudicam a eficiência de limpeza, por outro lado, para eficiência de recolhimento, declividades superiores a 15% reduzem de forma significativa o desempenho das máquinas.Item Produção de café orgânico na região sul de Minas Gerais: eficiência econômica e energética(Faculdade de Ciências Agronômicas - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2011-08) Turco, Patrícia Helena Nogueira; Esperancini, Maura Seiko TsutsuiA cafeicultura passou por profunda reestruturação nas últimas décadas, com mudanças significativas nas práticas de condução da lavoura. Em função dessas mudanças surgem sistemas de produção inovadores que buscam o aumento da competitividade pela melhoria da qualidade, redução de custos e intensificação da mecanização. Como estes fatores envolvem investimentos e alterações nas práticas tradicionais utilizadas, é natural que existam questões quanto à eficiência técnica e econômica, quando consideradas as características peculiares de uma dada região produtora. Dentre os sistemas existentes na cafeicultura, a produção orgânica é uma alternativa que busca a competitividade, diretamente ligada à integração dos sistemas de produção, minimizando gastos com insumos pelo aproveitamento de resíduos mediante práticas de reciclagem dos nutrientes e de matéria orgânica. O cultivo de café orgânico pode proporcionar maiores rendas ao adequar exigências de produção às características requisitadas por determinados nichos de mercados. O objetivo deste estudo foi estimar a eficiência (econômica e energética) de sistemas de produção de café orgânico, fazendo uso dos custos de produção e da renda bruta, respectivamente, como input e output econômico, a conversão dos insumos utilizados em unidades de energia, bem como a produção de café orgânico em grão beneficiado, respectivamente, como input e output energético. Para o desenvolvimento do estudo, foi delineado um sistema de produção a partir de levantamento de dados, informados por uma amostra de produtores em diferentes estágios de produção, que propiciaram a elaboração de uma matriz de coeficientes técnicos médios. A amostragem adotada nesta pesquisa foi intencional e não probabilística procurando-se selecionar propriedades nas quais a cultura de café é a principal fonte de renda. Foram entrevistados nove produtores em três municípios da Região Sul de Minas Gerais, que fazem sistematicamente anotações dos custos da cultura. Os resultados obtidos apontaram que a Receita Bruta Anal Equivalente e Custo Anual Equivalente foram R$4.926,95.ha -1 e R$4.084,09.ha -1 , respectivamente. Estes resultados indicam que se as receitas ocorressem igualmente em todos os anos, os produtores obteriam R$4.926,95.ha -1 e, do mesmo modo, se os custos fossem distribuídos ao longo do tempo de duração da cultura, os produtores teriam um dispêndio de R$4.084,09.ha -1 . Aplicando as estimativas obtidas à equação da eficiência econômica obteve-se o resultado de 1,21 indicando que a receita bruta supera os custos operacionais em 21%, indicando um sistema economicamente eficiente. Na análise energética, os resultados obtidos permitiram concluir que os sistemas apresentam balanços energéticos positivos, com uma produção energética de 637.697,MJ.ha -1 sendo que a energia utilizada para produção de café orgânico correspondeu a 112.998,MJ.ha -1 para os 20 anos considerados da cultura, indicando que o sistema foi eficiente energeticamente. Os maiores dispêndios energéticos, nas fases de implantação e condução da cultura, foram os de fonte biológica. Na fase de produção, a energia direta de fonte fóssil foi superior às demais.Item Avaliação in vitro do efeito da cafeína na inibição do vírus da Hepatite C(Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2014-08-04) Batista, Mariana Nogueira; Rahal, PaulaA hepatite C é a inflamação do fígado decorrente da infecção pelo vírus da hepatite C (HCV), frequentemente evolui para quadros crônicos, sendo considerada mundialmente a maior causa de cirrose e carcinoma hepatocelular. O tratamento padrão com PEG-IFN e ribavirina não é efetivo contra alguns genótipos do HCV, possui alto custo e efeitos colaterais severos. Portanto, novos tratamentos vêm sendo buscados. A cafeína vem sendo associada a um efeito benéfico sobre várias doenças hepáticas incluindo a melhora da bioquímica anormal do fígado, cirrose e carcinoma hepatocelular. A cafeína atua diretamente desacelerando a progressão da fibrose, além de melhorar a função de vias celulares hepáticas, dentre elas vias utilizadas durante o ciclo replicativo do HCV. Embora a cafeína tenha demonstrado efetividade no controle de doenças hepáticas e interação direta com vias celulares utilizadas pelo HCV, não há na literatura correlação direta entre o efeito da cafeína e as etapas do ciclo replicativo do HCV. Assim, o presente estudo propôs estabelecer a relação direta entre a cafeína e sua capacidade inibitória sobre as diferentes etapas do ciclo replicativo completo do HCV. Para esse estudo foram utilizados o replicon subgenômico SGR-JFH-FEO, os replicons completos FL-J6/JFH-5′C19Rluc2AUbi e JFH-1 e a linhagem celular Huh-7.5. A expressão viral foi avaliada por ensaios de Luciferase, Western Blotting, Imunofluorescencia indireta e qPCR. A cafeína demonstrou inibição da replicação viral em todos os níveis avaliados, apresentando IC50 de 0.7263 mM e atingindo em concentrações seguras, inibição máxima da replicação de HCVcc em torno de 79 %. A cafeína demonstrou ainda inibição de 30 % sobre a entrada quando aplicada em conjunto ao sobrenadante infeccioso. Entretanto, essa inibição dobra quando há a exposição das partículas à cafeína previamente à introdução em cultura de células, possivelmente havendo interação entre a cafeína e alguma proteína viral. Por outro lado, não houve influência da cafeína sobre o processo de liberação viral.Item Efeito da cafeína no desenvolvimento de Aedes aegypti (Diptera: Culicidae): o significado biológico das alterações do padrão de síntese de esterases(Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2014-05-30) Pólo, André Martins; Bicudo, Hermione Elly Melara de CamposO mosquito Aedes aegypti é vetor dos vírus causadores de doenças humanas entre as quais incluem-se a dengue, a dengue hemorrágica e a febre amarela. A transmissão dessas doenças é feita pelas fêmeas adultas, as quais necessitam de repasto sanguíneo para amadurecimento de seus óvulos. Ao picar indivíduos doentes e depois indivíduos não infectados, as fêmeas transmitem os vírus absorvidos dos primeiros, juntamente com o sangue. Vários estudos mostraram que o tratamento com cafeína (CAF) bloqueia o desenvolvimento e mata A. aegypti na fase larval, impedindo a produção de adultos e, consequentemente, a transmissão das doenças mencionadas. Paralelamente, trabalhos preliminares indicaram que o tratamento do mosquito com CAF altera o padrão de síntese das enzimas esterases. São enzimas que desempenham papel importante em vários processos fisiológicos dos organismos, estando inclusive envolvidas no controle da metamorfose dos insetos. No presente trabalho, as esterases foram analisadas em géis de poliacrilamida corados com α-naftil e β-naftil acetatos e Fast Blue RR. As amostras foram preparadas com larvas L2/L3, L4, pupas e adultos, porém, tendo em vista que a fase L4 foi a que permitiu melhor observação das bandas, o estudo praticamente restringiu-se à mesma. A comparação das amostras dos mosquitos tratados e controle envolveu a observação da presença e da frequência das bandas esterásicas nos géis. Foi também analisado o grau de expressão das bandas com base na intensidade de coloração avaliada pelo programa computacional Global Lab Image. A presente análise mostrou que a CAF altera cinco bandas β- esterásicas (EST-17A a EST-21) e um grupo de bandas α-esterásicas (EST-12 a EST-14). As bandas EST-17A a EST-20 apresentaram redução em ambas as características, enquanto EST-21 e as α-esterases apresentaram aumento. Tendo em vista as variações do grau de expressão das esterases, paralelamente ao bloqueio do desenvolvimento larval aventou-se relacionadas com a hipótese a regulação de que dos essas esterases hormônios estejam controladores do desenvolvimento. Desta forma, por exemplo, as β-esterases poderiam constituir esterases do hormônio juvenil que seriam expressas em níveis mais baixos sob tratamento com a cafeína. Esses níveis de expressão não seriam suficientes para desdobrar o hormônio juvenil, que é um processo necessário para ocorrer a muda. A classificação dessas bandas como carboxilesterases, a mesma classificação da esterase do hormônio juvenil descrita na literatura, incentiva a continuidade do teste dessa hipótese. Nesse sentido algumas das bandas que se alteram sob ação da CAF foram isoladas do gel e as enzimas correspondentes sofreram uma primeira purificação para posterior sequenciamento a ser realizado no Laboratório de Tecnologia Enzimática da FCFRP-USP por cromatografia de troca iônica e exclusão de massa molecular.Item Avaliação dos efeitos de Coffea arabica L., Brassica campestris L. e de sua associação na obesidade induzida por dieta hipercalórica(Instituto de Biociências - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2014) Del Ben, Adriana; Di Stasi, Luiz ClaudioA obesidade, juntamente com o sobrepeso, tem sido considerada um dos mais graves problemas de saúde pública do mundo, especialmente por serem os principais fatores de risco para inúmeras doenças crônicas, como a doença coronariana, diabetes mellitus tipo II, hipertensão e alguns tipos de tumores, as quais estão associadas a altas taxas de mortalidade. Devido à gravidade da obesidade para a população mundial, a padronização de modelos experimentais é necessária para realização de estudos em busca de novos tratamentos. O uso de compostos vegetais com apelo de promoção da saúde tem crescido como mecanismo de prevenção, controle e tratamento de doenças crônicas como a obesidade. Vários estudos etnofarmacológicos indicam espécies vegetais para o tratamento de distúrbios relacionados à obesidade com um importante atrativo de que estes compostos podem reduzir os efeitos adversos provocados pelo tratamento com anorexígenos tradicionais. Considerando a necessidade de um bom modelo experimental e que tanto a ingesta de alimentos como o tratamento por via oral com diferentes compostos pode manter as funções vitais do organismo, o objetivo deste projeto foi padronizar o modelo experimental de obesidade induzida por dieta hipercalórica em ratos e camundongos e avaliar os efeitos dos extratos padronizados de óleo de café verde (Coffea arabica L.), fitoesteróis de canola (Brassica campestres L.) e da associação dos dois extratos na obesidade induzida por dieta hipercalórica em roedores. Após indução da obesidade, os animais foram tratados por 21 dias com os extratos por via oral e sacrificados no 22o dia para avaliação dos efeitos destes produtos. Os experimentos mostraram que a indução da obesidade foi efetiva tanto em camundongos como em ratos, sendo que em camundongos foram necessárias apenas 8 semanas para se desenvolver obesidade severa. O óleo de café verde foi eficaz na redução do peso corporal, dos níveis de insulina, proteína C reativa e leptina dos animais obesos. Os fitoesteróis da canola foram hábeis em diminuir os níveis de proteína C reativa e colesterol. A associação dos dois produtos reduziu o colesterol, os triacilgrliceróis e o VLDL-colesterol. De acordo com os resultados obtidos, conclui-se que o modelo de indução em camundongos é mais adequado e o extrato mais eficaz é o de óleo de café verde.Item Espaçamentos para caffeiro ( Coffea Arabica L.) com e sem irrigação em região de cerrado(Faculdade de Engenharia - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2005-07) Santos, Marcio Lustosa; Furlani Junior, EnesO presente teve por objetivo avaliar as características de crescimento vegetativo e produtividade dos cafeeiros sob diferentes espaçamentos entre linhas com e sem irrigação em áreas de Cerrado, na região de Selvíria - MS. O trabalho foi instalado na área experimental da Fazenda de Ensino e Pesquisa da FE/UNESP, Campus de Ilha Solteira, localizada no município de Selvíria-MS (20o22’S e 51o22’W). Os tratamentos utilizados no experimento foram os espaçamentos de 4,00, 3,50, 2,00 e 1,75 m com as plantas de café cv. Mundo Novo, espaçadas entre si de 0,75 m. Com estes espaçamentos obtiveram-se, respectivamente, as populações de 3.333, 3.809, 6.666 e 7.618 plantas ha -1 , com e sem a utilização da irrigação. O delineamento experimental utilizado foi blocos ao acaso com 4 repetições, num esquema fatorial 2x4, onde o primeiro fator foi a irrigação e no segundo o espaçamento entre linhas. A irrigação foi feita por meio do sistema de gotejamento, com vazão de 2 L hora -1 . Na avaliação das plantas foram consideradas as variáveis de produção e de desenvolvimento vegetativo, como: produtividade de grãos beneficiados, rendimento de grãos, massa de 100 grãos, altura de plantas, diâmetro de caule, número de pares de ramos plagiotrópicos totais por planta, comprimento de ramos plagiotrópicos e distância entre plantas (correspondente ao espaço livre entre linhas). A produtividade do cafeeiro foi incrementada com o aumento da população de plantas, até 6.666 plantas ha -1 , correspondente ao espaçamento de 2,00 x 0,75 m. Para a população superior a 6.666 plantas ha -1 , houve decréscimo na produtividade. O adensamento das lavouras de café não interfere no desenvolvimento vegetativo do cafeeiro na fase de produção, até cinco anos após o plantio. A irrigação contribui para o aumento da produtividade do cafeeiro, além de promover um maior desenvolvimento vegetativo sob irrigação.Item Utilização de água residuária do processo pós-colheita do café na produção de mudas de cafeeiro(Faculdade de Ciências Agronômicas - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2009-11-13) Melo, Augusto Cezar de Paula e; Sousa, Antônio de PáduaCom o intuito de alcançar maiores produtividades de café, cafeicultores começaram, a partir da década de 80, a fazer uso do processamento pós-colheita de café, a fim de garantirem uma qualidade superior de seu produto. Porém, com o processamento, houve o surgimento de outro problema a água residuária de café (ARC) que passou a contaminar rios, ribeirões, solos, lençol freático, etc. Este trabalho teve como objetivo utilizar a ARC na produção de mudas de café verificando sua viabilidade e a capacidade de a ARC em suprir as necessidades das mudas com relação ao potássio, quando estas não recebem cloreto de potássio no solo utilizado. O trabalho foi desenvolvido na Faculdade de Ciências Agronômicas – UNESP, Botucatu – SP em uma casa de vegetação localizada no Departamento de Engenharia Rural, consistiu de 10 tratamentos em um fatorial 5x2 (5 proporções de água residuária de processamento pós-colheita do café – 0%, 25%, 50%, 75% e 100% - e presença ou ausência de cloreto de potássio no solo utilizado), com 4 repetições dispostos em delineamento inteiramente casualizados. A ARC foi aplicada a cada 48 horas com uma lâmina de 10 mm. Após 6 meses, foram avaliadas características vegetativas das plantas e características químicas do solo e das plantas. Constatou-se que os tratamentos com a presença de cloreto de potássio foram estatisticamente inferiores aos tratamentos que não apresentavam KCl em seu solo quanto às características vegetativas. Com o aumento das proporções de água residuária, houve um decréscimo nas características vegetativas, porém um acréscimo nas características químicas do solo. Além disso, os tratamentos sem a presença de KCl e com 0% e 25% de água residuária de café foram estatisticamente iguais, mostrando a viabilidade no uso da ARC na produção de mudas de café, desde que o solo não contenha KCl e que a água utilizada seja uma mistura de 25% de ARC com 75% de água comum.