Teses e Dissertações

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    Compatibilidade das avaliações sensoriais de provadores de cafés especiais
    (Universidade Federal de Viçosa, 2022-07-28) Almeida, Vinícius Gonçalves; Sakiyama, Ney Sussumu; Rufino, José Luis dos Santos; Bezerra, Aracy Camilla Tardin Pinheiro
    O Brasil é destaque mundial na produção e exportação de café arábica, sendo Minas Gerais o principal estado produtor. Desse total, o segmento de cafés especiais tem ganhado espaço no mercado. Os provadores desempenhando papel importante, pois por meio de suas avaliações, os cafés são classificados quanto a sua qualidade. Com o avanço desse segmento, concursos de qualidade de café surgem com intuito de eleger e premiar os cafés de mais alta qualidade. Objetivou-se com o presente trabalho, verificar a homogeneidade dos provadores do Concurso de Qualidade dos cafés de Minas Gerais ao longo de quatro edições (2016, 2017, 2018 e 2019). Os dados utilizados foram referentes à etapa final do concurso, a qual é caracterizada pela presença dos melhores cafés. Há divisão de duas categorias, as quais remetem ao processamento do café, sendo elas: café natural e cereja descascado. Os dados analisados foram os atributos: fragrância/aroma; sabor; finalização; acidez; corpo; equilíbrio; final, e a pontuação final. Sabendo disso, as análises empregadas possuem cunho investigativo e exploratório, a fim de observar o comportamento dos provadores. Para isso, foram adotadas análises descritivas, agrupamento de Tocher e correspondência simples. Por meio das análises, notou-se similaridade entre a maioria dos provadores em todas as categorias e edições do concurso. Através da análise descritiva foi possível observar que os provadores 5, 15, 2 e 2 para os anos de 2016, 2017, 2018 e 2019 respectivamente, tiveram maiores médias. O agrupamento de Tocher evidencia que para o café natural ocorre maior dispersão na pontuação final, enquanto para o café cereja descascado esse fato é observado para o atributo acidez. Por meio da análise de correspondência simples, foi verificado que a maioria dos provadores estão associados, de modo semelhante, a todos os atributos sensoriais. Houve, no máximo, três provadores desassociados com os atributos avaliados, por edição e categoria. Conclui-se que grande parte dos provadores do Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas Gerais apresenta homogeneidade na avaliação, sendo necessária a calibração de um número reduzido de provadores. Palavras-chave: Análise sensorial. Café natural. Café cereja descascado. Atributos sensoriais.
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    Qualidade do café natural produzido em diferentes altitudes do Sul de Minas Gerais
    (Universidade Federal de Lavras, 2005-06-17) Silva, Virgílio Anastácio da; Pereira, Rosemary Gualberto Fonseca Alvarenga
    Atualmente, é crescente a produção dos cafés processados por via úmida no Brasil, os quais têm um valor maior que os naturais por, geralmente produzirem bebidas de melhor qualidade. Apesar disto, muitos trabalhos mostram que, em alguns pontos, os cafés naturais se sobressaem aos processados por via úmida, ao passo que, em outros, mostram o grande problema que virá a ser para o meio ambiente o destino das águas residuárias dos cafés processados por via úmida. Este trabalho teve como objetivo estudar a influência da altitude na qualidade do café e verificar a importância da condutividade elétrica, potássio lixiviado e acidez total titulável como descritores da qualidade do café. Para tanto, foram coletadas e analisadas amostras de cafés produzidos em três faixas de altitude, as quais foram denominadas de: altitude 1 (700 a 850 m), altitude 2 (851 a 950 m) e altitude 3 (951 a 1255 m). O trabalho foi desenvolvido em 11 municípios da Região Sul de Minas Gerais, nos quais foram amostradas 37 propriedades cafeeiras. A coleta das amostras foi realizada entre os meses de julho e dezembro de 2002, cujos cafés foram obtidos pelo processamento natural, tendo sido secados de forma integral (com a casca). Foram incluídos nesta amostragem os municípios da região do sul de Minas Gerais que possuem propriedades nas faixas médias de altitudes ente 700 e 1255 m. Após o beneficiamento, as amostras foram submetidas às seguintes análises: teor de água, análise sensorial, quantificação dos defeitos, polifenóis, açúcares redutores e não redutores, sólidos solúveis totais, acidez total titulável, Ph, condutividade elétrica e potássio lixiviado. Realizou-se uma classificação de qualidade entre os grupos de amostras analisadas sem defeitos. Considerando as condições nas quais conduziu-se este trabalho, concluiu-se que: os resultados das análises das variáveis condutividade elétrica, potássio lixiviado e acidez total titulável podem ser utilizados como descritores da qualidade do café com ou sem defeitos; as maiores altitudes produzem os melhores cafés, quando estes são analisados sem os defeitos; a maior altitude produz os piores cafés, quando os mesmos são analisados com os defeitos; as altitudes 1 e 2 produzem cafés de qualidade igual quando os mesmos são analisados com os defeitos.
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    Perfil sensorial e repetibilidade de provadores de cafés especiais em Minas Gerais
    (Universidade Federal de Viçosa, 2019-07-24) Pinheiro, Aracy Camilla Tardin; Sakiyama, Ney Sussumu
    O café é um produto valorizado em função da sua qualidade. Ações para incentivar e premiar a qualidade tem sido implementadas, dentre elas a realização de concursos. Dentre estes, destaca-se o Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas Gerais, que é realizado no estado com a maior produção de café do país. Minas Gerais possui quatro principais regiões produtoras de café, que possuem características distintas e consequentemente, potenciais para a produção de cafés com características diversas. A qualidade desses cafés é avaliada por meio de análise sensorial, realizada por provadores profissionais. A confiabilidade nas análises realizadas por esses profissionais, bem como o efeito do número de provadores usados nessas análises, tem sido pouco investigados. Para melhor entendimento das questões levantadas foram utilizados dados de cinco anos do Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas Gerais. No Capítulo 1 objetivou-se descrever, sensorialmente, os cafés finalistas do Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas Gerais, em suas regiões produtoras, e avaliar a diversidade entre eles. Todas as regiões de Minas Gerais têm potencial para a produção de cafés especiais, demonstrada pelas altas notas obtidas pelos cafés finalistas do concurso. No Cerrado, os cafés CD se destacam pelas altas notas conferidas aos atributos doçura e acidez, observadas nos primeiros três primeiros anos avaliados e perfil equilibrado, nos últimos anos, o que também é observado nos cafés naturais. A região das Matas se destaca pelo aumento no número de cafés finalistas no concurso no período estudado, nesta região as notas para doçura e acidez são destaque nos primeiros anos avaliados, nos últimos, há notas maiores para sabor e corpo, tanto para os cafés CD quanto para os naturais. O Sul de Minas apresenta notas elevadas para o atributo acidez, independente do processamento do café e do período avaliado, além disso, apresenta notas mais elevadas para corpo, nos cafés CD, observadas nos primeiros anos e para o sabor, nos cafés naturais, em todo o período de estudo. A região das Chapadas tem poucas amostras finalistas, o que dificulta a sua caracterização, mas apresenta potencial crescente, demonstrada pela sua participação mais recente entre os cafés finalistas do concurso. Na análise de conteúdo, os cafés que se destacaram nas regiões e, por isso, receberam comentários dos provadores podem ser descritos como: no Cerrado os cafés possuem aromas florais e cítricos, corpo cremoso e encorpado, doçura média e sabores diversos. Os cafés das Matas possuem aromas cítricos e florais, corpo cremoso, doçura média e sabor caramelado para os cafés CD e frutado para os cafés naturais. Os cafés produzidos no Sul de Minas têm aroma cítrico, corpo cremoso, doçura média e sabor caramelado para os cafés CD e caramelado e frutado para os cafés naturais. Na análise de diversidade constatou-se que o ano de produção influencia na diversidade sensorial dos cafés avaliados. Os cafés CD produzidos nas regiões Sul e Matas são similares. Para os naturais houve efeito do ano de produção, apenas quando observados os últimos anos de análise. No Capítulo 2 objetivou-se determinar o coeficiente de repetibilidade dos provadores para as características sensoriais do café no concurso de qualidade, durante cinco anos, de forma a estimar o número de provadores capazes de proporcionar níveis de certeza na avaliação dos cafés, além disso, agrupar os provadores por meio da obtenção da sua similaridade na avaliação sensorial. Foi possível observar a existência de bom grau de confiança na avaliação dos provadores nos cinco anos de concurso. O número de provadores necessários para níveis de certeza na avaliação dos cafés testados varia em função dos atributos da bebida, do método de estimação e do ano avaliado, variando de um a dezessete provadores. Para a avaliação da nota final são necessários entre quatro e catorze provadores. Em todos os anos estudados, a maioria dos provadores avaliados apresenta similaridade, sendo convergentes na avaliação dos cafés. No capítulo 3 objetivou-se propor o uso do mapa de concordância, por meio da técnica de mapeamento de concordância com busca exaustiva, e avaliar a eficácia do seu uso para avaliação de provadores de café, utilizando dados da etapa final do Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas Gerais. O mapa de concordância, obtido por meio da análise exaustiva da combinação de provadores quanto à repetibilidade, é uma técnica viável na avaliação dos provadores de café, sendo uma alternativa para indicar a redução do número de provadores usado. Essa técnica considera combinações concordantes entre eles, que permitem que a confiabilidade inicial seja mantida e até aumentada mesmo com a redução do número de provadores. O mapa de concordância permite a obtenção de informações quanto ao comportamento dos provadores na avaliação dos cafés, podendo ser usado na definição de equipes ou na indicação de treinamento das mesmas. Em todos os anos avaliados foi possível reduzir o número de provadores utilizado na avaliação da nota final dos cafés finalistas do concurso. O número mínimo de provadores obtido em cada ano de análise não é uma indicação de um número a ser utilizado, estando limitado às condições deste estudo.
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    Influência dos defeitos dos grãos do café na percepção das características sensoriais da bebida pelo consumidor
    (Instituto de Tecnologia - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, 2006-03-30) Gonçalves, Ana Maria Oliveira; Deliza, Rosires
    A cafeicultura é uma atividade de grande importância no cenário do agronegócio brasileiro. Sua qualidade é função do controle sobre uma multiplicidade de fatores oriundos desde a produção até o processamento e estocagem que afetam as centenas de componentes que compõem o aroma e o sabor característicos. Os defeitos como grãos pretos, verdes, ardidos, pedras, paus, cocos, cascas, marinheiros, brocados, conchas, quebrados, chochos são provenientes do processamento dos grãos através de máquina separadora automática e representam cerca de 20% da produção, alcançando 2,6 milhões de sacas/ano. É freqüente no Brasil, principalmente em produtos para o mercado interno, adicionar tais defeitos aos grãos de boa qualidade para minimizar as perdas. Entretanto, esta adição pode ter impacto negativo na qualidade da bebida consumida no país, afetando as respostas hedônicas do consumidor. Este estudo objetivou avaliar o efeito da presença de grãos defeituosos na qualidade sensorial da bebida de café arábica (Coffea arábica L.) de boa qualidade, identificando limites de detecção a partir dos quais o consumidor passaria a perceber a diferença entre a bebida controle e a adicionada de defeitos (threshold de detecção), bem como o limite de adição de defeitos a partir do qual o consumidor passaria a rejeitar a bebida (threshold de rejeição). Cerca de duzentos consumidores que bebem pelo menos uma xícara de café torrado e moído por dia foram recrutados na Universidade Veiga de Almeida para participar deste estudo. Para a determinação do threshold de rejeição foi aplicado o Teste de Preferência Pareado, onde 100 consumidores avaliaram a amostra controle vs. cinco diferentes níveis de defeitos (5, 10, 20, 30 e 40%) e indicaram a amostra preferida em cada par. As bebidas foram adoçadas ad libitum usando adoçante dietético ou açúcar (ou nenhum deles, respeitando o hábito de cada participante). Para a determinação do threshold de detecção os consumidores avaliaram as bebidas através do Teste Triangular e indicaram a amostra diferente dentro de cada série. Cinco diferentes níveis de defeitos (1, 3, 5, 10 e 20%) foram comparados com a bebida controle. Semelhantemente ao estudo anterior, as bebidas foram adoçadas ad libitum. No Teste de Preferência Pareado foi observado que não houve diferença significativa (p>0,05) entre a bebida controle e as adicionadas de defeitos quanto à preferência, indicando que os participantes gostaram igualmente das amostras avaliadas. Os resultados do Teste Triangular revelaram que foi possível perceber a diferença entre a bebida controle e aquela com 20% de defeitos permitindo estimar o threshold de detecção em 16%. Este estudo contribuirá para que se tenha maior conhecimento da alteração sensorial que os defeitos provocam na bebida, fator decisivo para a orientação de limites de utilização desses grãos nos “blends” comerciais, sem comprometimento da qualidade percebida pelo consumidor.
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    Mapeamento do estado nutricional, produtividade e qualidade de bebida do café Conilon
    (Universidade Federal do Espírito Santo, 2018-04-13) Fonseca, Abel Souza da; Lima, Julião Soares de Souza
    O Brasil é responsável por cerca de um terço da produção mundial de café, o que o torna o maior produtor e exportador do produto. As localidades onde se cultivam o café têm grande diversidade de características edafoclimáticas, permitindo o cultivo de diversos genótipos com diferentes qualidades de bebida. Essa característica de produção coloca o país em uma condição confiável para atender as diversas demandas dos compradores nacionais e internacionais. Dentre os fatores que influenciam o crescimento, o desenvolvimento e a composição química dos frutos do cafeeiro, têm-se: água, luz, temperatura, genótipo, manejo cultural e nutrição mineral, tidos como necessários para maximizar a produtividade do cafeeiro de maneira sustentável. O objetivo do estudo foi estudar a variabilidade espacial do estado nutricional, produtividade e análise sensorial de bebida do cafeeiro conilon, com auxílio dos métodos DRIS e DOP e utilizando a geoestatística e a lógica fuzzy, bem como avaliar a relação entre os nutrientes no tecido foliar e os atributos químicos do solo utilizando a correlação canônica. O trabalho foi desenvolvido no município de Cachoeiro de Itapemirim, na comunidade Boa Vista, Distrito de São Vicente (20o37’31’’ de latitude S e 41o05’22’’ de longitude W) e altitude média de 520,0 m. De acordo com a classificação climática de Koppen-Geiger (1928), a região possui categorização Cwa. O solo da área foi classificado como Cambissolo, de textura argilo- arenosa. A espécie vegetal utilizada foi a Coffea canephora Pierre, de propagação por sementes no espaçamento de 1,5m x 1,5m (4.444 plantas ha -1 ). As temperaturas, máxima e mínima, na safra 2015/16 foram de 33,23°C e 15,8°C, respectivamente, com uma precipitação pluvial anual acumulada de 820 mm. Na safra 2016/17 a temperatura máxima foi de 32,71°C e mínima de 14,72°C, com uma precipitação anual acumulada de 1167 mm. Na área experimental foram utilizados 80 pontos amostrais que constituíram a grade irregular, identificados com marcadores de metal, sendo o levantamento topográfico realizado por meio de uma estação total, com área útil de cada ponto amostral de 6,75 m 2 . A colheita dos frutos foi não seletiva com derriça manual em peneira nas safras 2015/16 e 2016/17. Os resultados do estudo mostraram que a lavoura apresenta desequilíbrio nutricional pela variação da deficiência e excesso de nutrientes. Os métodos DRIS e DOP apresentaram diferença significativa quando comparou a frequência em que os índices de nutrientes se apresentaram como mais negativos ou mais positivos na safra 2015/16. As metodologias DRIS e DOP complementam a avaliação pela faixa de suficiência por permitir o cálculo do ∑DOP e IBN. Esses índices de balanço nutricional são usados para comparar o estado nutricional de diferentes lavouras. Os índices avaliados apresentaram variabilidade espacial da área de estudo. Na análise canônica, houve relação direta entre a concentração de potássio no tecido foliar com o potássio no solo nas duas safras. Sendo que outros atributos de solo, como Matéria Orgânica, Ferro, Manganês e Enxofre também influenciaram nessa relação, mostrando que os atributos de solo no grupo independente interagem em conjunto sobre os nutrientes no tecido foliar. Os resultados obtidos demonstram a possibilidade de utilização da correlação canônica para realizar inferências a respeito da interação entre nutrientes no tecido foliar e atributos de solo em Coffea canephora. A produtividade do cafeeiro, massa de grãos, variáveis de rendimento e variáveis biométricas apresentaram dependência espacial nas duas safras estudadas, com ajuste de semivariograma aos modelos esférico e exponencial. A estimativa da produtividade utilizando variáveis biométricas apresenta similaridade com a cokrigagem, indicando que as covariáveis são eficientes na estimativa da produtividade. As médias da nota global para a bebida de café conilon de propagação seminal encontram-se no intervalo classificado como “café muito bom” (CMB), nas duas safras. Não houve variação temporal entre as médias das notas globais e atributos da análise sensorial que caracterizam a qualidade da bebida do café conilon, nas duas safras estudadas. Com a aplicação da classificação fuzzy observou-se variabilidade espacial para a nota global da bebida na área nas duas safras, o que não ocorreu quando se utilizou os valores observados na análise sensorial.
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    Limiares sensoriais para concentração de grãos defeituosos no preparo de bebidas de café arábica (Coffea arabica) e perfil sensorial
    (Universidade Federal do Espírito Santo, 2018-02-22) Carvalho, Caroline de Melo; Lucia, Suzana Maria Della
    Sabe-se que a qualidade sensorial da bebida de café pode ser influenciada por diversos fatores, dentre eles, a presença de grãos defeituosos pretos, verdes e ardidos (PVA). Para verificar se a utilização desses grãos no preparo de bebidas de café arábica (Coffea arabica) influencia também na aceitação sensorial pelos consumidores, e para conhecer a concentração a partir da qual as alterações causadas por esses defeitos passam a ser percebidas, determinaram-se os limiares hedônicos (limiar de aceitação comprometida – LAC e limiar de rejeição hedônica – LRH) e o limiar de detecção (LD), respectivamente. Para descrever sensorialmente as bebidas de café arábica preparadas a partir de grãos cereja adicionados de grãos PVA, a metodologia Check-All-That-Apply (CATA) foi aplicada com o auxílio da metodologia grupo de foco para realizar o levantamento dos termos a serem utilizados na ficha de avaliação. Para determinação do LAC e do LRH foram utilizadas bebidas preparadas a partir de 100% grãos cereja de café arábica (controle) e bebidas preparadas a partir de diferentes concentrações de grãos defeituosos em grãos cereja: 2%; 26,5%; 51%; 75,5% e 100% de grãos PVA (amostras estímulo). Na determinação do LD foi utilizada a amostra com 100% grãos cereja como controle e as seguintes concentrações de grãos PVA em misturas com grãos cereja como amostras estímulo:1,24%; 3,70%; 11,11%; 33,33% e 100%. Foi verificado que a adição de grãos PVA aos grãos sadios nas bebidas de café arábica não influenciou negativamente a aceitação das mesmas pelos consumidores, ou seja, não houve diferença significativa (p>0,05) pelo teste t entre a amostra controle e cada uma das amostras estímulo e, portanto, não foi possível estimar o LAC e o LRH. A partir da determinação do LD, verificou-se que os consumidores são capazes de detectar alterações sensoriais das bebidas adicionadas de uma concentração relativamente baixa (10,25%) de grãos PVA, porém essa alteração não influencia na aceitação das mesmas. As análises descritivas confirmaram tal fato, não havendo diferença significativa para 60% dos termos listados na ficha CATA. Por meio da análise de componentes principais observou-se uma predominância de termos relacionados a cafés fracos e pouco apreciáveis nas bebidas adicionadas de uma concentração mais baixa de grãos PVA (0%, 2% e 26,5%) e características opostas (café comum e apreciável) para as bebidas adicionadas de uma concentração intermediária (51%) e relativamente alta (75,5%) de grãos PVA. Já a bebida composta de apenas grãos PVA (100%) foi associada a um café forte, porém pouco apreciado. Por fim, conclui-se que os resultados encontrados nas análises sensoriais realizadas em bebidas de café arábica preparadas com grãos cereja adicionados de grãos PVA estão relacionados com os hábitos de consumo, assim como ao conceito de qualidade sensorial individual, demonstrando que os consumidores têm maior aceitação pelas amostras que estão familiarizados a consumir e que consideram de qualidade.
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    Avaliação de cultivares de Coffea arabica L. para cafés especiais na região das Matas de Minas
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-02-20) Barbosa, Ivan de Paiva; Sakiyama, Ney Sussumu
    Objetivou-se com este trabalho, avaliar o perfil sensorial da bebida de genótipos de Coffea arabica com resistência à ferrugem nas diferentes formas de processamento pós-colheita (café despolpado e café natural) e identificar aqueles com maior potencial genético para produção de cafés especiais na região das Matas de Minas. Os experimentos foram instalados em três municípios na região das Matas de Minas, em Minas Gerais – Brasil, em 2012. O delineamento foi em blocos casualizados com duas repetições, dez genótipos resistentes à ferrugem e uma testemunha susceptível. As amostras de frutos do tipo cereja foram avaliadas por meio do perfil sensorial da bebida, segundo o protocolo da “Specialty Coffee Association of America (SCAA)”. Todos genótipos com resistência à ferrugem apresentaram potencial para produção de cafés especiais de acordo com a metodologia SCAA. As cultivares Araponga MG1, Catiguá MG1, Catiguá MG2, MGS Catiguá 3, Oeiras MG6851, Pau-Brasil MG1 e Sacramento MG1, não apresentaram diferenças para nota total nas diferentes formas de processamento. O município de Araponga se caracterizou por proporcionar notas “muito boas” ou “excelentes” do atributo corpo para o café despolpado e do atributo equilíbrio para o café natural. Os genótipos Catiguá MG1, Catiguá MG2, Catucaí 25/137, Paraíso MGH419-1 e a H419-3-3-7-16-4-1 apresentaram os melhores desempenhos para a nota total, acima de 85 pontos, quando o café foi despolpado. No entanto, apenas Catiguá MG1 e Catiguá MG2 não sofreram redução significativa da nota quando manteve o fruto com casca (café natural). A expressão dos atributos de qualidade sensorial é distinta em diferentes ambientes e essa informação pode ser interessante para recomendação de cultivares associadas ao marketing de cafés especiais. Além disso, devido a interação do perfil sensorial com a forma de processamento, as recomendações de genótipos de café devem ser realizadas levando em consideração o nível tecnológico utilizado na secagem dos grãos e assim maximizar o potencial para qualidade de bebida.
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    Desenvolvimento de bebida à base de café adicionada de concentrado protéico de soro: da pesquisa mercadológica à avaliação sensorial
    (Universidade Federal de Viçosa, 2009-06-24) Goncalves, Aline Cristina Arruda; Minim, Valéria Paula Rodrigues
    Por meio da aplicação da pesquisa mercadológica estudou-se o perfil dos consumidores de café, bem como suas motivações para o consumo da bebida. Os resultados demonstraram que há um nicho de mercado, composto principalmente por jovens, bem como a necessidade de desenvolvimento de novos produtos utilizando o café como ingrediente e o interesse dos consumidores em comprar alimentos funcionais. Desta forma, foi desenvolvida uma bebida láctea pasteurizada sabor café, adicionada de concentrado protéico de soro (CPS). Uma formulação base foi desenvolvida, composta de açúcar, cacau, CPS, carragena e aroma de café. A esta formulação adicionaram-se concentrações variadas de extrato de café (0,7%, 1,0%, 1,3% e 1,6% de extrato), resultando em quatro formulações finais do produto. As análises de pH e acidez das formulações mostraram que não houve diferença significativa entre as amostras, durante o período de armazenamento. Os resultados da avaliação microbiológica demonstraram que todas as formulações atendem às exigências da legislação e em combinação com a avaliação sensorial definiram-se 20 dias como prazo de validade do produto pasteurizado e refrigerado. A composição centesimal das formulações foram similares entre si e também atenderam às exigências do Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade de Bebida Láctea, do Ministério da Agricultura. Os resultados da análise sensorial permitiram escolher uma formulação final do produto, que foi a de 1,3% de extrato de café. Por meio da análise conjunta de fatores foi definida uma embalagem para a bebida desenvolvida, de tamanho de 200 mL, com nome de “chocolate e café” e sem informação “descafeinado”. Por fim, objetivando avaliar a influência da embalagem proposta foi realizado a avaliação final do produto em duas sessões (teste cego e teste com embalagem). Os resultados demonstraram que o produto teve ótima aceitação no mercado. Os escores da avaliação ficaram localizados entre os termos hedônicos “gostei moderadamente” e “gostei muito” no teste cego. No teste sensorial realizado junto com a embalagem houve influência positiva da embalagem na aceitação dos consumidores, já que contribuiu para aumentar os escores dados pelos julgadores ficando entre os termos hedônicos “gostei muito” e “gostei extremamente”. Desta forma, concluiu-se que houve sucesso no processo de elaboração do produto, desde a sua formulação até a confecção da embalagem final.