UFV - Dissertações

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    Desempenho da pauta de exportações agroindustriais de Minas Gerais no período de 1990 a 2003
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005-04-28) Silva, Tania Araújo; Lírio, Viviani Silva; Toyoshima, Sílvia Harumi; Carvalho, Fátima Marília Andrade de
    O objetivo central deste trabalho é analisar o desempenho da pauta de exportações mineiras de produtos agropecuários. Para tanto, foi escolhida uma metodologia que permitisse, simultaneamente, avaliar o referido desempenho e separar seus efeitos determinantes (efeitos comércio mundial, composição da pauta, destino das exportações e competitividade). Assim sendo, foi realizada a construção de dois indicadores ex post: o primeiro deles é obtido a partir do método Constant Market Share – CMS, que permite decompor o crescimento (decrescimento) das exportações em diferentes efeitos; o segundo indicador escolhido foi o de Vantagem Comparativa Revelada – VCR. Ambos os indicadores são tradicionalmente utilizados em pesquisas que buscam averiguar o desempenho exportador de um país e, ou, região, seja para o agregado de suas exportações, seja através de segmentação de sua pauta. Os produtos selecionados para esse estudo foram: café, soja em grão, celulose, açúcar em bruto, carne de frango e carne suína. A escolha deveu-se ao fato de esses constituírem os principais produtos agroindustriais da pauta exportadora de Minas Gerais. Os mercados de destino selecionados foram os Estados Unidos, União Européia, Mercosul, Japão, China, Oriente Médio, Ásia, Europa Oriental e África. Como resultado, percebeu-se que, de modo geral, as exportações mineiras cresceram para todos os produtos analisados no período considerado – 1990 a 2003. Todavia, em uma análise desagregada, observaram-se especificidades importantes. No caso das exportações mineiras de café, houve queda no período mais recente, explicada pelo desaquecimento do comércio mundial do produto. As vendas externas de soja, por sua vez, apresentaram sinal negativo para o efeito competitividade em todos os períodos, embora esse efeito não tenha sido determinante do desempenho das suas exportações. O efeito competitividade garantiu taxa positiva de crescimento das exportações mineiras de celulose no segundo período analisado, quando o mercado mundial para a mercadoria encontrava-se em retração. Por seu turno, os resultados obtidos para as vendas externas de açúcar por Minas Gerais indicaram um dinamismo interessante em períodos de desaquecimento mundial, justificado pelo efeito destino das exportações. Em relação às carnes de frango e suína, cabe destacar o crescimento expressivo das exportações mineiras no período recente, explicado pelo efeito competitividade. Na análise agregada pôde-se observar a importância da influência do efeito comércio mundial nas exportações mineiras para o período analisado. Em relação aos índices de Vantagem Comparativa Revelada, estes mostram um quadro evolutivo crescente para todos os produtos considerados, destacando-se o café, a soja e a celulose, que apresentaram valores maiores que um para todos os períodos, e a carne suína, a única a não apresentar VCR no último período analisado.
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    Estrutura e dinâmica de crescimento da cafeicultura em Minas Gerais, 1990 a 2006
    (Universidade Federal de Viçosa, 2007-02-01) Oliveira, Alessandro de Assis Santos; Gomes, Marília Fernandes Maciel; Silva Júnior, Aziz Galvão da
    Este trabalho teve como objetivo identificar e analisar a dinâmica de crescimento da cafeicultura em Minas Gerais e em duas regiões do Estado tipicamente produtoras, a saber: o Sudoeste e o Cerrado. Nesse sentido, foram observadas as principais mudanças da produção de café entre 1990 e 2006, por meio da identificação das suas principais fontes de crescimento. O referencial teórico utilizado foi desenvolvido com base nas teorias referentes à modernização da agricultura e no modelo de inovação induzida. O modelo analítico utilizado, denominado Shift-Share, ou diferencial-estrutural, permite decompor as fontes de crescimento nos efeitos área, rendimento, localização geográfica e composição, a fim de encontrar os fatores que seriam os responsáveis pelo crescimento (ou queda) da produção. De acordo com os resultados, o cultivo de novas áreas e a substituição de outras culturas pelo café, em áreas já utilizadas pela agricultura, foram os principais fatores que influenciaram o crescimento da cafeicultura em Minas Gerais entre 1990 e 2006. No Cerrado de Minas, os resultados indicam crescimento da produção em função do acréscimo da área colhida e do aumento da produtividade, compensando os efeitos negativos decorrentes do efeito localização. Já no Sudoeste, o aumento da produção de café tem como responsáveis os efeitos área e composição, ou seja, houve expansão da área cultivada e mudança na composição das culturas da região favoráveis à cafeicultura. Constatou-se também que existem diferenças no desempenho da cafeicultura entre as regiões estudadas em alguns subperíodos e que o Cerrado de Minas apresentou bom desempenho da produção mesmo quando o preço do café estava em baixa. A explicação para esses fatos pode estar ligada à presença do CACCER, importante elemento indutor do desenvolvimento da cafeicultura na região, e à ausência de um programa específico para o desenvolvimento da cafeicultura no Sudoeste de Minas. Desse modo, pode-se salientar que a criação de programas e políticas de desenvolvimento da agricultura, direcionados para as regiões produtoras, aparecem como importante alternativa de sustentação para elas; entretanto, tais políticas e programas devem considerar as características de cada região, de forma a estimular atividades e práticas agrícolas segundo suas necessidades e particularidades. Finalmente, o conhecimento da dinâmica regional, a partir dessa metodologia e desses resultados, é ampliado e serve como valioso subsídio para o aperfeiçoamento das políticas voltadas para o desenvolvimento das regiões produtoras de café em Minas Gerais.
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    Identificação e análise de sistemas de produção na cultura do café, Três Pontas - MG
    (Universidade Federal de Viçosa, 1977) Alves, Hélio Andrade; Cunha, Aercio dos Santos
    A utilização pelos agricultores de diferentes sistemas de produção, para cada cultura, é explicada não somente Por fatores ambientais como também por fatores econômicos e sociopsicológicos. Em programas de difusão de tecnologia, todos esses fatores são da maior relevância e, por isso, os sistemas de produção recomendados aos agricultores devem, na medida do possível, ser ajustados a eles. A preocupação da adequação da tecnologia às necessidades do agricultor e da adoção da mesma tornou relevante a identificação de sistemas de produção como fórmula para melhorar a produção e a produtividade dos produtos agrícolas, tornando possível, ao mesmo tempo, a avaliação dos aspectos econômicos. O problema pode ser definido como a necessidade de identificar os sistemas de produção dos agricultores, levando-se em consideração os recursos naturais, os fatores de Produção comprados da indústria e os aspectos ligados aos agricultores e suas famílias. Escolheu-se para esta Pesquisa a identificação dos Sistemas de produção na cultura do café, no município de Três Pontas, Estado de Minas Gerais. Utilizou-se, no estudo, o método de juízes para a estratificação dos Cafeicultores da amostra, segundo a tecnologia por eles adotada. Paralelamente, foram usados métodos estatísticos (análise de correlação simples, analise fatorial) para se obterem indicadores representativos dos agricultores da amostra. Utilizando-se estes indicadores como elementos de uma função discriminante, foram obtidas três tipologias de Cafeicultores, que foram comparadas com as tipologias obtidas mediante Os critérios dos juízes. À capacidade de discriminação dos indicadores usados na função discriminante foi a seguinte: Uso do credito rural. Contribuiu significativamente para a identificação das tipologias dos cafeicultores. Tamanho da propriedade. Não contribuiu significativamente para a identificação das tipologias de cafeicultores segundo o uso de tecnologias. Produtividade. Foi o Índice mais importante para a identificação das tipologias dos Cafeicultores. Fatores sociopsicológicos. Contribuíram relevantemente para a identificação das tipologias dos Cafeicultores, Idade do café. Não contribuiu significantemente para a identificação das tipologias de Cafeicultores.
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    Relações de preços e hedging no mercado de café
    (Universidade Federal de Viçosa, 2001-03-19) Pinto, Wildson Justiniano; Silva, Orlando Monteiro da
    Neste trabalho, procurou-se analisar os mercados futuros de café tendo como foco as bolsas de futuros do Brasil (BM&F), de Londres (LIFFE) e de Nova Iorque (NYBOT), como o objetivo principal de servir como referência para que os agentes possam melhor orientar suas estratégias operacionais quando forem utilizar o mercado futuro de café. Para isso foram feitas análises de co- integração, objetivando detectar semelhanças entre os preços praticados pelas bolsas e os praticados no mercado à vista com cálculos da razão ótima do hedge e da efetividade do hedge, com o intuito de mostrar a quantidade que deveria ser "hedgeada" no mercado futuro para minimizar o risco e quanto da proporção da variância da receita poderia ser eliminada por meio de adoção da razão ótima do hedge. Foram utilizadas séries de preços de quatro regiões de referência: Garça e Santos (São Paulo), Patrocínio (Minas Gerais) e Vitória (Espírito Santo). Excetuando-se a região de Vitória, de onde foram utilizadas cotações de preços do café tipo Conillon, em todas as outras os preços cotados foram para o café Arábica. Valores médios para os diferenciais de preço em diferentes períodos e cálculos dos desvios-padrão serviram de base de apresentação para o comportamento dos preços tanto do mercado à vista quanto de futuros. As análises de co-integração indicaram que os preços à vista das regiões de Patrocínio, Garça e Santos tinham relação de equilíbrio de longo prazo com os preços futuros da BMF&F e NYBOT. Em outras palavras, o comportamento dos preços tanto à vista quanto futuros internos e externos está intimamente relacionado. Com relação aos preços cotados em Vitória (café Conillon), isso não se verificou. Comparando as três bolsas, constatou-se que as operações realizadas no mercado futuro da BM&F são aquelas que apresentam maior razão do hedge e, portanto, maior capacidade de reduzir o risco de preço da operação. O presente estudo permitiu concluir, em linhas gerais, que a melhor efetividade do hedge foi verificada na BM&F, seguida pela NYBOT. Apenas no caso do café (Conillon), a efetividade foi maior na bolsa de Londres. O desempenho favorável encontrado na BM&F, principalmente no ano de 2000, pode ser explicado, em grande parte, pela sua abertura para os agentes estrangeiros das operações do hedging.
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    A importância da produção e do processamento do café na economia mineira
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005-12-06) Santos, Venússia Eliane; Gomes, Marília Fernandes Maciel
    Objetivou-se, neste trabalho, analisar os setores de produção e de processamento de café na estrutura econômica de Minas Gerais, determinando a importância destes e seus encadeamentos na estrutura do Estado. O referencial teórico utilizado foi o modelo insumo-produto, bem como o de desenvolvimento regional. Foram calculados os índices de Rasmussen-Hirschaman, o campo de influência, os índices puros de ligações e os multiplicadores de produção, renda e emprego. Para tanto, utilizou-se a matriz regional de insumo-produto de 1995, para Minas Gerais. Os resultados decorrentes desta análise permitem caracterizar a estrutura produtiva de Minas Gerais, os seus setores-chave e o efeito multiplicador de cada setor econômico em termos de produção, renda e emprego. De acordo com os resultados, os setores considerados como chaves pelas abordagens adotadas (índice de Rasmussen-Hirschman e índice puro de ligação) e que apresentaram grande campo de influência foram: (4) Produtos não metálicos, siderurgia e metalurgia, (5) Mecânica, material elétrico e material de transportes e (10) Outras Indústrias de Produtos Alimentares. Quando se consideram apenas o índice de Rasmussen-Hirschman e o campo de influência, inclui-se entre os setores-chave o setor (1) Café em coco, (6) Produtos de madeira, papel, borracha e plástico e (9) Indústria do café. Com relação à análise dos multiplicadores, observou-se que os setores: (4) Produtos não metálicos, siderurgia e metalurgia, (9) Indústria do Café e (10) Outras Indústrias de Produtos Alimentares foram os que apresentaram os maiores valores em termos de geração de produto; os setores (13) Comércio, (2) Agropecuária e (3) Café em coco, em termos de geração de renda; e os setores (16) Serviços, (1) Café em coco e (2) Agropecuária em termos de geração de emprego. Por meio desses resultados, pode-se inferir que a indústria de café apresenta fortes ligações para trás; já o setor de produção de café é importante em termos de encadeamentos para trás e para frente. O setor de produção do café também apresentou poder de contribuir para a geração de renda e emprego na economia mineira e a indústria de café, para a geração de produto. Em face dos resultados, conclui-se que políticas que incentivam o aumento no consumo de café podem, de maneira indireta, produzir o crescimento no próprio setor e nos outros setores da economia. Tendo em vista que a indústria de café torrado e moído tem capacidade para crescer e modernizar-se para ampliar a sua competitividade, é também um setor com potencial para receber investimentos.
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    Convergência da renda agropecuária em Minas Gerais, 1996-2006
    (Universidade Federal de Viçosa, 2009-09-11) Caldeira, Tharcisio Alexandrino; Santos, Maurinho Luiz dos
    Nos últimos anos, o Estado de Minas Gerais aumentou gradativamente sua participação no PIB agropecuário nacional. Atualmente, o estado é o principal produtor nacional de café em grãos, leite, batata inglesa e alho, além de possuir o maior rebanho eqüino e o segundo maior rebanho bovino do país. No entanto, devido a diferenças regionais, o processo de desenvolvimento do setor agropecuário ocorreu com diferentes intensidades, de acordo com cada região do estado. Nas últimas décadas, diversas políticas públicas foram formuladas visando à redução das desigualdades no campo, tais como políticas creditícias e políticas de investimento na educação. Diante disto, o presente trabalho analisou o crescimento econômico do setor agropecuário de Minas Gerais, entre 1996 e 2006, procurando verificar a existência – ou não – de convergência da renda agropecuária e quantificar o impacto das políticas creditícias e educacionais sobre o crescimento econômico do setor agropecuário mineiro. Entende-se por convergência de renda o processo no qual as regiões mais pobres passam a apresentar maiores taxas de crescimento econômico, em relação às regiões mais ricas, de forma que todas as regiões convergirão para um único estado de crescimento econômico, chamado de estado estacionário. Buscando a verificação deste processo de convergência da renda, este trabalho fundamentou-se na teoria do crescimento econômico e convergência de renda, bem como nas relações entre crédito rural, capital humano e crescimento econômico. Analiticamente, foram utilizados os modelos de β- convergência absoluta e condicional e os testes propostos por Quah (1993) e Drennan e Lobo (1999). Os resultados obtidos nos testes de β-convergência indicaram a existência de convergência absoluta da renda agropecuária entre os municípios de Minas Gerais. A análise de convergência condicional indicou que o crédito rural e o investimento em capital humano afetaram positivamente o processo de convergência de renda, reduzindo o tempo gasto para que os municípios alcancem o estado estacionário. Em outras palavras, as políticas educacionais e creditícias se mostraram favoráveis ao processo de crescimento econômico e convergência de renda no setor agropecuário. Os resultados mostraram, ainda, que as regiões onde o setor agropecuário é mais desenvolvido – Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba – possuem maior velocidade de convergência, em relação às regiões onde o setor agropecuário possui desempenho inferior, como as regiões do Jequitinhonha-Mucuri e Norte de Minas. Assim, as diferenças regionais ainda persistem, uma vez que diferentes regiões apresentam diferentes velocidades de convergência e atingirão o estado estacionário em períodos diferentes. De acordo com os resultados, as regiões desenvolvidas alcançarão o estado estacionário aproximadamente 28 anos mais cedo que as regiões mais pobres. Os testes de Quah (1993) e de Drennan e Lobo (1999) confirmam a existência de convergência absoluta de renda, reforçando a validade dos resultados anteriores.
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    Competitividade da produção do café arábica em Minas Gerais e São Paulo
    (Universidade Federal de Viçosa, 2006-12-19) Moss, Sara Rezende; Santos, Maurinho Luiz dos
    Este estudo objetivou analisar a eficiência e a competitividade da produção de café arábica nos Estados de Minas Gerais e São Paulo, no período de 1990 a 2001. A competitividade nesses Estados é avaliada com base nos sistemas de produção estudados, que apesar da grande proximidade geográfica se mostraram diferentes no que diz respeito à estrutura de custos e aos níveis de produtividade. Dentre os fatores que motivaram essa análise, destacam-se a perda de posição no mercado mundial, a importância relativa do café para a pauta de exportação brasileira e para a geração de emprego e renda nacional. Portanto, a análise desses dois sistemas pode direcionar políticas que visem tornar a produção mais eficiente, aumentando a competitividade brasileira no mercado internacional e contribuindo para a conquista de novas parcelas de mercado. A teoria utilizada neste trabalho está fundamentada nos conceitos econômicos relacionados com lucratividade, custos sociais e privados de fatores, competitividade de sistemas de produção e política comercial. Os princípios analíticos desses conceitos foram baseados na Teoria da Firma e na Teoria do Comércio Internacional. O instrumental utilizado nesta análise foi a Matriz de Análise Política (MAP), e os dados secundários foram obtidos de diversas instituições, como Agrianual, de publicações do Instituto de Economia Aplicada e de uma cooperativa de cafeicultores do sul de Minas Gerais. O período analisado foi escolhido pelo fato de ser uma década repleta de acontecimentos importantes para a atividade cafeeira, como a liberalização do mercado em 1990, a implantação do Plano Real, em 1994, e a posterior desvalorização cambial, em 1999. Pelos resultados obtidos, conclui-se que o Estado de Minas Gerais é mais eficiente e competitivo, nos dois primeiros quadriênios estudados, apesar de ser mais penalizado pelas políticas públicas adotadas para o setor cafeeiro. Com relação ao Plano Real, conclui-se que este trouxe efeitos positivos para as duas regiões, já que houve aumento das receitas e lucratividades nos dois Estados, apesar do aumento das transferências financeiras dos produtores para a sociedade. Nota-se uma mudança de cenário após a desvalorização cambial, com o Estado de São Paulo se tornando mais eficiente e competitivo, comparativamente a Minas Gerais. Essa mudança de cenário pode ter sido conseqüência da crise cafeeira em 1998, quando a oferta superou a demanda e os preços caíram, ou da implantação da Lei Complementar no. 87 (Lei Kandir), quando o ICMS sobre insumos e bens de capital e os encargos sociais sobre folha de pagamento ficaram responsáveis por onerar os custos produtivos, sendo suas valorações estipuladas diferentemente em cada localidade. Assim, pode-se dizer que Minas Gerais necessita de maior revisão nos seu sistema tributário, se comparado a São Paulo, e que São Paulo precisa de mais incentivo à produção, para aumento de produtividade e lucratividade e, consequentemente, eficiência e competitividade, se comparado a Minas Gerais. Medidas estas que devem ser tomadas pelo governo.
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    Estrutura e dinâmica de crescimento da cafeicultura em Minas Gerais, 1990 a 2006
    (Universidade Federal de Viçosa, 2007-03-01) Oiveira, Alessandro de Assis Santos; Gomes, Marília Fernandes Maciel
    Este trabalho teve como objetivo identificar e analisar a dinâmica de crescimento da cafeicultura em Minas Gerais e em duas regiões do Estado tipicamente produtoras, a saber: o Sudoeste e o Cerrado. Nesse sentido, foram observadas as principais mudanças da produção de café entre 1990 e 2006, por meio da identificação das suas principais fontes de crescimento. O referencial teórico utilizado foi desenvolvido com base nas teorias referentes à modernização da agricultura e no modelo de inovação induzida. O modelo analítico utilizado, denominado Shift-Share, ou diferencial-estrutural, permite decompor as fontes de crescimento nos efeitos área, rendimento, localização geográfica e composição, a fim de encontrar os fatores que seriam os responsáveis pelo crescimento (ou queda) da produção. De acordo com os resultados, o cultivo de novas áreas e a substituição de outras culturas pelo café, em áreas já utilizadas pela agricultura, foram os principais fatores que influenciaram o crescimento da cafeicultura em Minas Gerais entre 1990 e 2006. No Cerrado de Minas, os resultados indicam crescimento da produção em função do acréscimo da área colhida e do aumento da produtividade, compensando os efeitos negativos decorrentes do efeito localização. Já no Sudoeste, o aumento da produção de café tem como responsáveis os efeitos área e composiçã0, ou seja, houve expansão da área cultivada e mudança na composição das culturas da região favoráveis à cafeicultura. Constatou-se também que existem diferenças no desempenho da cafeicultura entre as regiões estudadas em alguns subperíodos e que o Cerrado de Minas apresentou bom desempenho da produção mesmo quando o preço do café estava em baixa. A explicação para esses fatos pode estar ligada à presença do CACCER, importante elemento indutor do desenvolvimento da cafeicultura na região, e à ausência de um programa específico para o desenvolvimento da cafeicultura no Sudoeste de Minas. Desse modo, pode-se salientar que a criação de programas e políticas de desenvolvimento da agricultura, direcionados para as regiões produtoras, aparecem como importante alternativa de sustentação para elas; entretanto, tais políticas e programas devem considerar as características de Cada região, de forma a estimular atividades e práticas agrícolas segundo suas necessidades e particularidades. Finalmente o conhecimento da dinâmica regional, a partir dessa metodologia e desses resultados, é ampliado e serve como Valioso subsídio para o aperfeiçoamento das políticas Voltadas para o desenvolvimento das regiões produtoras de café em Minas Gerais.
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    Avaliação de uma associação de produtores para a certificação de café
    (Universidade Federal de Viçosa, 2007-02-09) Ferraz, Letícia Osório; Sakiyama, Ney Sussumu
    A possibilidade de diferenciação e segmentação de produtos é um fator que nos últimos anos está influenciando a competitividade dos produtos agroindustriais. Por isso, alguns atributos de qualidade, passíveis de certificação, estão sendo incorporados como instrumento de concorrência do produto final. A certificação de produtos é um procedimento que requer uma adaptação dos sistemas produtivos a uma série de regras estabelecidas pelas agências certificadoras, para fins de inspeção e emissão de um certificado de conformidade. Os principais objetivos desse trabalho foram: estudar os sistemas de produção e as características dos produtores da Associação Regional de Cafeicultores (ARCA); Analisar o perfil dos associados quanto às características sociais, econômicas e ambientais e relacioná-los às principais características de dois modelos de certificação. Com relação à certificação, 63% dos produtores já ouviram falar sobre certificação do café e 60% deles têm a intenção de certificar a propriedade. A conclusão que foi tirada neste trabalho é que as principais carências observadas foram com relação ao uso dos defensivos e a relação com a mão-de-obra empregada na época da colheita. As maiores vantagens que puderam também ser observadas foram as de que os produtores estão abertos a possíveis modificações para certificar a propriedade e que eles têm o conhecimento de que com a certificação ocorrerá um aumento no lucro obtido com a comercialização do produto final. Considerando as características avaliadas os modelos de certificação PIC e Fairtrade são adequados para esta associação.
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    Aplicabilidade dos modelos de precificação para as opções sobre contratos futuros de café arábica na BM&FBOVESPA.
    (Universidade Federal de Viçosa, 2009) Tonin, Julyerme Matheus; Coelho, Alexandre Bragança; Universidade Federal de Viçosa
    O setor cafeeiro, além da reconhecida importância histórica, se destaca pela incorporação de tecnologia no processo produtivo e pelas recentes transformações em âmbito institucional. A abertura comercial e a desregulamentação do setor criaram uma nova dinâmica para esse setor, em que a redução da regulação estatal fez com que a busca de novos instrumentos para a gestão de risco se tornasse uma preocupação permanente dos agentes envolvidos com o setor cafeeiro. Nesse sentido, o expressivo aumento da importância dos derivativos no período recente, especialmente o mercado de opções, faz desse instrumento um forte candidato para suprir as necessidades de redução de riscos de preço nesse setor produtivo. Assim, buscou-se analisar os modelos de precificação de opções existentes, aplicando-os a realidade do setor cafeeiro brasileiro. Dado que o mercado de opções se configura como um seguro de preço, em que o direito de compra ou de venda no futuro a um determinado preço é obtido mediante o pagamento de um prêmio, o presente estudo tem como objetivo avaliar se as diversas metodologias amplamente utilizadas em outros ativos financeiros são aplicáveis na precificação de opções sobre contrato futuro de café arábica. Como a utilização desse instrumento de gestão de risco ainda é baixa no Brasil, procurou-se analisar as varáveis como: a volatilidade, o tempo de maturidade e o grau de moneyness, que são utilizadas na precificação para identificar a ocorrência de vieses sistemáticos e proporcionar informações relevantes para que mais agentes tenham acesso a esses instrumentos, melhorando assim a liquidez desse mercado. Os resultados indicam que, os modelos mais complexos com aplicação menos difundida no mercado (modelo de Barone-Adesi e Whaley, modelo de Bjerksund e Stensland, trinomial) apresentaram uma leve melhora na precificação no comparativo com modelos tradicionais (fórmula de Black e binomial, respectivamente). Enquanto que, a aplicação de diversas técnicas de extração da volatilidade teve como resultado uma grande melhoria em termos de precificação, destacando os bons resultados da volatilidade implícita frente a volatilidade histórica. O problema de liquidez no mercado futuro de café foi parcialmente resolvido com a ponderação da volatilidade implícita, observando-se uma redução nos erros de precificação para as opções de compra, porém isto não ocorreu para as opções de venda. Enfim, o presente estudo fez uma análise abrangente, aplicando diversos modelos de precificação, com diferentes cálculos de volatilidade, analisando os resultados em distintos períodos de maturidade com diferentes graus de moneyness, servindo de embasamento para que novos agentes incorporem os contratos de opções em suas estratégias de gestão de risco e se familiarizem com os métodos de precificação existentes.