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    Indutores de resistência na proteção do cafeeiro contra a cercosporiose e na expressão de genes e proteínas de defesa
    (Universidade Federal de Lavras, 2015-03-19) Guimarães, Sandra Eliza; Resende, Mário Lucio Vilela de
    A indução de resistência consiste na ativação dos mecanismos de defesa vegetal para o controle de pragas e doenças. Entender os fenômenos moleculares envolvidos na interface patógeno e hospedeiro, bem como respostas das plantas a eliciadores, tem demandado cada vez mais estudos. A expressão gênica e a proteômica tornaram-se ferramentas importantes para obter informação sobre os mecanismos apresentados pelas plantas sobre uma determinada condição de estresse. O objetivo deste estudo foi analisar produtos indutores como Acilbenzolar —S- Methyl (ASM) e o extrato à base de subprodutos da cadeia produtiva do café- Greenforce CuCa, em mudas de Coffea arabica, cultivar Mundo Novo 376/4, para os quais foi verificada a expressão das enzimas de defesa — lipoxigenase, catalase, glutationa peroxidase, quitinase por meio da técnica qRT-PCR, as quais se mostraram mais expressas com os tratamentos, sendo que o ASM responde mais rapidamente e o Greenforce Cuca tem efeito menor, porém mais duradouro. Outro estudo foi realizado para verificar o perfil proteico das plantas tratadas com estes produtos observando por meio de eletroforese bidimensional e espectrometria de massas. Foi possível verificar a abundância de proteínas relacionadas a processos fotossintéticos e de defesa das plantas. Também foi possível notar que nas plantas tratadas com ASM houve uma redução na abundância das proteínas ao longo das horas após a aplicação deste produto e que o Greenforce CulCa teve uma abundância crescente ao longo das horas após a aplicação para proteínas relacionadas à defesa e a processos fotossintéticos. Em geral, os produtos testados apresentaram efeito indutor de resistência em plantas evidenciado por meio dos resultados obtidos. Palavras-chave: Indutor de resistência. Cercospora coffeicola. Espécies reativas de oxigênio. Proteinas relacionadas à patogênese. Espectrometria de massas. Expressão gênica.
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    Indutores de resistência no manejo da ferrugem e cercosporiose do cafeeiro (Coffea arabica) : análises bioquímicas e moleculares
    (Universidade Federal de Lavras, 2014-10-10) Monteiro, Ana Cristina Andrade; Resende, Mário Lúcio Vilela de
    A ferrugem e a cercosporiose, causadas por Hemileia vastatrix e Cercospora coffeicola, respectivamente, são as principais doenças fúngicas do cafeeiro no Brasil. Considerando-se a necessidade do desenvolvimento de produtos alternativos para o seu controle, objetivou-se neste trabalho avaliar o efeito de fontes de fosfitos e de formulações à base de subprodutos da lavoura cafeeira e da indústria cítrica no controle destas doenças, em condições de casa-de-vegetação e de campo. Após isso, selecionaram-se o Greenforce CuCa (formulação à base de subproduto da indústria cafeeira adicionada de cobre e cálcio) e o fosfito de manganês para estudar seus efeitos na interação cafeeiro- H. vastatrix e cafeeiro- C. coffeicola, respectivamente. Verificou-se que fontes de fosfitos e formulações à base de subprodutos da lavoura cafeeira e da indústria cítrica proporcionaram controle da ferrugem e cercosporiose tanto em plantas de cafeeiro adultas quanto em mudas. Em condições de campo, observou-se que as associações de fontes de fosfitos e de formulações à base de subprodutos da lavoura cafeeira e da indústria cítrica com fungicida controlaram a ferrugem e cercosporiose, sendo mais eficaz quando comparado à aplicação dos produtos isoladamente, além de proporcionarem maior retenção foliar e maior produção. Nas análises bioquímica e molecular, comprovou-se que Greenforce CuCa induziu o aumento da transcrição dos genes CaPR1, CaGT, LOX e PAL e, também, proporcionou um incremento na atividade das enzimas peroxidase (POX), ascorbato peroxidase (APX), catalase (CAT), superóxido dismutase (SOD), fenilalanina amônialiase (PAL) e polifenol oxidase (PPO) em mudas de cafeeiro inoculadas e não inoculadas com C. coffeicola. Já o fosfito de manganês induziu respostas de defesa nas mudas de cafeeiro, pois aumentou a transcrição dos genes POX, CAT, GLU e PAL em plantas não inoculadas com o patógeno e, também, proporcionou um incremento na atividade das enzimas APX, SOD e PPO em plantas não inoculadas e inoculadas com H. vastatrix. Pelos resultados observados indica-se que o uso de fosfitos ou de formulações à base de subprodutos da lavoura cafeeira e da indústria cítrica pode ser utilizado no manejo de doenças do cafeeiro.
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    Potássio, fósforo, boro e irrigação na distribuição espaço-temporal da cercosporiose do cafeeiro
    (Universidade Federal de Lavras, 2015-07-10) Chaves, Eugênio; Pozza, Edson Ampélio
    A cercosporiose (Cercospora coffeicola) é umas das principais doenças do cafeeiro, sendo sua ocorrência afetada pelo fornecimento de água e desequilíbrio nutricional. O fornecimento de água, que é realizado primordialmente pela chuva, mas pode ser feito pela irrigação por gotejamento ou aspersão. A nutrição mineral deficiente ou desequilibrada pode predispor as plantas à infecção pelo fungo. Pouco se conhece sobre a influência da nutrição mineral, principalmente com relação aos elementos boro (B), fósforo (P) e potássio (K), e da fertilidade do solo na intensidade da doença e sua distribuição espacial. Dessa forma, foram realizados três experimentos em campo, sendo que, no primeiro experimento, objetivou-se avaliar a interação entre lâminas de água com diferentes doses de fósforo (cinco lâminas de irrigação x quatro doses de fósforo). Realizaram-se avaliações de cercosporiose nas folhas a cada 30 dias. A curva de progresso da média da incidência da cercosporiose variou entre os dois anos, no Ano 1 (novembro de 2011 a dezembro de 2012), a incidência da cercosporiose teve seu pico em 22/08/2012 (22,45%) enquanto, no Ano 2 (janeiro de 2013 a janeiro de 2014), a incidência atingiu seu maior nível na avaliação no dia 12/09/2013 (16,29%). Houve interação entre lâminas de irrigação e doses de fósforo na avaliação realizada em 10/07/2012. O aumento de doses de P em menores lâminas de irrigação e, na ausência de adubação fosfatada em maiores lâminas de irrigação, obteve-se maiores incidências. No segundo experimento, objetivou- se avaliar a interação entre doses de K e de B (quatro doses de K, sendo 0, 100, 200 e 400 kg/ha de K x quatro doses de B, sendo as doses 0, 1, 2 e 4 kg/ha de B). Realizaram-se 24 avaliações da cercosporiose nas folhas do cafeeiro, a cada 30 dias. A curva média de progresso da incidência da cercosporiose variou entre os dois anos de avaliação. Os picos das incidências ocorreram em 28/02, 23/05 e 12/09 de 2013, 24/02 e 22/05 de 2014 respectivamente. No ano de 2014, a incidência foi menor em comparação com o ano de 2013, mesmo com alta carga pendente, possivelmente, devido às maiores temperaturas registradas. Houve interação significativa entre as doses de K e de B com a área abaixo da curva do progresso da incidência (AACPI), na qual as doses acima de 200 kg/ha de K com doses abaixo de 1 kg/ha de B, apresentaram os maiores níveis de doença. E no terceiro experimento, objetivou-se avaliar o padrão espacial da relação da cercosporiose com a fertilidade do solo e a nutrição da planta em lavoura cafeeira irrigada por gotejamento e pivô central. Em duas áreas experimentais, uma com sistema de irrigação por gotejamento de 11 ha, com 52 pontos amostrais georreferenciados, e a outra área de pivô central de 17 ha, com 50 pontos amostrais. Em cada ponto avaliou-se as folhas de cinco plantas a cada 60 dias. Houve correlação positiva da AACPI com as incidências em 17/04/2013, 24/08/2013, 04/06/2014 e 18/08/2014, e dos teores foliares de B, P e K. Na análise geoestatística para o sistema de irrigação por gotejamento, na relação das variáveis analisadas para 2014, do lado sudeste da área, foram observadas as menores produções, as maiores intensidades da cercosporiose e os maiores teores foliares de K, P e B, enquanto para o sistema por pivô central, na relação das variáveis analisadas para 2014, do lado Sudeste da área, foram observadas as menores produções, as maiores intensidades da cercosporiose e os maiores teores foliares de P e K e menor teor de B.
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    Atividade antioxidante em cafeeiro e proteção contra a cercosporiose por indutor de resistência e fungicidas
    (Universidade Federal de Lavras, 2014-02-21) Fernandes, Luiz Henrique Monteiro; Resende, Mário Lúcio Vilela de
    O presente trabalho foi realizado com os objetivos de avaliar os efeitos da aplicação do fosfito de potássio em formulação com subprodutos da indústria cítrica e fungicida, associados ou não, na proteção de mudas de cafeeiro contra ataque de Cercospora coffeicola e, também, investigar os efeitos destes tratamentos nas trocas gasosas e no sistema antioxidante enzimático como mecanismos de resistência pós-formados durante a indução de resistência. Para tanto, realizaram-se dois trabalhos em casa de vegetação, no Departamento de Fitopatologia da Universidade Federal de Lavras, utilizando-se como material vegetativo a cultivar Mundo Novo. Em ambos foram feitas as pulverizações, com os produtos Fortaleza (fosfito de potássio formulado com subprodutos da indústria cítrica), fungicida sistêmico Priori Xtra (ciproconazol e azoxystrobim) e as associações entre os produtos e, 7 dias após, inoculou-se com o patógeno Cercospora coffeicola. No ensaio para avaliar a proteção promovida pelos produtos contra progresso da cercosporiose, verificou-se que os tratamentos com Priori Xtra, sozinho ou associado com Fortaleza, foram os que promoveram o melhor controle e, consequentemente, menos área abaixo da curva de progresso, tanto da incidência quanto da severidade da cercosporiose, sendo, estatisticamente, diferente do tratamento com o fertilizante foliar Fortaleza, este último, por sua vez, com controle estatisticamente superior à testemunha, mostrando um controle parcial da doença. Avaliando-se as trocas gasosas, ficou nítido que os tratamentos, onde se associou o produto Fortaleza, mantiveram a taxa de fotossíntese das plantas inoculadas constante e similares das plantas que não receberam o inóculo, ao longo dos períodos de avaliação. O tratamento com Priori Xtra inoculado, foi estatisticamente semelhante à testemunha e inferior aos com Fortaleza no que tange à taxa fotossintética das plantas aos 14 e 18 dias após pulverização. O trabalho permite associar tal comportamento às atividades enzimáticas da catalase, peroxidase do ascorbato e dismutase do superóxido, onde se destacaram nas plantas que receberam os tratamentos com o produto Fortaleza, sendo estatisticamente diferente dos demais, constatando-se maior atividade destas enzimas do sistema antioxidante e que, por sua vez, foram responsáveis por eliminar excessos de radicais livres provenientes da produção de espécies reativas de oxigenio (ERO’s), em virtude da indução de resistência contra o elicitor biótico, mantendo, assim, suas atividades ecofisiológicas estáveis. Pode-se, também, associar tais resultados ao ácido ascórbico, presente no produto Fortaleza, conforme análise feita em Laboratório, sendo este um importante substrato para ação da enzima peroxidase do ascorbato, crucial na eliminação do peróxido de hidrogênio, sendo este último uma importante ERO.
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    Doenças em cultivo orgânico do cafeeiro (Coffea arabica L.): epidemiologia e controle alternativo
    (Universidade Federal de Lavras, 2007-08-10) Miranda, Julio César; Souza, Paulo Estevão de
    Foram instalados dois ensaios nos anos de 2005 e 2006 em lavouras conduzidas nos sistemas orgânico e convencional, no município de Santo Antônio do Amparo, MG, cultivadas com cafeeiros da cv. Acaiá MG-474-19, de oito anos. O progresso da ferrugem e da cercosporiose em cafeeiros foi avaliado em função do efeito de diferentes biofertilizantes, sendo avaliadas entre dezembro/2004 e outubro/2005. O estado nutricional dos cafeeiros foi monitorado nas fases chumbinho, granação e maturação, durante o período de frutificação, nos dois ciclos produtivos. As maiores intensidades de doenças foram observadas no tratamento testemunha, ou seja, nas parcelas que não receberam quaisquer tratamentos foliares. O sistema de cultivo convencional proporcionou maiores áreas abaixo da curva da ferrugem e cercosporiose, permitindo, portanto a associação com os menores teores de nutrientes encontrados na folhas de Ca, Mg, B e Cu. Estes elementos estão diretamente relacionados ao progresso das doenças de acordo com estudos anteriores Os tratamentos que promoveram maior redução no progresso das doenças foram o Biofertilizante Agrobio e Supermagro com mato, proporcionando também maiores índices de áreas foliares nas plantas. O sistema de cultivo orgânico apresentou maior índice de área foliar em relação ao sistema convencional em todos tratamentos, inclusive a testemunha. A produtividade nos cafeeiros orgânicos foram inferiores à obtida no sistema convencional, ressaltando que na primeira safra avaliada, a produção nos cafeeiros convencionais reduziu em 35,8%, em relação ao ano anterior a instalação do ensaio, comparando ao melhor tratamento (Agrobio). A diferença na produção de 2005 para 2006 no sistema convencional reduziu 19,88% enquanto no sistema orgânico de 5,08%. Isso sugere uma tendência de menor efeito das doenças sobre a safra seguinte dos cafeeiros no sistema orgânico de produção, comparado ao convencional. A cercosporiose mostrou-se mais importante na desfolha dos cafeeiros no sistema convencional, pois no sistema orgânico com menor incidência da doença, observou-se maior enfolhamento. No período de monitoramento do presente estudo, o estado nutricional dos cafeeiros no sistema de produção orgânico esteve mais equilibrado comparado ao convencional. No sistema de cultivo orgânico foram testados alguns extratos e óleos de plantas na finalidade de reduzir o progresso das doenças no cafeeiro e casa de vegetação (ferrugem) e no campo (ferrugem e cercosporiose). No ensaio em casa-de-vegetação, os melhores tratamentos no controle da ferrugem foram: biofertilizante Agrobio, biofertilizante supermagro com mato, óleos de nim e tomilho, extrato aquoso de folhas de café infectadas por Hemileia vastatrix puro ou em mistura com extrato de casca de frutos de café. No ensaio de realizado em campo, o progresso da ferrugem foi controlado após aplicação de Ecolife® e Óleo de Tomilho. Na avaliação de cercosporiose, verificou-se redução significativa apenas com a aplicação de Ecolife®.
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    Progresso da ferrugem e da cercosporiose em cultivares de cafeeiro sob cultivo orgânico e o efeito de Colletotrichum gloeosporioides Penz na germinação e estabelecimento de plântulas
    (Universidade Federal de Lavras, 2010-06-02) Carvalho, Hebe Perez de; Souza, Paulo Estevão de
    Vários são os fatores que limitam a produção do cafeeiro. Entre eles estão as doenças que atacam a parte aérea, principalmente a ferrugem, a cercosporiose e a mancha-manteigosa, cujo agente etiológico Colletotrichum gloeosporioides considera-se que seja transmitido pela semente. Sendo assim, objetivou-se, com a realização deste trabalho: avaliar o progresso da ferrugem e da cercosporiose em diferentes cultivares sob cultivo orgânico; verificar a patogenicidade de isolados de C. gloeosporioides em cultivares de cafeeiro e avaliar o efeito do referido fungo na germinação, na viabilidade da semente e no estabelecimento de plântulas. O experimento sobre o progresso da ferrugem e da cercosporiose foi conduzido em lavoura orgânica, no município de Machado, MG, em dois períodos, de fevereiro/2007 a outubro/2007 e de outubro/2007 a junho/2008. Os dados de incidência, severidade e índice de área foliar foram transformados em área abaixo da curva de progresso da incidência (AACPI), área abaixo da curva de progresso da severidade (AACPS) e área abaixo da curva de progresso do índice de área foliar (AACPIAF). Observou-se diferença significativa na AACPI e AACPS da ferrugem entre as cultivares, nos dois períodos de avaliação. No primeiro período de avaliação, a AACPI e a AACPS da ferrugem foram maiores nas cultivares Icatu Vermelho IAC 2942 e Catuaí Vermelho IAC 44. Já no segundo período de avaliação, a AACPI foi menor apenas na cultivar Acaiá Cerrado, MG 1474, não tendo as demais cultivares diferido entre si. Entretanto, a AACPS foi maior na cultivar Icatu Vermelho IAC 2942. Quanto à cercosporiose, tanto a AACPI quanto a AACPS foram maiores nas cultivares Acaiá Cerrado MG 1474 e Catuaí Amarelo IAC 62, seguidas das cultivares Catuaí Vermelho IAC 44 e Rubi MG 1192. Na cultivar Icatu Vermelho IAC 2942, tanto a incidência como a severidade foram menores. A incidência e a severidade de cercosporiose nos frutos foram maiores nas cultivares Acaiá Cerrado MG 1474 e Catuaí Amarelo IAC 62, no primeiro período de avaliação. Já no segundo período de avaliação, a severidade foi maior nas cultivares Catuaí Amarelo IAC 62 e Catuaí Vermelho IAC 44. Houve redução significativa na produção da cultivar Acaiá Cerrado MG 1474. O índice de área foliar foi menor em Icatu Vermelho IAC 2942 e Acaiá Cerrado MG 1474. O teor foliar de Cu e Zn foi alto e o de Mn deficiente, durante o período de avaliação. Para avaliar a patogenicidade de isolados de C. gloeosporioides, utilizaram-se 5 isolados monospóricos, denominados de I 1 , I 2 , I 3 , I 4 e I 5 , obtidos de plantas com sintomas de mancha-manteigosa, os quais foram inoculados em hipocótilos de cafeeiro das cultivares Catuaí Vermelho IAC 99 e Mundo Novo IAC 379/19. Avaliaram-se a incidência e a severiadade dos sintomas nas plântulas, 15 dias após inoculação. Verificou-se diferença significativa quanto à patogenicidade entre os isolados. A severidade dos isolados I 2 , I 3 e I 4 foi maiorque a dos isolados I 1 e I 5. A incidência foi maior para os isolados I 2 e I 3. Tanto a incidência como a severidade foram maiores em hipocótilos da cultivar Catuaí Vermelho IAC 99. O efeito de C. gloeosporioides na germinação, na viabilidade da semente e no estabelecimento de plântulas foi realizado com o isolado I 3 inoculado em sementes das cultivares Catuaí Vermelho (sementes de plantas com sintomas de mancha-manteigosa), Catuaí Vermelho IAC 44 e Mundo Novo IAC 317-19. As sementes das cultivares foram submetidas por 0, 24, 48, 72, 96 e 120 horas de exposição ao fungo, pelo contato direto com a colônia do fungo em placas de Petri. Foram consideradas as variáveis sanidade, germinação, índice de velocidade de emergência em areia e tetrazólio. Verificou-se que, com o aumento do tempo de exposição ao fungo, houve aumento da incidência nas sementes, tendo a incidência sido maior na cultivar Catuaí Vermelho (26%), seguida da cultivar Catuaí Vermelho IAC 44 (21,5%) e Mundo Novo IAC 379- 19 (11,0%). C. gloeosporioides afetou a germinação e o índice de velocidade de emergência das sementes da cultivar Catuaí Vermelho, a partir de 96 horas de exposição ao fungo. No caso da cultivar Catuaí Vermelho IAC 44, ocorreu queda na germinação a partir de 96 horas. O tempo de exposição ao fungo não afetou a germinação e o índice de velocidade de emergência da cultivar Mundo Novo IAC 379-19, tendo sido verificado apenas o efeito priming. Pelo teste de tetrazólio foi possível verificar que C. gloeosporioides reduziu a viabilidade das sementes de café. Verificaram-se, por microscópio eletrônico de varredura, colonização do endocarpo e do endosperma da semente e a presença do fungo no embrião.
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    Irrigação, nutrição mineral e face de exposição ao sol no progresso da ferrugem e da cercosporiose do cafeeiro
    (Universidade Federal de Lavras, 2011-03-30) Custódio, Adriano Augusto de Paiva; Pozza, Edson Ampélio
    Doenças de natureza policíclica, a ferrugem (Hemileia vastatrix) e a cercosporiose (Cercospora coffeicola) são responsáveis por significativas perdas na cafeicultura em todas as regiões produtoras do Brasil e do mundo. A adoção de práticas culturais que atuam sobre o ambiente para reduzir a taxa de progresso da epidemia dessas enfermidades é de extrema importância, como tática de controle alternativo, diminuindo a dependência de defensivos agrícolas no campo. Dessa forma, visando à geração de informações técnico-científicas com aplicabilidade imediata, foram realizados três experimentos em campo, enfatizando a prevenção e o controle da ferrugem e da cercosporiose. No primeiro experimento, o objetivou foi avaliar o efeito de lâminas de irrigação (0%, 60%, 80%, 100%, 120% e 140% Kc) pelo método da aspersão, tipo pivô central, na epidemiologia da ferrugem e da cercosporiose do cafeeiro. Amostraram-se as doenças em cada face (norte e sul) de exposição da lavoura à luz solar, correspondendo aos tratamentos secundários. Maior progresso da ferrugem foi observado no tratamento não irrigado e menor, nas maiores lâminas de irrigação (100%, 120% e 140% Kc). O impacto das gotas de água promovido pelo método de irrigação por aspersão reduziu a concentração de propágulos aéreos de Hemileia vastatrix, resultando em menor severidade da doença na lâmina de 100% Kc. Durante todo o período de avaliação, registrou-se maior intensidade da ferrugem na face sul de exposição do cafeeiro à luz solar. De forma oposta à ferrugem, houve aumento da cercosporiose com o incremento de maiores lâminas de irrigação por pivô central, ocorrendo menor incidência da doença no tratamento não irrigado e maior nas lâminas de 100% e 140% Kc. Devido à maior luminosidade, houve também maior intensidade da cercosporiose, em folhas e frutos, para a face de exposição norte do cafeeiro. Sugere-se assim, sempre que possível, considerar a face de exposição da lavoura mais favorável às enfermidades no campo, na tomada de decisão de medidas de controle. O segundo experimento foi realizado no intuito de entender o comportamento da cercosporiose na formação do cafeeiro fertirrigado, com diferentes parcelamentos e doses de nitrogênio e de potássio. A cercosporiose do cafeeiro foi amostrada em cada face de exposição da lavoura (noroeste e sudeste), que corresponderam aos tratamentos secundários. Não foi observada influência significativa entre a interação de doses e parcelamentos de adubação, assim como de diferentes doses de adubação, de forma isolada, na incidência da cercosporiose do cafeeiro. Esse resultado pode ter ocorrido devido ao fornecimento da fertirrigação e da irrigação suplementar ter favorecido a absorção de N e K pelas plantas, resultando em maior resistência à cercosporiose. Porém, houve influência significativa dos diferentes parcelamentos de adubação nitrogenada e potássica por meio da fertirrigação na incidência da cercosporiose. Foi verificado menor progresso da doença e maior enfolhamento das plantas, realizando doze aplicações ao ano de N e K, uma vez ao mês, por condicionar maior teor foliar de nitrogênio e níveis adequados de potássio à planta. Houve maior incidência da doença na face sudeste da lavoura, provavelmente devido à maior exposição da folhagem do cafeeiro à luz solar. A temperatura média do ar foi à variável climática que melhor se correlacionou, de forma negativa, com a cercosporiose, aos 15 e 30 dias anterior a avaliação. Dessa forma, o fornecimento de nitrogênio e potássio em doze parcelamentos via fertirrigação é uma tática de controle cultural eficaz no manejo da cercosporiose do cafeeiro em formação. No terceiro experimento, o objetivo foi estudar o progresso temporal da ferrugem e da cercosporiose, em lavoura cafeeira não irrigada, sobre diferentes níveis de Ca e de K. Para isso, quatro doses de calcário dolomítico (0, 1, 2 e 4 t ha -1 ) e quatro doses de cloreto de potássio (0, 100, 200 e 400 kg ha -1 ) foram fornecidas. A amostragem das doenças foi realizada considerando cada face de exposição predominante da lavoura (leste e oeste). Somente o progresso da ferrugem foi influenciado pelas doses de calcário dolomítico e cloreto de potássio estudadas, ocorrendo interação significativa. O menor progresso da ferrugem do cafeeiro foi obtido nas doses medianas de calcário aplicado, quando as dose de cloreto de potássio foram responsáveis por menores amplitudes na variação da intensidade da doença, reafirmando a necessidade de equilíbrio entre nutrientes. Durante todo o período experimental, pode-se observar que maiores valores de incidência e severidade da ferrugem ocorreram na face de exposição leste da lavoura e o menor, na face oeste. De forma contrária, foi registrada maior intensidade da cercosporiose na face oeste de exposição da lavoura e menor intensidade da face leste. No campo, a redução da precipitação e a temperatura média do ar proporcionaram maiores índices de ferrugem e cercosporiose, ambas aos 30 dias anteriores à avaliação das doenças.
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    Potencial de óleos essenciais no manejo da ferrugem e da cercosporiose do cafeeiro
    (Universidade Federal de Lavras, 2008-12-19) Pereira, Ricardo Borges; Alves, Eduardo
    A ferrugem e a cercosporiose são consideradas as principais doenças do cafeeiro, pois reduzem a produção e prejudicam a qualidade da bebida. O manejo da doença é realizado, convencionalmente, pela aplicação de cúpricos e fungicidas sistêmicos, no entanto, eles podem promover a contaminação do homem e do ambiente e selecionar raças resistentes dos patógenos. Assim, os óleos essenciais surgem como uma alternativa para o controle da ferrugem e a cercosporiose do cafeeiro. Diante do exposto, os objetivos deste trabalho foram: (i) avaliar o efeito in vitro dos óleos essenciais de canela (CA), citronela (CI), capim-limão (CL), cravo-da-índia (CR), árvore-de-chá (ME), tomilho (TO), nim (NI) e eucalipto (EU) na germinação de urediniósporos de Hemileia vastatrix e de conídios de Cercospora coffeicola; (ii) avaliar o efeito destes no crescimento micelial de C. coffeicola; (iii) avaliar o efeito dos óleos essenciais no controle da ferrugem e cercosporiose em diferentes cultivares de cafeeiro em casa de vegetação; (iv) avaliar a proteção sistêmica dos óleos essenciais mais promissores nas diferentes cultivares e seus efeitos no controle da ferrugem e da cercosporiose e (v) avaliar in vivo os efeitos destes sobre a germinação de conídios e o desenvolvimento micelial de C. coffeicola, por meio da microscopia eletrônica de varredura (MEV). Todos os óleos essenciais promoveram a inibição da germinação dos urediniósporos de H. vastatrix e dos conídios de C. coffeicola, com o aumento das concentrações. Os óleos essenciais de CR, CA, NI, TO e CL inibiram o crescimento micelial de C. coffeicola na concentração 1.000 μL L -1 . Os óleos essenciais promoveram controle parcial das doenças em casa de vegetação, sendo os óleos de TO, CR e CI os mais promissores para o controle da ferrugem nas cultivares Catucaí 2SL, Catuaí IAC 62 e Mundo Novo 379/19, e os óleos de CA e CI, para o controle da cercosporiose em todas as cultivares. O óleo essencial de CR apresentou efeito local, enquanto o óleo de CI apresentou efeito sistêmico contra a ferrugem do cafeeiro. Os óleos essenciais de CA e CI promovem proteção sistêmica nas cultivares Catucaí 2SL e Catuaí IAC 62 contra a cercosporiose. Os óleos essenciais de CA e CI reduziram a germinação e o desenvolvimento micelial de C. coffeicola in vivo, promovendo o extravasamento do citoplasma celular.
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    Silício em mudas de cafeeiro: efeito na nutrição mineral e na suscetibilidade à cercosporiose em três variedades
    (Universidade Federal de Lavras, 2004-09-17) Pozza, Adélia A. A.; Carvalho, Janice Guedes de
    A crescente demanda nutricional por variedades de cafeeiros cada vez mais produtivas, assim como a expansão de lavouras para solos de baixa fertilidade natural têm exigido uma melhor compreensão da dinâmica dos nutrientes nessa cultura. Mesmo sem possuir função fisiológica específica e nutricional nas plantas, o silício é considerado útil ou benéfico por reduzir a intensidade de doenças, como a cercosporiose do cafeeiro. Sendo assim, conduziram-se estudos para verificar o efeito do Si na eficiência nutricional de mudas de três variedades de cafeeiro e a suscetibilidade destas à cercosporiose. Em um primeiro experimento avaliou-se o efeito do silício (1g de CaSiO 3 /kg de substrato) no controle dessa doença nas variedades de cafeeiro Catuaí (IAC99), Mundo Novo (IAC379/19) e Icatu (IAC2942). As plantas de Catuaí tratadas com silicato tiveram redução de 63,2% nas folhas lesionadas e de 43% no total de lesões por planta, em relação à testemunha. A microanálise de raios X e o mapeamento para Si indicaram uma distribuição uniforme desse elemento em toda a superfície inferior das folhas de cafeeiro nas três variedades tratadas. Nas imagens de microscopia eletrônica de varredura também foi observada uma camada de cera bem desenvolvida na superfície inferior das folhas das plantas tratadas. Um segundo experimento foi conduzido em blocos casualizados e analisado em esquema fatorial (3 X 6) constando de três variedades combinadas com seis doses de silicato de cálcio (T0=0, T1=0,0625, T2=0,125, T3=0,25, T4=0,5 e T5=1,0g de CaSiO 3 /kg) com quatro repetições. A variedade Icatu teve maior eficiência de absorção (EA) de Cu, Zn, Fe e Si, maior eficiência de utilização (EU) de N, K, Ca, B e Mn, não diferindo da Mundo Novo para os nutrientes N, Ca e Mn e maior eficiência de translocação (ET) de N, S, Zn e de Fe. A Catuaí teve maior EA de P, K, B e Mn, não diferindo da Mundo Novo para os nutrientes P, K e Mn, maior EU para Mg, S, Cu, Zn, Fe e Si, provavelmente devido à melhor ET destes nutrientes menos para Fe e Si. A Mundo Novo foi mais eficiente na absorção de N, K, Ca, Mg, Mn e Si, teve maior EU de P e Mn e maior ET de K , Ca, B, Mn e Si, além de ter a maior relação parte aérea:raízes e o maior peso da matéria seca total.