SPCB - Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil

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    Manejo da biomassa de adubo verde para diminuir as perdas de nitrogênio e potencializar a nutrição do cafeeiro
    (Embrapa Café, 2013) Chaves, Júlio César Dias; Miyazawa, Mário; Fantin, Denilson
    Este plano de ação foi executado na Estação Experimental do IAPAR, no município de Ibiporã-PR. O experimento foi instalado nesta área por estar localizada próximo à sede do IAPAR em Londrina, o quê facilitou a coleta periódica da solução absorvente da amônia para encaminhamento ao laboratório. O adubo verde utilizado foi a mucuna anã. Os manejos da biomassa do adubo verde foram os seguintes: 1. Biomassa na entre linha (AV-R); 2.Biomassa na saia (AV-S); 3. Biomassa na saia + palha de café sobre a biomassa do AV (AV-PC); 4. Biomassa na saia + palha de colonião sobre a biomassa (AV-CO}; 5. Biomassa na saia + torta de filtro de cana sobre a biomassa (AV-BC); 6. Biomassa na saia + Superfosfato simples sobre a biomassa (AV-SS); 7. Nitrogênio mineral – Uréia (NM) e 8. Sem adubo verde (C). O adubo verde "mucuna anã" foi, sempre, manejado no período de pleno florescimento e, em seguida, iniciado o monitoramento da volatilização de N-NH3. Os objetivos do trabalho foram: Avaliar as contribuições do cultivo de leguminosa como adubação verde em cafeeiro sobre as perdas de amônia (N-NH3); a proteção do solo (cobertura); a biomassa do adubo verde e sua qualidade e o estado nutricional do cafeeiro. Os resultados vêm mostrando que a maior volatilização de N-NH3 ocorreu nos 20 a 30 primeiros dias após o manejo do adubo verde. Os valores médio têm sido de 27 kg/ha N-NH3 no tratamento Adubação verde na “saia” (AV-S), caracterizando a maior volatilização; o tratamento com adubo verde + superfosfato simples sobre a biomassa do adubo verde (AV-SS) a volatilização média foi de 9,75 kg/ha N-NH3, sendo a menor entre os tratamentos com adubo verde; no tratamento controle sem adubo verde (C) a volatilização media no período foi de 6,5 kg/há N-NH3. A cobertura proporcionada pelo adubo verde na entre linha atingiu 1,2 m, cobrindo totalmente o espaço livre e a biomassa (matéria seca) produzida atingiu, em média, 6,7 toneladas/ha. Os macro e micronutrientes se acumularam na biomassa conforme a sequência decrescente: N > K > Ca > P > Mg > Mn > Zn > B > Cu. Em relação ao estado nutricional do cafeeiro para nitrogênio, Os valores, em geral, estão dentro ou muito próximos da faixa de suficiência. No tratamento NM, como esperado, o valor supera os 30 g/kg. Todos os demais tratamentos com aplicação de adubo verde (AV) estão variando entre 28,9 a 30,6 g/kg. Apenas no tratamento testemunha ( sem adubo verde),o valor de N está ligeiramente acima de 27g/kg, denotando uma pequena carência do elemento.
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    EFICIÊNCIA DE ADUBOS VERDES NA REDUÇÃO DE DANOS CAUSADOS POR Cercospora coffeicola EM CAFEEIROS NO NORTE PIONEIRO NO PARANÁ
    (2011) Cardoso, Rogério Manuel de Lemos; Chaves, Júlio César Dias; Lourenço Junior, Valdir; Fantin, Denílson; Marianowski, Tatiana; Embrapa - Café
    No norte pioneiro do Paraná, a degradação da fertilidade do solo causa baixa produtividade e ataques de Cercospora coffeicola em cafeeiros. No cultivo orgânico a restrição a produtos químicos e falta de opções para substituí-los é entrave à conversão dos cafezais. Redução no consumo de adubos minerais, aumento da capacidade produtiva do solo e melhora da sanidade ocorrem com os adubos verdes nos cafezais. Para validá-los no controle da C. coffeicola instalaram-se naquela região dois ensaios, em Carlópolis e Jacarezinho, com cafeeiros IPR – 98, resistentes a Hemileia vastatrix e suscetíveis à C. coffeicola, com delineamento de blocos ao acaso, quatro repetições e dez tratamentos. Cada tratamento teve duas subparcelas de oito cafeeiros, uma sem e outra com adição de matéria orgânica. Os tratamentos foram: uréia; mucuna preta (Mucuna aterrima); labe labe (Dolichos lab lab L.); Crotalaria mucronata; amendoim cavalo (Arachis hypogaea); mucuna anã (Mucuna deeringiana); Crotalaria spectabilis e Crotalaria breviflora; uma testemunha sem adubo verde e sem matéria orgânica e outra sem adubo verde e com matéria orgânica. Para avaliar o inóculo residual do patógeno fez-se uma leitura em folhas do 4o ao 7o par de folhas dos ramos plagiotrópicos do início dos trabalhos nas safras 2008/2009 e 2009/2010. Para determinar a evolução dos tratamentos sobre a doença, fizeram-se leituras mensais em folhas do 2o e 3o pares apicais de ramos plagiotrópicos e, após a colheita, em frutos cereja. O inóculo residual interferiu nos ciclos vegetativo e reprodutivo dos cafeeiros em 2009. Os adubos verdes reduziram os danos causados por C. coffeicola em folhas e frutos, sendo os melhores Labe labe, C. mucronata, C. spectabilis, C. breviflora. O melhor comportamento na produção e qualidade da biomassa, nos ensaios, foi de Labe Labe, Mucuna preta, C. mucronata, C. spectabilis e Mucuna anã. Pela suscetibilidade a Fusarium spp., C. mucronata e C. spectabilis não devem ser cultivadas por mais de um ano no mesmo local. Os teores de N-NO3 + N-NH4 foram maiores na superfície do solo e relacionaram-se com os totais de N e produção de biomassa das espécies.
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    MANEJO DO SOLO VISANDO O CONTROLE DE ERVAS, PROTEÇÃO E MELHORIA NO AMBIENTE DA LAVOURA CAFEEIRA
    (2011) Chaves, Júlio César Dias; Rodrigues, Benedito Noedi; Fantin, Denilson; Embrapa - Café
    O manejo adequado de ervas além de manter a lavoura livre de competição por água, nutrientes e luz, promove uma cobertura sobre o solo o que evita danos mais severos pela erosão hídrica e melhora o ambiente radicular pela decomposição dos restos vegetais. O experimento está instalado sobre um latossolo vermelho distrófico da Estação Experimental do IAPAR, em lavoura cafeeira da variedade Mundo Novo, plantada em espaçamento de 3,5 x 2,0 m. Os tratamentos são: 1. Capina manual na entrelinha e capina manual na “saia’ (CM/CM); 2. Roçadeira na entrelinha e capina manual na “saia” (R/CM) ; 3. Herbicida na entrelinha e capina manual na “saia” (H/CM); 4. Amendoim cavalo na entrelinha e capina manual na “saia” (AC/CM); 5. Mucuna anã na entrelinha e capina manual na “saia” (MA/CM); 6. Sem capina na entrelinha e capina manual na “saia” (SC/CM) e 7. Sem capina na entrelinha e sem capina na “saia” (SC/SC). Os objetivos do trabalho são os de indicar as formas mais adequadas de manejo das ervas invasoras em cafeeiros, com redução nos custos da prática e concomitantemente melhorar as principais características químicas, físicas e biológicas do solo. Os resultados até o presente evidenciaram redução no tempo de controle das ervas nos tratamentos H/CM; R/CM e MA/CM; A cobertura do solo foi mais eficiente e mais rápida com o uso do adubo verde Mucuna anã; o tratamento sem controle de ervas (SC/SC) prejudicou a nutrição nitrogenada do cafeeiro e a produção de café beneficiado, além de diminuir a renda do café. Os resultados da química e física do solo serão apresentados ao final do trabalho.
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    Manejo da fertilização de lavouras cafeeiras com base no ciclo de maturação dos frutos.
    (2007) Chaves, Júlio César Dias; , A Androcioli; Fantin, D.; Embrapa - Café
    A fertilização do cafeeiro é considerada como o fator de produção que mais contribui para o aumento da produtividade. Os fertilizantes são os insumos mais demandados pela cafeicultura. Este fato concorre para o aumento nos custos totais absolutos de produção em virtude do elevado preço dos fertilizantes. O ciclo de maturação diferenciado dos cultivares em uso, sugere modificação quanto ao período de fornecimento dos nutrientes. Assim, os cultivares precoces teriam demandas antecipadas em relação aos de maturação mediana e estes em relação aos tardios. O fornecimento de nutrientes no mesmo período, poderia afetar a nutrição e por conseqüência a produção de cultivares com ciclos de maturação diferenciados. Foram avaliados nos experimentos 3 cultivares de café: Icatu Precoce, Mundo Novo e Catuaí Amarelo, com ciclos de maturação precoce, mediano e tardio, respectivamente. Os fertilizantes foram aplicados no período de: 15.09 a 15.02 (E1); de 15.09 a 15.03 (E2) e de 15.09 a 30.04 (E3), todos parcelados em 5 fracionamentos, ou seja a cada 38, 45 e 56 dias. Cada cultivar recebeu os fertilizantes NPK nas 3 épocas. O objetivo do subprojeto foi o de racionalizar o uso de fertilizantes com base no ciclo de maturação dos frutos nos cultivares de cafeeiros utilizadas no Paraná. Os resultados de produção indicaram que o Catuaí teve comportamento inferior ao Mundo Novo no mesmo espaçamento. O Icatu foi ligeiramente mais produtivo em função da maior densidade de plantio; a época de fertilização mais favorável para a produção foi E2 (início em setembro e final em março) para os três cultivares. A renda do café não foi influenciada substancialmente pelas épocas de adubação, embora houvesse uma ligeira superioridade na E2. Na avaliação da peneira, o Catuai Amarelo apresentou maior quantidade de café na peneira 16 a 18 e o Icatu apresentou a menor quantidade nessa mesma peneira. A análise de regressão mostrou curva de acumulação de matéria verde que se ajustou a equações quadráticas, com pontos de inflexão aos 165, 175 e 185 dias para os cultivares Icatu Precoce, Mundo Novo e Catuaí Amarelo, respectivamente. Mais de 90 % da matéria seca nos frutos foram acumuladas até 187 dias após o florescimento para todos os cultivares; os 10% restantes acumularam até 257 dias. O quociente de incremento de matéria seca no fruto foi muito alto a partir de “chumbinho” e diminuiu com o desenvolvimento do fruto até a granação total. O período entre a granação dos frutos e a maturação completa para atingir o estádio de cereja foi diferente entre os cultivares, sendo menor para o Icatu Precoce, intermediário para o Mundo Novo e maior para o Catuaí Amarelo. Como se trata de uma fase de modificações bioquímicas que estão ocorrendo na epiderme, provavelmente não houve mais consumo externo de nutrientres.
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    Utilização racional de plantas de cobertura em lavouras cafeeiras
    (2005) Chaves, Júlio César Dias; Embrapa - Café
    Este trabalho reúne informações obtidas nos diversos experimentos sobre adubação verde/plantas de cobertura que permitem formular, a partir destes resultados, um manejo racional (modelo) para a utilização de cobertura do solo com as espécies de plantas da família das leguminosas. As informações sobre ciclo das espécies, capacidade de cobertura do solo, hábito de crescimento, característica da cobertura, produção de biomassa e acumulação de nitrogênio são importantes afim de se estabelecer um planejamento de utilização, especialmente em virtude da diversidade de espaçamentos das atuais lavouras cafeeiras. Plantas de cobertura de crescimento rasteiro e dominador (enrolam-se no cafeeiro) são mais adaptados às lavouras cafeeiras tradicionais; as plantas de cobertura de crescimentos rasteiro não dominador (não se enrolam no cafeeiro) e semi erectas devem ser recomendadas para as lavouras semi adensadas; as plantas de cobertura de crescimento erecto são mais adaptados para os cafeeiros adensados e super adensados. O plantio do adubo verde/plantas de cobertura também tem que considerar dois aspectos fundamentais: 1. garantir boa proteção ao solo e 2. fornecer nutrientes (especialmente NO3 ) ao cafeeiro na época de maior demanda. Esta dupla ação pode ser obtida a partir da combinação de espécies de plantas com boa capacidade de cobertura do solo e com ciclos de maturação diferenciados, garantindo o melhor benefício ao produtor. Este manejo das plantas de cobertura nas lavouras cafeeiras, visa, principalmente, melhorar a fertilidade do solo e da produção da lavoura com menores custos de práticas como a adubação mineral e capina.
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    Método de aplicação de calcário em lavoura cafeeira adensada e tradicional
    (2003) Chaves, Júlio César Dias; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    A maioria das áreas de produção de café no Paraná está localizada em solos ácidos, com baixa saturação por bases e pobre em matéria orgânica, elevados teores de alumínio e manganês e baixos níveis de micronutrientes. Os cafeeiros cultivados nesses solos (ácidos), apresentam habitualmente deficiências nutricionais e toxidez. Em levantamento nutricional da cafeicultura paranaense realizado pelo IAPAR, através de análise foliar, ficou constatado que as lavouras apresentam carências de Ca e Mg em praticamente todas as áreas amostradas, sendo que na região do arenito, se acentuam. Por outro lado, em quase todas as áreas ocorrem níveis muito elevados de manganês nas folhas. Estes são aspectos reveladores da acidez da maioria dos solos cultivados com cafeeiros no Paraná. Qualquer programa de fertilização que não contemple a calagem está fadado ao insucesso. Os experimentos são realizados em lavoura cafeeira adensada sobre um Latossolo Vermelho Escuro distrófico (LEd) de textura arenosa e em lavoura cafeeira tradicional sobre um Latossolo Roxo distrófico (LRd) de textura argilosa. A dose total de calcário calculada para elevar a saturação por bases a 70 % é aplicada em dose única (1 ano) e fracionada em 1/4 (4 anos), 1/3 (3 anos) e 1/2 (2 anos) anualmente. A distribuição do calcário é feita superficialmente em área total e parcial (subparcelas). Como a dose de calcário é calculada em kg/m2, a subparcela com distribuição parcial (da projeção da "saia" para dentro da planta) recebe menor quantidade que a subparcela com distribuição total. O objetivo do trabalho é o de definir o método mais adequado para aplicação de calcário em lavoura cafeeira adensada e tradicional sob o ponto de vista de parcelamento da dose e localização. Os resultados obtidos no experimento com lavoura cafeeira adensada evidenciam efeito positivo da aplicação do calcário em área total em relação à parcial sobre as três primeiras colheitas; este resultado deve-se à maior uniformidade de distribuição do sistema radicular na área sob condi-ção de lavoura adensada, permitindo maior eficiência das raízes na absorção de elementos do solo. O fracionamento da calagem em 2, 3 e 4 aplicações anuais tem se mostrado superior a aplicação da dose total de uma única vez. A nutrição avaliada pela análise foliar, mostra efeito positivo sobre os teores de Ca e Mg para os fracionamentos do calcário; não foi verificado efeito sobre N; ocorreu pequeno efeito na nutrição de P e pequena redução no teor de K na presença do calcário. Em relação aos micronutrientes, o efeito mais importante ocorreu em relação ao Mn que apresentou grande diminuição no teor foliar na presença do calcário. A análise química do solo mostra efeito positivo dos fracionamentos do calcário em 2, 3 e 4 aplicações em ambos os tipos de distribuição sobre o pH, Ca, Mg, %Al e V%; neste tipo de solo (LEd) ocorreu também movimentação do calcário até 40 cm de profundidade, detectado pelo aumento do pH e dos teores de Ca e Mg no perfil do solo. Na lavoura tradicional, nesta primeira colheita ocorreu equilíbrio nas produções em ambos os tipos de distribuição do calcário (parcial/total). Os fracionamentos das doses não apresentaram efeitos impor-tantes, porém neste tipo de solo (LRd), mais argiloso, parece possível obter respostas positivas com menor número de fracionamentos do calcário, possívelmente 1 ou 2. A nutrição verificada pela análise foliar, tem mostrado pequeno efeito da calagem aplicada em 1 fracionamento sobre os teores de N, P, K, Ca e Mg. Quanto aos micronutrientes, ocorreu aumento de Cu e Zn e pequena redução de Mn em todos os tipos de aplicação e fracionamentos do calcário. A análise química do solo mostrou pequeno efeito da calagem sobre o pH; alteração importante nos teores de Ca e Mg, particularmente com 2 fracionamentos; pequena diminuição do K na aplicação da dose total em 1 fracionamento; redução da saturação por Al particularmente com 1 e 2 aplicações em ambos os tipos de distribuição; a saturação por bases aumentou com a calagem em 2 fracionamentos. De modo geral o efeito do calcário foi constatado em todo o perfil, pelas alterações químicas apresentadas, porém com mais vigor até 20 cm de profundidade neste tipo de solo.
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    Micorrização do cafeeiro em solo fertilizado com composto de lodo urbano e resíduos vegetais
    (2003) Colozzi, Arnaldo; Machineski, Oswaldo; Chaves, Júlio César Dias; Ferreira, Tiago Lima; Andrade, Diva de Souza; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    A utilização do lodo de esgoto como fertilizante orgânico na agricultura depende da existência de condições restritivas neste, tais como a presença de patógenos, sais solúveis, metais pesados e compostos orgânicos persistentes, que podem alcançar níveis tóxicos no solo e atingir a cadeia trófica. Para reduzir este problema são feitas aplicações de calcáreo, ainda na estação de tratamento de esgoto. A campo, a mistura de resíduos orgânicos de origem vegetal ou animal ao lodo pode reduzir a solubilidade de metais pesados presentes neste reduzindo, conseqüentemente, sua disponibilidade. Entretanto, a grande carga orgânica deste material pode ter efeitos ainda pouco conhecidos sobre os fungos micorrízicos arbusculares (FMAs), simbiontes de ocorrência freqüente no cafeeiro e altamente eficientes em promover seu desenvolvimento. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da aplicação ao solo de lodo urbano higienizado e/ou resíduos de origem vegetal ou animal, sobre a micorrização (colonização e esporulação no solo) do cafeeiro. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, em vasos com capacidade para 3,5 dm 3 . Utilizou-se um Latossolo Vermelho Escuro distrófico (Led) que foi incubado com lodo urbano, isoladamente ou em mistura com palha de café, casca de mandioca, leucena, palha de milho e esterco de curral. Os tratamentos compostos por uma mistura de lodo e resíduos orgânicos tiveram as concentrações destes variadas. Todos os tratamentos receberam calagem mais fertilização com P e K. Uma semana depois da incubação plantou-se uma muda de cafeeiro da variedade ‘Catuaí’ em cada vaso, que foram conduzidas por seis meses. Ao final deste período avaliou-se a colonização radicular do cafeeiro e a esporulação dos FMAs no solo. A adição de lodo urbano e/ou resíduos vegetais, na maioria das misturas e concentrações testadas, não teve efeito significativo sobre a colonização radicular do cafeeiro por fungos micorrízicos e sobre sua esporulação no solo. Entretanto, observou-se efeito estimulatório sobre a colonização radicular, quando o lodo urbano foi misturado com casca de café, na proporção de 8 partes de lodo para duas partes de casca de café. A mesma mistura, em maior concentração de lodo (9 partes de lodo para 1 parte de casca de café), reduziu a colonização. Observou-se uma correlação negativa entre colonização radicular e esporulação no solo.
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    Estado nutricional de cultivares de cafeeiros sob densidades diferentes de plantio em quatro níveis de fertilização
    (2003) Chaves, Júlio César Dias; Androcioli, Armando; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O estado nutricional do cafeeiro avaliado através da análise química das folhas no período de início de crescimento dos frutos "chumbinho", é uma importante informação que serve para saber se a lavoura, em função de sua produtividade e densidade, necessita de revisão para maior ou menor no programa de fertilização planejado, afim de manter a planta adequadamente nutrida, dentro de um determinado padrão de custo de produção, compatível com a atividade. O presente trabalho foi realizado na região do arenito no Paraná, sobre um Latossolo Vermelho Escuro distrófico (LEd) de baixa fertilidade, utilizando-se três cultivares de cafeeiro: IAPAR 59; Icatu de porte baixo e Catuaí vermelho IAC-81 em quatro densidades de plantio: 3509; 2778; 2299 e 1961 covas ha -1 (duas plantas por cova) e quatro níveis de adubação: A 1 = 0; A 2 = 75-22-75; A 3 = 150-44-150 e A 4 = 300-88-300 kg ha -1 de N-P 2 O 5 -K 2 O. Durante a fase de plantio e formação foi utilizada adubação idêntica para todas as parcelas. O delineamento experimental foi blocos ao acaso com parcelas subsubdivididas, ficando o espaçamento nas parcelas, os níveis de adubação nas subparcelas e as cultivares nas subsubparcelas. Os resultados apontam que a produção de café para todas as cultivares avaliadas foi mais alta nas maiores densidades de plantio; entre as cultivares, a IAPAR-59 foi a mais produtiva. Em função dos resultados de produção, os valores foliares de nitrogênio se apresentaram menores na cultivar IAPAR-59, mesmo nos níveis mais elevados de adubação, em todas as densidades estudadas; verificou-se também na cultivar IAPAR 59 uma diminuição nos teores foliares de N com a redução da densidade de plantio (aumento do espaçamento), diferentemente do que ocorreu com o Icatu e Catuaí. Este resultado indica uma maior necessidade de adubação em condições de plantio largo, possivelmente devido ao menor desenvolvimento do sistema radicular desta cultivar, podendo ser interpretado como de menor adaptação às dendidades baixas de plantio. O teor de P, em todas as densidades avaliadas também foi menor na cultivar IAPAR-59. Os teores foliares mostram uma tendência de aumento com a diminuição da densidade de plantio para as cultivares Icatu e Catuaí. O K aumentou nas folhas linearmente com o aumento das doses de K para todas as cultivares, embora as concentrações tenham sido sempre menores na cultivar IAPAR-59, que apresentaram teores foliares mais baixos com o aumento do espaçamento, ou seja na menor densidade. Quanto ao Mn, de modo geral os valores se mantiveram dentro da faixa considerada como adequada no tratamento com ausência de adubação NPK. À medida que aumentaram as doses de adubo, também os valores foliares de Mn cresceram para todas as cultivares. Os teores foram mais elevados no Catuaí, possivelmente pela maior capacidade de acidificação da rizosfera em relação às demais cultivares, devido a absorção mais elevada de cátions básicos, transformando Mn-insolúvel em Mn 2+ solúvel. Ocorreu aumento também à medida que se avançou para as menores densidades de plantio. Este resultado com Mn indica maior necessidade de calagem no Catuaí em relação ao IAPAR-59 para neutralizar, também, o Mn 2+ presente nos solos ácidos.
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    Avaliação de extratores de cádmio, cobre, chumbo e zinco disponíveis em material de solo cultivado com mudas de cafeeiro
    (2003) Miyazawa, Mário; Chaves, Júlio César Dias; Pavan, Marcos Antonio; Bloch, Maria de Fátima M.; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O acúmulo de metais pesados no solo é a conseqüência de contínuo uso de fertilizantes, fungicidas, corretivos, compostos de residuos urbanos e residuos industriais contaminados. Os principais metais são: Cd, Cr, Co, Cu, Hg, Ni e Pb. A alta concentração destes metais nos tecidos vegetais pode comprometer desenvolvimento normal de plantas. O objetivo deste trabalho foi correlacionar os valores de metais extraídos do solo com soluções de Mehlich e DTPA e os teores de metais nos tecidos de cafeeiro. O experimento foi realizado na casa de vegetação, adicionando-se separadamente metais em 3,5 kg de solos LRd e LEd. As doses foram: Cd 2+ 0,1 a 1,0; Cu 2+ e Zn 2+ 0,5 a 5,0 e Pb 2+ 1,0 a 10,0 mmol/kg. Após cinco meses de cultivo, coletaram-se amostras de solos, parte aérea e raiz de plantas, determinaram -se os teores de metais nos tecidos de plantas e metais disponíveis dos solos com soluções de Mehlich 1 e DTPA 5 mmol/L. Os teores de Cu e Zn da parte aérea e da raiz do cafeeiro cultivado no LRd, textura argilosa, foram menores que no LEd, arenosa, ao passo que, os teores de Pb e Cd dos tecidos de plantas do solo LRd foram maiores. A solução Mehlich extraiu quantidade maior de Cd, Cu, Pb e Zn do solo que o DTPA. Os teores de Cu na parte aérea da muda de cafeeiro variaram de 5,0 a 20,8 mg/kg e nas raízes foram de 15 a 725 mg/kg. A solução de Mehlich apresentou melhor correlação que DTPA, a equação foi: y = 0,288x 2 + 5,3505x - 32,77, R 2 = 0,8626. O acúmulo de Zn nos tecidos foi muito superior ao Cu, para dose de 5,0 mmol/kg, seus teores na parte aérea e na raiz foram 472 e 3.060 mg/kg, respectivamente. A solução de Mehlich apresentou melhor correlação com os teores da raiz, cuja equação foi: y = -0,0025x 2 + 1,7861x - 16,332, R 2 = 0,9857. O aumento da concentração de Pb nos tecidos de muda de cafeeiro foi proporcional às doses, para 10,0 mmol/kg, o teor na raiz foi de 18.600 mg/kg. A solução de DTPA apresentou melhor correlação com os teores da raiz, y = -1E-5x 2 + 0,2919x + 69,347; R 2 = 0,9429. O Cd também apresentou comportamento semelhante do Pb, mas seus valores nas raízes e parte aérea foram menores, para dose de 1,0 mmol/kg, 50,8 e 1530 mg/kg, respectivamente. A equação de correlação com os valores da solução Mehlich foi: y = -0,0031x 2 + 1,994x + 8,6526; R 2 = 0,8977. Os teores de Cd, Cu, Pb e Zn da raiz de cafeeiro foram superiores que parte aérea e apresentaram melhores correlações com os valores extraídos do solo com solução de Mehlich.
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    Avaliação de espaçamentos e adubação para três cultivares de café
    (2003) Androcioli, Armando; Chaves, Júlio César Dias; Sera, Tumoru; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    As oscilações de preço do café tem evidenciado a necessidade de tornar cada vez mais eficiente o sistema de produção de café para que o produtor possa superar as adversidades que ocorrem ao longo do período de vida útil do cafeeiro. Neste aspecto, o ajuste de espaçamentos e adubação para as cultivares e tipo de manejo da lavoura, são fundamentais para montar um sistema de produção eficiente. Com o objetivo de aperfeiçoar o modelo tecnológico de produção de café adotado no Paraná, implantou-se um experimento em junho de 1990 no município de Iguaraçú-PR., em solo latossolo vermelho escuro textura arenosa (Led), com 4 espaçamentos, 4 níveis de adubação e 3 cultivares de café de porte baixo. Os tratamentos foram distribuídos em parcelas subsubdivididas, com as densidades nas parcelas, os níveis de adubação nas subparcelas e as cultivares nas subsubparcelas, com quatro repetições. Os espaçamentos foram definidos procurando-se compor quatro sistemas de produção: a) lavoura preparada para condução manual e sem espaço livre entre as linhas de cafeeiros; b) lavoura para condução manual e com espaço livre de 30 cm entre as linhas de cafeeiros; c) lavoura preparada para condução com microtrator, com espaço livre de 80 cm e d) lavoura para condução com trator cafeeiro, com espaço livre de 130 cm. As distâncias entre linhas foram definidas assumindo um diâmetro de copa (D) de 2,10 e calculado os espaçamentos (E) pela equação E=D+L, onde L é igual ao espaço livre desejado para cada sistema. Os espaçamentos entre as linhas de cafeeiros foram de 1,90 m; 2,40 m; 2,90 m e 3,40 m, todos com distância na linha de 1,5 m, com 2 plantas por cova, resultando em populações de 3509; 2778; 2299 e 1961 covas/ha, respectivamente. Os níveis de adubação foram: 0 % (sem adubo); 25 % da dose máxima; 50 % da dose máxima e 100 % para a dose máxima. Utilizou-se as cultivares IAPAR 59, progênie PR89088 (‘Icatu’ x ‘Catuaí’) e Catuaí Vermelho IAC-81. Foram avaliadas anualmente as produtividades em café beneficiado no período de 1993 a 2000. Para a comparação das médias foi aplicado o teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade, nos casos em que o teste de F indicou diferenças significativas entre os tratamentos. Os dados foram ajustados para cada densidade em função dos níveis de adubação. A análise estatística dos dados indicou diferenças significativas na produtividade média de 8 colheitas, entre os espaçamentos, entre os níveis de adubação e entre as cultivares. A produtividade média de café beneficiado foi crescente com o aumento da densidade, com valores da menor para a maior densidade de 1085, 1303, 1563 e 1708 kg/ha. Os aumentos nas doses de fertilizantes proporcionaram aumento na produtividade média em todas as densidades estudadas. O impacto da adubação foi mais acentuado nas duas densidades menores com incremento linear da produtividade em função das doses de fertilizante. Nas duas maiores densidades, os incrementos de produtividade nos níveis mais altos de adubação foram menos acentuados, com tendência à estabilização. Em todas as cultivares, houve incremento da produtividade em função do aumento na densidade de plantio. A cultivar IAPAR 59 foi a mais produtiva em todas as densidades e níveis de adubação, com média de 1512 kg de café beneficiado por hectare, enquanto que a progênie PR89088 e a cultivar Catuaí Vermelho IAC-81 produziram em média 1372 e 1351 kg por hectare, respectivamente. A cultivar IAPAR 59 mostrou resposta linear da produtividade em função da densidade de plantio, indicando maior aptidão para os plantios adensados do que as demais, que apresentaram tendência de menor incremento em produtividade nas maiores densidades.