Teses e Dissertações

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    Validação do questionário de expectativa à cafeína para a população brasileira e associação aos polimorfismos dos genes CYP1A2 e ADORA2A
    (Universidade de Brasília, 2022-06-29) Mendes, Guilherme Falcão; Zandonadi, Renata Puppin; Reis, Caio Eduardo Gonçalves
    A expectativa de efeitos da cafeína pode ser registrada em questionários validados para observar padrões favoráveis, ou não, ao uso de fontes cafeína. Esta individualidade biológica está relacionada com os polimorfismos genéticos podem interferir no modo como os indivíduos metabolizam a cafeína, gene CYP1A2 (rs 762551), genótipo AA, fenótipo rápidos metabolizadores, e a sua ação nos receptores de adenosina ADORA2A (rs 5751876), genótipo TT, fenótipo maior sensibilidade. Portanto, o presente estudo teve como objetivo avaliar a capacidade do CaffEQ-BR na diferenciação dos polimorfismos dos genes CYP1A2 e ADORA2A, conforme as expectativas de efeito da cafeína medidas pelo instrumento. O estudo foi composto por três etapas: (i) processo de tradução com dois tradutores bilingues, validação semântica por meio de técnica de juízes (n = 20), análise de reprodutibilidade e consistência interna com amostra de conveniência (n = 50) e validação externa por meio da análise fatorial confirmatória com amostra composta por 4.202 participantes de todas as Unidades da Federação; (ii) desenvolvimento e validação da versão curta do instrumento (B-CaffEQ-BR); (iii) aplicação do CaffEQ-BR (versão completa e curta) a uma amostra (n = 71) de atletas brasileiros treinados em desenvolvimento, consumidores habituais de cafeína com determinação prévia para os polimorfismos dos genes CYP1A2 e ADORA2A. O questionário se mostrou adequado quanto à confiabilidade, clareza e compreensão. A reprodutibilidade e a validação foram confirmadas pelo alfa de Cronbach (α) de 0,948, e foi observado um coeficiente de correlação intraclasse de 0,976. Os sete fatores apresentaram um bom ajuste para a raiz do erro quadrático médio de aproximação – RMSEA = 0,0332 (IC 95%: 0,0290–0,0375). Após a validação externa, o CaffEQ-BR passou por modelagem estatística com vistas a reduzir o número de itens, com três itens por fator, mantendo os sete fatores (CaffEQ-BR versão curta com 21 itens) com reprodutibilidade interobservador e a consistência interna tão satisfatória quanto o CaffEQ-BR (α de Cronbach ≥ 0,729) e reprodutibilidade global (ICC ≥ 0,915) para todo o questionário e seus sete fatores. As versões completa e curta foram aplicados em indivíduos (n = 71) com genotipagem prévia para os polimorfismos dos genes CYP1A2 e ADORA2A. A frequência observada dos genótipos AA para o gene CYP1A2 foi de 47,9% (n=34) e portadores do alelo C (AC e CC) foi de 52,1% (n=37). Para o gene ADORA2A foi observado 22,7% (n=15) como portadores do genótipo TT e 77,3% vii (n=51) portadores C (TC e CC). Com exceção ao fator “ansiedade/efeitos físicos negativos”, os demais escores do CaffEQ-BR (completo e curto), obtiveram ICC > 0,75. Indivíduos que pontuaram > 4 na escala Likert (“um pouco provável”) no fator ansiedade/efeitos negativos no B-CaffEQ-BR apresentaram capacidade discriminatória para o genótipo TT para ADORA2A (p = 0,01) de acordo com a curva ROC, mas com representatividade muito baixa (n = 2). Portanto, na presente amostra estudada, o CaffEQ-BR não foi capaz de diferenciar, por meio da expressão dos fenótipos de rápida metabolização hepática e maior sensibilidade na ação da cafeína nos receptores de adenosina, associado aos genótipos para os genes CYP1A2 e ADORA2A em amostra de conveniência de atletas brasileiros treinados em desenvolvimento. Sugere-se que pesquisas futuras utilizem amostras mais amplas, com grupo controle composto por indivíduos com consumo baixo ou irregular consumo de cafeína, calibrando o questionário com maior foco em aspectos da ansiedade e efeitos negativos na busca em diferenciar o genótipo TT para ADORA2A.
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    Comportamento dos consumidores de café durante a pandemia e alterações causadas pela COVID-19
    (Universidade Federal de Viçosa, 2023-05-12) Soares, Camila Aparecida Lessa; Minim, Valéria Paula Rodrigues
    O isolamento social imposto pela pandemia da COVID-19, desencadeou alterações no comportamento e, consequentemente no consumo de café. compreender o consumo da bebida café (independente da forma de preparo) pelos brasileiros durante a pandemia e contribuir com o levantamento de características sociais que influenciaram o comportamento dos consumidores neste período. Os dados foram coletados com auxílio de um questionário online, com consumidores de café, no período compreendido entre março e agosto de 2022. Esta dissertação foi redigida em três artigos, abordando o comportamento, perfil do consumidor de café e as alterações sensoriais causadas pelo COVID-19. Os resultados apontam a presença de dois fatores que influenciam na decisão de compra do produto, sendo eles a economicidade e sustentabilidade, que resultaram em quatro grupos de consumidores: que buscam economia, que se preocupam com a qualidade e pureza do café, que são fiéis à marca do produto e que prezam pela conveniência. Foi observado que a escolaridade, a idade e região dos respondentes teve relação significativa com a alteração do consumo de café. Com esta pesquisa, foi possível identificar o perfil dos consumidores de café, que tiveram COVID-19, investigar se apresentaram disfunções sensoriais durante o consumo da bebida, assim como investigar quais características sociais estão associadas a COVID-19 em consumidores de café. Os dados expostos neste trabalho permitem o conhecimento de evidências a respeito das disfunções sensoriais, como perda de olfato e, ou, paladar. Com os dados obtidos nesta pesquisa, espera-se contribuir com informações a respeito do comportamento do consumidor durante a pandemia da COVID-19, bem como as disfunções sensoriais apresentadas pelos consumidores. Palavras-chave: Bebida de café. Coronavírus. Disfunções sensoriais.
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    Café da manhã: aspectos nutricionais e culturais entre frequentadores adultos de restaurantes populares do Brasil
    (Universidade de Brasília, 2016) Sousa, Janice Ramos de; Botelho, Raquel Braz Assunção
    Diante do estilo de vida inadequado adotado no mundo moderno, o café da manhã (CM) é a refeição mais negligenciada. O baixo consumo de alimentos regionais nas principais refeições, sobretudo no CM, pode indicar a não utilização de recursos alimentares locais de mais fácil acesso. Objetivo: Analisar a frequência de realização do café da manhã, sua composição nutricional e o hábito de consumo de alimentos regionais nessa refeição entre usuários adultos do Programa de Restaurantes Populares no Brasil. Materiais e Métodos: A primeira parte da pesquisa constitui-se de uma revisão bibliográfica do tipo integrativa, realizada no período de uma década nas bases de dados eletrônicas MEDLINE, LILACS e SciELO, com os seguintes descritores: “desjejum”, “desjejum regional”, “café da manhã” e “café da manhã regional”. A segunda parte da pesquisa constitui-se de dois estudos transversais exploratórios com amostra total constituída por 1.872 indivíduos frequentadores de 36 restaurantes vinculados ao Programa Restaurantes Populares. Os indivíduos informaram três dias de recordatórios de 24 horas, cujos dados de consumo alimentar foram analisados por indivíduo, por unidade de restaurante e por região geográfica. Na análise da composição nutricional foram considerados os dados de 1.547 entrevistados, cujos foram analisados por sexo, faixa etária, renda per capita, escolaridade e região de consumo. Os grupos dos lácteos, cereais, frutas, raízes/tubérculos e carnes/ovos foram analisados pela frequência de consumo, independentemente do tamanho da porção ingerida. O valor energético total, os macronutrientes, as fibras, os ácidos graxos monoinsaturados, saturados e trans foram analisados pelos valores de contribuição na recomendação de cada nutriente. O cálcio e o sódio foram avaliados em relação ao percentual de contribuição no dia de consumo. Para análise dos dados de consumo de alimentos regionais e classificação qualitativa do CM foi considerado o total da amostra de 1.872 usuários, cujos foram analisados por sexo, faixa etária, renda per capita, escolaridade, profissão, estado civil, participação em programas de governo e nacionalidade. Para a análise qualitativa do CM foi adotado um método que classifica a refeição de acordo com a presença/ausência dos alimentos: CM Padrão como a presença de alimentos fontes de cálcio e de energia; CM Completo como a presença de alimentos fontes de cálcio, energia, minerais, vitaminas e fibras; CM Incompleto como quaisquer outros alimentos que não contemplem as combinações do CM padrão ou CM completo; e CM Ausente ou supressão como a ausência total de consumo de alimento. Para análise dos marcadores de identidade alimentar do CM foram formados grupos de bebidas, cereais ou substitutos ricos em carboidratos complexos, complementos de cereais, frutas, açúcar, adoçante e alguns alimentos/preparações regionais. Resultados: na revisão integrativa, dos 242 artigos que atendiam aos critérios de inclusão, apenas 5 abordaram o tema regionalidade alimentar no CM. Tanto na análise da composição nutricional, como na análise qualitativa do CM houve predomínio de homens, de indivíduos na faixa etária entre 25 e 34 anos, com nível de escolaridade de ensino médio completo e faixa de renda per capita de 0,5 a um Salário Mínimo. Dos 4.641 CM previstos na análise da composição nutricional, 797 (17,2%) não foram realizados sendo analisados 3.844 CM. A análise de grupos de alimentos mostrou alto consumo de lácteos e cereais, e baixos consumo de frutas, raízes/tubérculos e carnes/ovos. Os percentuais nacionais de contribuição energética dos macronutrientes no valor energético total foram adequados a uma dieta equilibrada. Os percentuais nacionais de contribuição dos ácidos graxos saturados e ácidos graxos trans se encontraram dentro da recomendação, sendo que a análise regional mostrou níveis de consumo elevados desses mesmos nutrientes na região Centro-oeste e de ácidos graxos saturados na região Nordeste. A média nacional da ingestão de fibras do CM foi baixa, concordando com o resultado encontrado de baixo consumo de frutas. O consumo nacional de cálcio cobriu 73,49% do esperado e o consumo de sódio foi adequado. Em relação à análise qualitativa e ao consumo de alimentos regionais, das 5.616 refeições previstas para os três dias de consumo, 17,3% não foram realizadas, sendo analisados 4.642 CM. O CM do tipo padrão foi predominante em todas as regiões, e o CM completo foi pouco consumido entre os participantes. Os indivíduos que realizaram CM nos Restaurantes Populares consumiram mais alimentos regionais. A região com maior consumo de alimentos regionais foi a Centro-oeste (46,6%) e a Sul (45,9%), sendo os alimentos regionais mais consumidos em todas as regiões o presunto, o cuscuz e a laranja. Os alimentos mais consumidos no CM foram o café com leite (ou leite com café), açúcar, pão, margarina, indicando que esses são os marcadores de identidade alimentar do CM na amostra estudada. Conclusão: A revisão intregrativa realizada mostrou que o tema é pouco estudado no Brasil e no mundo e o enfoque no consumo de alimentos regionais é pouco frequente. Os indivíduos pesquisados consumiram um CM equilibrado em relação à composição de nutrientes, exceto em relação ao alto consumo de ácidos graxos saturados e trans na região Centro-oeste e ácidos graxos saturados da região Nordeste. Embora o consumo de lácteos tenha se apresentado como um dos grupos mais consumidos, o consumo de cálcio foi baixo, indicando a necessidade de maior consumo de alimentos fontes desse nutriente. Considerando que o percentual de CM do tipo padrão foi predominante e que o consumo de embutidos foi acentuado, são necessárias ações de estímulo ao consumo de frutas e de alimentos in natura em todas as refeições, sobretudo na primeira refeição do dia.
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    O efeito protetor do exercício físico e da suplementação com cafeína nas convulsões e dano oxidativo induzidos por pentilenotetrazol em ratos
    (Universidade Federal de Santa Maria, 2012-10-05) Souza, Mauren Assis de; Royes, Luiz Fernando Freire
    As crises convulsivas constituem a principal manifestação clínica da epilepsia. A epilepsia é uma condição neurológica crônica com incidência de 1 % na população em geral sendo que cerca de 20 a 30% dos pacientes apresentam-se refratários ao tratamento com as drogas antiepiléticas disponíveis. Existem evidências para a participação das espécies reativas de oxigênio (EROs) na fisiopatologia das epilepsias, entretanto determinar o seu papel é difícil, uma vez que, o estresse oxidativo pode ser causa ou consequência das crises epilépticas. Considerando o grande número de pacientes refratários ao tratamento disponível, e que o dano oxidativo parece ser um importante fator envolvido nas crises, terapias alternativas que aumentem as defesas antioxidantes e/ou diminuam o dano oxidativo podem se tornar importantes adjuvantes no tratamento das crises epilépticas, como o exercício físico e a administração de cafeína. Neste sentido o presente trabalho teve como objetivo investigar os efeitos da atividade física e da suplementação com cafeína nas convulsões comportamentais e eletroencefalográficas (EEG), bem como nas alterações dos parâmetros oxidativos induzidos por pentilenotetrazol (PTZ) em ratos. No estudo 1 demonstrou-se que o exercício físico (natação 6 semanas) atenuou a latência e a duração das convulsões generalizadas induzidas pela administração de PTZ (45 mg / kg i.p) e atenuou o aumento da amplitude das ondas eletroencefalográficas induzidas por PTZ (30, 45 e 60 mg/Kg i.p). Análise de correlação de Pearson revelou que a proteção do exercício físico contra as convulsões correlaciona-se com conteúdo de tióis não protéicos (TNP), atividade da enzima Na + ,K + -ATPase e manutenção da captação de glutamato. O exercício físico aumentou a atividade da superóxido dismutase (SOD) e o conteúdo de TNP per se atenuando a produção de EROs per se. Além disso, o exercício físico protegeu contra a neutoxicidade induzida por PTZ caracterizada aqui pela produção de EROs, peroxidação lipídica (LPO), carbolinação de proteínas, diminuição no conteúdo de TNP inibição da atividade da SOD e catalase (CAT), e a inibição da captação de glutamato. No estudo 2 verificou-se que a administração prolongada de cafeína (6 mg/Kg, 15 dias p.o), mas não a administração aguda diminuiu o tempo gasto nas convulsões tônico-clônico generalizadas e atenuou o aumento da amplitude EEG induzida por PTZ (60 mg/Kg i.p). Além disso, verificou-se que a administração prolongada de cafeína aumentou o conteúdo de glutationa reduzida (GSH) per se e protegeu do aumento da LPO, produção de EROs e inibição da atividade da enzima Na + ,K + -ATPase induzida por PTZ. A infusão de L-butionina sulfoximina (BSO, 3,2 micromol / site icv), um inibidor da síntese de GSH, dois dias antes da administração de PTZ reverteu o efeito anticonvulsivante da cafeína frente as convulsões e dano oxidativo induzidos por PTZ. Além disso, um estudo subsequente revelou que a administração prolongada de cafeína juntamente com exercício físico durante 4 semanas aumentou a latência para a primeira convulsão mioclônica e primeira generalizada, além de diminuir a duração das convulsões generalizadas induzidas pela administração de PTZ (60 mg / kg i.p). Considerando os dados apresentados no presente estudo, conclui-se que o exercício físico e a suplementação prolongada com cafeína atenuam as convulsões induzidas por PTZ, por modular positivamente o sistema antioxidante e manter a atividade da enzima Na + ,K + -ATPase em ratos.
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    Efeitos da cafeína e do diclofenaco sobre o estresse oxidativo e a inflamação em ratos submetidos ao exercício físico
    (Universidade Federal de Santa Maria, 2015-07-01) Barcelos, Rômulo Pillon; Barbosa, Nilda de Vargas
    O exercício físico pode representar um tipo de estresse por alterar a homeostase corporal. O elevado consumo de oxigênio pelo músculo esquelético durante o exercício físico aumenta a produção de espécies reativas de oxigênio (EROs) e proteínas inflamatórias, desencadeando estresse oxidativo e inflamação sistêmica. Atualmente, a cafeína, um composto presente em diversas bebidas e medicamentos, e os anti-inflamatórios não-esteroidais (AINEs), incluindo o diclofenaco, têm sido amplamente usados em competições esportivas. Considerando que os atletas treinam com o objetivo de melhorar o seu desempenho esportivo, principalmente em provas de alta intensidade e curta duração e que essas podem levar à sensação de dor e processo inflamatório, um grande número desses atletas usa tanto cafeína e AINEs como recursos ergogênicos ou até mesmo para evitar perdas de performance em suas provas. No entanto, pouco se sabe sobre os efeitos da associação entre treinamento físico e o uso concomitante de cafeína/diclofenaco nos tecidos. Levando em consideração a especificidade esporte, a maioria dos estudos são referentes a associação exercício físico e músculo esquelético. Entretanto, as respostas adaptativas ao exercício físico não são restritas ao tecido muscular. Considerando o importante papel do fígado durante a atividade física, um objetivo desta tese foi analisar os efeitos da cafeína e, em um segundo momento, do diclofenaco, sobre marcadores hepáticos de estresse oxidativo, dano tecidual e inflamação em ratos treinados. Nos artigos destacamos o papel da cafeína em modular as respostas de dano, estresse oxidativo, inflamação e adaptação causadas pelo treinamento físico em fígado, músculo e plasma. O protocolo experimental foi realizado com 4 grupos distintos: sedentário-salina, sedentário- cafeína, exercício-salina e exercício-cafeína. Os grupos exercício foram submetidos a 4 semanas de treinamento aeróbio de natação e os grupos tratados foram suplementados com cafeína (6 mg/kg), durante o treinamento. Identificamos mudanças significativas na atividade das enzimas citrato sintase (CS), superóxido desmutase (SOD), glutationa peroxidase (GPx) e acetilcolinesterase (AChE), e nos níveis da aspartato aminotransferase (AST) e substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) após treinamento. Todas essas alterações foram revertidas pelo tratamento com cafeína. No manuscrito destacamos o papel modulador do diclofenaco sobre a inflamação gerada por exercício agudo. O protocolo consistiu em uma sessão de 90 mim de exercício excêntrico agudo em esteira em ratos tratados previamente com salina ou diclofenaco (10mg/kg) (grupos: controle-salina, exercício-salina, controle- diclofenaco, exercício-diclofenaco). Após o exercício, foi identificado um aumento na expressão gênica e níveis da proteínas TLR4, MyD88, TRIF, NFκB p65, IL-6, TNF-α e iNOS. Essas respostas geradas pelo exercício excêntrico foram bloqueadas pelo tratamento com diclofenaco. Os dados obtidos nos permitem concluir que o diclofenaco e a cafeína interferem nas respostas adaptativas de cunho oxidativo/inflamatório geradas pelo exercício físico, podendo assim alterar os mecanismos de hormesis dos tecidos ao exercício físico.
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    The effects of caffeic acid and caffeic acid phenethyl ester on the activities of acetylcholinesterase and ecto-nucleotidases in rats
    (Universidade Federal de Santa Maria, 2013-01-21) Anwar, Javed; Schetinger, Maria Rosa Chitolina
    Os compostos fenólicos e seus derivados constituem uma importante família de compostos naturais. O ácido cafeico (AC) e o éster fenetil do ácido cafeico (CAPE) são membros importantes dessa família e compartilham algumas aplicações biológicas, tais como: antioxidante, neuroprotetor, antiinflamatório, antiproliferativo, antibacteriano, antiviral, antiaterosclerótico e anticancerígeno. Entretanto, a literatura relata algumas atividades pró-oxidantes, dependendo do ambiente celular. Devido a estas propriedades patofisiológicas, aumentou o interesse com o objetivo de avaliar o efeito de CA e CAPE sob as atividades das enzimas purinérgicas e da acetilcolinesterase (AChE), tanto no Sistema Nervoso Periférico (SNP) como no Sistema Nervoso Central (SNC). Previamente, nosso grupo de pesquisa relatou que o composto fenólico tem a capacidade de alterar as atividades dessas enzimas. A AChE rapidamente hidrolisa a acetilcolina (ACh) em tecidos neuronais e não neuronais, mediando algumas doenças neurodegenerativas. Ao lado da ACh, o ATP (como co- neurotransmissor) e adenosina são importantes moléculas sinalizadoras, comunicando as células em ambos os SNP e do SNC. Nas vias de sinalização extracelulares, os nucleotídeos de adenina e seus derivados podem ser acoplados a receptores específicos e desse modo ter um papel crucial no sistema nervoso, sistema vascular e imune. Uma vez liberadas, estas moléculas são hidrolisadas por uma cascata de enzimas incluindo a ectonucleosídeo trifosfato difosfoidrolase (NTPDase; EC 3.6.1.5, CD39), 5'- nucleotidase (EC 3.1.3.5, CD73), ectonucleotideo pirofosfatase/fosfodiesterase (E-NPP), modulando definitivamente as vias de sinalização do funcionamento normal do sistema nervoso, sistema vascular e imune. Além disso, a adenosinadeaminase (ADA) e a xantina oxidase (XO) degradam a adenosina e a xantina, respectivamente, as quais controlam o funcionamento de mecanismos em eventos celulares. As enzimas encontradas em tecidos neuronais e não neuronais como a AChE, a NTPDase, a 5'-nucleotidase, a E-NPP e a ADA regulam eventos celulares incluindo a neurotransmissão, inflamação e processos trombogênicos. Com essas informações, nós introduzimos a hipótese de avaliar primeiramente os efeitos in vitro de CA na atividade da AChE periférica e no sistema central colinérgico de ratos. Os resultados demonstraram que o CA modula significativamente o sistema colinérgico no estudo in vitro. Essa modulação demonstra aparentemente que o CA (estrutura fenólica) possui propriedades de ação que altera a neurotransmissão. Portanto, a hipótese de se avaliar os efeitos in vivo de CA na atividade da AChE, NTPDase, E-NPP, 5'-nucleotidase, ADA e da agregação de plaquetas em diferentes tecidos de ratos tornou-se evidente. Para esse estudo, os animais foram tratados durante 30 dias e sacrificados após o teste comportamental. Os resultados do experimento demonstraram que o CA aumentou significativamente a atividade da AChE em hipocampo, hipotálamo, ponte e nos linfócitos, enquanto que no córtex cerebral, cerebelo e estriado a AChE foi inibida. No teste comportamental o CA teve evolução de melhora na latência de passos da esquiva inibitória. A investigação dos efeitos in vivo do CA no sistema purinérgico demonstrou aumento na hidrólise de ATP e AMP em sinaptossomas. Entretanto, não foram observadas alterações significativas na atividade da ADA em sinaptossomas dos grupos avaliados neste estudo. Em plaquetas, o CA aumentou significativamente a hidrólise de ATP e AMP, enquanto que a hidrólise de ADP foi diminuída nesse tecido. No presente estudo o CA reduziu significativamente a agregação de plaquetas induzida pelo agonista ADP. Além disso, o tratamento com CA aumentou significativamente as atividades da NTPDase e da ADA em linfócitos de ratos. Considerando a dupla função de CA, in vitro e in vivo, o presente estudo foi estendido para CAPE seguindo o modelo de tratamento agudo pela via intraperitoneal (ip) com o objetivo de elucidar o efeito de uma segunda estrutura fenólica sobre os mesmos parâmetros. Nesta linha de pesquisa, os animais foram tratados ip com CAPE e eutanasiados após 40 minutos. Em plaquetas, os resultados demonstraram que o CAPE aumentou significativamente a atividade da NTPDase, E-NPP e 5'-nucleotidase, enquanto que a atividade da ADA não foi alterada significativamente. Em sinaptossomas, o CAPE inibiu significativamente a atividade da NTPDase e da 5'-nucleotidase. O CAPE não induziu alterações significativas na atividade da ADA em sinaptossomas, mas reduziu significativamente a atividade da XO em todo o cérebro. Finalmente, nós investigamos a atividade da AChE no córtex cerebral, cerebelo, estriado, hipocampo, hipotálamo, ponte, linfócitos e músculos de ratos tratados com CAPE. Os resultados demonstraram que CAPE diminuiu significativamente a atividade da AChE em córtex cerebral, cerebelo e estriado. O CAPE aumentou significativamente a atividade da AChE em hipotálamo, hipocampo, ponte, músculo e linfócitos. No sistema colinérgico, nossos resultados demonstram claramente que ambos os compostos possuem dupla função. Estes resultados demonstram que as atividades da AChE e da cascata das ecto-enzimas foram alteradas em diferentes tecidos após o tratamento com CA ou CAPE em ratos, sugerindo que estes compostos devem ser considerados agentes com potencial terapêutico em doenças imunes, vasculares e neurológicas relacionadas com o sistema colinérgico e purinérgico.
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    Padrão de consumo de café e monitoramento de riscos associados ao diabetes tipo 2, obesidade e dislipidemias na população adulta do Distrito Federal e entorno
    (Universidade de Brasília, 2010-12-08) Machado, Liliane Maria Messias; Costa, Teresa Helena Macedo da
    Objetivo: o café é um alimento funcional que tem sido associado a reduções do risco de várias doenças e agravos não transmissívies, incluindo o diabetes. Já que diferenças de hábitos alimentares são reconhecidos fatores modificadores na epidemiologia do diabetes, este estudo visou descrever o padrão de consumo do café e sua associação com ocorrência de diabetes tipo 2, controlando-se a ocorrência de obesidade e dislipidemias na população adulta do Distrito Federal e entorno, assim como buscou verificar o padrão de resposta ao teste oral de tolerância à refeição, com 75 g de carboidrato, associado ao padrão de consumo de café. Métodos: Estudo 1 - estudo transversal realizado por entrevista telefônica (N = 1440). A amostra é random para os números de telefones fixos e celulares. Análise multivariada foi realizada, controlando-se variáveis sócio- comportamentais, obesidade e antecedentes familiares de doenças crônicas não transmissíveis. Um modelo de regressão hierárquica e uma regressão de Poisson foram utilizados para verificar a proteção contra o diabetes tipo-2 e consumo de café. As variáveis independentes que se mantiveram no modelo final, por níveis de inclusão hierárquica, foram: primeiro nível - idade e estado civil; segundo nível – antecedentes de diabetes e dislipidemias; terceiro nível - tabagismo, consumo de suplemento, índice de massa corporal; e quarto nível - ingestão de café (≤ 100 mL/d, 101 a 400 mL/d, e > 400 mL/d). Estudo 2 – estudo transversal com 67 voluntários com e sem antecedentes de diabetes tipo 2, que realizaram o teste oral de tolerância à refeição. Os dados foram submetidos à análise multivariada com medidas repetidas por meio de um modelo de efeitos mistos. Resultados: Estudo 1 - Após o ajuste hierárquico para as variáveis de confusão, os consumidores de 101 a 400mL de café por dia tinham uma prevalência 2,7% (p=0,04) de não ter diabetes do que aqueles que beberam ≤ 100 ml de café/dia. Em comparação com a ingestão de café de ≤ 100 mL/dia, os consumidores de > 400 mL de café por dia não apresentaram diferença estatisticamente significativa na prevalência do diabetes. Estudo 2 - não houve diferença entre os níveis médios de insulina e glicose ao longo do tempo, entre os dois grupos de consumidores de café (≤ 400 mL e consumidores de > 400 mL de café por dia),quando se controlou antecedentes familiares, idade e IMC. Isoladamente, os picos de insulinemia e glicemia foram maiores no grupo de indivíduos com antecedentes de diabetes, independentemente da quantidade de café consumida, e associados as variáveis idade e excesso de peso.Conclusões: Assim, o consumo moderado de café parece proteger contra a ocorrência de diabetes tipo 2 na população estudada. Este é o primeiro estudo a mostrar uma relação entre o consumo de café e diabetes na população brasileira.
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    Café e metabolismo da glicose: ensaio clínico cruzado randomizado com isótopos estáveis
    (Universidade de Brasília, 2015) Reis, Caio Eduardo Gonçalves; Costa, Teresa Helena Macedo da
    Dados epidemiológicos mostram uma associação inversa do consumo de café com o risco de diabetes tipo 2. No entanto, os resultados dos estudos em longo prazo (semanas) mostram que o café cafeinado pode melhorar o metabolismo da glicose reduzindo a curva glicêmica e aumentando a resposta insulinêmica, ao passo que nos estudos em curto prazo (horas) o café cafeinado pode aumentar a área abaixo da curva da resposta glicêmica. Já os mecanismos por trás desses efeitos benéficos ainda não foram completamente elucidados. Desta forma, esta pesquisa tem por objetivo investigar o efeito agudo do consumo de café sobre a taxa de captação de glicose e sensibilidade à insulina utilizando uma metodologia com isótopo estável após um teste oral de tolerância à glicose. Métodos: Quinze homens saudáveis foram submetidos a um ensaio clinico randomizado cruzado duplo cego com cinco grupos experimentais: café descafeinado, café cafeínado (com e sem açúcar) e controles - água (com e sem açúcar); seguido 1 hora após pelo teste oral de tolerância à glicose (75 g de carboidrato disponível) com marcação isotópica intravenosa da glicose ([1]- 13 C- glicose) analisada pelo índice dos modelos mínimos (225 minutos). Foi aplicado one- way ANOVA com ajuste de Bonferroni para comparar os efeitos das bebidas testes nos parâmetros do metabolismo da glicose. Resultados: O café descafeinado resultou em maior sensibilidade à insulina em comparação com o café cafeinado e água. Já o café cafeinado apresentou uma maior taxa de captação de glicose em comparação com o café descafeinado e água. No entanto, na análise global (0-225 min) não houve diferenças significativas entre os grupos nos índices da taxa de captação de glicose e sensibilidade insulina. Conclusão: Os resultados do atual estudo mostram que o consumo de café cafeinado e descafeinado, com ou sem açúcar, não exerce efeitos agudos significativos sobre o metabolismo da glicose. Já os resultados dos estudos em longo prazo (semanas) indicam que a redução do risco de diabetes tipo 2 deve ocorrer devido ao consumo crônico de café como os estudos epidemiológicos veêm mostrando.
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    Investigação sobre o efeito da cafeína sobre a ação de vasodilatadores coronarianos
    (Universidade Federal do Paraná, 1977) Hilú Junior, Miguel; Moura, Arnaldo
    O objetivo deste trabalho é verificar se a cafeína modifica a ação de vasodilatadores coronarianos, nas quantidades contidas nessas infusões ou bebidas.
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    O uso da suplementação de cetoanálogos e cafeína para o estudo do metabolismo de aminoácidos no exercício em modelos de experimentação humana e animal
    (Universidade Federal de Uberlândia, 2011-07-29) Magalhães Neto, Anibal Monteiro de; Cameron, Luiz Cláudio
    A amônia (nesse trabalho descrito como sinônimo de NH3+ NH4+) é tóxica e promove efeitos deletérios no sistema nervoso central de humanos e murinos. O metabolismo da amônia e o aumento de sua concentração nos tecidos podem ser estudados pela realização de exercícios físicos. Os distúrbios temporários no sistema nervoso central causado pelo exercício são similares aos observados na doença hepática e desordens neurodegenerativas. Desta forma, os exercícios de alta intensidade têm sido implicados com o desenvolvimento de fadiga e exaustão física devido ao aumento nas concentrações da amônia plasmática. A utilização da suplementação de cetoanálogos e/ou cafeína diminui a concentração de amônia no sangue durante o exercício para promover melhor desempenho. Desta maneira, a suplementação de cetoanálogos e/ou cafeína associada ao exercício físico podem retardar ou superar o efeito tóxico da elevação da amônia. Este estudo verificou o efeito protetor das suplementações de cetoanálogos e cafeína contra os compostos nitrogenados, e o desempenho físico de humanos e ratos submetidos ao exercício físico de alta intensidade e curta duração.