UFV - Dissertações

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    Desempenho da pauta de exportações agroindustriais de Minas Gerais no período de 1990 a 2003
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005-04-28) Silva, Tania Araújo; Lírio, Viviani Silva; Toyoshima, Sílvia Harumi; Carvalho, Fátima Marília Andrade de
    O objetivo central deste trabalho é analisar o desempenho da pauta de exportações mineiras de produtos agropecuários. Para tanto, foi escolhida uma metodologia que permitisse, simultaneamente, avaliar o referido desempenho e separar seus efeitos determinantes (efeitos comércio mundial, composição da pauta, destino das exportações e competitividade). Assim sendo, foi realizada a construção de dois indicadores ex post: o primeiro deles é obtido a partir do método Constant Market Share – CMS, que permite decompor o crescimento (decrescimento) das exportações em diferentes efeitos; o segundo indicador escolhido foi o de Vantagem Comparativa Revelada – VCR. Ambos os indicadores são tradicionalmente utilizados em pesquisas que buscam averiguar o desempenho exportador de um país e, ou, região, seja para o agregado de suas exportações, seja através de segmentação de sua pauta. Os produtos selecionados para esse estudo foram: café, soja em grão, celulose, açúcar em bruto, carne de frango e carne suína. A escolha deveu-se ao fato de esses constituírem os principais produtos agroindustriais da pauta exportadora de Minas Gerais. Os mercados de destino selecionados foram os Estados Unidos, União Européia, Mercosul, Japão, China, Oriente Médio, Ásia, Europa Oriental e África. Como resultado, percebeu-se que, de modo geral, as exportações mineiras cresceram para todos os produtos analisados no período considerado – 1990 a 2003. Todavia, em uma análise desagregada, observaram-se especificidades importantes. No caso das exportações mineiras de café, houve queda no período mais recente, explicada pelo desaquecimento do comércio mundial do produto. As vendas externas de soja, por sua vez, apresentaram sinal negativo para o efeito competitividade em todos os períodos, embora esse efeito não tenha sido determinante do desempenho das suas exportações. O efeito competitividade garantiu taxa positiva de crescimento das exportações mineiras de celulose no segundo período analisado, quando o mercado mundial para a mercadoria encontrava-se em retração. Por seu turno, os resultados obtidos para as vendas externas de açúcar por Minas Gerais indicaram um dinamismo interessante em períodos de desaquecimento mundial, justificado pelo efeito destino das exportações. Em relação às carnes de frango e suína, cabe destacar o crescimento expressivo das exportações mineiras no período recente, explicado pelo efeito competitividade. Na análise agregada pôde-se observar a importância da influência do efeito comércio mundial nas exportações mineiras para o período analisado. Em relação aos índices de Vantagem Comparativa Revelada, estes mostram um quadro evolutivo crescente para todos os produtos considerados, destacando-se o café, a soja e a celulose, que apresentaram valores maiores que um para todos os períodos, e a carne suína, a única a não apresentar VCR no último período analisado.
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    Fatores críticos de sucesso em cooperativas de cafeicultores de Minas Gerais
    (Universidade Federal de Viçosa, 2020-07-27) Mariano, Thiago Heleno; Braga, Marcelo José
    A eficiência e o desempenho das cooperativas estão condicionados à implementação de boas práticas de gestão e estratégias adequadas, aqui denominadas de Fatores Críticos de Sucesso (FCS). Destarte, a presente dissertação detém o propósito de avaliar os FCS em cooperativas de cafeicultores do estado de Minas Gerais, de modo que seja possível propor um conjunto de medidas capazes de aprimorar seus resultados e reforçar o seu papel econômico e social. Com este desígnio, foram desenvolvidos três artigos que contribuíram com a identificação dos FCS. O primeiro apresenta a contextualização do agronegócio do café em Minas Gerais e uma consulta a especialistas da área de administração de cooperativas e cafeicultura por meio da Técnica Delphi, que resultou na identificação de um conjunto de estratégias relevantes para os cafeicultores e suas cooperativas. O segundo artigo consiste na avaliação da eficiência das cooperativas de cafeicultores e na identificação dos elementos que a condicionam, em que foram utilizados, respectivamente, o método Data Envelopment Analisys (DEA) e o modelo Tobit. O terceiro artigo se refere a um estudo de caso realizado em um dos benchmarks identificados na análise de eficiência e teve o objetivo de identificar as principais estratégias e práticas de gestão adotadas. Ainda, o terceiro artigo apresenta a conclusão sobre os principais FCS para as cooperativas de cafeicultores de Minas Gerais. Verifica- se a existência de alinhamento entre os resultados dos artigos, o que contribuiu com a elaboração da proposta de intervenção pautada nos FCS identificados. A partir dos resultados obtidos, foi possível identificar FCS para as cooperativas de cafeicultores mineiras, que podem ser sintetizados em três categorias: Governança Corporativa, Relacionamento com o Cooperado e Estratégias de Diferenciação. Destaca-se que nessas categorias são evidenciadas estratégias que visam agregar valor na relação entre cooperado e cooperativa, por meio do oferecimento de um mix de produtos e serviços adequados à sua demanda, bem como a definição de estratégias de diferenciação que visam posicionar a cooperativa de maneira competitiva no agronegócio do café. Palavras-chave: Estratégia. Cooperativismo. Governança Corporativa. Diferenciação. Agronegócio do Café.
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    O processo de construção social dos signos distintivos de origem: o caso da indicação de Procedência da região cafeeira das Matas de Minas
    (Universidade Federal de Viçosa, 2021-12-02) Marques, Gonimar Venâncio Teixeira; Braga, Gustavo Bastos; Freitas, Alair Ferreira de
    O processo de diferenciação de produtos agrícolas, como o café, busca agregar valor econômico e obter o reconhecimento dos seus atributos de qualidade pelo mercado. Uma das etapas mais reconhecidas do processo de diferenciação é a criação de selos que garantem a qualidade e identificam a origem do produto, como as denominadas Indicações Geográficas (IGs), que são divididas em duas modalidades: Indicação de Procedência (IP) e Denominação de Origem (DO). A diferenciação do café é uma estratégia para agregar valor à produção, pois busca a criação de valor a partir da identificação e da rotulagem do produto com atributos sociais, físicos, organolépticos e ambientais relacionados ao local onde é produzido. Para se registrar uma IG, é necessário que a região geográfica tenha se tornado reconhecida como origem de determinado produto e que suas características exclusivas estejam vinculadas a ele. Dessa forma, o estabelecimento de selos que certificam a origem de um produto é um processo socialmente construído, pois, engloba a ação de diversos atores como os agricultores e as organizações, como cooperativas, associações, sindicatos, etc. Em busca de valorizar o café, para atingir consumidores sensíveis aos estímulos proporcionados pelo mercado, e que se predispõem a pagar um valor maior pelo produto, os atores envolvidos na cadeia de valor do café da região das Matas de Minas se organizaram para reconhecer uma IP. O presente estudo tem como objetivo principal pesquisar o processo de reconhecimento da referida IP Matas de Minas. A partir dos conceitos apresentados pela Nova Sociologia Econômica (NSE), mais especificamente, da ideia de construção social dos mercados e das instituições, foi realizado um estudo de caso. Aplicou-se a metodologia de Análise de Redes Sociais (ARS) para compreender o processo de construção social da IP Matas de Minas. A ARS é uma abordagem teórico-metodológica que foca o estudo das estruturas sociais a partir de elementos da Sociometria e da Teoria dos Grafos. A pesquisa foi conduzida a partir de uma abordagem sócio-histórica do processo de criação da referida instituição. Lançou mão de procedimentos de coleta de dados e informações como a entrevista semiestruturada e a aplicação de questionário sociométrico. A parte de campo da pesquisa foi realizada durante os meses de agosto e setembro de 2021, após a liberação do Comitê de Ética da Universidade Federal de Viçosa. Os resultados apontam que a rede social estruturada durante o processo de reconhecimento da IG é frágil, com importantes pontos de ruptura. Notou-se que existe poucas conexões do tipo ponte, capazes de aumentar a oferta de oportunidades aos atores da rede. Contudo, observou que a rede é formada principalmente por pessoas que possuem escolaridade de nível superior, predominância do sexo masculino e que se identificam como produtores rurais (cafeicultores empresariais) nascidos na região das Matas de Minas. Portanto, entendeu-se que o processo de reconhecimento da Indicação de Procedência foi endógeno com a participação de atores da própria região. A criação de uma Indicação Geográfica (IG) num território onde se pretende organizar a produção de café, principal atividade econômica local, tende a promover o desenvolvimento territorial rural. Por isso, estudos que se propõem a analisar estes fenômenos sociais são de grande valia para balizar a criação e implementação de políticas públicas direcionadas para a região. Desta forma, o estudo buscou preencher uma lacuna das pesquisas sobre arranjos produtivos respaldados pela teoria da Nova Sociologia Econômica. Palavras-chave: Indicações Geográficas. Café. Nova Sociologia Econômica. Diferenciação. Análise de redes sociais.
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    Estrutura e dinâmica de crescimento da cafeicultura em Minas Gerais, 1990 a 2006
    (Universidade Federal de Viçosa, 2007-02-01) Oliveira, Alessandro de Assis Santos; Gomes, Marília Fernandes Maciel; Silva Júnior, Aziz Galvão da
    Este trabalho teve como objetivo identificar e analisar a dinâmica de crescimento da cafeicultura em Minas Gerais e em duas regiões do Estado tipicamente produtoras, a saber: o Sudoeste e o Cerrado. Nesse sentido, foram observadas as principais mudanças da produção de café entre 1990 e 2006, por meio da identificação das suas principais fontes de crescimento. O referencial teórico utilizado foi desenvolvido com base nas teorias referentes à modernização da agricultura e no modelo de inovação induzida. O modelo analítico utilizado, denominado Shift-Share, ou diferencial-estrutural, permite decompor as fontes de crescimento nos efeitos área, rendimento, localização geográfica e composição, a fim de encontrar os fatores que seriam os responsáveis pelo crescimento (ou queda) da produção. De acordo com os resultados, o cultivo de novas áreas e a substituição de outras culturas pelo café, em áreas já utilizadas pela agricultura, foram os principais fatores que influenciaram o crescimento da cafeicultura em Minas Gerais entre 1990 e 2006. No Cerrado de Minas, os resultados indicam crescimento da produção em função do acréscimo da área colhida e do aumento da produtividade, compensando os efeitos negativos decorrentes do efeito localização. Já no Sudoeste, o aumento da produção de café tem como responsáveis os efeitos área e composição, ou seja, houve expansão da área cultivada e mudança na composição das culturas da região favoráveis à cafeicultura. Constatou-se também que existem diferenças no desempenho da cafeicultura entre as regiões estudadas em alguns subperíodos e que o Cerrado de Minas apresentou bom desempenho da produção mesmo quando o preço do café estava em baixa. A explicação para esses fatos pode estar ligada à presença do CACCER, importante elemento indutor do desenvolvimento da cafeicultura na região, e à ausência de um programa específico para o desenvolvimento da cafeicultura no Sudoeste de Minas. Desse modo, pode-se salientar que a criação de programas e políticas de desenvolvimento da agricultura, direcionados para as regiões produtoras, aparecem como importante alternativa de sustentação para elas; entretanto, tais políticas e programas devem considerar as características de cada região, de forma a estimular atividades e práticas agrícolas segundo suas necessidades e particularidades. Finalmente, o conhecimento da dinâmica regional, a partir dessa metodologia e desses resultados, é ampliado e serve como valioso subsídio para o aperfeiçoamento das políticas voltadas para o desenvolvimento das regiões produtoras de café em Minas Gerais.
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    Identificação e análise de sistemas de produção na cultura do café, Três Pontas - MG
    (Universidade Federal de Viçosa, 1977) Alves, Hélio Andrade; Cunha, Aercio dos Santos
    A utilização pelos agricultores de diferentes sistemas de produção, para cada cultura, é explicada não somente Por fatores ambientais como também por fatores econômicos e sociopsicológicos. Em programas de difusão de tecnologia, todos esses fatores são da maior relevância e, por isso, os sistemas de produção recomendados aos agricultores devem, na medida do possível, ser ajustados a eles. A preocupação da adequação da tecnologia às necessidades do agricultor e da adoção da mesma tornou relevante a identificação de sistemas de produção como fórmula para melhorar a produção e a produtividade dos produtos agrícolas, tornando possível, ao mesmo tempo, a avaliação dos aspectos econômicos. O problema pode ser definido como a necessidade de identificar os sistemas de produção dos agricultores, levando-se em consideração os recursos naturais, os fatores de Produção comprados da indústria e os aspectos ligados aos agricultores e suas famílias. Escolheu-se para esta Pesquisa a identificação dos Sistemas de produção na cultura do café, no município de Três Pontas, Estado de Minas Gerais. Utilizou-se, no estudo, o método de juízes para a estratificação dos Cafeicultores da amostra, segundo a tecnologia por eles adotada. Paralelamente, foram usados métodos estatísticos (análise de correlação simples, analise fatorial) para se obterem indicadores representativos dos agricultores da amostra. Utilizando-se estes indicadores como elementos de uma função discriminante, foram obtidas três tipologias de Cafeicultores, que foram comparadas com as tipologias obtidas mediante Os critérios dos juízes. À capacidade de discriminação dos indicadores usados na função discriminante foi a seguinte: Uso do credito rural. Contribuiu significativamente para a identificação das tipologias dos cafeicultores. Tamanho da propriedade. Não contribuiu significativamente para a identificação das tipologias de cafeicultores segundo o uso de tecnologias. Produtividade. Foi o Índice mais importante para a identificação das tipologias dos Cafeicultores. Fatores sociopsicológicos. Contribuíram relevantemente para a identificação das tipologias dos Cafeicultores, Idade do café. Não contribuiu significantemente para a identificação das tipologias de Cafeicultores.
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    Relações de preços e hedging no mercado de café
    (Universidade Federal de Viçosa, 2001-03-19) Pinto, Wildson Justiniano; Silva, Orlando Monteiro da
    Neste trabalho, procurou-se analisar os mercados futuros de café tendo como foco as bolsas de futuros do Brasil (BM&F), de Londres (LIFFE) e de Nova Iorque (NYBOT), como o objetivo principal de servir como referência para que os agentes possam melhor orientar suas estratégias operacionais quando forem utilizar o mercado futuro de café. Para isso foram feitas análises de co- integração, objetivando detectar semelhanças entre os preços praticados pelas bolsas e os praticados no mercado à vista com cálculos da razão ótima do hedge e da efetividade do hedge, com o intuito de mostrar a quantidade que deveria ser "hedgeada" no mercado futuro para minimizar o risco e quanto da proporção da variância da receita poderia ser eliminada por meio de adoção da razão ótima do hedge. Foram utilizadas séries de preços de quatro regiões de referência: Garça e Santos (São Paulo), Patrocínio (Minas Gerais) e Vitória (Espírito Santo). Excetuando-se a região de Vitória, de onde foram utilizadas cotações de preços do café tipo Conillon, em todas as outras os preços cotados foram para o café Arábica. Valores médios para os diferenciais de preço em diferentes períodos e cálculos dos desvios-padrão serviram de base de apresentação para o comportamento dos preços tanto do mercado à vista quanto de futuros. As análises de co-integração indicaram que os preços à vista das regiões de Patrocínio, Garça e Santos tinham relação de equilíbrio de longo prazo com os preços futuros da BMF&F e NYBOT. Em outras palavras, o comportamento dos preços tanto à vista quanto futuros internos e externos está intimamente relacionado. Com relação aos preços cotados em Vitória (café Conillon), isso não se verificou. Comparando as três bolsas, constatou-se que as operações realizadas no mercado futuro da BM&F são aquelas que apresentam maior razão do hedge e, portanto, maior capacidade de reduzir o risco de preço da operação. O presente estudo permitiu concluir, em linhas gerais, que a melhor efetividade do hedge foi verificada na BM&F, seguida pela NYBOT. Apenas no caso do café (Conillon), a efetividade foi maior na bolsa de Londres. O desempenho favorável encontrado na BM&F, principalmente no ano de 2000, pode ser explicado, em grande parte, pela sua abertura para os agentes estrangeiros das operações do hedging.
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    Integração espacial e efetividade do "hedge" no mercado brasileiro de café arábica
    (Universidade Federal de Viçosa, 2011-03-29) Nogueira, Fernando Tadeu Pongelupe; Aguiar, Danilo Rolim Dias de
    Os Estados de Minas Gerais e São Paulo são os maiores produtores nacionais de café arábica, razão pela qual qualquer alteração na oferta desta "commodity", nestes Estados, poderá refletir nos preços internos e externos do café. Assim, a integração espacial (co-movimentação dos preços em diferentes locais, medida pela correlação entre os preços) do mercado de café arábica nos Estados de Minas Gerais e São Paulo é de suma importância para a formulação de políticas governamentais para o setor, bem como para os agentes dessa cadeia produtiva, pois choques de preços em uma região podem ser transmitidos a outras regiões, levando a incertezas a respeito dos preços e rendas. Um dos instrumentos para minimizar os riscos de volatilidade de preços é o "hedge" (proteção), que utiliza contratos futuros que podem ser feitos no mercado nacional ou internacional. O objetivo deste estudo foi analisar a integração espacial do mercado de café arábica nos Estados de Minas Gerais e São Paulo, bem como as operações de "hedge" efetuadas pelos agentes dessa cadeia agroindustrial junto à BM&F e à CSCE. O período utilizado para análise foi de setembro de 1996 a outubro de 2000. Utilizou-se a teoria de co-integração (Teste de Raiz Unitária, Teste de Co-integração, Vetor de Correção de Erros e Teste de Causalidade de Granger) para analisar a integração espacial e utilizaram-se os modelos analíticos para estimação da razão de "hedge" ótima e da efetividade do "hedge". Os resultados permitem concluir que: (i) o mercado de café arábica do Cerrado, Sul de Minas, Mogiana e Paulista são integrados espacialmente, o que sugere que a difusão do fluxo de informação entre os agentes desta cadeia agroindustrial, nesses mercados, se transmita com rapidez e que o mecanismo de arbitragem funcione nesses mercados (estes mercados são eficientes, havendo, portanto, relação de equilíbrio no longo prazo); e (ii) as operações de "hedge", efetuadas na BM&F, são mais eficientes que as efetuadas na CSCE, o que sugere que a BM&F, por situar-se mais próxima dos produtores nacionais, disponibiliza contratos futuros cujos objetos são mais adequados a estes.
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    Territórios da informalidade: as diferentes estratégias reprodutivas das famílias inseridas no comércio informal de Viçosa-MG
    (Universidade Federal de Viçosa, 2011-05-06) Lelis, Juliana Lopes; Pinto, Neide Maria de Almeida
    Ao presenciar o crescimento das desigualdades sociais no espaço urbano brasileiro, a informalidade tem sido uma alternativa encontrada pelas famílias para manterem a sua reprodução física e social. A informalidade, inicialmente, caracterizada como atividades precárias; hoje se apresenta com novas tendências, visto que adquiriu diferentes finalidades na vida das famílias. Presente de forma significativa, nos pequenos e grandes centros urbanos, ela constrói, no seu cotidiano, relações sociais e espaciais que revelam a complexidade do seu universo. É nesta perspectiva, que a presente pesquisa teve como objetivo geral, compreender os territórios e territorialidades construídos pelas famílias inseridas no comércio informal de Viçosa (MG). Para tanto, a pesquisa caracterizou-se como um estudo de cunho quanti-qualitativo e de natureza descritivo-analítica, utilizando-se como métodos de coleta de dados, o Survey, a entrevista em profundidade e a história de vida. O estudo foi realizado na cidade de Viçosa (MG), sendo a amostra composta por 208 comerciantes. Para a coleta de dados foram combinadas diferentes técnicas: observação não-participante, análise de documentos e registros da Prefeitura Municipal, questionário e entrevistas semi-estruturadas, e notas de campo. A análise dos dados baseou-se em dois procedimentos: a utilização do software SPSS (Statistical Package for Social Scienses); e no agrupamento e análise das informações a partir de categorias analíticas retiradas do referencial teórico. Os resultados apontaram que o perfil dos comerciantes era diversificado, com destaque para a presença de homens (66,8%), casados (70,7%), naturais de Viçosa e microrregião (87,7%), com idade média de 44,6 anos, que possuíam baixa escolaridade, e ainda, que vendiam diferentes tipos de mercadorias. Além disso, os resultados evidenciaram que como reflexo da tendência nacional, o comércio informal de Viçosa (MG) assumiu diferentes finalidades na vida das famílias envolvidas, visto que 29,3% a viram como uma alternativa para sair do desemprego, 27,7% uma atividade para complementar a renda familiar; 23,2% a perceberam como uma boa perspectiva de trabalho; 6,6% como uma forma de entretenimento; 9,8% uma possibilidade de manter a tradição familiar; e 3,4% como a possibilidade de desenvolver um trabalho por conta própria. Além disso, mesmo atuando em locais específicos (Shopping Chequer e Feiras Livre e de Artesanato) e temporários (ocupação das ruas, calçadas e praças pelos ambulantes), os comerciantes informais teciam diferentes redes e significados nestes espaços demarcando outras espacialidades, os territórios da informalidade. Assim, foi possível verificar, a existência de três territórios, que se configuravam como o espelho das relações estabelecidas no cotidiano da atividade informal: o território precário, visto como única opção de trabalho, onde se destacava a ajuda dos membros familiares; o território em ascensão, identificado como uma opção de vida, onde se tinha redes sociais mais extensas, não limitadas aos membros familiares; e o território de resistência, tido como uma possibilidade do trabalho familiar, onde se destacava as relações simbólicas e representações sociais dos seus trabalhadores. Concluiu-se, portanto, que além de sua importância enquanto uma estratégia que permite a sobrevivência física do grupo, o comércio informal tornou-se, também, uma atividade que possibilita às famílias alcançarem outros objetivos de vida. E ainda, a família mostrou-se em qualquer um desses territórios, como a principal referência para a manutenção dessa atividade. Assim, na base destes territórios, estava a lógica de organização dos grupos familiares, marcada por uma identidade que estava diluída entre os espaços do trabalho e da casa.
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    A importância da produção e do processamento do café na economia mineira
    (Universidade Federal de Viçosa, 2005-12-06) Santos, Venússia Eliane; Gomes, Marília Fernandes Maciel
    Objetivou-se, neste trabalho, analisar os setores de produção e de processamento de café na estrutura econômica de Minas Gerais, determinando a importância destes e seus encadeamentos na estrutura do Estado. O referencial teórico utilizado foi o modelo insumo-produto, bem como o de desenvolvimento regional. Foram calculados os índices de Rasmussen-Hirschaman, o campo de influência, os índices puros de ligações e os multiplicadores de produção, renda e emprego. Para tanto, utilizou-se a matriz regional de insumo-produto de 1995, para Minas Gerais. Os resultados decorrentes desta análise permitem caracterizar a estrutura produtiva de Minas Gerais, os seus setores-chave e o efeito multiplicador de cada setor econômico em termos de produção, renda e emprego. De acordo com os resultados, os setores considerados como chaves pelas abordagens adotadas (índice de Rasmussen-Hirschman e índice puro de ligação) e que apresentaram grande campo de influência foram: (4) Produtos não metálicos, siderurgia e metalurgia, (5) Mecânica, material elétrico e material de transportes e (10) Outras Indústrias de Produtos Alimentares. Quando se consideram apenas o índice de Rasmussen-Hirschman e o campo de influência, inclui-se entre os setores-chave o setor (1) Café em coco, (6) Produtos de madeira, papel, borracha e plástico e (9) Indústria do café. Com relação à análise dos multiplicadores, observou-se que os setores: (4) Produtos não metálicos, siderurgia e metalurgia, (9) Indústria do Café e (10) Outras Indústrias de Produtos Alimentares foram os que apresentaram os maiores valores em termos de geração de produto; os setores (13) Comércio, (2) Agropecuária e (3) Café em coco, em termos de geração de renda; e os setores (16) Serviços, (1) Café em coco e (2) Agropecuária em termos de geração de emprego. Por meio desses resultados, pode-se inferir que a indústria de café apresenta fortes ligações para trás; já o setor de produção de café é importante em termos de encadeamentos para trás e para frente. O setor de produção do café também apresentou poder de contribuir para a geração de renda e emprego na economia mineira e a indústria de café, para a geração de produto. Em face dos resultados, conclui-se que políticas que incentivam o aumento no consumo de café podem, de maneira indireta, produzir o crescimento no próprio setor e nos outros setores da economia. Tendo em vista que a indústria de café torrado e moído tem capacidade para crescer e modernizar-se para ampliar a sua competitividade, é também um setor com potencial para receber investimentos.
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    Convergência da renda agropecuária em Minas Gerais, 1996-2006
    (Universidade Federal de Viçosa, 2009-09-11) Caldeira, Tharcisio Alexandrino; Santos, Maurinho Luiz dos
    Nos últimos anos, o Estado de Minas Gerais aumentou gradativamente sua participação no PIB agropecuário nacional. Atualmente, o estado é o principal produtor nacional de café em grãos, leite, batata inglesa e alho, além de possuir o maior rebanho eqüino e o segundo maior rebanho bovino do país. No entanto, devido a diferenças regionais, o processo de desenvolvimento do setor agropecuário ocorreu com diferentes intensidades, de acordo com cada região do estado. Nas últimas décadas, diversas políticas públicas foram formuladas visando à redução das desigualdades no campo, tais como políticas creditícias e políticas de investimento na educação. Diante disto, o presente trabalho analisou o crescimento econômico do setor agropecuário de Minas Gerais, entre 1996 e 2006, procurando verificar a existência – ou não – de convergência da renda agropecuária e quantificar o impacto das políticas creditícias e educacionais sobre o crescimento econômico do setor agropecuário mineiro. Entende-se por convergência de renda o processo no qual as regiões mais pobres passam a apresentar maiores taxas de crescimento econômico, em relação às regiões mais ricas, de forma que todas as regiões convergirão para um único estado de crescimento econômico, chamado de estado estacionário. Buscando a verificação deste processo de convergência da renda, este trabalho fundamentou-se na teoria do crescimento econômico e convergência de renda, bem como nas relações entre crédito rural, capital humano e crescimento econômico. Analiticamente, foram utilizados os modelos de β- convergência absoluta e condicional e os testes propostos por Quah (1993) e Drennan e Lobo (1999). Os resultados obtidos nos testes de β-convergência indicaram a existência de convergência absoluta da renda agropecuária entre os municípios de Minas Gerais. A análise de convergência condicional indicou que o crédito rural e o investimento em capital humano afetaram positivamente o processo de convergência de renda, reduzindo o tempo gasto para que os municípios alcancem o estado estacionário. Em outras palavras, as políticas educacionais e creditícias se mostraram favoráveis ao processo de crescimento econômico e convergência de renda no setor agropecuário. Os resultados mostraram, ainda, que as regiões onde o setor agropecuário é mais desenvolvido – Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba – possuem maior velocidade de convergência, em relação às regiões onde o setor agropecuário possui desempenho inferior, como as regiões do Jequitinhonha-Mucuri e Norte de Minas. Assim, as diferenças regionais ainda persistem, uma vez que diferentes regiões apresentam diferentes velocidades de convergência e atingirão o estado estacionário em períodos diferentes. De acordo com os resultados, as regiões desenvolvidas alcançarão o estado estacionário aproximadamente 28 anos mais cedo que as regiões mais pobres. Os testes de Quah (1993) e de Drennan e Lobo (1999) confirmam a existência de convergência absoluta de renda, reforçando a validade dos resultados anteriores.