Biblioteca do Café

URI permanente desta comunidadehttps://thoth.dti.ufv.br/handle/123456789/1

Navegar

Resultados da Pesquisa

Agora exibindo 1 - 10 de 38
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Limitações do crescimento vegetativo em cafeeiro arábica promovido pelo déficit hídrico
    (Revista Engenharia na Agricultura, 2017-05-08) Peloso, Anelisa Figueiredo; Tatagiba, Sandro Dan; Amaral, José Francisco Teixeira
    O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da disponibilidade hídrica no crescimento vegetativo do cafeeiro arábica, Catuaí Vermelho (IAC 144). Estudaram-se três disponibilidades hídricas (30, 60 e 100% da água disponível - AD), em delineamento experimental inteiramente casualizado, com seis repetições, no total de 18 parcelas experimentais. Cada parcela foi constituída de uma planta por vaso. Aos 230 dias de experimentação avaliaram-se: altura da planta, diâmetro a nível do coleto, área foliar e as massas de matéria seca total (MST), das folhas (MSF), dos ramos ortotrópico mais os plagiotrópicos (MSR o+p) e das raízes (MSR). De acordo com os resultados obtidos, foi verificado que o déficit hídrico afetou negativamente o crescimento das plantas, fato evidenciado através das reduções significativas de 62, 22, 45, 64, 66, 55 e 70% na área foliar, na altura das plantas, no diâmetro a nível do coleto, na MST, na MSF, MSR o+p e na MSR, respectivamente, encontradas nas plantas a 30% de AD quando comparadas com as mantidas a 100% de AD.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Características de anatomia foliar de cafeeiros implantados com o uso de polímero hidrorretentor
    (Universidade Federal de Lavras, 2013-02-22) Oliveira, Noêmia Karen de; Guimarães, Rubens José; Castro, Evaristo Mauro de
    O conhecimento das mudas na anatomia foliar de cafeeiros submetidos à diferentes tecnologias de produção é importante para se conhecer o efeito dessas tecnologias na planta. Esse conhecimento possibilitará entender com clareza quais foram as mudanças anatômicas provocadas por determinada tecnologia nos cafeeiros, e assim abrir novas linhas de investigação. A fase de implantação da lavoura cafeeira é a mais importante para o sucesso do empreendimento, pois, por se tratar de uma lavoura perene, influenciará na produtividade e na longevidade da mesma. A utilização de polímeros hidrorretentores na implantação de lavouras cafeeiras tem sido estudada, como uma alternativa para manter a disponibilidade de água às plantas quando da ocorrência de veranicos. O experimento foi conduzido na Fazenda Capão dos Óleos, município de Coqueiral, Minas Gerais, no período de 2009 a 2011. O presente trabalho teve como objetivo verificar as modificações na anatomia foliar em cafeeiros implantados com o uso de polímero hidrorretentor. Para tanto se coletou folhas para posterior avaliação da anatomia foliar, de plantas oriundas de diferentes tratamentos (diluições, doses e locais de aplicação de polímero hidrorretentor hidratado). O experimento constou do delineamento em blocos casualizados, no esquema fatorial 4x3x2 mais 1 tratamento adicional, com quatro repetições, perfazendo um total de 25 tratamentos (100 parcelas). Os tratamentos foram constituídos de quatro doses do polímero hidrorretentor, diluídas em 400 litros de água (0,5 Kg, 1,0 Kg, 1,5 Kg e 2,0 Kg) no primeiro fator; três volumes do polímero hidrorretentor previamente diluído (1,00 litro, 1,5 litro e 2,0 litros) aplicados por planta, no segundo fator; dois locais de aplicação (misturado na cova de plantio ou colocado em uma cova lateral das mudas plantadas) no terceiro fator; e um tratamento adicional, como testemunha, sem a utilização do polímero hidrorretentor. A coleta das folhas para avaliação das características anatômicas, analisando as seguintes características: espessura da cutícula da face adaxial, espessura da epiderme da face adaxial e abaxial, do parênquima paliçádico e esponjoso, e do floema, diâmetro dos vasos do xilema, diâmetro polar e equatorial dos estômatos e relação diâmetro polar e equatorial. Verificou-se que 24 meses após a aplicação do polímero na implantação da lavoura cafeeira, as plantas apresentaram modificações na estrutura interna que favoreceram as relações hídricas das plantas.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Análise fisiológica em mudas de cafeeiro com cercosporiose submetida a diferentes lâminas de irrigação
    (Grupo Paulista de Fitopatologia, 2019) Garcia, Fernando Henrique Silva; Matute, Alexis Fernando Matute; Silva, Larissa Cocato da; Santos, Hugo Rafael Bentzen; Botelho, Deila dos Santos; Rodrigues, Marcelo; Barbosa, João Paulo Rodrigues Alves Delfino
    Cercosporiose é uma das principais doenças que comprometem o crescimento de mudas de café por causar desfolha e redução no crescimento. A doença apresenta maior severidade quando o cafeeiro está submetido ao déficit hídrico. O uso de irrigação é uma alternativa para minimizar os danos causados pela doença. Objetivou-se neste trabalho avaliar o impacto da doença na fisiologia do cafeeiro em função da redução da lâmina de irrigação. As plantas foram submetidas a três lâminas de irrigação (0.1, 0.6 e 1.2 mm.dia-1); inoculadas e não inoculadas com C. coffeicola, em delineamento inteiramente casualizado com 35 repetições, totalizando 210 unidades experimentais. As mudas de cafeeiro com cercosporiose apresentaram reduções no potencial hídrico mínimo e na fotossíntese em função da lâmina de irrigação, com excessão da lâmina de irrigação com 0,6 mm.dia-1. A atividade do sistema antioxidante foi superior nas mudas doentes apenas na maior irrigação. Os resultados comprovaram que a presença da doença incrementou o estresse hídrico nas mudas de café por reduzir o potencial hídrico e uso eficiente de água.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Análises da expressão dos genes APX e CaPYL8a em progênies de Coffea arabica submetidas ao déficit hídrico
    (Embrapa Café, 2019-10) Santos, Jacqueline de Oliveira; Santos, Meline de Oliveira; Torres, Luana Ferreira; Matos, Christiano de Souza Machado; Botelho, Alessandro; Andrade, Alan Carvalho; Carvalho, Gladyston Rodrigues; Silva, Vânia Aparecida
    Visando auxiliar na caracterização das respostas fisiológicas e moleculares de genótipos tolerantes à seca, o objetivo desse trabalho foi avaliar a expressão de genes APX e CaPYL8a em genótipos de Coffea arabica submetidos ao déficit hídrico em condições de campo. Os genótipos foram avaliados em sistema sequeiro (imposição do déficit hídrico a partir de 24 meses de idade) e sistema irrigado (plantas continuamente irrigadas com sistema de gotejamento). Foram realizadas avaliações de potencial hídrico e expressão de genes APX e CaPYL8a na época seca. Os dados foram submetidos às análises de variância. Os genótipos 7 e 19 apresentaram maiores e os genótipo 3 e 5 menores capacidade de manutenção do potencial hídrico. A expressão do gene CaAPX foi maior nos genótipos 3, 5, 7 em sistema irrigado. O genótipo 19 apresentou maior expressão da CaAPX na condição de sequeiro. Em relação ao gene CaPYL8a os genótipos apresentaram um padrão de expressão divergente entre os genótipos, sendo que os genótipos 3 e 19 apresentaram um aumento na expressão na condição de sequeiro. Os diferentes padrões de expressão dos genes candidatos APX e PYL8a sugerem regulação por mecanismos fisiológicos distintos, indicando maior tolerância ao estresse oxidativo e resposta ao déficit hídrico regulada positivamente pelo ABA no genótipo19.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Acúmulo de compostos fenólicos e aminoácidos livres em folhas de Coffea arabica L. submetidos a elevada concentração atmosférica de CO2 e déficit hídrico
    (Embrapa Café, 2019-10) Monteiro, Gustavo Bellini; Catarino, Ingrid Cristina Araujo; Torres, Luce Maria Brandão; Silva, Emerson Alves da
    O aumento da concentração atmosférica de dióxido de carbono [CO2] é inequívoco e não constitui um evento isolado, sendo acompanhado por aumento da temperatura média global e alterações nos padrões de precipitação. Dentre os aspectos importantes a serem compreendidos nesse contexto estão as alterações nas relações hídricas e produção de esqueletos carbônicos através da fotossíntese, processos influenciados pela disponibilidade atmosférica de CO2 e água. No Brasil, o agronegócio do café é de grande importância econômica, no entanto, há poucos trabalhos, sobre os impactos do aumento na concentração de CO2 atmosférico associado a outros fatores abióticos, como a disponibilidade de água, na fisiologia do cafeeiro. O objetivo desse trabalho foi avaliar a interação entre o aumento de CO2 e déficit hídrico no acúmulo de aminoácidos livres e compostos fenólicos em folhas de cafeeiros (Coffea arabica L.) de 4 meses de idade, em estágio juvenil de crescimento. O experimento foi conduzido em Casa de Vegetação no Núcleo de Pesquisa em Fisiologia e Bioquímica do Instituto de Botânica, onde 120 cafeeiros foram cultivados sob diferentes concentrações de CO2 (400 - CO2 amb e 800 ppm - ↑CO2) em Câmaras de Topo Aberto (CTA), submetidos a dois regimes hídricos de regas diárias (RD) e suspensão total de rega no período de 40 dias de experimento (DH), constituindo os seguintes tratamentos: CO2 amb RD, CO2 amb DH, ↑CO2 RD e ↑CO2 DH. Medidas do potencial da água nas folhas (Ψ wf, fotossíntese (A, μmol CO2 m-2s-1) foram realizadas. Os valores de A e E foram utilizados para a obtenção dos valores de eficiência do uso da água (EUA: A/E). As folhas coletadas a cada 10 dias, totalizando 5 coletas, foram congeladas em nitrogênio líquido, liofilizadas e trituradas para quantificação dos aminoácidos livres (AA) e compostos fenólicos (CF) totais. A fotossíntese foi maior nos cafeeiros cultivados sob alto CO2 , mesmo sob restrição hídrica se comparadas aos demais tratamentos. As reduções no Ψ wf foram cerca de 42% (CO2amb) e 56% (↑CO2) ao longo do experimento nos tratamentos sob déficit hídrico em relação aos tratamentos sob rega diária. Observou-se uma flutuação nas concentrações de AA nas plantas submetidas ao tratamento de DH associado ao ↑[CO2]. O inverso foi observado para a concentração de CF nas folhas 32% maiores no tratamento CO2 ambRD em comparação aos outros três tratamentos. Os significativos aumentos em A associados às alterações no acúmulo de AA e CF em cafeeiros sob condições de ↑[CO2] sugerem um maior investimento em produções primárias para reserva, e com reduções na mobilização de esqueletos carbônicos para a produção de metabólitos secundários.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Arabica coffee cultivars in different water regimes in the central cerrado region
    (Editora UFLA, 2019-07) Veiga, Adriano Delly; Rodrigues, Gustavo Costa; Rocha, Omar Cruz; Bartholo, Gabriel Ferreira; Guerra, Antônio Fernando; Silva, Thiago Paulo da
    Phenotypic characterization of coffee cultivars under an irrigation system, as well as adaptability to controlled water stress, aiming at flowering uniformity, high yield and grain quality, plays an important role in coffee production in the cerrado areas. A field trial was carried out aiming to evaluate the agronomic performance of arabica coffee cultivars under different water regimes, using center pivot irrigation: irrigation throughout the year (WR1); suspended at the end of June for 40 days until leaf water potential reached -1.5 MPa (WR2); suspended at the end of June for 70 days until leaf water potential reached -2.3 MPa (WR3); suspended at the end of June for 100 days until leaf water potential reached -3.4 MPa (WR4); and a non-irrigated regime (WR5). The following traits were analyzed: plant height, stem diameter, canopy projection, number of plagiotropic branches, coffee grain yield, percentage of fruit in the cherry stage, and sieve retention percentages. Higher yield, plant growth, and percentage of fruit in the cherry stage are observed in the water regime with seventy days of controlled water stress (WR3). The Obatã IAC 1669-20 cultivar exhibits high yield and plant growth values in an irrigated system, and Catuaí Amarelo IAC 86 stands out in the non-irrigated system. For these genotypes, the coffee grain yield is most highly correlated with number of reproductive branches.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Resposta de cafeeiros em sistema de cultivo orgânico após poda de recepa sob diferentes regimes hídricos
    (Universidade Federal de Santa Maria, 2013-12-11) Nascimento, Luís Marques do; Spehar, Carlos Roberto
    O experimento foi conduzido na Fazenda Água Limpa, Universidade de Brasília, por três anos consecutivos, em cafeeiro sob cultivo orgânico, cv. IAPAR 59, com 7.142 plantas ha -1 após a poda de recepa e irrigado por gotejamento. A pesquisa abrangeu três aspectos do desenvolvimento das plantas de café, apresentados em capítulos. No primeiro objetivou-se avaliar o crescimento vegetativo, enquanto no segundo a uniformidade da floração e no terceiro a produtividade. Os tratamentos foram: sem irrigação; irrigação durante todo o ano; paralisação 30 dias antes da colheita; paralisação na época da colheita; e paralisação na colheita associada à condução do caule. Nas parcelas sem irrigação, o teor de água foi determinado pelo método gravimétrico enquanto nos demais tratamentos, foi utilizado “Irrigas” para monitorar a tensão de água no solo, com valor predefinido de 40 kPa. O delineamento experimental utilizado foi em blocos ao acaso, onde os tratamentos consistiram de cinco regimes hídricos, com seis repetições. Os parâmetros de crescimento vegetativo avaliados em 2011 e 2012 foram: altura de planta, comprimento do primeiro par de ramos plagiotrópicos, diâmetro do caule, índice de área foliar, número de folhas e número de ramos plagiotrópicos produtivos. Os parâmetros avaliados mostraram que a planta foi favorecida pelo estresse hídrico controlado. A paralisação da irrigação na colheita, isoladamente, ou associada à condução da poda estimulou o crescimento da planta e do comprimento do primeiro par de ramos plagiotrópicos, refletindo-se positivamente no diâmetro do caule, no número de folhas e no índice de área foliar total nas épocas seca e chuvosa. A irrigação durante todo o ano não proporcionou aumento significativo na altura de planta, comprimento do primeiro par de ramos plagiotrópicos, diâmetro do caule, índice de área foliar e ramos primários produtivos no período de inverno. A ausência de irrigação proporcionou incrementos significativos para altura de planta, diâmetro do caule e número de folhas somente na época chuvosa. Na floração coletaram-se dados sobre números de ramos produtivos, nós produtivos, botões florais, flores, inflorescências, chumbinhos, chumbinhos por inflorescência e nós com frutos. O tratamento sem irrigação apresentou um período principal de floração. Os tratamentos com paralisações da irrigação reduziram os eventos de floração, contrariamente, a irrigação o ano todo apresentou diferentes intensidades de floração de julho a outubro de 2012. Na média dos cinco regimes hídricos aplicados, houve maior produção na posição leste (nascente) do número de nós com botões florais, número de botões florais, número de flores abertas, número de flores por inflorescência, número de chumbinhos por inflorescência e número de chumbinhos. A irrigação feita até a colheita associada à condução da poda, com paralisações por 70 dias em 2011 e 57 dias em 2012, elevou a produção da maioria dos parâmetros de floração. A produção e a produtividade totais de café foram avaliadas em 2011, 2012 e 2013 subdividiu-se em frutos cereja, cereja + verde, seco + chocho, além da trienal e acumulada. Os tratamentos com paralisações programadas das irrigações apresentaram produção e produtividade superiores ao tratamento sem irrigação. A irrigação feita todo o ano reduziu a proporção de frutos secos e chochos, porém, aumentou a de frutos verdes. A irrigação até a colheita associada à condução da poda de recepa aumentou a produção de frutos cereja e reduziu a de frutos secos e chochos em relação à massa total de frutos colhidos. A irrigação realizada até a colheita e a condução da poda de recepa elevou a produção e a produtividade trienal e acumulada.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Stomatal behavior and components of the antioxidative system in coffee plants under water stress
    (Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz", 2011-01) Deuner, Sidnei; Alves, José Donizeti; Zanandrea, Ilisandra; Goulart, Patrícia de Fátima Pereira; Silveira, Neidiquele Maria; Henrique, Paôla de Castro; Mesquita, Alessandro Carlos
    Coffee (Coffea arabica) plants show a positive relationship between stomatal closure and formation and accumulation of H2O2. However, for coffee plants under water restriction such relationship has never been studied. The objective of the present study was evaluate the stomatal movement and the antioxidant capacity of coffee seedlings under different water regimes. Eight months old coffee seedlings of cv. Catuaí IAC 99 were submitted to field capacity, gradual and total suspension of irrigation during a period of 21 days. Evaluations of leaf water potential (Ψ w) were performed in the beginning of the morning, and stomatal resistance, transpiration rate and vapor pressure deficit were determined at 10 am and 5 pm. All biochemical and enzymatic determinations were performed in leaves collected at 5 pm. Evaluations and samplings were performed at three days intervals. There was no variation in Ψ w during the evaluated period for plants in field capacity. However, an expressive decrease of Ψ w following day 12, reaching values near -2.5 MPa at the end of the experiment was observed for plants submitted to gradual suspension of irrigation. For plants submitted to total suspension of irrigation, Ψ w decreases after the sixth day, reaching -2.5 MPa at day 15. The decay of Ψ w in plants submitted to gradual and total suspension of irrigation reflected in increased stomatal resistance and in a decreased transpiration rate leading to an increase in hydrogen peroxide formation and, on final stages, increase in lipid peroxidation. As a conclusion, an increase in the activity of antioxidant enzymes as well as in the levels of ascorbate and dehydroascorbate was observed, which act in the detoxification of free radicals formed as result of the water stress.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Avaliações bioquímicas da parede celular e morfológicas de folhas de café (Coffea arabica L. e Coffea canephora Pierre) associadas a condições de estresses abióticos
    (Universidade Federal do Paraná, 2013-02-06) Lima, Rogério Barbosa de; Petkowicz, Carmen Lúcia de Oliveira
    A parede celular é uma estrutura dinâmica e complexa, com papéis centrais no crescimento, desenvolvimento, fisiologia e defesa vegetal. Sua composição é alterada no crescimento, desenvolvimento e em condições de estresse. Os estresses abióticos são decorrentes de alterações nas condições químicas e físicas do ambiente da planta, diminuindo seu crescimento e podendo causar até sua morte. O objetivo deste trabalho foi avaliar as alterações dos componentes da parede celular de folhas de café (Coffea. arabica e Coffea canephora) submetidas aos estresses térmico, hídrico e salino. Frações de pectinas, hemiceluloses e lignocelulose foram isoladas e analisadas quanto à composição e distribuição de massa molecular. A ultraestrutura das células do mesofilo da folha também foi avaliada. Todos os estresses causaram alterações na composição da parede celular e na ultraestrutura das células da folha. Em todas as condições de estresses houve redução do conteúdo de amido no citoplasma e rupturas das membranas dos cloroplastos. Os estresses térmico e salino diminuíram o rendimento das frações polissacarídicas, aumento do tamanho médio dos polissacarídeos e aumento do conteúdo de lignina no resíduo final, alterações relacionadas ao enrijecimento da parede celular. Por outro lado, o estresse hídrico promoveu o afrouxamento da parede celular pelo aumento da solubilidade das frações polissacarídicas, redução do tamanho médios dos polissacarídeos e leve redução do conteúdo de lignina da fração lignocelulósica. A espécie de C. canephora tolerante (clone 14) e sensível (clone 109A) ao estresse hídrico foi investigada. O cultivar tolerante apresentou ao enrijecimento da parede celular em resposta ao estresse hídrico, enquanto o clone sensível respondeu afrouxando a parede celular. Estes resultados indicam que a maior resistência da parede celular seja uma importante característica que garante a maior tolerância ao estresse hídrico no clone tolerante.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Rustificação de plantas jovens de Coffea arabica L.
    (Universidade Federal de São Carlos, 2007-06-06) Novaes, Paula; Prado, Carlos Henrique Britto de Assis
    Plantas jovens de Coffea arabica enxertadas sobre C. canephora foram submetidas a 6 ciclos de suspensão de rega (CR) durante 35 dias. Cada CR foi acompanhado até que a fotossíntese líquida (P N ) fosse próxima de zero ou até que o potencial hídrico foliar (Ψ) fosse próximo de -2.0 MPa nos cultivares Acauã (AC), Mundo-Novo (MN) e Obatã (OB). Após 2 CR (cerca de 10 dias) os valores médios de condutância estomática (g s ) diminuíram de 0,15 para 0,01 mol m -2 s -1 em todos os cultivares, mudando o padrão de trocas gasosas nos subseqüentes CR. De 3 a 6 CR os cultivares apresentaram maiores oscilações da eficiência do uso da água e da concentração substomática de CO 2 , além de valores negativos de P N ao final dos CR. Após 3 CR ocorreu um aumento proporcionalmente maior em g s do que em P N após rega, com um aumento correspondente de Ci, indicando possíveis danos no aparato fotossintético. Este evento ocorreu de forma mais clara em OB, o qual demonstrou redução progressiva de P N após 3 CR e os menores valores de Ψ (-2,0 MPa) ao final de 6 CR. A sobrevivência dos cultivares foi de 80% em 3 CR e 70% em 6 CR. As alterações dos padrões de trocas gasosas nos cultivares AC, MN e OB podem indicar que os exemplares foram potencialmente rustificados. Após o plantio de MN e OB rustificados e controle (sem prévia rustificação) em campo, com 180 dias de idade, foi observado no tratamento rustificado valores significativamente (p<0,05) maiores do acúmulo de biomassa e do número de componentes estruturais da copa. A rustificação prévia proporcionou maior acumulo de biomassa de folhas, de caule e de raízes que nas plantas controle em ambos os cultivares. O diâmetro do caule, a altura, o número de folhas e o número de ramos também foram significativamente maiores (p<0,05) nos indivíduos previamente rustificados. As maiores diferenças da estrutura da copa e da biomassa acumulada entre plantas controle e rustificadas foram encontradas principalmente após o primeiro período de rezudida disponibilidade hídrica (210 dias em condições de campo). O maior número de folhas e a maior área foliar em copas mais ramificadas podem proporcionar um aumento da assimilação de carbono por planta e maior produção de grãos nas plantas rustificadas. Em termos práticos, 3 CR antes do crescimento em campo são suficientes para mudar consistentemente o padrão de trocas gasosas foliares nos 3 cultivares estudados, mantendo o aparato fotossintético livre de danos e proporcionando maior sobrevivência. A prática de rustificação prévia antes do plantio deve ser adotada nos cultivares estudados, pois o custo é reduzido e o desenvolvimento vegetativo inicial é fortemente favorecido após o transplante sob condições de campo.