UFLA - Dissertações
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Item Assembleias de parasitoides em cafezais diversificados(Universidade Federal de Lavras, 2023-01-31) Lima, Aline Unes Negromonte; Silveira, Luis Cláudio PaternoO Brasil é o maior produtor de café do mundo e suas lavouras são conduzidas tanto em sistemas de monocultivo quanto diversificados. A heterogeneidade ambiental utilizada pelo Controle Biológico Conservativo pode colaborar para a atração, manutenção e aumento das populações de parasitoides em agroecossitemas cafeeiros e promover o controle natural de pragas. O objetivo deste estudo foi analisar como as assembleias de parasitoides estão distribuidas em agroecossistemas cafeeiros na região do Campo das Vertentes (MG), e as formas pelas quais estas podem ser influenciadas pelo nível de diversificação ambiental, em relação a sua abundância, riqueza e diversidade. Selecionamos quatro cafeeiros com diferentes níveis de diversificação, caracterizados da seguinte maneira: ambiente com alto nível de diversificação vegetal (consorcio com árvores nativas e muvuca), médio (consorciado com linhas de Cedro Australiano espaçadas a 15m e espontâneas), baixo (consórcio com Cedro Australiano no espaçamento de 160m) e nenhum nível de diversificação (monocultivo com árvores esparsas no entorno). Utilizaram-se 10 armadilhas amarelas do tipo pan-trap em cada tratamento, instaladas a 50 cm do solo, que permaneceram no campo por 48 horas. Através de escalonamento multidimensional não-métrico (NMDS) e ANOSIM, foi possível constatar que as assembleias de parasitoides foram dissimilares em todos os níveis de diversificação vegetal analisados. A partir do uso de modelos lineares generalizados (GLM), observou-se que o nível de diversificação interna da lavoura afetou as assembleias de parasitoides sendo menos ricas, abundantes e diversas em sistemas altamente complexos do que em monocultivo. Pela análise de dissimilaridade (SIMPER), identificou-se quais parasitoides foram dissimilares entre os agroecossistemas avaliados. Portanto, os níveis de diversificação modificam as assembleias de parasitoides, mas sua abundância, riqueza e diversidade parecem estar relacionadas com a maior presença de hospedeiros nos ambientes de monocultivo.Item Diversidade de inimigos naturais em cafezais sombreados(Universidade Federal de Lavras, 2016-02-23) Tomazella, Vitor Barrile; Silveira, Luís Cláudio PaternoA cafeicultura tem grande importância para o agronegócio brasileiro, sendo o Brasil o maior produtor e exportador mundial de café, com mais de 2,2 milhões de hectares cultivados e uma renda de mais de 600 milhões de dólares no ano de 2015. Entretanto, a dinâmica da produção é muito influenciada por fatores bióticos e abióticos. O cafeeiro é atacado por diversas pragas, no entanto, existem diversos inimigos naturais que realizam o controle biológico dessas pragas, tendo destaque para Prorops nasuta, um parasitoide (Hymenoptera: Bethylidae) que parasita larvas da broca do café e Protonectarina sylveirae, uma vespa (Hymenoptera: Vespidae) que preda larvas do bicho mineiro. A diversificação das lavouras é uma importante ferramenta para manutenção desses organismos na lavoura. Uma forma de diversificação é a utilização de árvores para sombreamento, que ajudam na manutenção e incremento da diversidade nas lavouras e traz melhorias para o agroecossistema. Dessa forma, este trabalho objetivou avaliar a influência que algumas espécies arbóreas para sombreamento exercem na diversidade de parasitoides e vespas em café convencional. O presente trabalho foi realizado na Fazenda da Lagoa município de Santo Antônio do Amparo-MG, em lavouras de café convencional sombreados com diferentes espécies arbóreas, sendo elas: Teca, Acácia, Cedro e Abacate plantados em duas densidades diferentes. Para efeitos comparativos, foi utilizada uma lavoura a pleno sol como testemunha. Os parasitoides coletados foram identificados em famílias e separados em morfoespécies; as vespas coletadas foram identificadas até espécies; quando não possível a identificação, foram separadas em morfoespécies dentro do gênero. Foram coletados 3172 indivíduos distribuídos em nove superfamílias, 21 famílias e 263 morfoespécies de parasitoides; e 632 indivíduos em 23 espécies de vespas. Em relação aos parasitoides, o tratamento Acácia apresentou maior diversidade (H’ = 3,77) e, em relação às vespas, o tratamento Abacate (H’ = 1,70). As menores diversidades foram obtidas no tratamento Cedro (H’ = 0,74) para as vespas e Teca (H’ = 3,19) para parasitoides. As maiores diversidades foram encontradas em plantas com disponibilidade de recursos como néctar, pólen e abrigo. A diversificação com espécies arbóreas pode trazer ganhos significativos ao agroecossistema, auxiliando no incremento da diversidade e manutenção dos inimigos naturais, tal como no controle biológico conservativo.