Teses e Dissertações
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Item Diversidade de ácaros predadores (Phytoseiidae) em fragmentos florestais e cafezais adjacentes(Universidade Federal de Lavras, 2007-03-08) Silva, Ester Azevedo; Reis, Paulo RebellesExistem poucas informações sobre a fauna de ácaros predadores em ambientes naturais brasileiros, adjacentes a agroecossistemas cafeeiros, bem como sobre a influência dessa vegetação vizinha como reservatório de ácaros predadores. O objetivo deste estudo foi avaliar a diversidade destes organismos em fragmentos florestais e cafeeiros adjacentes. Coletaram-se amostras das espécies florestais Calyptranthes clusifolia (Miq.) (Myrtaceae), Esenbeckia febrífuga (A. St.- Hill) (Rutaceae), Metrodorea stipularis(Mart.) (Rutaceae) e Allophylus semidentatus (A.St.-Hil et al.) (Sapindaceae). As amostragens foram realizadas nos meses de junho (considerado final período chuvoso) e outubro (considerado final período seco) dos anos de 2004 e 2005, na região Sul de Minas, estado de Minas Gerais, em oito fragmentos florestais de 5 a 51 ha e cafezais adjacentes. Para a extração dos ácaros, foi realizada a lavagem das folhas e, em seguida, eles foram montados em lâminas de microscopia, com o meio de Hoyer. No total, foram registrados 8.709 ácaros, sendo 7.647 nos fragmentos florestais e 1.062 espécimes nos cafezais adjacentes em 38 espécies pertencentes a 16 famílias. A família Phytoseiidae, pela análise faunística, se destacou como a mais numerosa e abundante nos ambientes estudados. Iphiseiodes zuluaguai Denmark & Muma, 1972 mostrou os melhores índices no agroecossistema cafeeiro. Nos fragmentos florestais Amblyseius herbicolus Chant, 1959, Iphiseiodes neonobilis Denmark & Muma, 1978, Leonseius regularis DeLeon, 1965 e Euseius alatus DeLeon, 1966 se classificaram como dominantes, muito abundantes, muito freqüentes e constantes. Nos fragmentos florestais de todas as dimensões estudadas e em todas as épocas de coleta, de forma geral, os fitoseídeos apresentaram destacada abundância, sugerindo que pode haver um possível deslocamento dessas espécies entre a mata e o cultivo do cafeeiro e vice-versa. A vegetação nativa hospeda ácaros predadores, inimigos naturais de ácaros-praga, que ocorrem na cultura cafeeira, o que possibilita o desenvolvimento de programas de manejo ecológico com essas áreas de vegetação natural adjacentes a agroecossistemas cafeeiros.Item Aspectos bioecológicos, dano e controle biológico do ácaro-vermelho, Oligonychus ilicis (McGregor, 1917) (Acari: Tetranychidae) em cafeeiro(Universidade Federal de Lavras, 2007-02-27) Franco, Renato André; Reis, Paulo RebellesO ácaro Oligonychus ilicis (McGregor) vive na superfície superior das folhas de cafeeiros (Coffea spp.), onde tece teia, favorecendo aderência de poeira, detritos e exúvias, dando às folhas aspecto de sujeira. Devido ao seu hábito alimentar, as folhas perdem o brilho, tornando-se bronzeadas. Iphiseiodes zuluagai Denmark & Muma, 1972, Amblyseius herbicolus (Chant, 1959) e Euseius citrifolius Denmark & Muma, 1970 (Acari: Phytoseiidae) são ácaros predadores freqüentemente associados ao O. ilicis, em cafeeiro. Neste trabalho, objetivou-se quantificar os danos causados por O. ilicis em cafeeiro (Coffea arabica L.), por meio de variáveis fisiológicas, dinâmica populacional e controle biológico por ácaros predadores. O levantamento populacional de O. ilicis e fitoseídeos a ele associados foi realizado em um talhão de 1,3 hectare, na fazenda experimental da EPAMIG, em Lavras, MG. O potencial de predação das três espécies de fitoseídeos citadas e a influência da teia tecida por O. ilicis na proteção contra esses ácaros predadores foram verificados, em laboratório, por meio de bioensaios em arenas confeccionadas com folhas de cafeeiro. Por último, quantificou-se o efeito do ataque de O. ilicis na eficiência fotossintetizadora do cafeeiro infestado com esse ácaro. Concluiu-se que: O. ilicis ocorre o ano todo, em especial nos períodos secos; está associado a ácaros predadores pertencentes à família Phytoseiidae de ocorrência natural e produz teia que o protege contra os predadores e causa redução na taxa de fotossíntese das folhas. O uso do controle biológico, do ponto de vista conservacionista e o aumento dos predadores como tática possibilitarão o manejo da praga com maior eficiência e menor impacto ambiental.Item Mesofauna (Acari e Collembola) em solo sob cafeeiro e leguminosas arbóreas em duas épocas do ano(Universidade Federal de Lavras, 2014-02-20) Carvalho, Thiago Alves Ferreira de; Reis, Paulo RebellesA composição da mesofauna edáfica, presente tanto no solo como na serapilheira é representada em sua maioria por ácaros e colêmbolos, chegando a 95%. A grande maioria dos organismos edáficos é sensível a quaisquer alterações no ambiente onde se encontra. Tal sensibilidade pode estar associada ao uso intensivo do solo e perda de sua sustentabilidade, em decorrência do tipo de manejo ou prática agrícola implantada. As alterações sofridas podem ter efeitos negativos, neutros ou positivos, afetando consequentemente a população desses organismos. A relação dos organismos edáficos entre o ambiente do solo e o tipo de cultivo agrícola implantado pode ser utilizada, por meio de análises, para verificar se os manejos do solo utilizados na cultura alteraram a sua qualidade tanto na parte física e química como na biológica. Tal recurso busca intervir, caso necessário, nas práticas realizadas caso estas alterem de forma negativa nessas propriedades do solo. Conduziu-se este trabalho, com o objetivo i de avaliar a presença e as variações numéricas dos principais grupos de microartrópodes da mesofauna edáfica e da serapilheira, nesse caso ácaros e colêmbolos, em solo sob cultura cafeeira a pleno sol e também com a influência de quebra-ventos de leguminosas arbóreas, em comparação com ambiente de mata e analisar essas variações de acordo com a sazonalidade. Para as coletas de solo, foi utilizado trado para amostras indeformadas, e posteriormente, para extração de ácaros e colêmbolos, foi utilizado funil de Berlese-Tulgren. As coletas de solo mais serapilheira foram realizadas na Fazenda Experimental da EPAMIG Sul de Minas, em São Sebastião do Paraíso, e as extrações por meio dos funis foram realizadas no Laboratório de Acarologia da EPAMIG Sul de Minas /EcoCentro, no campus da UFLA, em Lavras, assim como as demais atividades relativas ao projeto. As coletas foram realizadas em dois períodos: final do período seco e final do período chuvoso. A partir dos dados obtidos foram calculadas a riqueza de espécies, diversidade e equitabilidade por meio dos índices de Shannon (H) e de Pielou (E), por meio do programa Past® e a similaridade entre os tratamentos foram conhecidas, utilizando a análise de coordenadas principais (PCO) por meio do índice Bray-Curtis. O solo coletado em ambiente de mata apresentou índices de abundância, diversidade, e riqueza maiores em relação aos demais tratamentos, além de ter menor influência da sazonalidade na população edáfica. O tratamento com Acácia como quebra- vento apresentou os menores resultados, exibindo perturbações mais negativas em relação aos demais tratamentos. O ambiente de mata apresentou menor nível de estresse refletindo em uma população edáfica menos oscilante em função do menor efeito antrópico.Item Resistência de clones de café conilon a Oligonychus ilicis(Universidade Federal de Viçosa, 2012-07-16) Silva, Ricardo Siqueira da; Picanço, Marcelo CoutinhoNa obtenção de cultivares resistentes às pragas é importante a seleção de fontes e a determinação dos mecanismos, modos de expressão, causas da resistência e a persistência da resistência ao longo do tempo. Coffea canephora Pierre é conhecida como café conilon e ela é a segunda espécie de café mais cultivada no mundo. Dentre as principais pragas de C. canephora está o ácaro vermelho Oligonychus ilicis (McGregor) (Acari: Tetranychidae). Assim neste trabalho foram conduzidos bioensaios com o objetivo de: (i) selecionar clones de C. canephora resistentes a O. ilicis, (ii) verificar a persistência da resistência quando este ácaro se desenvolve por várias gerações no café conilon e (iii) relacionar a concentração de proteínas e inibidores de proteases das folhas com o desempenho demográfico de O. ilicis em clones de C. canephora. Nos bioensaios foram usados 14 clones de C. canephora da cultivar Vitória. Os 14 clones de C. canephora não apresentaram resistência por antixenose a O. ilicis. Os clones 1, 4, 5, 6, 9, 10, 12, 13 e 501 de C. canephora apresentaram resistência por antibiose a O. ilicis. Entre estes, os clones 1 e 10 apresentaram resistência com maior persistência ao longo do tempo. A resistência nos clones de C. canephora a O. ilicis não esteve correlacionada com a concentração de proteínas e inibidores de proteases nas folhas destas plantas.