Teses e Dissertações

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    Flutuação populacional, predação e parasitismo do bicho-mineiro Leucoptera coffeella (Guerin-Méneville e Perrotet, 1842) (Lepidoptera: Lyonetiidae), em duas regiões cafeeiras do Estado da Bahia
    (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, 2005-03-18) Melo, Thiago Lima; Boaretto, Maria Aperecida Castellani
    O bicho-mineiro do cafeeiro Leucoptera coffeella (Guérin- Méneville) (Lepidoptera: Lyonetiidae) é a principal praga do cafeeiro em todo Brasil. Em virtude da carência de informações sobre as populações da praga e de seus inimigos naturais para as condições da Bahia, desenvolveu-se o presente trabalho, com os objetivos de conhecer a dinâmica populacional do bicho- mineiro, aspectos da predação e parasitismo naturais e da estrutura das comunidades de seus parasitóides nas regiões Sudoeste e Oeste do estado. Os estudos foram desenvolvidos em propriedades cafeeiras (Coffea arabica L.), localizadas nos municípios de Vitória da Conquista (Sudoeste) e Luiz Eduardo Magalhães, BA (Oeste), durante o período de janeiro de 2002 a fevereiro de 2005 e de fevereiro de 2002 a outubro de 2003, respectivamente. Numa primeira etapa, folhas dos três estratos do dossel dos cafeeiros foram coletadas e avaliadas quanto à presença de lesões, ovos, lagartas vivas, crisálidas, lesões predadas, lesões parasitadas e pupas de parasitóides, sendo as minas e crisálidas observadas quanto à presença de adultos de parasitóides. Num segundo momento, folhas contendo lesões intactas foram acondicionadas em gaiolas para obtenção de adultos do bicho-mineiro e de seus parasitóides. Os resultados indicam maiores infestações da praga na Região Oeste. Os níveis de predação e parasitismo natural são superiores em Vitória da Conquista; o parasitismo natural pode ser 3,6 vezes superior, na ausência de predação; existe uma relação inversa entre predação e parasitismo. A temperatura máxima tem efeito positivo sobre minas, crisálidas e minas parasitadas; a umidade relativa do ar afeta negativamente o número de crisálidas e de minas predadas. O terço superior do dossel do cafeeiro é representativo para amostragens de minas, ovos, lagartas vivas, minas predadas e minas parasitadas, enquanto que o terço inferior deve ser utilizado para amostragem de crisálidas. Registra-se, para as condições da Bahia, as espécies de parasitóides do bicho-mineiro Cirrospilus sp. C, Closteroscerus coffeellae Iher., Horismenus aeneicollis Ashmead, Proacrias coffeae Iher., Stiropius sp.1 e Stiropius sp.2. Em Vitória da Conquista, são 5 predominantes H. aeneicollis, Stiropius sp.1, C. coffeellae e P.coffeae, sendo esta também predominante em Luiz Eduardo Magalhães.
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    Manejo de plantas adventícias em cafezal e seu efeito sobre ácaros fitófagos e predadores
    (Universidade Federal de Lavras, 2013-02-26) Abreu, Fernanda Aparecia; Carvalho, César Freire
    O Brasil é o maior produtor mundial de café e o segundo maior consumidor. Entre as pragas que afetam essa cultura estão os ácaros-pragas, entre eles o ácaro-vermelho-do-cafeeiro Oligonychus ilicis (McGregor) (Tetranychidae), o ácaro da mancha-anular Brevipalpus phoenicis (Geijskes) (Tenuipalpidae) e o ácaro branco Polyphagotarsonemus latus (Banks) (Tarsonemidae). São conhecidos também ácaros predadores que são benéficos para a cultura, sendo os principais aqueles pertencentes ao Phytoseiidae. O manejo das plantas adventícias nas entrelinhas do cafeeiro pode auxiliar na regulação da população dos artrópodes-praga, por meio da redução da população da praga favorecendo o aumento da população de predadores. A precipitação pluvial também pode ser um dos fatores naturais importantes na regulação das populações de pragas. Objetiva-se avaliar o efeito de práticas de manejo das plantas adventícias sobre populações de ácaros-praga e predadores em cafeeiro e o efeito da precipitação pluvial ao longo do ano sobre a ocorrência das principais espécies de ácaros-praga e predadores. O experimento foi realizado na Fazenda Experimental da EPAMIG- São Sebastião do Paraíso - MG, de janeiro de 2011 a junho de 2012. Os tratamentos foram: 1- Herbicida de pré-emergência, 2- Herbicida de pós-emergência, 3- Capina manual, 4- Roçadeira, 5- Grade, 6- Enxada rotativa e 7- Testemunha - Sem capina. As parcelas foram constituídas por quatro linhas (50 plantas/linha), área útil composta por duas linhas centrais e 40 plantas/linha, totalizando 80 plantas. Mensalmente foram coletadas 25 folhas da região mediana do cafeeiro e amostras de plantas adventícias de folha larga e estreita por parcela, e transportadas ao laboratório, para extração dos ácaros e identificação. Constatou-se que as plantas adventícias em especial as de folhas largas, embora possam ser hospedeiras de ácaros-praga, também hospedam ácaros predadores também na seca ou em período de chuva, sendo importante a manutenção dessas plantas nas entrelinhas dos cafeeiros, proporcionando abrigo e alimento aos ácaros predadores, contribuindo para a sua permanência nas proximidades das lavouras de café. Durante os meses chuvosos foi observada uma maior ocorrência de ácaros predadores no manejo sem capina e uma baixa densidade de ácaros fitófagos, o que não ocorreu durante os meses secos, além de que nesses meses as plantas adventícias competem também por água e nutrientes com a cultura, sendo assim recomendado manter essas plantas na entrelinha do cafeeiro apenas no período chuvoso e logo após retirá-las, deixando o cafeeiro no limpo.