UFLA - Dissertações

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    Avaliação das condições de saúde do trabalhador na operação de derriça do café
    (Universidade Federal de Lavras, 2011-08-02) Pomárico, Giovanni; Rabelo, Giovanni Francisco
    A colheita do café é uma das mais importantes etapas da produção. Uma colheita bem feita influência a qualidade da bebida. A colheita manual é a mais indicada quando se pretende obter um café diferenciado. Entretanto, nos trabalhos na lavoura, os empregados enfrentam várias condições de risco para a sua saúde. Nesse sentido, o trabalhador responsável pela colheita deve manter-se saudável, afastando doenças que possam afetar tanto sua vida pessoal quanto profissional. Este trabalho foi realizado com o objetivo de apresentar uma análise da mão de obra envolvida na colheita de café, identificando riscos e propor intervenções que minimizem estes riscos. O experimento foi conduzido em plantios de café dentro do campus da Universidade Federal de Lavras (UFLA). Foram acompanhados 15 apanhadores de café e avaliados os seguintes parâmetros: índice de massa corpórea (IMC), relação cintura-quadril (RCQ), pressão arterial, preensão manual, avaliação da postura estática, frequências por minuto de utilização das articulações de membros superiores e tronco do trabalhador. Para a derriçadora manual, foram coletados os dados referentes ao nível de pressão sonora e a vibração do antebraço do trabalhador. Com relação ao IMC, houve um equilíbrio, tendo 47% dos trabalhadores apresentado eutrofia e 53%, sobrepeso e obesidade. Curiosamente, 87% deles não se encontram abaixo do limite máximo da relação cintura-quadril, ou seja, não foi observada forte correlação entre estes parâmetros. Cerca de 67% dos trabalhadores apresentaram pressão arterial normal; 27%, hipertensão leve e 6%, hipertensão moderada. Quanto à preensão manual, apenas um trabalhador não apresentou bom resultado. Foi observado, ainda, que cerca de 87% dos apanhadores apresentam escoliose, o que causa preocupação em trabalhadores mais velhos. Para a frequência de utilização das articulações dos membros superiores e tronco, todos os trabalhadores ficaram acima do recomendado pela OIT. Quanto ao nível de pressão sonora, a derriçadora manual apresentou média de 92,52 dB(A), o que possibilita a permanência sem equipamento de proteção individual (EPI), por três horas diárias. Já se for considerada a vibração transmitida ao braço do trabalhador, o limite máximo é de duas horas.
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    Competitividade na cadeia agroindustrial do café: uma análise comparativa de acordo com a economia dos custos de transação
    (Universidade Federal de Lavras, 2000-09-15) Matos, Alan Kardec Veloso de Matos; Santos, Antônio Carlos dos
    O presentetrabalho traz um estudo da cadeia agroindustrial do café em duas regiões de Minas Gerais, Brasil, no qual são analisados os fatores e mecanismos que os seus atores podem utilizar para desenvolver suas estratégias competitivas. Foram analisadas, ao longo da cadeia agroindustrial do café, as características básicas das transações (especificidade dos ativos, freqüência das transações, incerteza), formas de governança (mercado, hierárquica e mista) e de contratos (clássico, neoclássico e relacionai) e coordenação da cadeia, com o intuito de responder à pergunta chave: determinados esses fatores, em qual das duas regiões a cadeia do café será mais competitiva? A pesquisa realizada foi do tipo qualitativa, classificada como conclusiva por apresentar objetivos bem definidos. O objeto da pesquisa foi a cadeia agroindustrial do café em duas regiões produtoras de Minas Gerais: a região Sulde Minas (RSM) e a região do Cerrado Mineiro (RCM). Os dados foram coletados pela aplicação de questionário junto aos agentes da cadeia nas duas regiões estudadas e por levantamento de dados em bibliografia referente ao assunto. Para a análise da competitividade da cadeia agroindustrial do café (CAC) nas duas regiões utilizou se o conceito de Análise Estrutural Discreta Comparada. As variáveis estudadas foram: especificidade dos ativos (física, local, humana e dedicada relacionada à marca e temporal), freqüência das transações, forma de governança (mercado, hierarquia e híbrida), os contratos e a forma como se dá a coordenação da cadeia nas duas regiões. O resultados quanto às características básicas das transações indicaram que: a especificidade local para produtores da RSM foi considerada mais baixa em relação aos produtores da RCM e a especificidade local para torrefàdoras localizadas na RCM é mais baixa em relação às da RSM. A especificidade dos ativos físicos foi considerada alta para os dois grupos de produtores. A especificidade de local para torrefàdoras localizadas na RCM foi considerada menor em relação às localizadas na RSM. A especificidade dos ativos físicos foi considerada alta para os dois grupos de produtores e Torrefàdoras pesquisadas. A RCM apresentou maior especificidade de ativos humanos na produção do café. Torrefàdoras das duas regiões utilizam treinamento da mão-de-obra e não apresentaram diferenças quanto à especificidade em relação a esse tipo de ativo. Os ativos dedicados e temporal foramclassificados como baixos nos dois grupos de produtores e torrefàdoras na RSM e RCM. A freqüência das transações é maior na RCM para produtores e igual para torrefàdoras. A RSM apresenta maior risco para produtores. Os contratos utilizados nas duas regiões foram classificados como clássicos, neoclássicos e relacionais. A coordenação da cadeia nas duas regiões é realizada de formas distintas. Na região do cerrado mineiro a coordenação é realizada através de cooperativas, enquanto que na região sul de minas as associações são responsáveis pelo processo de coordenação. Conclui-se que a cadeia agroindustrial da RCM, apoiada em um forte sistema de associações, apresenta evidências de ser melhor coordenada, podendo ser este um fator de maior competitividade para esta região frente ao novo ambiente de mercado desregulamentado.
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    Gestão estratégica na cafeicultura: eficiência de fatores produtivos e quantificação de emissões de gases do efeito estufa
    (Universidade Federal de Lavras, 2015-02-15) Oliveira, Diego Humberto de; Guimarães, Rubens José
    Com as reestruturações macroeconômicas do final do século XX o setor cafeeiro se organizou em um novo arranjo. Premissas de gestão, diferentes das tradicionais, foram instituídas sobre as propriedades cafeeiras e a demanda dos consumidores acerca da sustentabilidade passou a orientar a indústria que, para poder oferecer produtos diferenciados, passou a demandá-los dos cafeicultores. Entretanto, o despreparo gerencial herdado da antiga regulamentação do setor interfere nos resultados econômicos da produção e muitos cafeicultores sequer buscam diferenciar seu produto. Além disto, ao longo dos ciclos produtivos as quantidades de fatores produtivos são alteradas sem as devidas recomendações técnicas, podendo inviabilizar economicamente a produção ou impactá-la ambientalmente. Com as novas demandas de consumo, que remetem a produções sustentáveis, em algum momento esta situação poderá levar à perda de oportunidades comerciais. O produtor, portanto, demanda informações para agir estrategicamente sobre seu negócio. Objetivou-se, com este trabalho, sugerir um processo para a gestão estratégica de empreendimentos cafeeiros, considerando os aspectos econômicos e ambientais. Foram analisadas as viabilidades econômicas de um fertilizante formulado NPK quando aplicado em diferentes níveis em cafeeiros irrigados e a quantificação de suas emissões de gases causadores do efeito estufa (GEE). As análises contemplaram as safras 2012/2013 e 2013/2014 de um experimento conduzido na Universidade Federal de Lavras. Seu delineamento foi em blocos ao acaso, com seis tratamentos e quatro repetições, sendo seis níveis de adubação com um fertilizante contendo N, P 2 O 5 e K 2 O que foram de 10, 40, 70, 100, 130 e 160% da recomendação de adubação padrão para cafeeiros de sequeiro. As emissões de GEE se basearam nos índices do IPCC para óxido nitroso (N 2 O) e dióxido de carbono (CO 2 ). Houve efeito significativo dos níveis de adubação sobre a produtividade no biênio e a produção máxima foi alcançada com a aplicação do fertilizante no nível de 145,57% da recomendação padrão. A produção ótima econômica ocorreu com a aplicação no nível de 118,12%. As produções máxima e ótima econômica no biênio geraram uma margem bruta de R$18.205,73 por hectare (ha) e R$19.127,81/há, respectivamente, considerando apenas os custos do fertilizante que foi o fator variável. Quanto às emissões de GEE, a quantidade de fertilizante que maximizou a produção gerou 7,42 toneladas de carbono equivalente (tCO 2 e) por hectare, enquanto a quantidade ótima econômica gerou 6,02 tCO 2 e/ha; uma diferença de 18,86%. O processo pode ser incorporado pela gestão estratégica das unidades produtivas para a adequação econômica de fatores produtivos e indicação de uma produção com menor impacto ambiental.
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    Trajetória histórica do café na Região Sul de Minas Gerais
    (Universidade Federal de Lavras, 2000-03-02) Filetto, Ferdinando; Alencar, Edgard
    Este trabalho teve como objetivo analisar historicamente o café da região sul de Minas Gerais. Consideramos objeto de estudo historiográfico obras literárias, documentos, textos de natureza jornalística, memorialística, biográfica, documental e didática. Outro método utilizado foi o quantitativo, além da história oral e a história de vida que suplementaram os documentos oficiais. Nosso objeto empírico de investigação foi a região sul de Minas Gerais e a temática de estudo o desenvolvimento histórico do café nesta região. Atentamos para o conceito de região e espaço, como construção, processo histórico concreto, portanto, atravessado pela temporalidade e nela interferente. A expansão do cafeeiro no sul mineiro fez surgir uma paisagem nova: a paisagem do café. Onde era mata virgem, apareceram as fezendas auto- suficientes, emoldurando o planalto; provocou o crescimento de muitas cidades e multiplicou as vias férreas, substituindo as trilhas onde predominavam as tropas de burros. As primeiras culturas de café no sul mineiro foram estabelecidas em Aiuruoca, Jacuí e Baependi, no vale do rio Sapucaí e rio Grande, em fins do século XVTII, por intermédio dos tropeiros que faziam a ligação da região com o Rio de Janeiro. O maior entrave à expansão da cafeicultura sul mineira foi a dificuldade de transportes. As vias de comunicação eram precárias e as distâncias a serem percorridas muito longas. Até o final do século XIX, a produção e exportação foram modestas frente a concorrência das áreas produtoras localizados mais próximos aos portos de embarque. O início do século XX trouxe uma nova dinâmica produtiva, graças às linha ferroviárias. O perfil produtivo mudaria somente na década de 1970 com o Plano de Renovação e Recuperação dos Cafezais, fomentado pelo IBC. O sul mineiro configura-se, atualmente, num modelo de complexo agroindustrial, apesar da maior parte de sua produção destinar-se à exportação. São 200 anos dessa cultura no sul mineiro, motivo maior que justifica a denominação de '^tradicional região cafeeira".
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    Estrutura e dinâmica dos agentes da cadeia produtiva do café conilon no estado do Espírito Santo
    (Universidade Federal de Lavras, 2003-09-11) Lubiana, Cleidice; Santos, Antônio Carlos dos
    O objetivo deste trabalho consiste em caracterizar a estrutura e identificar a dinâmica de desenvolvimento dos agentes da cadeia produtiva do café conilon no estado do Espírito Santo. A metodologia utilizada baseou-se na pesquisa qualitativa, por meio de estudo exploratório e descritivo, com a utilização de roteiro de entrevistas, dividido em cinco grupos: processos, tecnologias de produção, informações, inter-relações e profissionalização/ mecanismos de coordenação. Verificou-se que, dentre as variáveis que influenciaram o desenvolvimento do agente dentro do seu segmento e em relação aos outros segmentos da cadeia foram principalmente as variáveis informação, conhecimento da cadeia e inter-relações. Quanto maior o grau de conhecimento e desenvolvimento nestas variáveis, melhor é o seu posicionamento. Nos segmentos isoladamente observou-se uma heterogeneidade dos agentes, marcada pelas diferenças existentes no porte e profissionalização na atividade. Cada agente, em seu segmento, atua de acordo com as necessidades de sua atividade, não existindo a preocupação de verificar o impacto de suas ações na cadeia como um todo. Agentes que apresentam maior grau de informação, que dispõem de mais profissionalização e mantêm os maiores números de inter-relações, em comparação com os demais componentes da cadeia, de forma indireta, são os que conduzem os rumos da cadeia produtiva do café, deixando para os demais o papel de seguidores.
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    Fatores internos da gestão de riscos de produtores de café do Sul e Sudoeste de Minas Gerais
    (Universidade Federal de Lavras, 2011-02-18) Costa, Cássio Henrique Garcia; Castro Júnior, Luiz Gonzaga de
    O café está entre as commodities mais negociadas e também, umas das que apresenta maior volatilidade. Devido aos riscos inseridos à cafeicultura, a atividade foi marcada por intensa intervenção estatal. Nas últimas décadas, tal influência não mais é significativa como em outros tempos. A retirada do governo desse setor da economia o conduziu a algo mais próximo do livre comércio. A situação econômica atual demanda mudança de paradigmas dos cafeicultores para conseguirem se adequar ao novo contexto. A gestão de riscos tem papel preponderante neste novo cenário, pois dá subsídios aos produtores para que possam tomar decisões acertadas e pontuais na atividade. O principal objetivo deste estudo consiste em analisar a gestão de riscos de produtores de café do sul e sudoeste de Minas Gerais. No referencial teórico é conceituada a gestão de riscos e seus níveis (gestão financeira e de custos, planejamento da comercialização e utilização do mercado futuro). O modelo conceitual aborda as principais variáveis condicionantes das ações gerencias e da gestão de riscos ligadas à agricultura e, especificamente à cafeicultura. Foram aplicados 332 questionários a cafeicultores do sul e sudoeste de Minas Gerais com questões sobre aspectos socioeconômicos, gestão financeira e de custos, processo de comercialização e, às fontes de informação e às tecnologias da informação utilizadas por eles em suas propriedades. Para analisar os fatores condicionantes da gestão de risco dos cafeicultores o modelo empregado foi o de escolha qualitativa, o logit binomial. Verificou-se que a gestão financeira e de custos não faz parte da realidade da grande maioria dos cafeicultores estudados. É pequeno o número de produtores que planejam a comercialização do café, e menor ainda percentual que utiliza alternativas de comercialização avindas do mercado futuro. A utilização da tecnologia da informação ainda é bem limitada entre os cafeicultores da região. Os principais fatores condicionantes da gestão de riscos dos cafeicultores do Sul de Minas são a escolaridade e o número de funcionários contratados pelos cafeicultores. Produtores que apresentam maiores operações agrícolas, grandes áreas de produção e, também, maiores obrigações fixas, necessitam, consequentemente, da garantia de um nível de renda adequado para cobrir suas despesas empresariais, o que faz com adotem alternativas de gestão de riscos. O nível 3 de gestão de riscos, onde os produtores tem uma melhor medida da eficiência da atividade é o que exige maior domínio e utilização por parte dos gestores da tecnologia da informação. Portanto, quanto maior o acesso dos cafeicultores a conhecimentos, tecnologias e informações relacionadas à atividade, maior a propensão destes à adoção de alternativas da gestão de riscos.
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    Adoção de sistemas de informações: um estudo comparativo no segmento produtivo da cadeia do café
    (Universidade Federal de Lavras, 2005-06-29) Santos, Marcos Eduardo dos; Jesus, José Carlos dos Santos
    Devido à dificuldade em se introduzir novas tecnologias no setor rural, mais especificamente a Tecnologia da Informação (TI), este estudo buscou identificar os fatores que contribuíram para o processo de adoção de sistemas de informações em empresas rurais, bem como as motivações, as resistências, os impactos decorrentes dessa adoção e como eles estão sendo estrategicamente utilizados. Tem-se como objetos de estudo seis empresas cafeeiras situadas na região Sul de Minas Gerais que adotaram dois tipos de TI. Este estudo foi realizado em três etapas: 1) revisão teórica sobre adoção, impactos e resistências de tecnologia e consolidação do modelo teórico de análise; 2) levantamento do histórico das organizações em estudo e de sua estrutura organizacional por meio de observações, análise documental e entrevistas com o responsável pela área de informática e diretor geral; 3) entrevistas com diretores e gerentes para esclarecer os motivos que os levaram a adotar os SIs. Após a comparação dos casos estudados conclui-se que: o principal motivo dos empresários para a adoção das TIs foi melhorar a gestão de custos da empresa, bem como sanar os problemas ocorridos nos processos de informatização passados; as etapas da adoção das TIs em estudo são conhecimento, persuação, decisão, implementação e confirmação; a curta estrutura organizacional, o reduzido número de funcionários administrativos e a metodologia de adoção das TIs contribuiu para que as resistências ao processo de adoção fossem as mínimas possíveis; os fatores que dificultaram o processo de adoção são categorizadas em limitação financeira dos empresários, baixa formação dos operadores, falta de recursos tecnológicos, incompatibilidade de horários entre Instrutor e os funcionários das empresas para realização de treinamento, complexidade do software Gestão, relação contratual, troca de operadores durante a implantação e ineficiência do antigo Instrutor; já os impactos são dimensionados em âmbito da estrutura, dos processos e dos indivíduos e por fim identificou-se que os empresários cafeeiros utilizam as TIs dominantemente visando fins econômicos e em controles produtivos, pouco ou nenhum uso é direcionado à formulação de estratégias.