Teses e Dissertações

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    Resistência de acessos do banco de germoplasma de café da EPAMIG a Hypothenemus hampei
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-04-30) Manrique Burbano, Marylyn Bellyne; Pereira, Eliseu José Guedes; Pereira, Antonio Alves
    O primeiro passo para desenvolvimento de cultivares resistentes a um inseto fitófago consiste em avaliar criteriosamente genótipos da planta hospedeira de interesse agronômico na tentativa de identificar fontes de resistência ao inseto. Assim o objetivo deste trabalho foi determinar a resistência de acessos de Coffea arabica à broca do café Hypothenemus hampei (Coleoptera: Curculionidae). Para isso, este trabalho foi dividido em duas partes, a primeira foi realizada em campo e nela se avaliou a intensidade de ataque da praga a 100 acessos do Banco de Germoplasma de café da EPAMIG, usando como comparador a variedade Catuaí Vermelho IAC 99. Contabilizou-se a porcentagem de frutos atacados e o número de indivíduos imaturos e adultos por fruto, e se determinou a escala de penetração da broca do café. Já a segunda parte do trabalho foi realizada em laboratório e nela foi estimado o número de estádios biológicos e a taxa instantânea de crescimento populacional (ri) da broca nos 10 acessos mais resistentes à praga, selecionados no primeiro experimento, e na variedade controle (Catuaí Vermelho). Foi observado que 27 acessos de C. arabica foram os menos atacados por H. hampei e neles a porcentagem de frutos broqueados variou de 21 a 43%, enquanto que na variedade Catuaí Vermelho IAC 99 o 79 ± 4% dos frutos estavam broqueados. A média de estádios biológicos de H. hampei variou entre os acessos menos infestados e correlacionou-se positivamente com a porcentagem de frutos broqueados na escala D (i.e., broca no interior da semente com sua descendência). No experimento em laboratório o número de ovos e larvas por fêmea e a taxa instantânea de crescimento populacional (ri) de H. hampei foram menores nos acessos MG0004 (Bourbon Vermelho), MG0175 (Caturra x H.T. IAC 2012), MG0205 (Guatenano) e MG0230 (Catuaí Erecta) para a primeira geração da broca, mas não para as gerações subsequentes, nas quais o valor de ri não diferiu entre os genótipos avaliados. Os acessos destacados neste estudo figuram-se como promissores na busca pela obtenção de variedades de café com maior resistência a H. hampei do que as atualmente cultivadas.
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    Artrópodes predadores da broca-do-café associados ao ingá
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-07-31) Pantoja, Gabriel Martins; Venzon, Madelaine; Rezende, Maíra Queiroz
    Plantas associadas podem incrementar a comunidade de inimigos naturais no ecossistema através da disponibilidade do néctar extrafloral. Neste trabalho estudou-se a influência do ingá na comunidade de artrópodes predadores de Hypothenemus hampei (Coleoptera: Scolytinae) em cultivo de café e a capacidade predatória do tripes Trybomia sp. (Karny) (Thysanoptera: Phlaeotrhipidae em controlar a broca-do-café (Ferrari) (Hypothenemus hampei). O trabalho foi dividido em dois capítulos. No capítulo 1, foram avaliadas a diversidade e abundância de assembleias de formigas e do tripes Phlaeothripidae em cultivos de café com e sem o ingá. No capítulo 2, avaliou-se a capacidade do tripes Trybomia sp. de acessar e predar a broca-do-café no interior dos frutos. Não houve diferença na abundância e na diversidade das assembleias de formigas e tripes entre café em monocultivo e consorciado. No entanto, nas áreas com consórcio, encontramos maior abundância do total de insetos predadores. Tripes predadores do gênero Trybomia não foram eficientes em acessar e predar a broca-do-café. Através de equipamento de raio-x, foi possível identificar um comportamento de defesa da broca que pode ter impedido a entrada desses tripes. O tripes Trybomia sp. não se mostrou um predador eficiente de H. hampei no interior dos frutos. Nós concluímos que a presença do ingá pode aumentar a incidência de artrópodes predadores em cultivos de café. No entanto, são necessários estudos futuros para avaliara abundância e diversidade dos artrópodes em diferentes distâncias do ingá para certificar a adequada associação dessa planta com os cultivos.
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    Primeiro relato de Meloidogyne izalcoensis no Brasil e avaliação da resistência a essa espécie e a M. exigua em genótipos de Coffea spp.
    (Universidade de Brasília, 2019-07-11) Stefanelo, Daniela Rossato; Cares, Juvenil Enrique; Carneiro, Regina Maria Dechechi Gomes
    Os nematoides das galhas (NGs), Meloidogyne spp., estão entre os patógenos mais relevantes à cultura do cafeeiro, pois podem provocar desde redução na produtividade até a morte das plantas. Os objetivos desta pesquisa foram (i) verificar inequivocamente a identidade de uma espécie de Meloidogyne em café ainda não registrada no Brasil, (ii) identificar espécies de Meloidogyne presentes em cafezais no Triangulo Mineiro, (iii) avaliar a reação dos genótipos de cafeeiros a M. izalcoensis e (iv) validar 11 marcadores moleculares microssatélites (SSR), previamente estudados, em diferentes genótipos de cafeeiros, que apresentam genes de resistência a M. exigua. Com auxílio dos métodos bioquímicos baseados em eletroforese de izoenzimas (esterase, Est) e marcadores moleculares espécie-específicos (PCR-SCAR) foi possível identificar corretamente M. izalcoensis e outras espécies como: M. exigua, M. paranaensis, M. incognita, bem como a ocorrência da mistura dessas espécies em plantio de café. Quanto à reação dos genótipos de cafeeiro a M. izalcoensis foram realizados dois experimentos, no primeiro e no segundo experimento foram avaliados os genótipos: Catuaí Amarelo 62 (suscetível), Catuaí Vermelho x Amphillo 2-161 (28-2-II), Catuaí Vermelho x Amphillo 2-161 (16-5-III), IPR100, Híbrido do Timor UFV 408-01 MG (6-I-III) e o porta- enxerto cv. Apoatã IAC 2258. No primeiro experimento foi observada a reação de suscetibilidade dos genótipos Catuaí Amarelo 62, Catuaí Vermelho x Amphillo 2-161 (28-2- II), IPR 100 e Híbrido do Timor UFV 408-01 MG (6-I-III). O genótipo Catuaí Vermelho x Amphillo 2-161 (16-5-III) apresentou-se como moderadamente resistente e o porta-enxerto cv. Apoatã IAC 2258 como resistente. No segundo experimento, os genótipos Catuaí Vermelho x Amphillo 2-161 (28-2-II) e o porta exerto cv. Apoatã IAC 2258 foram vi classificados como moderadamente resistente e resistente, respectivamente. Os demais genótipos apresentaram reação de suscetibilidade ao patógeno. Apenas o porta-enxerto cv. Apoatã IAC foi considerado resistente a M. izalcoensis, nos dois experimentos. O estudo de validação dos marcadores microssatélites foi realizado em duas etapas. Na primeira, foram avaliados os 11 marcadores nos genótipos: Híbrido de Timor UFV 408-01 (036), UFV 408-01 (090), IPR100 e 83-3, linhagem do IPR 100 e Catuaí IAC 62 (suscetível). Na segunda etapa, foram avaliados os marcadores SSRCafé 4, 13, 15, 20 e 40 nos genótipos Híbrido do Timor 440-10 e Catuaí IAC 86 (suscetível). Na primeira etapa, quatro marcadores mostraram-se polimórficos: SSRCafé 4, 13, 15 e 41. Dois marcadores foram monomórficos, SSRCafé 14 e 37 e cinco não amplificaram nenhum fragmento: SSRCafé 19, 20, 32, 39 e 40. Na segunda etapa, três marcadores SSRCafé 13, 20 e 40 mostraram-se polimórficos e SSRCafé 15 mostrou-se monomórfico nos genótipos do Híbrido de Timor 440-10 (resistente) e Catuaí vermelho IAC 86 (suscetível). Com base nos resultados, conclui-se que marcadores microssatélites SSRCafé 13, 20 e 40 podem ser utilizados com maior segurança apenas na seleção de progênies resistentes resultantes de cruzamentos com o Híbrido de Timor 440-10. Em relação aos outros marcadores mais estudos serão necessários para sua validação.
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    Desenvolvimento de marcadores scar para identificação de espécies de Meloidogyne do cafeeiro e variabilidade genética e agressividade de populações de M. paranaensis a genótipos de Coffea spp.
    (Universidade de Brasília, 2016-06-08) Santos, Marcilene Fernandes Almeida dos; Peixoto, José Ricardo; Carneiro, Regina Maria Dechechi Gomes
    Os nematoides das galhas (NGs), Meloidogyne spp., estão entre os patógenos mais importantes economicamente por infectarem raízes de cafeeiro em vários países das Américas. Os objetivos do estudo foram desenvolver marcadores específicos do tipo SCAR para a detecção de duas espécies importantes do cafeeiro na América Central: Meloidogyne arabicida e M. izalcoensis (Tylenchida: Meloidogynidae), e avaliar a variabilidade genética e a agressividade de sete populações de M. paranaensis, uma das espécies de NGs mais destrutivas para o cafeeiro, em Coffea spp., com genes de resistência a Meloidogyne spp. No primeiro estudo, fragmentos polimórficos amplificados através de reações de PCR-RAPD foram selecionados e transformados em marcadores específicos do tipo SCAR. A amplificação dos primers desenvolvidos produziram fragmentos específicos de 300 pb e 670 pb para as espécies M. arabicida e M. izalcoensis, respectivamente. A especificidade dos primers também foi validada para um único indivíduo J2, macho ou fêmea, além de populações de campo, contendo mistura de espécies. Portanto, estes resultados demonstraram a eficácia destes marcadores SCAR para a identificação das espécies M. arabicida e M. izalcoensis, contribuindo para o diagnóstico específico dos NGs nas Américas. No segundo estudo, sete populações de M. paranaensis foram identificadas pela caracterização bioquímica e molecular. Os estudos filogenéticos mostraram que apesar da existência de três fenótipos de esterase (Est P1, P2 e P2a), uma baixa variabilidade genética foi observada, até mesmo em regiões distintas do DNA. A análise molecular mostrou que existe divergência genética na população de perfil P2a da Guatemala, em relação às populações do Brasil (Est P1 e P2). Essa população nos estudos de patogenicidade às cultivares suscetíveis de C. arabica mostrou-se uma das mais agressivas. Nos estudos de agressividade/virulência de M. paranaensis em Coffea spp. foram realizados dois ensaios. No primeiro, foram usadas duas cultivares, C. arabica (cv. Catuaí IAC 81) e C. canephora (cv. Clone 14), e foi confirmada a alta suscetibilidade da cv. Catuaí IAC 81 v com FR > 30 e alta resistência da variedade clonal “Clone 14” com FR < 0,2, em relação a diferentes populações de M. paranaensis. Ou seja, nenhuma população foi virulenta ao ‘Clone 14’ e as populações Par 3 da Guatemala, Par 5 Piumbí-MG e Par 4 Rolândia- PR foram as mais agressivas ao ‘Catuaí IAC 81’. No segundo ensaio foram testados quatro padrões de resistência em relação a sete populações de M. paranaensis: Catuaí Vermelho x Amphillo MR2161 (C. arabica), porta enxerto Apoatã IAC 2258 (C. canephora), Híbrido do Timor UFV 408-01(E1 6-6 II) e cv. IPR 100 (C. arabica), e o controle suscetível cv. ‘Mundo Novo 379-19’. Quanto à agressividade na cultivar Mundo Novo, as populações Par 2 Herculândia-SP, Par 3 da Guatemala e Par 5 PiumbíMG foram as mais agressivas. Nenhuma população de M. paranaensis foi virulenta às quatro cultivares resistentes: Apoatã IAC 2258, Catuaí Vermelho x Amphillo MR2161(E1 16-5 III), IPR 100 e Híbrido do Timor UFV 408-01 (E1 6-6 II), apresentando uma segregação de 15%, 0%, 26% e 31%, respectivamente. Esses resultados são promissores, pois validam a resistência de diferentes fontes genéticas de Coffea spp., para a espécie M. paranaensis.
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    Métodos de manejo para broca-do-café, Hypothenemus hampei Ferrari (COLEOPTERA: CURCULIONIDAE: SCOLYTINAE)
    (Universidade Federal do Espírito Santo, 2019-02-21) Souza, Rafael Assis de; Pratissoli, Dirceu; Zago, Hugo Bolsoni; Santos Júnior, Hugo José Gonçalves dos
    A broca-do-café, Hypotenemus hampei (Ferrari, 1867) (Coleoptera: Curculionidae: Scolytinae) é considerada a praga mais importante da cafeicultura mundial, devido às perdas quantitativas e qualitativas na produção de café arábica (Coffea arabica L.) e conilon (C. canephora Pierre ex A. Froehner). O método de controle mais utilizado é o químico, no entanto, após o uso do principal inseticida, o endosulfan, ser proibido no Brasil em 2013, os níveis de infestação de H. hampei aumentaram em todas as regiões produtoras de café. Por essa razão, a busca por novos métodos de manejo eficazes, economicamente e ambientalmente viáveis, torna-se de suma importância. Neste sentido, métodos de manejo como o comportamental, com a utilização de armadilhas coloridas contendo atrativos e o biológico com o uso do fungo Beauveria bassiana (Balsamo) (Hypocreales: Cordycipitaceae) vêm assumindo um importante papel dentro do Programa de Manejo Fitossanitário de Pragas. Assim, os objetivos do presente estudo foram: (1) determinar a associação entre a mistura etanol: metanol em diferentes proporções e cores das armadilhas, identificar as mais eficazes no monitoramento e possível controle da broca-do-café em campo, além de determinar o período de maior pico da broca; (2) verificar a eficiência de compostos voláteis na atratividade de H. hampei em laboratório e em campo; (3) avaliar a mortalidade da broca-do-café, pré e pós- aplicação do fungo Beauveria bassiana associado a emulsificantes em campo. A partir dos resultados, verificou-se que: (1) todas as misturas atrativas e cores das armadilhas capturaram adultos da broca-do-café; durante todos os estádios fenológicos do fruto, constatou-se a presença da broca-do-café; (2) as misturas etanol:cinamaldeído e etanol:metanol atraíram um maior número de broca-do-café em olfatômetro; A mistura etanol:metanol propiciou uma melhor eficácia na captura da broca-do-café em todas as épocas de avaliações em campo; (3) Os agentes emulsificantes (Goma arábica e X1) em mistura com o fungo B. bassiana, não aumentaram a mortalidade da broca-do-café; A aplicação do fungo B. bassiana préliberação da broca, propiciou maior mortalidade.
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    Diversidade, estrutura populacional e caracterização fisiológica de raças de Hemileia vastatrix
    (Universidade Federal de Viçosa, 2013-02-13) Cabral, Patrícia Gonçalves Castro; Zambolim, Laércio
    O fungo Hemileia vastatrix possui várias raças fisiológicas que refletem consideravelmente na sua diversidade genética. Nesse estudo, trinta e oito isolados monopustulares de H. vastatrix foram caracterizados em dezenove raças fisiológicas, dentre elas, as raças XXIX e XXX, relatadas pela primeira vez no Brasil. Onze novas raças, com diferentes combinações de genes de virulência, denominadas de UFV-Hv-01, UFV-Hv-02, UFV-Hv-03, UFV-Hv-04, UFV-Hv-05, UFV-Hv-06, UFV-Hv-07, UFV-Hv-08, UFV-Hv-09, UFV-Hv-10 e UFV-Hv-11 foram identificadas. Essas raças não possuem correspondência com outras raças de H. vastatrix descritas na literatura. A diversidade e estrutura genética de H. vastatrix foram analisadas em 115 isolados monopustulares, utilizando sete combinações de oligonucleotídeos AFLP, com o objetivo de verificar a influência do hospedeiro e da origem geográfica na estrutura genética da população do patógeno. Os isolados analisados, provenientes de Coffea arabica, C. canephora, derivados de Híbrido de Timor e Icatú (HDTI), foram coletados nos cinco principais Estados produtores de café do Brasil. A população de H. vastatrix apresentou baixo nível de diversidade genotípica, sendo obtidos 68 padrões AFLP. A diversidade gênica (h) na população de H. vastatrix foi de 0,027 e a hipótese de acasalamento ao acaso foi rejeitada na população total. Os isolados não apresentaram correlação entre distância geográfica e similaridade genética (r = -0,024, P = 0,74), indicando a ocorrência de dispersão dos urediniosporos à longas distâncias. A diferenciação genética (GST) entre as populações de H. vastatrix definidas por hospedeiro foi de 0,15 e nas populações definidas por Estado foi de 0,12. A análise de agrupamento dos dados AFLP não revelou a formação de grupos entre os isolados da mesma origem geográfica e hospedeiro, nem entre isolados de uma mesma raça fisiológica, embora a similaridade genética tenha sido superior a 90%. A AMOVA revelou que 90% da distribuição genética do patógeno ocorre entre os isolados dentro da subpopulação. O baixo grau de diferenciação nas populações de H. vastatrix no Brasil é consistente com a sua introdução, relativamente recente, e com a suscetibilidade à ferrugem apresentada pelos cultivares resistentes e derivados de HDTI. A elevada variação dentro das subpopulações sugere uma alta taxa evolutiva do patógeno e pode explicar a suplantação da resistência nos derivados de HDTI.
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    Genômica comparativa e potenciais mecanismos de patogenicidade de Pseudomonas que infectam o cafeeiro em Minas Gerais, Brasil
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-07-22) Alves, Francisco Henrique Nunes da Silva; Pacheco, Jorge Luis Badel; Zambolim, Laércio
    As manchas bacterianas causadas por Pseudomonas syringae pv. garcae (Psgc), P. syringae pv. tabaci (Psta) e Pseudomonas cichorii (Pch) são umas das principais doenças bacterianas que comprometem a produção de café no Brasil. Para entender a diversidade genética e os mecanismos subjacentes à patogenicidade destas espécies/patovares bacterianas, este estudo primeiro (Capítulo 1) demonstrou as suas organizações genômicas, encontrou regiões de sintenia e diferenças nas sequencias, com marcada ocorrência de transposições, deleções/inserções e inversões. Comparação entre os proteomas das espécies/patovares, revelou 581 proteínas exclusivas de Psgc, 834 exclusivas de Psta, 1486 exclusivas de Pch e 3424 comuns entre os três patógenos bacterianos. Análise do pangenoma e árvores filogenéticas, baseadas no conteúdo gênico do pangenoma e SNP do genoma core, determinou que as espécies/patovares bacterianas possuem plasticidade genômica. Mediante análise filogenética baseada em identidade média de nucleotídeos (ANIb) as espécies/patovares foram separadas em distintos clados. Assim, os resultados deste estudo indicaram que as bactérias patogênicas ao cafeeiro apresentam alta diversidade genética. Na segunda parte (Capítulo 2), uma análise comparativa dos sistemas de secreção e efetores do tipo III desses fitopatógenos foi realizada, usando como referencia o cluster de genes hrp/hrc da bactéria modelo P. syringae pv. tomato DC3000 (Pst DC3000). Encontrou-se que os genes hrpA, hrpD, hrpF, hrG, hrcQa e hrpJ de Psgc não possuíram identidade de sequência quando comparados com os genes do cluster de Pst DC3000, enquanto os demais genes identificados possuíram identidade de sequência que variaram de 26 a 98%. Em Psta os genes hrcJ, hrpG, hrcS, hrpP, hrpQ e hrpJ não obtiveram similaridade com os genes do cluster de Pst DC3000, enquanto os demais genes identificados possuíram identidades de sequência que variam de 41 a 94%. Em Pch, poucos genes mostraram identidade de sequência com os genes do cluster de Pst DC3000, variando de 27 a 58%. Comparações entre os pansecretomas do tipo III das diferentes espécies/patovares mostrou que de 46 famílias de efetores identificados em Psgc, as famílias avrB, avrPto, hopY, hopZ, hopAI, hopAU, hopBI, hopAJ, hopH, hopAF, hopBF e 10 possíveis novos efetores foram exclusivos. Em Psta, das 43 famílias de efetores identificados, somente foram exclusivos hopI, hopM, hopQ, hopAB, hopAZ e 13 novos candidatos à efetores. Em Pch, hopA, hopB, hopBN e 10 possíveis novos efetores foram exclusivos. Foi observado que avrE foi a única família de efetores compartilhada entre as três espécies/patovares bacterianas. Assim, os resultados indicam que o efetor avrE pode possuir papel fundamental nas interações dessas bactérias com o cafeeiro, e a descoberta de novos efetores pode ajudar a entender como cada espécie/patovar se adaptou ao hospedeiro. Por último (Capítulo 3) pretendendo encontrar os mecanismos de adaptação comuns entre as Pseudomonas patogênicas ao cafeeiro, identificou-se as proteínas secretadas pelo sistema de secreção do tipo II (T2SS) e potenciais efetores do tipo II (T2SE). Foi identificada a presença de 368 proteínas não redundantes que possuíram sinal de secreção de tipo II e ausência de domínio transmembranar em Psgc, 420 em Psta e 459 em Pch. Comparando os três pansecretomas do T2SS, foi observado que 240 proteínas estiveram presentes em todas as espécies/patovares analisadas. No entanto, muitas proteínas tiveram anotações relacionadas com funções associadas a membranas, pilus ou flagelo. Filtragem das proteínas associadas com essas estruturas bacterianas revelou T2SE candidatos com atividades enzimáticas potenciais, que ainda não têm sido relatadas como importantes para a patogenicidade bacteriana. Este trabalho proporciona resultados que servem como ponto de partida para pesquisas futuras, visando obter conhecimento sobre a diversidade genética e os mecanismos moleculares que conferem a capacidade de causar doença no cafeeiro aos patógenos Psgc, Psta e Pch. Esses resultados podem também ser úteis para desenvolver novas estratégias que visem controlar os patógenos bacterianos que causam manchas foliares em plantas de café no futuro. Palavras-chave: Pseudomonas Pseudomonas syringae pv. tabaci. cichorii. Pseudomonas syringae pv. garcae
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    Aspectos epidemiológicos e fisiológicos da interação Colletotrichum gloeosporioides PENZ x mudas micropropagadas de cafeeiro (Coffea arabica)
    (Universidade Federal de Lavras, 2008-07-31) Martins, Fernanda Gonçalves; Abreu, Mario Sobral de
    Este trabalho foi realizado com o objetivo de estudar os aspectos da infecção de Colletotrichum gloeosporioides – isolado da haste e seca de ponteiro de cafeeiro e folhas de mangueira; estudar o quadro sintomatológico do patossistema mancha manteigosa x cafeeiro através da avaliação da incidência e severidade da doença, observar o caráter de suscetibilidade entre MOSPCSMM (Mudas obtidas de sementes de plantas com sintomas da mancha manteigosa) e MOSPSSMM (Mudas obtidas de sementes de plantas sem sintomas da mancha manteigosa); confirmar a relação entre C. gloeosporioides e a seca de ponteiros e observar em diferentes tempos, determinar os efeitos de isolados de gloeosporioides sobre os teores de pigmentos (clorofila a, b e total), fenóis solúveis totais e lignina solúvel em mudas de café obtidas por cultura de tecidos e inoculadas artificialmente. Os experimentos foram conduzidos com DIC e em DBC. As plantas foram inoculadas com uma suspensão de 2x10⁶ conídios.ml-¹ sobre a área foliar. A porcentagem de germinação conidial e formação de apressórios foram estimadas a 6, 12, 18, 24, e 48 horas após a inoculação. As avaliações da incidência e severidade foram realizadas a cada 5 dias, iniciando-se aos 7 dias após a inoculação, com duração de 30 dias. Aos 3 e 7 dias após inoculação foram quantificados os teores de pigmentos, fenóis e lignina. O início da germinação ocorreu entre 6 e 12 horas após a inoculação quando alguns conídios emitiam um ou dois tubos germinativos. Entre os isolados estudados pôde-se verificar que houve diferença significativa a 1% de significância pelo teste de Scott-Knott, mostrando dessa forma que houve diferença no potencial germinativo entre os isolados em MOSPSSMM. Em relação às MOSPCSMM não houve diferença significativa entre os isolados estudados, os mesmos apresentaram efeitos semelhantes sobre a germinação média de conídios. A formação de apressórios se deu a partir das seis horas após a inoculação. MOSPSSMM e MOSPCSMM mostraram-se resistentes ao isolado I, susceptíveis e moderadamente suscetíveis ao isolado II. Em relação ao isolado III, as MOSPCSMM mostraram-se susceptíveis, enquanto que MOSPSSMM mostraram-se moderadamente susceptíveis. Os primeiros sintomas de necrose nas folhas de mudas provenientes de MOSPCSMM e MOSPSSMM, só foram observados a partir do sétimo dia após inoculação. A presença do patógeno diminuiu significativamente os teores de clorofila, em relação aos tempos estudados nos dois materiais genéticos avaliados. Aos 7 dias após inoculação de plantas de café sadias e doentes pôde ser observado um maior teor de fenóis solúveis totais e lignina solúvel em resposta ao ataque de C. gloeosporioides.
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    Potencial biocida de Jatropha curcas L.
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-02-12) Silva, Dandara Rêgo Muniz da; Dias, Luiz Antônio dos Santos
    Jatropha curcas L. é uma oleaginosa de múltiplos propósitos, por apresentar, além da importância do seu óleo para produção de biodiesel, uma grande diversidade de compostos bioativos com atributos medicinais e ação biocida no controle de pragas e doenças de diversos cultivos. Esta revisão aborda o estado da arte da ação biocida dos metabólitos secundários dessa espécie. Dentre esses compostos, os ésteres diterpênicos derivados do forbol são as moléculas mais estudadas, devido a toxicidade aos seres humanos e animais, e pela alta atividade fungicida e inseticida. Tais metabólitos, possivelmente, atuam na destruição do retículo endoplasmático e da parede celular das hifas. Nos insetos-praga, estes compostos, provavelmente, atuam sobre o metabolismo, ocasionando inibição alimentar, repelência, inibição do ato do acasalamento, ação inibitória ou supressora da oviposição e/ou indução da produção de ovos inférteis, além da inibição do desenvolvimento de larvas, ninfas e pupas. Vários estudos demonstram que embora todas as partes da planta sejam tóxicas, o grau de toxicidade pode variar de acordo com a forma de obtenção do extrato, dose e modo de administração, e sensibilidade do indivíduo. Sendo assim, J. curcas é destaque como espécie promissora por atender tanto o aspecto agroenergético, quanto o fitossanitário no controle de pragas e doenças que afetam a agricultura. Dessa forma, o presente estudo avaliou, no capítulo 2, a atividade fungicida e bactericida de extratos foliares e caulinares de 12 acessos, pré- selecionados em teste de progênies, sobre os fungos Hemileia vastatrix e Cercospora coffeicola, causadores de duas das mais importantes doenças do cafeeiro: ferrugem e cercosporiose, respectivamente, e sobre a bactéria Pseudomonas syringaepv. garcae, causadora da mancha aureolada. Amostras de folhas e caules de J. curcas foram submetidas a secagem e moagem e seus extratos clorofórmicos e etanólicos preparados com auxílio do aparato Soxhlet. As atividades fungicidas e bactericidas foram avaliadas, in vitro, a partir da inibição da germinação de esporos de H. vastatrix, da redução percentual do crescimento micelial de C. coffeicola e da diminuição da zona de crescimento de P. syringae pv. garcae. Todos os extratos foram capazes de inibir, em 100%, a germinação dos esporos de H. vastatrix. Todos os extratos reduziram significativamente o crescimento micelial de C. coffeicola, sendo as reduções mais expressivas de 16, 17, 12 e 20%, dos extratos EC04, EF04-clorofórmico e os EC08, EF08-etanólico, respectivamente. Alterações morfológicas também foram observadas nos micélios, indicando a possível variação na produção de melanina, metabólito secundário de importância no desenvolvimento fúngico. Os extratos não agiram sobre P. syringae pv. garcae. Esses resultados demonstram a importância dos estudos sobre as propriedades fungicidas dos extratos de J. curcas, bem como, na caracterização e identificação de seus componentes bioativos.
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    Relação de funções climáticas e bióticas com a taxa de infecção da ferrugem do cafeeiro (Hemileia vastatrix Berk. et Br.)
    (Universidade Federal de Viçosa, 1981) Akutsu, Mário; Kushalappa, Ajjamada Chengappa
    O progresso da ferrugem (Hemileia vastatrix Berk. et Br.) foi quantificado eu um hectare de cafezal do cultivar Catuaí, em Ponte Nove, MG, a intervalos de 14 dias, de setembro de 1978 a agosto de 1980, na base de proporção de folhas com ferrugem (PFF) e proporção de área foliar com ferrugem (PAFF). A taxa de infecção aparente para 28 dias após a data de previsão (DP), e corrigida para crescimento do hospedeiro ( Ff’), foi estimada, utilizando-se o melhor modelo de crescimento selecionado, o monomolecular. Aparelhos meteorológicos, instalados no campo, determinaram a temperatura horária, número de horas de água livre e precipitação diária. Os dedos de ambiente foram transformados para as funções de processos monocíclicos, com as equações estimadas para a germinação e infectividade de uredosporos da H. vastatrix, desenvolvidas em laboratórios e casa-de-vegetação na Universidade Federal de Viçosa. As equações obtidas foram: l. Função da temperatura pare germinação: y = sen² (220,5x — 152,7x² - 76,05x³) 2. Função da temperatura para infectividade: y= sen² (118,05x - 41,57x² - 151, 32x³), em que y = proporção de máxima germinação e x = equivalente de temperatura. 3. Função do número de horas de água livre para infectividade: y= 1 - 1,996 exp. (-0,1089t), em que t, horas de água livre presente. A funçao de infecção (FINF) foi calculada pelos dados estimados pelas três equações mencionadas. A funçao de disseminação (FDIS) foi obtida com base na proporção dedias com chuvas > 1 um. A função de processos monocíclicos (FPM) foi calculada com a equação monit x, log, (1/1-x), em que x = (FINF.FDIS.PAFFE), e PAFFE = proporção de área foliar com ferrugem com esporos. O hospedeiro disponível para infecção foi determinado através da equação log e (1-xm'), para proporção de folhas com ferrugem (PFF) e proporção de área foliar com ferrugem (PAFF), em que xm' = PFF qu PAFF, corrigida para crescimento do hospedeiro. As combinações de variáveis independentes, que explicaram significativamente a variação na taxa de progresso da doença, foram identificadas pelo programa de regressão múltipla "stepwise". As equações obtidas para o período de 1978/80, forem: 1. Y1 = -0,0806 - 9,667X1 + 0,915X3 - 0,668X4 (R² = 0,79) 2. Y2= 0,003 + 0,378X1+ 0,036X3 – 0,222X5 (R² = 0,79) 3. Y1= -0,0354 – 0,245X4 + ç47,593X6 (R²= 0,70) 4. Y2 = 0,008 - 0,339X5 + 6, 692X6 (R² = 0,78)em que Y1 = P" para PFF e Y2 = P" para PAFF, para 28 dias após a data de previsão (DP). X1 = monit (PAFFE) ; X3= FINF, função de infecção; X4 = PDF, proporção de folhas disponíveis para infecção; X6 = monit (FPM). As variaveis independentes foram calculadas para 28 dias antes da data de previsao (DP).