Teses e Dissertações

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    Fatores bióticos e abióticos que afetam a produtividade do café arábica nas regiões de cafeicultura de montanha
    (Universidade Federal de Viçosa, 2020-07-31) Perdoná, Perseu Fernando; Zambolim, Laércio
    Inúmeras doenças bióticas incidem em cafezais, cultivados nas regiões montanhosas da Zona da Mata, do estado de Minas Gerais. Entretanto, são escassas as informações sobre a epidemiologia (curva de progresso das doenças, em relação ao teor de nutrientes e altitude) e, o efeito dos nutrientes sobre tais doenças, notadamente a Ferrugem, cercosporiose, mancha de Phoma, Ascochyta e Mancha Aureolada. Devido a esses fatos, o objetivo desse trabalho foi determinar a curva epidemiológica e, o estado nutricional das plantas, sobre as principais doenças do cafeeiro, da Zona da Mata, do Estado de Minas Gerais. Dezesseis áreas experimentais, foram demarcadas em 16 municípios, em lavouras adultas, com alta produtividade, de pequenos produtores, no período de agosto de 2013 a julho de 2019, variando de 650 m a 1.250 m de altitude. Os estudos foram efetuados, utilizando cultivar Catuaí Vermelho IAC 144, em lavouras com 4.500 a 5.000 plantas por hectare. Delimitou- se uma área de 400 plantas, sendo quatro repetições de 100 plantas, onde não foi aplicado nenhum tratamento, para o controle da ferrugem e nem de outras doenças. Na outra área de 400 plantas, foi aplicado fungicidas para o controle da ferrugem, de acordo com as estratégias de cada produtor. Em cada local as parcelas foram casualizadas. Os dados de incidência das doenças foram avaliados nas quatro repetições das testemunhas e dos tratamentos. Além disso, a cada seis meses, foram feitas análises foliares, das quatro repetições, das plantas das parcelas testemunhas e atomizadas. A adubação química do solo, foi feita pelos produtores de cada lavoura, visando conhecer a realidade da condução da cultura, de cada cafeicultor. No final de julho foram feitas as colheitas das plantas das parcelas, calculando-se o rendimento de cada área experimental. Constatou-se que a grande maioria dos produtores de café (cerca de 62,5%), da Zona da Mata de Minas Gerais, não empregam quantidade de nutrientes requerida pelas plantas de café, para uma boa produtividade. Em todas as lavouras dos municípios estudados, nas áreas consideradas testemunhas (sem aplicação de fungicidas) a incidência da ferrugem atingiu cerca de 78 a 89 %. Os picos da cercosporiose ocorreu nos meses de estiagem, em julho, agosto e setembro. Em seis municípios, a doença manteve-se abaixo de 3,6% de incidência, os outros municípios, que não empregaram estratégias recomendadas (Zambolim, 2009), apresentaram incidências variando de 4,2 a 6,3%, índices de incidência quase 100% maior, do que aquelas áreas que receberam estratégias corretas. Quanto mancha de Phoma, os maiores picos da doença, ocorreram nos municípios Araponga (7,1%) e (8,2%), Manhumirin (6,9%) e (7,4%) e Simonésia (6,9%) e (8,9%) nas áreas atomizadas e testemunhas, respectivamente, no mês de agosto. Nos outros 13 municípios, o pico da doença ocorreu em julho e variou de 2,0 % a 7,2% e de 3,8% a 8.9% de incidência, nas áreas atomizadas e testemunhas, respectivamente. Os 12 municípios com altitude menor que 800m, apresentaram incidência da mancha de Phoma de 2,29% e 3,35%, nas áreas atomizadas e testemunhas, respectivamente. Nos municípios com altitude maior que 1200m (Araponga, Manhumirin e Simonésia), a incidência da doença foi de 3,41% e 4,37%, nas áreas atomizadas e testemunhas, respectivamente. Os índices máximos da mancha de Phoma, obtidos nos 16 municípios avaliados, esteve em torno de 7,0%. Em se tratando da mancha de Ascochyta, a doença foi constatada em todos os municípios avaliados, principalmente em altitudes abaixo de 800m e, nos meses mais chuvosos (novembro, dezembro, janeiro e fevereiro); entretanto, a incidência e severidade foi muito baixa, estando na faixa de 0,6 a 1,5%. Quanto a mancha Aureolada a doença somente foi constatada, em três municípios (São João do Manhuaçu, Reduto e Viçosa). Quanto a produção, encontrou-se diferença significativa pelo teste de Scott-Knot (p<0,05), nos seis municípios (Coimbra, Araponga, Porto Firme Canaã, Piranga e São João do Manhuaçu), em relação aos demais. Nesses municípios os cafeeiros produziram em média, 43,26% a mais, do que a dos outros 10 restantes. A média de produção, das seis melhores lavouras foi de 39,11 Sc.ben./ha, enquanto as outras 10 lavouras, produziram em média 22,19 Sc.ben./ha. Tais municípios que apresentaram maiores produtividades foram aqueles que apresentaram teores foliares acima dos limites requeridos para o cafeeiro. A análise de correlação entre teores de nutrientes nas folhas, porcentagem de controle da ferrugem e produtividade foi positiva e significativa (maior que 0,9
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    Ocorrência de Pratylenchus spp. em cafezais do estado de São Paulo e efeito de Pratylenchus coffeae no crescimento e fotossíntese de Coffea arabica
    (Faculdade de Ciências Agronômicas - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2002-07) Kubo, Roberto Kazuhiro; Inomoto, Mário Massayuki
    Amostras de solo e raízes foram coletadas em plantações de café no estado de São Paulo, com o objetivo de determinar a importância e a ocorrência dos nematóides das lesões na cultura do café. A espécie de Pratylenchus mais freqüente foi P. brachyurus (solo: 13,2 %; raízes: 18,3 %), mas geralmente em baixas densidades. O nematóide das lesões do café, P. coffeae, ocorreu em 5,1 % das amostras de raízes, mas em altas densidades e causando mais danos do que a primeira espécie. Outra espécie, P. vulnus, foi encontrada somente em uma localidade. Este é o primeiro relato de P. vulnus em café. Outros fitonematóides identificados nas amostras foram: Xiphinema brevicolle, Xiphinema sp., Paratrichodorus minor, Paratrichodorus sp., Tylenchorhynchus sp., Helicotylenchus dihystera, H. californicus, H. erythrinae, Helicotylenchus sp., Scutellonema sp., Rotylenchulus reniformis, Meloidogyne exigua, M. incognita, M. coffeicola, Meloidogyne sp, Criconemella onoensis, C. ornata, C. sphaerocephala, Criconemella sp., Hemicriconemoides strictathecatus, Paratylenchus sp. A patogenicidade de P. coffeae sobre plântulas de cafeeiro (Coffea arabica) cvs. Mundo Novo e Catuaí Vermelho foi avaliada em três experimentos de casa de vegetação. No primeiro experimento, avaliou-se o efeito de densidades populacionais (Pi = 0, 333, 1.000, 3.000 e 9.000 nematóides por planta) de um isolado de P. coffeae proveniente de Marília (hospedeiro: cafeeiro) sobre plântulas da cv. Mundo Novo. Os valores foram ajustados pelo modelo não linear de Seinhorst [Y = m + (1 - m).Z Pi-T ]. Ao final do experimento (270 dias após a inoculação), todas as plantas que receberam Pi = 9.000 e a maioria das que receberam Pi = 3.000 haviam morrido. Verificou-se acentuado efeito de P. coffeae sobre a fotossíntese a partir da Pi = 1.000 e sobre o crescimento do cafeeiro a partir da Pi = 333. O segundo experimento foi similar ao primeiro, mas com a cv. Catuaí Vermelho. No terceiro experimento, comparou-se a patogenicidade de dois isolados de P. coffeae [de Marília e Rio de Janeiro (hospedeiro: Aglaonema sp.)] sobre plântulas de cafeeiro com dois pares de folhas verdadeiras, utilizando-se Pi = 8.250 nematóides por planta. Ambos os isolados reduziram a fotossíntese, mas o isolado de Marília causou intenso escurecimento das raízes, clorose foliar e menor tamanho das raízes e parte aérea. Verificou-se que o crescimento populacional de ambos os isolados foi baixo, comprovando que o cafeeiro não é um bom hospedeiro desses isolados. A diferença na patogenicidade entre os isolados testados no terceiro experimento confirma trabalhos anteriores que verificaram que eles apresentam diferenças morfológicas e quanto à preferência por hospedeiros.
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    Mancha de phoma do cafeeiro: relação com irrigação, fertilidade do solo e nutrição de plantas
    (Universidade Federal de Lavras, 2017-03-24) Dornelas, Gabriel Avelar; Souza, Paulo Estevão de
    A mancha de phoma (Phoma tarda) (MPC) é uma das principais doenças da cultura, por causar grandes prejuízos à cafeicultura, devido à queda de folhas, seca de ramos e mumificação de frutos, ocasionando perdas na produtividade em até 43%. O fornecimento de água e o equilíbrio nutricional podem afetar a ocorrência da doença. Pouco se conhece sobre a influência da nutrição mineral e da fertilidade do solo, ao longo do espaço no campo, principalmente, com relação ao K, P, B, Ca e Mn na intensidade da doença. Dessa forma, foram realizados 3 experimentos em campo, com intuito de verificar a epidemiologia e a forma de controle, para a MPC, em diferentes condições de nutrição mineral e a irrigação. No 1o experimento, objetivou-se avaliar a interação lâminas de água com diferentes doses de P 2 O 5 (5 lâminas de irrigação x 4 doses de P 2 O 5 ) na intensidade da MPC. Realizaram-se avaliações de MPC nas folhas em intervalos de 30 dias. A curva de progresso da média da incidência da MPC variou entre os 2 anos de avaliação. No 1o ano, o pico da doença ocorreu, em ago/2012 (4,68%), já no 2o ano, em set/2013 (9,79%). Houve interação entre doses de P 2 O 5 e lâminas de irrigação, na incidência média da MPC, sendo observado o aumento da doença com o aumento das lâminas de irrigação até a lâmina de 1,0 do Kc e nas doses 80 a 240 kg ha -1 de P 2 O 5 . O modelo não linear exponencial foi ajustado nos 2 anos avaliados. No 2o experimento, objetivou-se avaliar a interação entre doses de K e de B (4 doses de K x 4 doses de B) na intensidade da MPC. Realizaram-se 24 avaliações da MPC, nas folhas do cafeeiro, em intervalos de 30 dias. A curva de progresso média da incidência da MPC variou entre os anos de avaliação. Os picos das incidências médias ocorreram em 16/06 e 12/09 de 2013 e 20/01 e 24/04 de 2014, respectivamente. No ano de 2014, a incidência foi menor, em comparação com o ano de 2013, mesmo com alta carga pendente, possivelmente, em razão das maiores temperaturas registradas e ocorrência fora do período normal da doença. Houve interação significativa entre as doses de K e de B com a AACPI e AACPE, na qual as doses entre 0 e 200 kg ha -1 de K com doses entre 0 e 2 kg ha -1 de B apresentaram os maiores níveis de doença e, nas doses 0 a 100 kg ha -1 de K e 2 a 4 kg ha -1 de B, foi observado o menor enfolhamento. No 3o ensaio, objetivou-se avaliar o padrão espacial da relação entre a MPC e a nutrição da planta em lavoura cafeeira irrigada por pivô central. Houve dependência espacial da MPC e dos teores de P, K, Ca, B e Mn. A maior incidência da MPC ocorreu nas áreas com os menores teores de P e K e os maiores teores de B.
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    Problemas fitossanitários e crescimento de duas cultivares de café durante o primeiro ano em experimento FACE (“Free Air Carbon Dioxide Enrichment”)
    (Faculdade de Ciências Agronômicas - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2013-02-27) Iost, Regiane; Ghini, Raquel
    O clima do planeta vem se alterando gradativamente nas últimas décadas em consequência da intensificação das atividades antrópicas, como a queima de combustíveis fósseis e mudanças no uso da terra, que são responsáveis por alterações em diversos componentes do ambiente, como o dióxido de carbono (CO2), o ozônio (O 3 ) e a radiação ultravioleta-B (UV-B). Considerando que o CO 2 é o gás de efeito estufa que tem maior destaque devido ao maior volume de emissões, os efeitos do aumento da concentração de CO2 do ar (duas condições: ambiente e elevada em relação à concentração de CO2 do ar) foram avaliados sobre os problemas fitossanitários e o crescimento de plantas jovens de café em duas cultivares (Catuaí Vermelho IAC 144 e Obatã IAC 1669-20) durante o primeiro ano de injeção do gás em FACE (“Free Air Carbon Dioxide Enrichment”). O experimento foi realizado no campo experimental da Embrapa Meio Ambiente, em Jaguariúna, (latitude 22°71’90’’S, longitude 47°02’10’’W, altitude de 570 m), sendo composto por 12 parcelas octogonais com laterais de quatro metros e 10 metros de diâmetro. A injeção de CO 2 é feita no período diurno, das 7 às 17h, em seis parcelas por meio de bicos injetores localizados nos lados das parcelas a 0,5m de altura do solo. A injeção só é feita com ventos entre 0,5 e 4,5 m/s controlada por meio de válvulas. O monitoramento e o controle do sistema são realizados por uma rede de comunicação sem fio. O aumento da concentração de CO 2 do ar não teve efeito sobre o crescimento das plantas jovens de café para as duas cultivares para as variáveis: número total de folhas, número total de ramos e diâmetro do colo. Apenas o número total de nós e a altura das plantas apresentaram diferenças significativas quanto ao tratamento com CO 2; as duas cultivares em condições de concentração elevada de CO 2 e a cultivar Obatã em condição ambiente de CO 2 apresentaram maior número total de nós e maior altura que a cultivar Catuaí em condições de concentração ambiente de CO 2 . O aumento da concentração de CO 2 do ar não teve efeito na incidência de ferrugem para a cultivar Catuaí. Em condições de concentração elevada de CO2, a cultivar Obatã apresentou maior incidência de cercosporiose que a mesma cultivar em condição de concentração ambiente de CO2. Não houve diferença significativa na incidência de bicho- mineiro para as duas cultivares. Os problemas fitossanitários constatados no FACE foram testados em condições de laboratório em discos foliares e folhas destacadas obtidos de plantas desenvolvidas nas parcelas dos tratamentos em campo. A severidade de ferrugem foi maior em discos foliares obtidos de plantas da cultivar Catuaí desenvolvidas em condição de concentração ambiente de CO 2 do que em discos foliares obtidos de plantas da mesma cultivar desenvolvidas em condição de concentração elevada de CO2. O período de incubação dos ovos de bicho-mineiro foi maior em discos foliares obtidos de plantas desenvolvidas em condição de concentração elevada de CO2 do que em discos foliares obtidos de plantas desenvolvidas em condição de concentração ambiente de CO2 e, em discos foliares da cultivar Catuaí do que em discos foliares da cultivar Obatã. Não houve diferença significativa no número médio de esporos de ferrugem, na severidade e viabilidade dos ovos de bicho-mineiro e na severidade de cercosporiose. O presente trabalho terá continuidade e novas avaliações serão realizadas por um maior período, aliando ao efeito do CO 2 outros fatores do ambiente, como precipitação.