Teses e Dissertações

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    Respostas fisiológicas e morfológicas de cultivares de café arábica à compactação do solo
    (Universidade Federal de Viçosa, 2021-05-31) Ramos, Elísia Gomes; Oliveira, Teógenes Senna de; Neves, Júlio Cesar Lima
    A compactação causada pela mecanização afeta a qualidade do solo e consequentemente o desenvolvimento das culturas, alterando a morfologia e fisiologia das mesmas. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de cinco graus de compactação do solo na fisiologia e morfologia de diferentes cultivares de café. O experimento foi realizado em casa de vegetação, com delineamento de blocos casualizados em arranjo fatorial 5 x 5, sendo cinco cultivares de café e cinco graus de compactação, com quatro repetições, totalizando 100 unidades experimentais. As cultivares utilizadas foram Arara, Catuaí Amarelo, Catuaí Vermelho, Mundo Novo e Paraíso, e os graus de compactação foram 68, 74, 80, 86 e 92%. No ensaio experimental foram avaliadas as seguintes variáveis: altura das plantas; diâmetro do ramo ortotrópico; número de folhas e de entre-nós; massa úmida e massa seca das raízes e da parte aérea; área foliar; comprimento, área de superfície e volume das raízes; diâmetro de raízes finas e grossas e trocas gasosas (condutância estomática, transpiração, fotossíntese e concentração interna de CO 2 ). Os resultados obtidos mostraram que os altos graus de compactação, acima de 80%, afetaram negativamente a maioria das variáveis; a cultivar Catuaí Vermelho apresentou pior desempenho independente do grau de compactação, enquanto o Arara e o Paraíso foram os mais resistentes ao solo compactado. A estrutura anatômica das raízes foi modificada com a compactação do solo, não sendo observado diferenças entre as cultivares. Palavras-chave: Coffea arabica L. Compactação. Morfologia. Fisiologia
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    Anatomia comparada de duas variedades de cafeeiro em Minas Gerais
    (Universidade Federal de Lavras, 2023-01-17) Sartori, Luana de Jesus; Mori, Fábio Akira
    O conhecimento da anatomia foliar de cafeeiros de diferentes locais é importante para compreender os mecanismos de adaptação das variedades às condições ambientais. Visto que a folha apresenta grande plasticidade, esta atua como um indicador das condições edafoclimáticas, conferindo mais respostas do que a raiz e o caule. Entender a anatomia pode auxiliar produtores a realizar o plantio de determinadas variedades em locais mais apropriados, além de contribuir na criação de cultivares mais tolerantes a estresses ambientais. O experimento foi conduzido nas Unidades Experimentais da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG) nas cidades de Patrocínio e Monte Carmelo. Cada local possui lavouras de café com as variedades “Catiguá MG3” e “Sarchimor”, implantadas em 2017, porém, em Monte Carmelo ocorre irrigação por gotejamento enquanto Patrocínio é conduzido em sequeiro. O presente trabalho teve como objetivo verificar a plasticidade estrutural foliar entre uma mesma variedade de café cultivada em diferentes locais, e entre as duas variedades ocorrentes num mesmo local. Para tanto, coletou-se folhas completamente expandidas do terceiro nó para a avaliação da anatomia foliar no Laboratório de Anatomia Vegetal (DBI) da Universidade Federal de Lavras (UFLA). Por meio deste, verificou-se que as variedades dos dois locais apresentaram características que conferem tolerância a altas temperaturas. Em Monte Carmelo os indivíduos apresentaram maior espessamento da cutícula, já em Patrocínio, maior espessamento do parênquima paliçádico. Em Monte Carmelo também foi observado maior diâmetro de vaso e do poro estomático, indicando uma maior transpiração e translocação de água e sais minerais, sendo a irrigação uma possível resposta.
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    Efeitos interativos da concentração de CO 2 e da disponibilidade de luz sobre o crescimento, o desempenho fotossintético e a plasticidade fenotípica do cafeeiro
    (Universidade Federal de Viçosa, 2022-02-23) Souza, Antonio Henrique de; DaMatta, Fábio Murilo; Martins, Samuel Cordeiro Vitor
    Apesar de o café arábica (Coffea arabica L.) ser uma espécie que evoluiu em ambientes sombreados, é cultivado, mais comumente, a pleno sol, como ocorre no Brasil. A espécie é classificada como muito sensível às mudanças climáticas, e o uso do sombreamento em cafezais é considerado uma importante estratégia de manejo para mitigar os efeitos negativos dessas mudanças, de sorte que a adoção do sombreamento em lavouras a pleno sol é assunto atual de destaque na cafeicultura. A cultura apresenta grande plasticidade fenotípica à irradiância, observada quando há diferenças marcantes na disponibilidade de luz. A elevada concentração atmosférica de CO 2 (eC a ) aumenta o desempenho fotossintético do cafeeiro, porém, ainda não se sabe se, e como, a eC a pode afetar o desempenho fotossintético do cafeeiro sob sombreamento mais denso e se a eC a poderia reverter as limitações difusionais impostas às plantas de café nessa condição, quando sua plasticidade fenotípica à luz é induzida. Isso posto, pretendeu-se avaliar como a assimilação e o uso de carbono, bem como o acúmulo e partição de biomassa, são afetados pela disponibilidade de luz e concentração de CO 2 , e como isso poderia impactar a plasticidade fenotípica do cafeeiro à irradiância. Para tanto, foram cultivadas plantas em vasos, dentro de câmaras de topo aberto, em casa de vegetação. Durante 12 meses, as plantas foram submetidas a dois níveis de luz (0% e 90% de restrição lumínica) em combinação com concentração de CO 2 ambiente (aC a : 457 ± 9 µmol mol -1 ) ou elevada (eC a : 705 ± 18 µmol mol -1 ). Foram realizadas avaliações de trocas gasosas e fluorescência de clorofila a, curvas fotossintéticas de resposta à concentração interna de CO 2 (A/C i ), partição e eficiência de uso de nitrogênio, além de análises bioquímicas, anatômicas e biométricas. Os resultados demonstraram que eC a melhorou a performance fotossintética, via aumentos na taxa fotossintética líquida (A) e redução da taxa de fotorrespiração e da pressão oxidativa nos cloroplastos, sem sinais de retrorregulação da fotossíntese. Por um lado, o incremento em C a atenuou os efeitos das limitações difusionais exacerbadas pelo drástico sombreamento, além de aumentar a velocidade máxima de carboxilação da RuBisCO (V cmax ), em paralelo a aumentos na eficiência fotossintética do uso do N, mas sem efeito direto na condutância estomática (g s ) e condutância mesofílica dessas plantas. Em adição, houve maior uso fotoquímico da luz absorvida sob condições de sombra (maior coeficiente de extinção fotoquímico e maioreficiência fotoquímica atual do FSII), em paralelo com maiores concentrações de clorofila e maior investimento em N como um todo na maquinaria fotossintética. Por outro lado, as plantas a pleno sol sob eCa apresentaram maiores valores de g s em paralelo a aumentos na densidade e no índice estomático, além dos maiores valores de A, V cmax e velocidade máxima de carboxilação limitada pela taxa de transporte de elétrons, bem como maior acúmulo de biomassa. Mesmo quando essas plantas foram analisadas sob baixa irradiância, não mostraram grande redução de g s , o que poderia ajudar no maior ganho de biomassa dessas plantas ao longo do tempo. Tanto a maior disponibilidade de luz como de CO 2 impactou positivamente o ganho de biomassa (e A), com efeitos interativos entre esses dois fatores. Sob eC a , o maior crescimento foi primordialmente governado por aspectos morfológicos à sombra (e.g. área foliar total), e fisiológicos ao sol (e.g. A). O sombreamento ora imposto permitiu uma exacerbação da plasticidade fenotípica à luz, sendo o CO 2 um importante fator no processo de manifestação dessa plasticidade. Coletivamente, os resultados oferecem novas informações sobre os efeitos positivos de eC a sobre o desempenho fotossintético e crescimento do cafeeiro, seja a pleno sol ou sob condições de baixa disponibilidade lumínica. Palavras-chave: Coffea arabica. Estômato. Fotossíntese. Luz. Mudanças Climáticas. Plasticidade Fenotípica. Sombreamento.
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    Efeitos interativos da concentração de CO 2 e da disponibilidade de luz sobre o crescimento, o desempenho fotossintético e a plasticidade fenotípica do cafeeiro
    (Universidade Federal de Viçosa, 2022-02-23) Souza, Antonio Henrique de; Matta, Fábio Murilo Da; Martins, Samuel Cordeiro Vitor
    Apesar de o café arábica (Coffea arabica L.) ser uma espécie que evoluiu em ambientes sombreados, é cultivado, mais comumente, a pleno sol, como ocorre no Brasil. A espécie é classificada como muito sensível às mudanças climáticas, e o uso do sombreamento em cafezais é considerado uma importante estratégia de manejo para mitigar os efeitos negativos dessas mudanças, de sorte que a adoção do sombreamento em lavouras a pleno sol é assunto atual de destaque na cafeicultura. A cultura apresenta grande plasticidade fenotípica à irradiância, observada quando há diferenças marcantes na disponibilidade de luz. A elevada concentração atmosférica de CO 2 (eC a ) aumenta o desempenho fotossintético do cafeeiro, porém, ainda não se sabe se, e como, a eC a pode afetar o desempenho fotossintético do cafeeiro sob sombreamento mais denso e se a eC a poderia reverter as limitações difusionais impostas às plantas de café nessa condição, quando sua plasticidade fenotípica à luz é induzida. Isso posto, pretendeu-se avaliar como a assimilação e o uso de carbono, bem como o acúmulo e partição de biomassa, são afetados pela disponibilidade de luz e concentração de CO 2 , e como isso poderia impactar a plasticidade fenotípica do cafeeiro à irradiância. Para tanto, foram cultivadas plantas em vasos, dentro de câmaras de topo aberto, em casa de vegetação. Durante 12 meses, as plantas foram submetidas a dois níveis de luz (0% e 90% de restrição lumínica) em combinação com concentração de CO 2 ambiente (aC a : 457 ± 9 µmol mol -1 ) ou elevada (eC a : 705 ± 18 µmol mol -1 ). Foram realizadas avaliações de trocas gasosas e fluorescência de clorofila a, curvas fotossintéticas de resposta à concentração interna de CO 2 (A/C i ), partição e eficiência de uso de nitrogênio, além de análises bioquímicas, anatômicas e biométricas. Os resultados demonstraram que eC a melhorou a performance fotossintética, via aumentos na taxa fotossintética líquida (A) e redução da taxa de fotorrespiração e da pressão oxidativa nos cloroplastos, sem sinais de retrorregulação da fotossíntese. Por um lado, o incremento em C a atenuou os efeitos das limitações difusionais exacerbadas pelo drástico sombreamento, além de aumentar a velocidade máxima de carboxilação da RuBisCO (V cmax ), em paralelo a aumentos na eficiência fotossintética do uso do N, mas sem efeito direto na condutância estomática (g s ) e condutância mesofílica dessas plantas. Em adição, houve maior uso fotoquímico da luz absorvida sob condições de sombra (maior coeficiente de extinção fotoquímico e maioreficiência fotoquímica atual do FSII), em paralelo com maiores concentrações de clorofila e maior investimento em N como um todo na maquinaria fotossintética. Por outro lado, as plantas a pleno sol sob eCa apresentaram maiores valores de g s em paralelo a aumentos na densidade e no índice estomático, além dos maiores valores de A, V cmax e velocidade máxima de carboxilação limitada pela taxa de transporte de elétrons, bem como maior acúmulo de biomassa. Mesmo quando essas plantas foram analisadas sob baixa irradiância, não mostraram grande redução de g s , o que poderia ajudar no maior ganho de biomassa dessas plantas ao longo do tempo. Tanto a maior disponibilidade de luz como de CO 2 impactou positivamente o ganho de biomassa (e A), com efeitos interativos entre esses dois fatores. Sob eC a , o maior crescimento foi primordialmente governado por aspectos morfológicos à sombra (e.g. área foliar total), e fisiológicos ao sol (e.g. A). O sombreamento ora imposto permitiu uma exacerbação da plasticidade fenotípica à luz, sendo o CO 2 um importante fator no processo de manifestação dessa plasticidade. Coletivamente, os resultados oferecem novas informações sobre os efeitos positivos de eC a sobre o desempenho fotossintético e crescimento do cafeeiro, seja a pleno sol ou sob condições de baixa disponibilidade lumínica. Palavras-chave: Coffea arabica. Estômato. Fotossíntese. Luz. Mudanças Climáticas. Plasticidade Fenotípica. Sombreamento.
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    Manipulação da relação fonte-dreno em Coffea arabica L. e seu efeito durante o desenvolvimento dos frutos
    (Universidade Federal de Lavras, 2021-08-06) Sanchez, Marlon Alexander Peralta; Marchiori, Paulo Eduardo Ribeiro; Guimarães, Rubens José
    O Brasil se posiciona como um dos maiores produtores de café do mundo, com 2,16 milhões de hectares plantados. Associando qualidade e produção, aparece como o maior exportador do grão. A produção de biomassa é dependente da assimilação e partição de carbono (C) na planta. Para o fruto crescer é necessário o C proveniente diretamente da fotossíntese das folhas, das reservas dos ramos e raízes e da assimilação pelo próprio fruto. A manipulação das relações fonte-dreno, através de técnicas como anelamento, desfolhação e remoção de frutos, ajudam a modificar o fluxo de carboidratos, permitindo alterar a partição de carbono na planta. Objetivou-se com o presente estudo determinar a capacidade de produção e estoque de carboidratos nos ramos e frutos da árvore de café. Foram conduzidos dois experimentos: No primeiro, avaliou-se a aplicabilidade da estimativa in situ do volume e área de frutos de café com um método matemático para um elipsoide, criando um método estimativo utilizando um fator de correção para estimar o volume e a área de rosetas de café, comparando aos métodos convencionais. Para isso 569 frutos de diferentes estágios de desenvolvimento foram avaliados e os seguintes parâmetros foram medidos em cada fruto: comprimento (eixo X), largura (eixo Z) e altura (eixo Y). As dimensões coletadas com paquímetro foram utilizadas na equação para estimar volume e área. As dimensões morfométricas dos frutos apresentaram uma alta correlação com as dimensões usadas para uma elipsoide de três eixos diferentes, como o fruto de café. A eficiência desse modelo foi avaliada por regressão linear, mostrando em sua análise ANOVA (p < 0,01) e uma relação linear positiva entre os dois métodos. Afirma-se que os dois modelos são adequados para estimativa in situ do volume e a área dos frutos e nas rosetas de café, sem causar danos nos frutos e com uma estimativa precisa e prática em campo. O segundo experimento visou determinar a contribuição das diferentes partes da árvore de cafeeiro como fonte de carboidratos para o crescimento dos frutos e acúmulo de carboidratos em função dos estágios de desenvolvimento. Os fatores de variação foram as técnicas de manipulação de relações fonte-dreno: (i) anelamento do ramo plagiotrópico e (ii) desfolhação e suas combinações. Foram realizadas 6 coletas ao longo do desenvolvimento dos frutos de cafeeiros para quantificação dos carboidratos. Observou-se limitação e atraso no crescimento dos frutos dos ramos anelados e desfolhados, reduzindo o acúmulo de carboidratos ao longo do desenvolvimento. Ramos anelados e com folhas apresentam maior atividade no metabolismo e transporte de carboidratos, e esse aporte minimizou o impacto no crescimento nos frutos de café. Existe um equilíbrio nas relações fonte-dreno onde todas as partes da planta de café estão conectadas, ajudando no crescimento dos frutos, cujo equilíbrio pode ser alterado de acordo com o incremento da demanda dos frutos.
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    Como a elevada [CO 2 ] pode impactar o desempenho hidráulico e as relações hídricas de cafeeiros cultivados sob diferentes intensidades de luz?
    (Universidade Federal de Viçosa, 2022-03-11) Oliveira, Ueliton Soares; Damatta, Fábio Murilo; Cardoso, Amanda Ávila; Martins, Samuel Cordeiro Vitor
    O café é uma espécie originalmente de sombra que foi melhorada para o cultivo a pleno sol, com produções de grãos normalmente maiores nessa condição que à sombra. Entretanto, é uma planta sensível às variações ambientais e mais recentemente tem sido classificada como potencialmente vulnerável às mudanças climáticas globais em curso. Atualmente, há um debate crescente sobre a utilização de sombreamento de cafeeiros como uma estratégia de grande potencial para minimizar os efeitos negativos das mudanças climáticas. Informações recentes também sugerem que a elevação da concentração atmosférica de CO 2 (eC a ) pode mitigar os efeitos de vários estresses abióticos, , como a seca e o calor. Hipotetizou-se aqui que a combinação de diferentes disponibilidades de luz e de CO 2 impactaria a performance fotossintética (e o ganho de biomassa) do cafeeiro via ajustes na sua arquitetura hidráulica, e que tais ajustes seriam mais contundentes em plantas sob alta irradiância, em função da maior demanda hídrica das plantas a pleno sol. Para testar essa hipótese, plantas de café foram cultivadas em vasos de 12 L dentro de câmaras de topo aberto num ambiente controlado de casa de vegetação. As plantas foram submetidas a duas concentrações de CO 2 : ambiente (ca. 457 ppm) ou elevada (ca. 704 ppm) e dois níveis de luz: alta luminosidade (ca. 9 mol de fótons m - dia -1 ) e baixa luminosidade, i.e. restrição de 89% da luz (ca. 1 mol de fótons m -2 dia -1 ). Indivíduos de ca. 12 meses foram utilizados para a avaliação de trocas gasosas, parâmetros hidráulicos e anatômicos, status hídrico, alguns metabólitos e morfologia do sistema radicular. A fertilização com CO 2 e a maior disponibilidade de luz aumentaram o ganho de biomassa e a taxa de assimilação líquida de CO 2 (A), e esses incrementos foram afetados pela interação entre os fatores CO 2 e luz, com efeitos (aumentos) mais marcantes nas plantas ao sol. Observou-se maior condutância estomática nas plantas ao sol que nos indivíduos à sombra. Em adição, verificou-se maior condutância estomática nas plantas ao sol sob eC a , o que foi associado a ajustes hidráulicos e morfológicos em nível de folha e de planta inteira, coordenados com o maior desenvolvimento do sistema radicular associado a uma maior capacidade de transporte de água para a parte aérea; em conjunto, tais ajustes devem ter contribuído para um melhorbalanço hídrico, explicando pelo menos em parte os incrementos observados em A e no acúmulo de biomassa, especialmente nas plantas ao sol sob eC a . Além disso, essas plantas exibiram menor temperatura, tanto em nível foliar quanto de planta inteira em relação às suas contrapartes sob concentração ambiente de CO 2 . As plantas ao sol sob eC a também exibiram valores mais negativos de potencial osmótico no ponto de perda de turgescência, o que permitiria ao xilema operar sob menor risco de colapso do sistema hidráulico. Como um todo, os resultados têm inegável importância para aumentar a sustentabilidade e a resiliência do setor cafeeiro num cenário de mudanças climáticas, especialmente com a maior frequência esperada de eventos de secas e ondas de calor. Nesse contexto, eC a poderia reduzir a importância do sombreamento como uma estratégia de manejo visando à redução dos impactos das mudanças climáticas sobre a produção do cafeeiro. Palavras-chave: Coffea arabica. Concentração de CO 2 . Hidráulica. Luz. Mudanças climáticas. Sombreamento. Temperatura. Trocas gasosas.
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    Incrementos na concentração atmosférica de CO2 aumentam o crescimento e o desempenho fotossintético do cafeeiro, independentemente da disponibilidade de luz
    (Universidade Federal de Viçosa, 2020-09-11) Marçal, Dinorah Moraes de Souza; Matta, Fábio Murilo Da
    Apesar de ter evoluído em ambientes sombreados, a maior parte do café (Coffea arabica L.) é cultivada sob sombreamento esparso ou a pleno sol, em todo o mundo. O café é classificado como muito sensível às mudanças climáticas, e o sombreamento é considerado uma importante estratégia de manejo para mitigar os efeitos negativos das mudanças climáticas à cultura. No entanto, não existem informações sobre os efeitos de uma elevada concentração de CO2 (eCa) no desempenho do café em resposta à disponibilidade de luz. Sendo assim, examinou-se como a assimilação e o uso de carbono são afetados pela eCa em combinação com níveis variáveis de luz e como isso pode mudar o crescimento e a partição de biomassa. Para tanto, cultivaram-se plantas em vasos, dentro de câmaras de topo aberto, em casa de vegetação. Durante seis meses, as plantas foram submetidas a dois níveis de luz (radiação fotossinteticamente ativa de c. 16 ou 7,5 mol fótons m-2 dia-1) em combinação com concentração de CO 2 ambiente (aCa: 382 ± 9 ppm) ou elevada (eCa: 744 ± 36 ppm). O estímulo às taxas fotossintéticas sob eCa ocorreu independentemente de variações nas condutâncias estomática e mesofílica; também não se observaram sinais de retrorregulação das taxas fotossintéticas, independentemente da intensidade luminosa. Particularmente sob sol e eCa, as plantas apresentaram reduções nas taxas de fotorrespiração e na pressão oxidativa em relação às plantas sob aCa, favorecendo um balanço positivo de carbono. Independentemente da intensidade luminosa, eC a promoveu maior crescimento e acúmulo de biomassa, bem como uma pequena alteração no padrão de alocação de biomassa, em função do incremento da fração caulinar. Adicionalmente, plantas sob a maior intensidade luminosa e eCa apresentaram a menor razão de área foliar e a maior razão de massa seca radicular/área foliar total. No geral, os presentes resultados sugerem que: (i) as plantas sob eCa estão preparadas para suportar melhor os impactos de outros estresses típicos de plantações a pleno sol, e; (ii) a eCa poderia agir em conjunto com o sombreamento para mitigar os efeitos negativos das mudanças climáticas, aumentando a sustentabilidade da cafeicultura. Palavras-chave: Aclimatação fotossintética. Mudanças climáticas. Sistema agroflorestal. Sombreamento.
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    Potencial de cafeeiros híbridos de Timor para tolerância à deficiência hídrica
    (Universidade Federal de Viçosa, 2023-07-20) Miranda, Felipe Rodrigues; DaMatta, Fábio Murilo; Martins, Samuel Cordeiro Vitor
    As mudanças climáticas globais causam incertezas para a agricultura atual. As previsões apontam que secas, o principal estresse a prejudicar as plantas, se tornarão cada vez mais presentes e impactantes. Isso causa preocupações quanto ao futuro de culturas de extrema importância socioeconômica no Brasil, como o café. Nesse cenário, abordagens que favoreçam a produção mesmo em condições de restrição hídrica ganham um destaque ainda maior, dentre elas, o melhoramento genético. Trabalhos recentes verificaram genes relacionados à resistência a doenças serem coexpressos em cafeeiros tolerantes à seca. Em decorrência de tais observações se suscitou o presente trabalho. Quatro genótipos de cafeeiro (Catiguá MG2 e três genótipos de Híbridos de Timor) foram submetidos ao déficit hídrico, imposto de forma lenta, para avaliar características fisiológicas e verificar se existe uma diferença genotípica de tolerância à seca. O status hídrico das plantas sob seca, avaliado pelo potencial hídrico de antemanhã, foi essencialmente similar entre os genótipos testados. De forma geral, impactos nas trocas gasosas foram observados em todos os genótipos após a imposição da deficiência hídrica, como decréscimos na taxa fotossintética líquida em paralelo a reduções na condutância estomática. Sugere-se que as reduções na performance fotossintética estiveram associadas a limitações estomáticas e não-estomáticas à fotossíntese. As plantas sob seca responderam, ainda, via aumentos na temperatura da copa e reduções na transpiração da planta inteira. Foi observado ajustamento osmótico nos genótipos H.T. 376-31 e H.T. 408-11, em condições de seca. Além da mudança ativa em seu potencial osmótico, o genótipo H.T. 376-31, juntamente com o Catiguá MG2, exibiu reduções no módulo global de elasticidade e aumentos na capacitância foliar. De modo geral, houve aumento na expressão do sistema antioxidante enzimático de todos os genótipos, e apenas no genótipo H.T. 408-11 houve danos oxidativos, a julgar-se pelas maiores concentrações de peróxido de hidrogênio e aldeído malônico. À luz dos dados apresentados e nas presentes condições experimentais, não houve diferenças claras entre os genótipos testados no que respeita à tolerância diferencial à seca. Palavras-chave: Coffea sp.. Fotossíntese. Restrição hídrica. Tolerância à seca.
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    Respostas morfofisiológicas e produtivas do cafeeiro submetido a diferentes épocas e métodos de colheita no Cerrado Mineiro
    (Universidade Federal de Viçosa, 2020-09-19) Bordin, Bárbara Cristina de Melo; Ronchi, Cláudio Pagotto
    A colheita é uma operação complexa e importante na lavoura cafeeira e que pode ser considerada um fator de estresse à planta. Objetivou-se neste trabalho quantificar as respostas morfofisiológicas e produtivas do cafeeiro submetido a diferentes épocas e métodos de colheita na Região do Cerrado Mineiro. Foram conduzidos dois experimentos, ambos em lavouras comerciais da cultivar Catuaí Amarelo IAC 62. O primeiro experimento foi realizado em uma lavoura de terceira safra sendo testadas as épocas de colheita precoce, adequada e tardia, definidas com base na porcentagem de frutos no estádio verde, cereja e passa/seco, respectivamente. O segundo experimento foi conduzido em uma lavoura de primeira colheita, e, além das épocas de colheita, foram testados os métodos de colheita manual e mecanizado. Foi possível constatar que colheitas realizadas tardiamente, tanto em lavouras de 1a ou 3a safras (lavouras novas), resultaram em menor volume de café por planta na mesma safra e também na safra do ano seguinte. Frutos colhidos próximos à colheita tardia apresentaram menor massa de matéria seca nas sementes e acréscimo no pergaminho em comparação àqueles colhidos próximos as épocas de colheita precoce e adequada. Com a facilidade no desprendimento dos frutos, a colheita tardia ocasionou menor desprendimento de folhas e quebra de ramos no momento da colheita. No entanto, o intervalo entre a colheita e a florada foi curto, o que concorreu para o atraso no desenvolvimento das estruturas florais e para queda da quantidade em relação às plantas que foram colhidas precocemente. Plantas colhidas tardiamente apresentaram, na estação de crescimento seguinte, maior número de nós nos ramos ortotrópico e plagiotrópico, além de maior área foliar. Na safra seguinte, plantas que foram colhidas tardiamente apresentaram menor volume de café por planta, queda no percentual de peneiras 18/17, melhor rendimento, mas queda significativa na produtividade total (árvore + chão). Colheitas precoces penalizaram parcialmente o rendimento e renda na safra seguinte, no entanto, permitiram que as plantas reequilibrassem precocemente, com reflexos positivos no florescimento e, consequentemente, na produtividade da safra seguinte. Em função das colheitas precoces realizadas em 2018, colheitas também precoces realizadas em 2019 apresentaram produtividade 67% superior às colheitas realizadas tardiamente, em ano considerado de safra baixa. Apesar da colheita manual causar menos danos (desprendimento de folhas equebra de ramos) e apresentar plantas com maior área foliar, não houve diferença entre os métodos na produtividade total da lavoura em 2019. Os resultados indicaram, que o fruto de café como um todo (mas não a semente) parece manter a atividade de órgão- dreno nos estágios finais da maturação. Colheita tardia atrasa o aparecimento das gemas e reduz fortemente o número de frutos por roseta em comparação a colheitas precoces ou adequadas. Colheitas precoce ou na época adequada, em lavouras jovens de safra alta, resultam em maiores produtividades na safra seguinte se compradas à colheita tardia. Os danos às plantas de café foram maiores no método de colheita manual em comparação ao mecanizado. A produtividade da safra seguinte não foi afetada pelos métodos de colheita empregados no ano anterior em lavouras de primeira safra. Palavras-chave: Coffea arabica. Crescimento. Fisiologia da produção. Relação fonte: dreno.
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    Conservação de sementes de café arábica tratadas com óleos essenciais
    (Universidade Federal de Viçosa, 2024-01-04) Coelho, Ana Paula de Freitas; Araujo, Eduardo Fontes; Carneiro, Antônio Policarpo; Freitas, Marcelo Ribeiro de; Araujo, Roberto Fontes
    O controle de fungos associados às sementes de café arábica (Coffea arabica L.) armazenadas é um desafio para os produtores de sementes e viveiristas, pois não há registro de defensivos químicos recomendados para a cultura e os produtos alternativos são escassos ou as informações de uso são incipientes. Além disso, elas possuem tolerância intermediária à dessecação e temperaturas baixas, dificultando a conservação simultânea das características fisiológicas e sanitárias durante o armazenamento. Alguns óleos essenciais, extraídos de plantas medicinais e aromáticas, podem conter compostos bioativos com ação bactericida, inseticida e/ou fungicida com aplicabilidade no tratamento de sementes, contanto que não prejudiquem a qualidade fisiológica. Objetivou-se com este trabalho avaliar a qualidade fisiológica e a qualidade sanitária das sementes de café arábica, tratadas com diferentes óleos essenciais, durante o armazenamento. Nos testes de qualidade fisiológica de teor de água, germinação, protrusão radicular, envelhecimento acelerado, características morfológicas do eixo hipocótilo-radícula (comprimento e massa seca) adotou-se o delineamento experimental inteiramente casualizado, com fatorial 8 x 5, sendo seis tipos de óleo essencial, um fungicida sintético e um controle, por cinco tempos de armazenamento (0, 3, 6, 9 e 12 meses), com três repetições. Enquanto nos testes de emergência e índice de velocidade de emergência em leito de areia adotou-se o delineamento em blocos, com fatorial 8 x 4, sendo seis tipos de óleo essencial, um fungicida sintético e um controle, por quatro tempos de armazenamento (3, 6, 9 e 12 meses), com três repetições. Para a avaliação da qualidade sanitária foi utilizado o teste de Blotter, adotando-se o delineamento em blocos, com fatorial 8 x 5, sendo seis tipos de óleo essencial, um fungicida sintético e um controle, por cinco tempos de armazenamento (0, 3, 6, 9 e 12 meses), com três repetições. Foram avaliados o OE extraído de seis espécies medicinais e aromáticas (Rosmarinus officinalis, Cymbopogon citratus, Cymbopogon winterianus, Syzygium aromaticum, Eucalyptus globulus e Melaleuca alternifolia), aplicados na concentração de 1%, diretamente sobre sementes com pergaminho, com 25% de teor de água. Para controle, foi usado o fungicida sintético TECTO®, na dosagem de 1 ml kg-1 , e uma amostra sem tratamento, que recebeu apenas 5 ml de água destilada. As sementes tratadas foram acondicionadas em embalagem plástica (0,12 milímetros) e armazenadas em câmara fria (13 ±2 ºC e UR=70%) por 12 meses. Os resultados da qualidade fisiológica foram submetidos à análise de variância, sendo o efeito do fator tratamento comparado pelo teste Dunnett e o efeito do fator tempo analisado por regressão, ambos a 5% de probabilidade. Os dados de qualidade sanitária foram submetidos à análise estatística descritiva. As sementes tratadas com os óleos essenciais extraídos de Rosmarinus officinalis e Cymbopogon winterianus conservam a germinação e o vigor por nove meses de armazenamento. Os óleo essenciais extraídos de Rosmarinus officinalis, Cymbopogon citratus, Cymbopogon winterianus, Syzygium aromaticum, Eucalyptus globulus e Melaleuca alternifolia controlaram os fungos de armazenamento, Aspergillus e Rhizopus, e dos fungos de campo, Cladosporium e Fusarium, em sementes de café arábica por doze meses, mas não controlam os fungos de armazenamento do gênero Penicillium nas condições avaliadas.