UFLA - Dissertações
URI permanente para esta coleçãohttps://thoth.dti.ufv.br/handle/123456789/3332
Navegar
Item Diversificação da agricultura familiar no Sul de Minas Gerais: uma análise da percepção de professores e pesquisadores(Universidade Federal de Lavras, 2008-02-25) Santana, Ana Carolina; Alencar, EdgardO objetivo desta pesquisa foi identificar e descrever a percepção que pesquisadores e professores universitários possuem da diversificação como um meio para promover o desenvolvimento da agropecuária familiar sul-mineira e confrontar a percepção desses profissionais com a percepção dos diferentes atores sociais identificadas nos estudos anteriores, os produtores familiares, técnicos e representantes do governo local. Com relação à coleta de dados, utilizou-se a técnica “focused interview”. Os entrevistados foram selecionados pelo método não- probabilístico de amostragem por julgamento, sendo seis professores universitários e três pesquisadores. As duas categorias de entrevistados desse estudo tendem perceber a diversificação como favorável ao desenvolvimento da agropecuária familiar sul-mineira, por representar uma alternativa de renda e reduzir riscos econômicos, evitando dessa forma, o êxodo rural. Os principais objetos de orientação que influenciaram a percepção dos atores, levando-os a considerar a diversificação como favorável, foram os fatores edafoclimáticos (clima, solo e recursos hídricos), os fatores infra-estruturais (estrutura viária, rede de escolas, assistência técnica e pesquisa ligada à agropecuária) e de localização, isto é, proximidade de grandes áreas metropolitanas. Apenas um dos pesquisadores entrevistados atribuiu à diversificação o caráter limitante por considerar que “uma diversificação muito grande” pode gerar dificuldades na comercialização e pelo fato de avaliar que o aumento de renda não seria significativo. Percebe-se que a diversificação agrícola é mais utilizada na região, tendo como principal alternativa a fruticultura com destaque para o figo e goiaba, e entre as atividades que envolvem a diversificação rural foram citadas a “agroindústria do produtor” e o turismo rural, sendo, no entanto, pouco exploradas na região. Pode-se perceber que nem sempre o que é considerado melhor para os produtores, na opinião dos próprios produtores, é visto da mesma forma pelos técnicos representantes do governo local, professores universitários e pesquisadores. Isso pode ser explicado pelo fato desses atores possuírem experiências, valores e crenças diferenciadas e situarem-se em diferentes contextos guiados por diferentes objetos de orientação para formação de sua percepção. Essa constatação sugere a necessidade de os formuladores de projetos de desenvolvimento levarem em conta as opiniões de diferentes atores sociais, adotando uma postura mais participativa.Item Logística e comercialização de cafés especiais no estado do Espírito Santo(Universidade Federal de Lavras, 2003-02-26) Dias, Cledinaldo Aparecido; Alencar, EdgardEste trabalho teve como objetivo identificar como os segmentos da cadeia do café do Estado do Espírito Santo têm desenvolvido os sistemas de comercialização e logística dos cafés especiais arábica produzidos, identificando os pontos de estrangulamento, as potencialidades eas possibilidades de melhoria dos sistemas, como alternativa de aumentar a competitividade do Estado nos mercados internacionais e doméstico. Utilizou-se como método de pesquisa o estudo de caso e a pesquisa documental. A seleção dos segmentos baseou-se no diagrama do sistema agroindustrial do café do Brasil proposto por Farina e Zylberzstajn (1998), onde foram selecionados quatorze atores que atuam na cadeia produtiva de café no Estado do Espírito Santo. Em cada interface os agentes foram submetidos a entrevistas utilizando-se de questionários semi- estruturados, elaborados de acordo com o segmento de cada ator. Os resultados obtidos identificaram como principais fatores limitantes o pequeno volume de cafés especiais produzidos no Estado; as condições infra-estruturais de transporte, principalmente nas estradas vicinais do Estado; a deficiente rede de cooperativas e associações de produtores e o reduzido número de canais de comercialização. Entre os fatores percebidos como favoráveis destacam-se a localização geográfica do Estado que é favorecida pelas curtas distâncias existentes entre os pontos de produção e exportação; a estrutura portuária que é reconhecida como uma das melhores do País; a tradição e experiência dos exportadores nos serviços de comercialização elogística, bem como opotencial de suas instalações que apresentam ótimas condições de estocagem e rebeneficiamento. Identificou-se ainda a integração dos agentes que participam da cadeia; o marketing do café capixaba desenvolvido nos últimos anos e o grande potencial do mercado consumidor. À guisa de conclusões, pode-se apresentar que apesar da pouca significância do Estado do Espírito Santo na produção total de cafés especiais do Brasil, o Estado apresenta condições potenciais para a participação neste nicho de mercado. O tratamento das limitações e o aproveitamento das potencialidades logísticas e de comercialização mostram que o incentivo e a participação integrada dos agentes na produção de cafés de qualidade melhorada tem corroborado para a introdução do Estado em mercados mais competitivos do Brasil e do mundo.Item Logística e comercialização de cafés especiais no Estado do Espírito Santo(Universidade Federal de Lavras, 2003) Dias, Cledinaldo Aparecido; Alencar, Edgard; Universidade Federal de LavrasEste trabalho teve como objetivo identificar como os segmentos da cadeia do café do Estado do Espírito Santo têm desenvolvido os sistemas de comercialização e logística dos cafés especiais arábica produzidos, identificando os pontos de estrangulamento, as potencialidades e as possibilidades de melhoria dos sistemas, como alternativa de aumentar a competitividade do Estado nos mercados internacionais e doméstico. Utilizou-se como método de pesquisa o estudo de caso e a pesquisa documental. A seleção dos segmentos baseou-se no diagrama do sistema agroindustrial do café do Brasil proposto por Farina e Zylberzstajn (1998), onde foram selecionados quatorze atores que atuam na cadeia produtiva de café no Estado do Espírito Santo. Em cada interface os agentes foram submetidos a entrevistas utilizando-se de questionários semi-estruturados, elaborados de acordo com o segmento de cada ator. Os resultados obtidos identificaram como principais fatores limitantes o pequeno volume de cafés especiais produzidos no Estado; as condições infra-estruturais de transporte, principalmente nas estradas vicinais do Estado; a deficiente rede de cooperativas e associações de produtores e o reduzido número de canais de comercialização. Entre os fatores percebidos como favoráveis destacam-se a localização geográfica do Estado que é favorecida pelas curtas distâncias existentes entre os pontos de produção e exportação; a estrutura portuária que é reconhecida como uma das melhores do País; a tradição e experiência dos exportadores nos serviços de comercialização e logística, bem como o potencial de suas instalações que apresentam ótimas condições de estocagem e rebeneficiamento. Identificou-se ainda a integração dos agentes que participam da cadeia; o marketing do café capixaba desenvolvido nos últimos anos e o grande potencial do mercado consumidor. À guisa de conclusões, pode-se apresentar que apesar da pouca significância do Estado do Espírito Santo na produção total de cafés especiais do Brasil, o Estado apresenta condições potenciais para a participação neste nicho de mercado. O tratamento das limitações e o aproveitamento das potencialidades logísticas e de comercialização mostram que o incentivo e a participação integrada dos agentes na produção de cafés de qualidade melhorada tem corroborado para a introdução do Estado em mercados mais competitivos do Brasil e do mundo.Item Trajetória histórica do café na Região Sul de Minas Gerais(Universidade Federal de Lavras, 2000-03-02) Filetto, Ferdinando; Alencar, EdgardEste trabalho teve como objetivo analisar historicamente o café da região sul de Minas Gerais. Consideramos objeto de estudo historiográfico obras literárias, documentos, textos de natureza jornalística, memorialística, biográfica, documental e didática. Outro método utilizado foi o quantitativo, além da história oral e a história de vida que suplementaram os documentos oficiais. Nosso objeto empírico de investigação foi a região sul de Minas Gerais e a temática de estudo o desenvolvimento histórico do café nesta região. Atentamos para o conceito de região e espaço, como construção, processo histórico concreto, portanto, atravessado pela temporalidade e nela interferente. A expansão do cafeeiro no sul mineiro fez surgir uma paisagem nova: a paisagem do café. Onde era mata virgem, apareceram as fezendas auto- suficientes, emoldurando o planalto; provocou o crescimento de muitas cidades e multiplicou as vias férreas, substituindo as trilhas onde predominavam as tropas de burros. As primeiras culturas de café no sul mineiro foram estabelecidas em Aiuruoca, Jacuí e Baependi, no vale do rio Sapucaí e rio Grande, em fins do século XVTII, por intermédio dos tropeiros que faziam a ligação da região com o Rio de Janeiro. O maior entrave à expansão da cafeicultura sul mineira foi a dificuldade de transportes. As vias de comunicação eram precárias e as distâncias a serem percorridas muito longas. Até o final do século XIX, a produção e exportação foram modestas frente a concorrência das áreas produtoras localizados mais próximos aos portos de embarque. O início do século XX trouxe uma nova dinâmica produtiva, graças às linha ferroviárias. O perfil produtivo mudaria somente na década de 1970 com o Plano de Renovação e Recuperação dos Cafezais, fomentado pelo IBC. O sul mineiro configura-se, atualmente, num modelo de complexo agroindustrial, apesar da maior parte de sua produção destinar-se à exportação. São 200 anos dessa cultura no sul mineiro, motivo maior que justifica a denominação de '^tradicional região cafeeira".