Trabalhos de Evento Científico
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Item Avaliação de infestação e de fungos em duas safras de cafés(Embrapa Café, 2019-10) Cardozo, Gina Maria Bueno Quirino; Iamanaka, Beatriz Thie; Pantano, Angélica Prela; Pereira, Rosana Andrade de PaulaEste trabalho teve como objetivo avaliar duas safras de cafés de quatro regiões produtoras de café do estado de São Paulo quanto à infestação pela broca - Hypothenemus hampei e avaliação micológica, que compreende avaliar a infecção fúngica total e fungos potencialmente toxigênicos, e a avaliação do potencial de produção de toxinas, além da quantificação de ocratoxina A presente nos grãos. Apenas em uma amostra foi observada alta infestação nos grãos na safra 2016/2017 que, após cuidados com o manejo, incluindo a implementação de armadilha de insetos na lavoura, obteve ótimos resultados na safra 2017/2018. Em relação aos fungos, em ambas as safras foram detectados Fusarium sp, Cladosporium sp e Fungos dematiáceos. O grupo dos Aspergillus section Nigri foi isolado em uma amostra de café cereja da primeira safra, contudo os isolados não foram produtores de ocratoxina A. Na segunda safra, cepas de Aspergillus section Circumdati foram isoladas das amostras de café beneficiado e a contaminação por ocratoxina A obtida, estava dentro do limite de tolerância estabelecido pela RDC 07/2011. Após procedimento de torração e moagem e considerando as duas safras de cafés avaliadas, os valores de ocratoxina A variaram de “não detectado” a 2,76 μg/Kg.Item Ocratoxina em defeitos de cafés, cinética de destruição da toxina e avaliação das bebidas pelo uso da língua eletrônica.(2007) Taniwaki, Marta Hiromi; Teixeira, Aldir Alves; Teixeira, Ana Regina Rocha; Ferraz, Mariano B M; Vitali, Alfredo de Almeida; Iamanaka, Beatriz Thie; Copetti, Marina V; Embrapa - CaféO presente trabalho teve os seguintes objetivos: (i) analisar a presença dos fungos ocratoxigênicos nos principais defeitos de cafés (preto, verde, preto-verde e ardido - PVA); (ii) verificar a presença da ocratoxina A (OTA) nos defeitos de cafés; (iii) verificar a destruição da OTA produzida por Aspergillus westerdijkiae inoculado em café normal (sem defeitos) utilizando o torrador de leito de jorro vertical; (iv) avaliar amostras de café contendo diferentes teores de PVA com o equipamento língua eletrônica. Os grãos defeituosos ardidos e pretos apresentaram o maior teor de OTA, com 11,35 µg/kg e 25,66 µg/kg, respectivamente. O defeito verde que se refere aos grãos imaturos, foi o defeito mais comum nas amostras de resíduo e a presença de fungos toxigênicos e OTA neles foi baixa. O café arábica normal foi contaminado com Aspergillus westerdijkiae toxigênico e após o seu desenvolvimento, houve uma produção de OTA de 247 µg/kg. Este café foi submetido à torração pelo torrador de leito de jorro à 4 diferentes temperaturas (180, 200, 220 e 240ºC) e 3 tempos (5, 8 e 12 min). À 180ºC por 5, 8 e 12 min, houve uma redução da OTA de 8% (226 µg/kg), 42% (142 µg/kg) e 53% (114 µg/kg) respectivamente; à 200ºC, a redução foi de 30% (173 µg/kg), 56% (108 µg/kg) e 66% (80 µg/kg) respectivamente; à 220ºC, a redução foi de 46% (131 µg/kg), 76% (58 µg/kg) e 87% (31 µg/kg) e à 240ºC, a redução foi de 76% (57 µg/kg), 94% (14 µg/kg) e 98% (2 µg/kg) respectivamente. Estes resultados demonstram que o torrador de leito de jorro é um equipamento eficiente na destruição da OTA no café. Amostras de café contendo diferentes teores de PVA (5%, 10%, 20%, 30%, 40%, 100%) foram avaliadas pelo equipamento Língua Eletrônica, composta de 5 sensores poliméricos. O equipamento LE foi capaz de classificar amostras de café de acordo com diferentes teores de PVA. No geral, a resposta dos sensores aumentou com o aumento do teor de PVA nas amostras de café.Item Micobiota e incidência de ocratoxina a nos cafés com defeitos(2005) Taniwaki, Marta Hiromi; Teixeira, Aldir Alves; Teixeira, Ana Regina Rocha; Iamanaka, Beatriz Thie; Freitas, Maria Lígia N.; Embrapa - CaféOs objetivos desse trabalho foram avaliar a micobiota e a presença da ocratoxina A nas duas principais espécies comercializadas atualmente, Coffea arabica e Coffea canephora,(robusta) com e sem a presença de grãos defeituosos. O café robusta apresentou-se mais contaminado por black aspergilli do que o arábica. As porcentagens de infecção foram de 65,3% e 4,7%, respectivamente. A presença de defeitos aumentou a infecção por black aspergilli somente no café arábica (17,3%), no robusta a porcentagem de infecção manteve-se constante (57,3%). Os níveis de ocratoxina A em café arábica, arábica com defeitos, café robusta e robusta com defeitos foram: < 0,2, 0,62, 1,56 e 9,01mg/kg, respectivamente. Os grãos defeituosos ardidos apresentaram uma maior concentração de ocratoxina A do que os outros defeitos (11,35 [micra]g/kg).Item Transporte marítimo do café crú beneficiado: monitoramento da umidade (% BU), umidade relativa e temperatura do café transportado em conteineres, visando a prevenção da contaminação por fungos e perda da qualidade(2003) Cabrera, Héctor Abel Palacios; Taniwaki, Marta Hiromi; Iamanaka, Beatriz Thie; Menezes, Hilary Castle de; Teixeira, Aldir Alves; Canepa, Frederico; Leme, Plínio Tadeu Zenker; Carvalhaes, Nelson; Santi, Domenico; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféO transporte marítimo do café ocorre normalmente entre os meses de setembro a janeiro e põe em contraste, o verão do hemisfério sul com o inverno do hemisfério norte. Como conseqüência, ocorrem drásticas oscilações de temperatura durante o trajeto, provocando a condensação dentro dos contêineres. No presente trabalho foram monitorados 3 contêineres reais de café, numa rota normal de Santos (Brasil) até Livorno (Itália). Os contêineres foram colocados em diferentes posições dentro de um navio cargueiro. Foram monitoradas quatro regiões do centro do contêiner: espaço livre, região superior, região central e região inferior. Nas três últimas regiões, foram colocados sensores de umidade relativa e temperatura no centro das sacas de café. Determinações de umidade do grão em cada região foram feitas no inicio e no final do trajeto. Paralelamente foram colocados três contêineres protótipos ao lado de cada contêiner real. O objetivo de monitorar os contêineres protótipos foi a de comparar uma região vertical do contêiner real equivalente às dimensões do protótipo, visando obter resultados similares ou que demonstrem uma mesma tendência com relação à umidade relativa e temperatura no interior do contêiner. Foi observado um aumento de umidade do grão entre 2-3% durante a viagem, observou-se uma condensação, principalmente no contêiner transportado no porão do navio. A influência da umidade relativa externa foi aparentemente diluída pela densidade da carga (aproximadamente 20 toneladas por contêiner) e também pela boa vedação dos contêineres. Sendo assim, a umidade relativa do espaço livre, a oscilação da temperatura e a condensação foram os fatores responsáveis pelo aumento de umidade em algumas regiões da carga. As oscilações de temperatura e umidade relativa dentro do espaço livre da carga variaram entre 7 e 37° C e entre 46 e 88% UR respectivamente.Item Fungos produtores de ocratoxina e ocratoxina A em cafés brasileiros(2000) Taniwaki, Marta Hiromi; Iamanaka, Beatriz Thie; Vicentini, Maria Carolina; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféAmostras de café (Coffee arabica) foram coletadas em três regiões do Estado de São Paulo. Os estágios de coleta foram: cerejas, passas e secos no solo e na planta, no terreiro e na tulha. Os grãos de cafés foram desinfectados superficialmente com 0,4% de solução de hipoclorito e transferidos para agar Dicloran 18% Glicerol (DG18), à 25ºC por 5 a 7 dias. Os grãos de café de diferentes regiões apresentaram-se infectados por Penicillium spp., Fusarium spp., Aspergillus niger and Aspergillus ochraceus. A frequência de Aspergillus ochraceus foi menor em grãos da árvore e do solo, contudo no terreiro e na tulha houve um aumento desta espécie. Aspergillus carbonarius foi encontrado somente na região oeste do Estado de São Paulo. A maioria das cepas de A. ochraceus e A. carbonarius foi capaz de produzir ocratoxina A (OA). A análises para OA em todas as amostras de café apresentaram-se em níveis de não detectado (limite de detecção 0,2 µg/Kg ) à 19.75 µg/Kg.