Teses e Dissertações

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    Análise da produtividade e rentabilidade de lavouras cafeeiras agroquímica e orgânica na região da Alta Paulista
    (Faculdade de Ciências Agronômicas - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2009-12-18) Gabriel, José Eduardo Ferreira; Simon, Elias José
    Diversos estudos realizados com sistemas orgânicos têm mostrado a viabilidade e sustentabilidade ecológica, social e econômica desses agroecossistemas, principalmente pela sua alta capacidade de resiliência, confiabilidade, auto-suficiência e produtividade, ao contrário dos sistemas agroquímicos (convencionais) de produção. Alguns estudos concluíram que o modelo agroquímico existe pouca interação entre os fluxos de energia interna, basicamente a lavoura recebe todos os insumos para a produção não havendo aumento na “qualidade energética” interna ao sistema. No entanto, o modelo orgânico de produção apresenta maior interação entre os diferentes recursos existentes no sistema. A maior utilização de insumos externos na produção agroquímica obriga, em contra partida, maiores gastos de capital pelos produtores relativos à contratação de financiamentos para compra dos materiais, o que acaba por criar um ciclo de dependência dos produtores por financiamentos externos e aumentando consideravelmente os custos finais de produção. As atuais crises econômica e ecológica, expõem a insustentabilidade do padrão produtivo da agricultura desenvolvida de forma industrializada, evidenciando à dependência dos países do primeiro mundo na importação de commodities agrícolas produzidas no terceiro mundo, dentre elas, o café. Agravando-se o problema no Brasil que também existe uma demanda reprimida no mercado interno. Diante destes fatos desenvolveu-se uma pesquisa para identificar os problemas na região da Alta Paulista, Oeste do Estado de São Paulo, com relação aos sistemas de produção de café. Atualmente, os problemas fundamentais, de acordo com a pesquisa realizada, dos agricultores nesta região, residem: (i) na escolha de um sistema de produção corretamente viável (ambiental, social e econômicamente) agroquímico ou orgânico e (ii) no método de avaliação de investimentos mais seguro, pois os recursos são escassos e os riscos enormes. Os objetivos deste estudo são analisar a produtividade, a rentabilidade e os aspectos sócio-econômicos, ambientais e energéticos; efetuar comparações dos sistemas de produção de café orgânico e agroquímico e realizar avaliações de investimentos no período de 2003 à 2007, em trinta propriedades produtoras, localizadas nesta região, com a finalidade de apontar o sistema de produção que apresenta a maior viabilidade. De acordo com a metodologia da CONAB, os dados coletados foram registrados em planilhas eletrônicas para serem utilizados como variáveis nos modelos de análises estatística e matemática. Utilizando-se os métodos estatísticos, desenvolveram-se, a análise descritiva dos dados de produtividade e rentabilidade, denominado análise de variância, teste F de Snedecor, para dados que apresentavam distribuição normal, com posterior comparação de médias pelo teste de Tukey. Para os dados com distribuição não-normal, utilizou-se o teste não paramétrico de Kruskal-Wallis, com posterior comparação de medianas pelo teste de Dunn. A análise matemática das curvas foram elaboradas com o software Origin for Windows 6.0, que utiliza métodos numéricos para ajuste dos dados fornecidos à uma função de parâmetros variáveis. A curva objetivou criar uma lei que descreva a produtividade e rentabilidade de cada sistema cafeeiro. A solução do sistema foi determinada através do software Mathematica 5.2. Foram mediante esses métodos que se encalçou a capacidade de inferências explicativas da pesquisa. Utilizando-se principalmente do diálogo semi-estruturado, valorizando o conhecimento empírico adquirido pelos agricultores. Ao contrário dos sistemas convencionais de produção, o sistema orgânico evidenciou a viabilidade do modelo de produção nas dimensões produtiva, ecológica e econômica do ideal de sustentabilidade. Quando se analisa a quantidade de biomassa produzida no sistema orgânico verifica-se um valor muito superior em relação ao sistema convencional. A produtividade média do sistema orgânico (17,1 scs/ha) está abaixo da produtividade média brasileira do café convencional (18,9 scs/ha). No entanto, quando se analisa a rentabilidade do sistema orgânico verifica-se um valor muito superior em relação ao sistema convencional. Com os testes, produtividade e rentabilidade, realizados através das análises quantitativas, foi possível revelar o sistema de produção que possui maior viabilidade econômico-financeira. Portanto, a modelagem quantitativa sugerida, poderá ser usada na avaliação destes investimentos, proporcionando maior segurança, ao agricultor, no momento da decisão. A modelagem quantitativa demonstrou a viabilidade dos sistemas de produção. De acordo com os resultados apresentados o sistema de produção orgânico é o que apresenta a maior viabilidade econômico-financeira para os agricultores nesta região.
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    Produção de café orgânico na região sul de Minas Gerais: eficiência econômica e energética
    (Faculdade de Ciências Agronômicas - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2011-08) Turco, Patrícia Helena Nogueira; Esperancini, Maura Seiko Tsutsui
    A cafeicultura passou por profunda reestruturação nas últimas décadas, com mudanças significativas nas práticas de condução da lavoura. Em função dessas mudanças surgem sistemas de produção inovadores que buscam o aumento da competitividade pela melhoria da qualidade, redução de custos e intensificação da mecanização. Como estes fatores envolvem investimentos e alterações nas práticas tradicionais utilizadas, é natural que existam questões quanto à eficiência técnica e econômica, quando consideradas as características peculiares de uma dada região produtora. Dentre os sistemas existentes na cafeicultura, a produção orgânica é uma alternativa que busca a competitividade, diretamente ligada à integração dos sistemas de produção, minimizando gastos com insumos pelo aproveitamento de resíduos mediante práticas de reciclagem dos nutrientes e de matéria orgânica. O cultivo de café orgânico pode proporcionar maiores rendas ao adequar exigências de produção às características requisitadas por determinados nichos de mercados. O objetivo deste estudo foi estimar a eficiência (econômica e energética) de sistemas de produção de café orgânico, fazendo uso dos custos de produção e da renda bruta, respectivamente, como input e output econômico, a conversão dos insumos utilizados em unidades de energia, bem como a produção de café orgânico em grão beneficiado, respectivamente, como input e output energético. Para o desenvolvimento do estudo, foi delineado um sistema de produção a partir de levantamento de dados, informados por uma amostra de produtores em diferentes estágios de produção, que propiciaram a elaboração de uma matriz de coeficientes técnicos médios. A amostragem adotada nesta pesquisa foi intencional e não probabilística procurando-se selecionar propriedades nas quais a cultura de café é a principal fonte de renda. Foram entrevistados nove produtores em três municípios da Região Sul de Minas Gerais, que fazem sistematicamente anotações dos custos da cultura. Os resultados obtidos apontaram que a Receita Bruta Anal Equivalente e Custo Anual Equivalente foram R$4.926,95.ha -1 e R$4.084,09.ha -1 , respectivamente. Estes resultados indicam que se as receitas ocorressem igualmente em todos os anos, os produtores obteriam R$4.926,95.ha -1 e, do mesmo modo, se os custos fossem distribuídos ao longo do tempo de duração da cultura, os produtores teriam um dispêndio de R$4.084,09.ha -1 . Aplicando as estimativas obtidas à equação da eficiência econômica obteve-se o resultado de 1,21 indicando que a receita bruta supera os custos operacionais em 21%, indicando um sistema economicamente eficiente. Na análise energética, os resultados obtidos permitiram concluir que os sistemas apresentam balanços energéticos positivos, com uma produção energética de 637.697,MJ.ha -1 sendo que a energia utilizada para produção de café orgânico correspondeu a 112.998,MJ.ha -1 para os 20 anos considerados da cultura, indicando que o sistema foi eficiente energeticamente. Os maiores dispêndios energéticos, nas fases de implantação e condução da cultura, foram os de fonte biológica. Na fase de produção, a energia direta de fonte fóssil foi superior às demais.
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    Construção de mercados para a agricultura familiar: a experiência dos agricultores familiares produtores de café orgânico em Minas Gerais
    (Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária - Universidade de Brasília, 2011-09-21) Laverde, Nathalia Andrea Jiménez; Balestro, Moisés Villamil
    Esta dissertação analisa o processo de construção de mercado com o objetivo de entendê-lo, conhecer quais são os atores que intervieram e as principais características da formação da formação. A inserção de agricultores familiares em mercados de qualidade, como o café orgânico, converteu-se em uma oportunidade de desenvolvimento econômico. A dissertação foi um estudo de caso dos produtores de café orgânico na região de Poço Fundo, localizada no Sul de Minas Gerais. Dado o pequeno tamanho das propriedades da região e dadas as características montanhosas do relevo, os produtores ficaram impossibilitados de concorrer no mercado de café convencional caracterizado devido ao predomínio de commodities, à mecanização nas lavouras e ao barateamento do produto. Para a fundamentação teórica foram estudados conceitos da sociologia econômica, identificando como fundamentais para o desenvolvimento do trabalho o entendimento do mercado como rede social e o desenvolvimento das relações de confiança. Encontrou-se na região um estreitamento das relações formadas principalmente pelos laços fortes criados na Igreja Católica, fundamentais para a construção do mercado na região, ao converter tais relações sociais em uma relação de mercado por meio da criação da associação de pequenos produtores e, depois, por meio da Cooperativa dos Agricultores Familiares de Poço Fundo e Região (COOPFAM). A cooperativa converteu-se na possibilidade de exportação do café orgânico para os produtores familiares com pequenas propriedades da região devido às exigências do consumidor externo de certificação dos produtos, como também, aos altos custos que ela implica; e à não existência de um mercado interno significativo. Esta dissertação possibilita a identificação, ao contrário da visão neoclássica, de que os mercados são afetados pelas ações e relações sociais em que estão inseridos. Devido ao fato de os atores econômicos atuarem não somente com o interesse econômico, suas atuações são também determinadas pelas dinâmicas das estruturas sociais nas quais estão inseridos.
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    A comercialização e sustentabilidade do café arábica típica orgânico de Taquaritinga do Norte - PE
    (Universidade Federal Rural de Pernambuco, 2015-02-12) Oliveira Junior, Roques Matias de; Cabral, Romilson Marques
    Por esta pesquisa propõe-se a analisar como as estratégias de comercialização influenciam na sustentabilidade da produção do café arábica típica orgânico no município de Taquaritinga do Norte – PE, quanto aos seus aspectos sociais, econômicos e ambientais. Foram realizadas entrevistas com dirigentes e associados da Associação dos Produtores de Café Orgânico de Taquaritinga do Norte e técnicos extensionistas locais. A Matriz SWOT (Strenght, Weakness, Opportunity and Threats), foi utilizada como uma ferramenta, adaptada para associar e confrontar as categorias de analise que caracterizam o processo de comercialização. Os resultados demonstram, que a manutenção das atuais estratégias de comercialização geram grandes dificuldades para a sustentabilidade econômica (comercialização e viabilidade econômica), social (manutenção do homem no campo e a produção familiar) e ambiental (manutenção da vegetação nativa) da produção do café orgânico sombreado de Taquaritinga do Norte – PE.
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    Composto orgânico e biofertilizante na nutrição do cafeeiro em formação no sistema orgânico
    (Universidade Federal de Lavras, 2004-03-05) Araújo, João Batista Silva; Carvalho, Gabriel José de
    A agricultura orgânica é uma tendência mundial, motivada por aspectos como reciclagem de biomassa, sustentabilidade da agricultura e conservação de recursos naturais. Há demanda de mercado para todos os produtos agrícolas, dentre eles o café. Porém, a pesquisa científica nessa área é recente e necessária em áreas fundamentais, como a adubação em sistemas orgânicos. Com o objetivo de avaliar a adubação de plantio com composto orgânico associada à aplicação foliar de “supermagro” no desenvolvimento e crescimento do cafeeiro, cultivar Topázio MG-1190, instalou-se um experimento em casa de vegetação no Setor de Cafeicultura do Departamento de Agricultura da Universidade Federal de Lavras, no período e 15 de março a 4 de outubro de 2003. O delineamento experimental foi em blocos casualizados com quatro repetições, sendo os tratamentos dispostos no esquema fatorial 5 x 5, com três tratamentos adicionais e uma planta por parcela. O primeiro fator foi o composto nas doses de 110, 330, 550, 770 e 990g por vaso, misturado com 7dm 3 de solo por vaso e o segundo fator o supermagro pulverizado mensalmente a 0%, 3%, 6%, 12% e 24%. Os tratamentos adicionais consistiram em adubação orgânica, orgânica mais mineral e mineral. As características avaliadas foram altura (cm), diâmetro do colo (mm), número de nós do ramo ortotrópico, número de ramos plagiotrópicos, número de nós dos ramos plagiotrópicos, área foliar (cm 2 ), número de folhas, massa seca das folhas, massa seca da parte aérea e massa seca total, bem como os teores foliares de macro e micronutrientes. Dentre as características avaliadas, houve interação significativa para número de ramos plagiotrópicos, número de nós dos ramos plagiotrópicos, número de folhas, massa seca das folhas, massa seca da parte aérea, massa seca total, Mg e B, com o melhor desenvolvimento entre as doses de 702g e 770g de composto por vaso e concentrações de “supermagro” entre 14,45% e 16,38%. Observou-se, com a elevação das doses de composto, aumento dos teores foliares de N, K e Mg, diminuição dos teores de P e Ca, redução da disponibilidade de B, Cu, Fe e Mn com o aumento do pH e eficiência do “supermagro” no fornecimento de Mg, B e Cu.
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    Caracterização de sistemas orgânicos de produção de café utilizados por agricultores familiares em Poço Fundo-MG
    (Universidade Federal de Lavras, 2003-08-13) Martins, Márcia; Mendes, Antônio Nazareno Guimarães
    Objetivando a caracterização de três agroecossistemas de produção de café orgânico, avaliaram-se as propriedades químicas, físicas e microbiológicas do solo, incidência de pragas e doenças, nutrição das plantas e produtividade. Os agroecossistemas, conduzidos por agricultores familiares, situam-se em Poço Fundo-MG. Esta pesquisa foi conduzida por dois anos, sendo as amostras de solo e folha coletadas nos períodos chuvoso e seco e a determinação da incidência de pragas e doenças, a partir de levantamentos mensais. Utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado com três repetições para cada amostra de solo e folha. A amostragem de solo foi realizada em três profundidades (0-10, 10-20 e 20-40 cm) para levantamento das propriedades físicas e químicas e a 0- 10 cm para as microbiológicas. A proposta desta pesquisa foi de caracterizar esses agroecossistemas sem interferir na sua forma de manejo, priorizando consolidar o conhecimento local na lógica do sistema de produção. Observou-se que os agroecossistemas apresentaram boa estruturação do solo, provavelmente devido à não mecanização das áreas e à constante reposição de matéria orgânica ao solo. Em relação às propriedades químicas do solo e à nutrição dos cafeeiros pode-se observar que mesmo quando determinados nutrientes do solo apresentaram-se fora do nível adequado para a cultura, a nutrição vegetal estava adequada, como por exemplo, para o B, Ca, Cu, Fe, Mg, Mn, S e Zn. O teor de P, a 0-10 cm no solo, apresentou-se dentro do nível adequado para a cultura, estando abaixo deste nas profundidades 10-20 e 20-40 cm, porém os teores foliares desse nutriente apresentaram-se acima do nível considerado adequado. O teor de K, tanto nas três profundidades do solo quanto nas folhas, apresentou- se abaixo do recomendado. A matéria orgânica do solo apresentou teor médio nas profundidades 0-10 e 10-20 cm e, praticamente, teores baixos na profundidade 20-40 cm. O teor de N foliar manteve-se dentro do nível de adequação. A biomassa de carbono e a taxa de colonização micorrízica não apresentaram diferenças significativas entre os agroecossistemas. Quanto à respiração do solo, pode-se constatar que o agroecossistema III apresentou maior atividade microbiana. Em relação aos fungos micorrízicos arbusculares identificados, observou-se maior freqüência dos gêneros Glomus e Paraglomus nos agroecossistemas, sendo que o gênero Acaulospora apresentou maior incidência no agroecossistema II. A infestação por bicho-mineiro ultrapassou 20% no terço superior (principalmente no período seco). A infestação por broca atingiu o nível de dano somente no agroecossistema I em 2001 e no agroecossistema III em 2002. A ferrugem no agroecossistema III não atingiu nível de dano devido à tolerância da cultivar (‘Icatu Amarelo’) à infecção por esse fungo. Porém nos agroecossistemas I e II (‘Catuaí Vermelho’) a infecção na lavoura atingiu elevados níveis. A infecção por cercóspora em folhas e frutos atingiu níveis elevados (período seco) em todos os agroecossistemas. A produtividade do agroecossistema I em 2001 foi de 8,5 sc/ha e em 2002 de 39,0 sc/ha, no agroecossistema II em 2001 foi de 7,0 sc/ha e em 2002 de 21,5 sc/ha e no agroecossistema III foi praticamente zero em 2001 e em 2002 de 33,5 sc/ha.
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    Transição do manejo de lavoura cafeeira do sistema convencional para o orgânico
    (Universidade Federal de Lavras, 2006-07-07) Theodoro, Vanessa Cristina de Almeida; Mendes, Antônio Nazareno Guimarães
    O contundente processo modernizador da agricultura brasileira gerou impactos ambientais e transformações sociais em magnitudes tão amplas que, por si só, justificam estudos voltados para novas tecnologias emergentes como a agricultura orgânica. Já existe um acervo de experiências práticas de transição agroecológica bem sucedidas, em particular para a cultura do cafeeiro (Coffea arabica L.), em pequenas propriedades na região sul de Minas Gerais que inspiraram essa pesquisa. Empregou-se o delineamento látice balanceado 4x4 com cinco repetições em esquema fatorial 3x2x2 mais quatro tratamentos adicionais. Foram utilizadas três fontes de matéria orgânica (farelo de mamona, esterco bovino e cama de aviário), com e sem palha de café fermentada, com e sem a adubação verde com feijão-guandu (Cajanus cajan L.) nas entrelinhas do cafeeiro e pulverizações com o biofertilizante supermagro. O manejo convencional constou da aplicação de sulfato de amônio e o cloreto de potássio e de adubação foliar convencional. O manejo orgânico adotado é eficiente no fornecimento de N, P, K, S, Ca, Mg, Mn, B, Zn, Cu e Fe ao cafeeiro em produção. O farelo de mamona promove um menor acúmulo de açúcares solúveis totais na folha, o que possivelmente concorre para um aumento da resistência da planta ao ataque do bicho mineiro (Leucoptera coffeella). Os tratamentos de manejo orgânico apresentam produtividade similar à testemunha convencional, devido à existência de reservas de nutrientes no solo. Não há diferença na biomassa microbiana, em função dos manejos orgânico e convencional, entretanto nos tratamentos de manejo orgânico é maior a diversidade biológica das populações de fungos micorrízicos arbusculares.
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    Produtividade e qualidade do café de lavouras em conversão para o sistema de produção orgânico
    (Universidade Federal de Lavras, 2007-03-23) Malta, Marcelo Ribeiro; Pereira, Rosemary Gualberto Fonseca Alvarenga
    Com o objetivo de se verificar a produtividade e a qualidade do café de lavouras em conversão para o sistema de produção orgânico, bem como compará-las com lavouras submetidas ao manejo convencional, foi montado este experimento, no município de Lavras, MG. O experimento foi instalado em lavoura cafeeira anteriormente cultivada no sistema convencional, cultivar Catuaí Amarelo IAC 86, espaçamento de 4,0 x 0,6 m, com 6 anos de idade. Para os tratamentos orgânicos, empregou-se o delineamento látice balanceado 4 x 4, com 5 repetições em esquema fatorial 3 x 2 x 2, além de 4 tratamentos adicionais. O fatorial constou da utilização de 3 fontes de matéria orgânica (farelo de mamona, cama de frango e esterco bovino), com ou sem aplicação de casca de café e de adubação verde. Os quatro tratamentos adicionais consistiram de: Tratamento 1 - esterco bovino + casca de café + moinha de carvão + sulfato duplo de potássio e magnésio; Tratamento 2 - farelo de mamona + casca de café + farinha de rocha; Tratamento 3 - aplicação de casca de café e Tratamento 4 - adubação verde – feijão-guandu (Cajanus cajan L.). Para efeito de comparação, também havia, no mesmo talhão, uma lavoura submetida ao manejo convencional. Durante os dois primeiros anos de conversão, determinaram-se a produtividade, a classificação física, a composição físico-química e química e a avaliação sensorial do café. Não foram observadas diferenças significativas em relação à produtividade do primeiro ano de conversão das lavouras cafeeiras submetidas ao sistema de produção orgânico quando comparadas com a lavoura convencional. Entretanto, em relação à produtividade do segundo ano de conversão, verificaram-se diferenças significativas entre essas duas formas de produção. Em sua maioria a produtividade das lavouras orgânicas foi inferior à da lavoura convencional. Os cafés foram classificados em tipos acima do tipo 6, devido ao grande número de defeitos verificados, tanto nos tratamentos orgânicos quanto na testemunha (convencional), nos dois anos de produção; foi observada alta incidência de grãos brocados no segundo ano de avaliação, devido ao intenso ataque da broca do cafeeiro, o que contribuiu para a classificação por tipo acima de 6; tanto os tratamentos orgânicos como a testemunha proporcionaram alta percentagem de grãos chatos graúdos e médios. Não foi possível estabelecer uma relação entre os diferentes tratamentos orgânicos testados com a composição química e a caracterização físico-química dos grãos de café. De maneira geral, os grãos de café submetidos ao manejo orgânico apresentaram características físico-químicas e químicas semelhantes às dos grãos de café de lavouras do sistema convencional. Em relação à análise sensorial no primeiro ano de conversão, de modo geral, não foram observadas diferenças entre os tratamentos orgânicos e nem entre os tratamentos orgânicos, quando comparados com a testemunha; no segundo ano, observou-se superioridade, em termos qualitativos, de alguns tratamentos orgânicos em relação à lavoura no sistema convencional. Verificou-se efeito positivo da utilização do esterco bovino e da adubação verde sobre a qualidade do café.
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    Progresso da ferrugem e da cercosporiose em cafeeiro na transição dos sistemas convencional para orgânico
    (Universidade Federal de Lavras, 2006-07-28) Botelho, lex Oliveira; Souza, Paulo Estevão de
    O trabalho teve por objetivo estudar o progresso e o manejo da ferrugem e da cercosporiose do cafeeiro, na transição do cultivo convencional para o orgânico. O experimento foi conduzido em lavoura cafeeira da cultivar Catuaí Amarelo, em uma área de 2,2 ha da fazenda Baunilha, em Lavras, MG. O delineamento foi o látice balanceado 4x4, com cinco repetições e 16 parcelas, sendo cada parcela composta de 24 plantas, sendo 4 plantas úteis por linha. Dos dezesseis tratamentos, doze caracterizaram um fatorial 3x2x2, que correspondeu a três fontes de matéria orgânica (esterco bovino, cama de aviário e farelo de mamona) com e sem a aplicação de palha de café e com ou sem o plantio do adubo verde (Cajanus cajan L.) nas entrelinhas. Os quatro tratamentos adicionais avaliaram: o uso do esterco bovino + moinha de carvão + sulfato duplo de potássio e magnésio; a farinha de rocha Itafértil + farelo de mamona + palha de café; o uso da palha de café fermentada (20,0 L / planta), e apenas o feijão-guandu. As avaliações da intensidade da ferrugem e da cercosporiose foram realizadas a cada 30 dias e a cercosporiose em frutos foi realizada em grãos maduros, antes da colheita. O monitoramento do índice de área foliar (IAF) também foi realizado em intervalos mensais. Os resultados indicaram maior intensidade da ferrugem no manejo orgânico, enquanto a cercosporiose foi maior no cultivo convencional. O pico de intensidade da ferrugem ocorreu em junho, nos tratamentos orgânicos, enquanto que, na testemunha, foi registrado em agosto. Já o maior índice da cercosporiose ocorreu em abril nos blocos orgânicos e em maio no convencional. A área abaixo da curva de progresso (AACP) da intensidade da ferrugem não registrou resultados significativos. Com relação à AACP da incidência e severidade da cercosporiose, a aplicação do farelo de mamona propiciou a maior intensidade da doença. Com a aplicação da palha de café, houve redução da AACP da incidência e severidade da cercosporiose, porém, o plantio do guandu favoreceu o aumento da doença em folhas. Em frutos, a cercosporiose surgiu com maior intensidade nos tratamentos adubados com esterco bovino que, por sua vez não diferiu do farelo de mamona. A AACP da incidência da cercosporiose em frutos também foi maior com a utilização da adubação verde.