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    Aproveitamento do café Excelsa em mistura com o café Arábica
    (Instituto Agronômico (IAC), 1990-07) Carvalho, Alcides; Fazuoli, Luiz Carlos; Teixeira, Aldir Alves; Guerreiro Filho, Oliveiro
    O café Excelsa (Coffea dewevrei cv. Excelsa), embora rústico e produtivo, não é comercialmente cultivado. No presente trabalho, procurou-se avaliar a qualidade de sua bebida em mistura, em diferentes proporções, com o café Arábica (C. arabica) de bebida boa. Usou-se delineamento em blocos incompletos balanceados, com oito tratamentos e sete repetições, além de um controle adicional de Arábica de bebida mole, e adotou-se a escala de 0 a 5 pontos, normalmente usada na classificação da bebida do Arábica. Durante a torração, o Excelsa apresentou aroma desagradável; a infusão, logo que colocada na xícara, também mostrou aroma estranho, o qual desapareceu algum tempo depois. As amostras do Arábica deram bebida mole, com média de 3,76 pontos, e, as de Excelsa, bebida inferior, com média de 1,64 ponto apenas. As médias de pontos conferidas à bebida das misturas de 10,20,30,40 e 50% de Excelsa com Arábica foram de 3,23, 2,95, 2,91, 2,67 e 1,91 respectivamente. Os provadores detectaram gosto estranho em 85,71 % das amostras do Excelsa. Nas misturas, esse gosto foi observado em escala crescente com a adição do café Excelsa. Encontrou-se uma correlação positiva e significativa (r =0,91) entre a quantidade do Excelsa na mistura e a porcentagem de amostras com gosto estranho. Houve variação entre os provadores com relação à sensibilidade para esse gosto. Correlação negativa e significativa (r =-0,93) foi notada entre a quantidade do Excelsa na mistura e a qualidade da bebida. Os resultados gerais indicam a possibilidade de se adicionar até 23% desse café em mistura com o Arábica de bebida boa, sem, contudo, provocar grandes alterações na qualidade da bebida.
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    Qualidade da bebida em espécies e populações derivadas de híbridos interespecíficos de Coffea
    (Instituto Agronômico (IAC), 1990-07) Carvalho, Alcides; Teixeira, Aldir Alves; Fazuoli, Luiz Carlos; Guerreiro Filho, Oliveiro
    Avaliou-se, em dois experimentos, a qualidade da bebida das espécies Coffea canephora e C. congensis e derivados de híbridações interespecíficas [C. canephora duplicado (dp) x C. arabica, C. canephora x C. eugenioides, C. arabica x C. dewevrei dp e C. racemosa x C. arabica]. Por tratar-se de análise de bebida de cafés pouco conhecidos, avaliou-se a eficiência de uma escala de 1 a 10 pontos em comparação à escala de 0 a 5 pontos utilizada para C. arabica. Foram, também, acrescentadas pelos provadores indicações relacionadas ao gosto da bebida. A escala de 6 pontos mostrou-se pouco eficaz na discriminação dos tratamentos e a de 10 pontos, utilizada alternativamente, revelou-se mais eficiente nos dois experimentos. No primeiro, verificou-se, quanto à qualidade, uma superioridade dos grupos C arabica x C. dewevrei dp e C. canephora dp x C. arabica pelas duas escalas. No segundo experimento, o grupo C. racemosa x C. arabica apresentou a maior média, apesar de não diferir, pela escala 1, dos demais grupos. Pela escala 2, superou, no entanto, os grupos C. canephora e C. congensis. Gostos incomuns foram observados nas amostras com relação à bebida. Atribuem-se à grande diversidade do material analisado e a falta de familiarização dos provadores com espécies bem diferentes de C. arabica, certas discrepâncias com relação à determinação desses defeitos nas amostras analisadas.
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    Avaliação de progênies dos cafés Catuaí Amarelo e Catuaí Vermelho na região de Pindorama (SP)
    (Instituto Agronômico (IAC), 1992-01) Martins, Antonio Lucio Mello; Pedroso, Paulo Afonso Claudino; Fazuoli, Luiz Carlos; Gonçalves, Wallace
    Objetivou-se, com o presente estudo, avaliar o comportamento de quatro progênies do cultivar Catuaí Amarelo e três do Catuaí Vermelho de Coffea arabica em relação aos cultivares Caturra Amarelo e Mundo Novo da mesma espécie, na Estação Experimental do Instituto Agronômico, em Pindorama. Analisaram-se a produção total e as produções acumuladas a cada dois anos e os valores de rendimento (relação café cereja/beneficiado), a peneira média, a porcentagem de frutos desprovidos de sementes (porcentagem de chochos), o tipo das sementes e o peso de cem sementes tipo chato (grãos normais). Os resultados da produção total em um período de dezoito anos consecutivos indicaram que a progênie de Catuaí Amarelo CH 2077-2-5-62 se revelou a mais produtiva, superando inclusive o padrão Mundo Novo. A linhagem de Caturra Amarelo (LC 476) apresentou as mais baixas produções. Analisando-se as produções acumuladas a cada dois anos e a total, verificou-se a possibilidade de uma avaliação precoce nesse material. As características de frutos e sementes analisadas forneceram valores considerados normais para um café de bom padrão, possibilitando a recomendação do plantio dos cultivares Catuaí Amarelo e Catuaí Vermelho na região nordeste do Estado de São Paulo.
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    Evidência isoenzímica sobre a origem interespecífica do café Piatã
    (Instituto Agronômico (IAC), 1995-07) Medina Filho, Herculano Penna; Carvalho, Alcides; Ballve, Rosa Maria Lizana; Bordignon, Rita; Silvarolla, Maria Bernadete; Lima, Marinez Muraro Alves de; Fazuoli, Luiz Carlos
    Encontrou-se, anos atrás, em uma lavoura de Coffea arabica (2n = 44), uma forma de café bastante distinta das demais. Inicialmente, julgou-se tratar de um cafeeiro autotetraplóide de C. liberica (2n = 22) ou de C. dewevrei (2n = 22). Estudos morfológicos e citológicos de tal cafeeiro, denominado Piatã (prefixo C387 da Seção de Genética do IAC), assim como de seus descendentes, indicaram tratar-se, provavelmente, de um híbrido natural derivado da união de um gameta normal de C. arabica e de um não reduzido de C. dewevrei. No presente trabalho, os estudos dos padrões eletroforéticos das enzimas PGI, PGM e ADH do endosperma de sementes confirmaram a origem interespecífica do café Piatã. A combinação de alelos dessas enzimas é distinta e específica para C. dewevrei e C. arabica e tais alelos segregam nas sementes do cafeeiro Piatã. O estudo das isoenzimas das sementes mostram também que, ao contrário do que se pensava, o café Piatã não é auto-incompatível, sendo freqüente a autofecundação. Análises semelhantes, além de úteis na identificação de outros híbridos naturais entre espécies de Coffea, serão de grande valia nos trabalhos básicos de genética, evolução e melhoramento do cafeeiro, nos quais importa conhecer a origem, constituição genética e biologia da reprodução das plantas.
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    Desenvolvimento e teste de modelos agrometeorológicos para a estimativa de produtividade do cafeeiro
    (Instituto Agronômico (IAC), 1999-01) Picini, Angélica Giarolla; Camargo, Marcelo Bento Paes de; Ortolani, Altino Aldo; Fazuoli, Luiz Carlos; Gallo, Paulo Boller
    Modelos matemáticos agrometeorológicos que relacionam a fenologia, a bienalidade e a produtividade do cafeeiro, foram desenvolvidos e testados para Mococa (SP), a partir de série de dados de produtividade de cafeeiros adultos, variedade Mundo Novo, correspondente ao período de 1966/67 a 1973/74. Os modelos baseiam-se na penalização da produtividade potencial, em função da produtividade do ano anterior e das relações ER/EP (evapotranspiração real e potencial), derivados de balanços hídricos decendiais seqüenciais durante os estádios fenológicos, considerando 16 combinações diferentes. A penalização é feita à medida que haja restrição hídrica para a planta durante os diferentes estádios fenológicos, considerando coeficientes de resposta da cultura ao suprimento hídrico, incorporados numa função aditiva ou multiplicativa. O modelo com penalização aditiva apresentou melhor desempenho na parametrização dos coeficientes em relação ao multiplicativo. Os melhores ajustes entre dados observados e estimados foram obtidos com modelo aditivo que relaciona o fator hídrico durante os trimestres (combinação D1) jun./jul./ag.; set./out./nov. e dez./jan./fev., os quais apresentaram coeficientes de resposta da cultura ao suprimento hídrico (ky) de +0,38 (ky1), +0,61 (ky2) e +0,18 (ky3), respectivamente, para os estádios fenológicos da dormência das gemas/início do florescimento, florescimento/formação do grão e formação do grão/maturação. As magnitudes dos valores de ky1 e ky2 revelam que a produtividade do cafeeiro é particularmente sensível ao estresse hídrico durante os estádios fenológicos do florescimento e formação do grão. O teste do modelo apresentou boas estimativas, com coeficientes de determinação de 0,93 e índice de concordância (d) de 0,98.
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    Estimativas de parâmetros genéticos e predição de valores genotípicos no melhoramento do cafeeiro pelo procedimento REML/BLUP
    (Instituto Agronômico (IAC), 2001-09) Resende, Marcos Deon Vilela de; Furlani-Júnior, Enes; Moraes, Mário Luíz Teixeira de; Fazuoli, Luiz Carlos
    Objetivou-se aplicar o método REML/BLUP em programas de melhoramento genético do cafeeiro, utilizando-o na estimação de parâmetros genéticos e predição de valores genotípicos para a espécie Coffea arabica. O experimento foi instalado em julho de 1998 pela Universidade Estadual Paulista (UNESP), em Selvíria (MS). As 12 cultivares selecionadas pelo Instituto Agronômico (IAC), Campinas (SP), foram avaliadas no delineamento em blocos ao acaso com quatro repetições e dez plantas por parcela. Os resultados revelaram baixa variabilidade genética entre as cultivares para os caracteres altura da planta, diâmetro do caule e número de ramos plagiotrópicos, avaliados aos 26 meses. Apenas as cultivares Catuaí Amarelo, Icatu Vermelho e Catuaí Vermelho apresentaram valores genotípicos preditos para o diâmetro do caule superiores à média geral desse caráter. A acurácia na avaliação dos valores genotípicos das cultivares para o caráter diâmetro do caule equivaleu, em média, a 76%. A adoção de uma experimentação com duas plantas por parcela e 20 repetições poderá elevar a 90% a acurácia seletiva para o caráter diâmetro do caule. O método de modelos mistos (REML/BLUP) mostrou-se adequado à estimação de parâmetros genéticos e predição de valores genotípicos no melhoramento do cafeeiro, podendo ser empregado rotineiramente.
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    Análise comparativa de métodos de estimativa de área foliar em cafeeiro
    (Instituto Agronômico (IAC), 2002-05) Tavares-Júnior, Júlio Eduardo; Favarin, José Laércio; Dourado-Neto, Durval; Maia, Aline de Holanda Nunes; Fazuoli, Luiz Carlos; Bernardes, Marcos Silveira
    Com o objetivo de avaliar a exatidão de três métodos empregados para a estimativa da área foliar em cafeeiro, realizou-se um experimento no Instituto Agronômico, em Campinas (SP). Coletaram-se, aleatoriamente, amostras de folhas da cultivar Mundo Novo IAC 388-17, em várias posições no dossel e em relação ao ramo plagiotrópico, a fim de estimar a área foliar, utilizando-se três métodos: Barros, discos foliares e SIARCS 3.0, comparados com um método de referência (LI-COR). Os critérios utilizados na comparação dos métodos foram: a) coeficiente angular do modelo de regressão (b); b) erro relativo médio (ERM): média das diferenças entre os valores de área foliar obtidos pelo método alternativo e pelo método de referência, expressas como porcentagem dos valores obtidos no método de referência; c) coeficiente de determinação (R2), e d) padrão de dispersão dos erros. A incerteza, associada às estatísticas R2 e ERM, foi calculada pelo procedimento de reamostragem denominado 'bootstrap'. O método SIARCS 3.0 foi o mais exato, considerado adequado para estimar a área foliar (valores absolutos) em substituição ao método LI-COR, ou para a calibração de métodos expeditos. Observa-se uma tendência de subestimar os valores de área foliar quando se utiliza o método proposto por Barros e de superestimá-los quando se utiliza o método de discos foliares.
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    Caracterização de cultivares de Coffea arabica mediante utilização de descritores mínimos
    (Instituto Agronômico (IAC), 2004-05) Aguiar, Adriano Tosoni da Eira; Guerreiro-Filho, Oliveiro; Maluf, Mirian Perez; Gallo, Paulo Boller; Fazuoli, Luiz Carlos
    Cerca de 70% do café produzido e comercializado mundialmente é oriundo de Coffea arabica. A espécie apresenta base genética estreita sendo as cultivares bastante aparentadas e originárias em sua maioria das tradicionais cultivares Típica e Bourbon. Este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de identificar a eficiência de descritores mínimos na caracterização de cultivares de cafeeiros e como diferenciadores entre cultivares a serem submetidas ao processo de proteção de cultivares no Brasil. Foram avaliadas trinta e oito características botânicas ou tecnológicas das plantas, folhas, flores, frutos, sementes, assim como três características agronômicas. Utilizaram-se vinte e nove cultivares de cafeeiros selecionadas pelo Instituto Agronômico, sendo avaliadas trinta plantas de cada cultivar. Os resultados evidenciaram que apenas com a utilização das características porte, cor do fruto, resistência ao agente da ferrugem, Hemileia vastatrix e ciclo de maturação é possível obter uma discriminação eficiente dos diferentes grupos de cultivares avaliadas. A cor das folhas jovens e o diâmetro da copa revelaram-se importantes descritores na discriminação de cultivares do grupo Mundo Novo. Não foi possível, porém, identificar descritores eficientes na discriminação das cultivares dos grupos Catuaí Vermelho, Catuaí Amarelo e Icatu Vermelho.
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    Macronutrientes em folhas e frutos de cultivares de café arábica de porte baixo
    (Instituto Agronômico (IAC), 2005-10) Valarini, Valdemar; Bataglia, Ondino Cleante; Fazuoli, Luiz Carlos
    O presente trabalho teve como objetivo avaliar a mobilização de macronutrientes de folhas para frutos em diferentes cultivares de café arábica, através de análises foliares periódicas. O experimento foi plantado em 1994 em solo Rhodic Hapludox, em Campinas Estado de São Paulo, Brasil. Foram coletadas folhas de ramos plagiotrópicos com frutos, o terceiro par a partir do ápice, para determinação de macronutrientes, em dezembro de 2002, fevereiro e maio de 2003. A colheita do experimento e a amostragem de frutos para análise química ocorreram em junho de 2003. Houve decréscimo no teor dos macronutrientes nas folhas do cafeeiro, durante a estação de crescimento do fruto, a exceção do cálcio que apresentou aumento, observando-se maior evidencia para o potássio. As cultivares de alta produtividade mostraram concentrações de macronutrientes ligeiramente superiores às de média produtividade. A diferença mais marcante ocorreu para o cálcio que acumulou mais nas ccultivares mais produtivas. Na casca e no grão de café, pela análise estatística, não houve diferença significativa na composição química entre as cultivares, à exceção para o cálcio presente na casca. Verificou-se uma relação inversa entre produtividade e o índice relativo de remobilização de nutrientes das folhas. Cultivares mais produtivas conseguiram produzir a mesma quantidade de matéria seca de grãos com valores mais baixos de remobilização dos nutrientes N, P e K das folhas dos cafeeiro.
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    Avaliação da suscetibilidade à Xylella fastidiosa em diferentes espécies de cafeeiro
    (Instituto Agronômico (IAC), 2005-10) Queiroz-Voltan, Rachel Benetti; Cabral, Luciane Perosin; Fazuoli, Luiz Carlos; Paradela Filho, Osvaldo
    A bactéria Xylella fastidiosa Wells et al. foi detectada pela primeira vez em cafeeiro no Brasil, em 1995, entretanto acredita-se que a cultura foi infectada por essa bactéria há muitos anos, embora os sintomas fossem atribuídos a um estresse nutricional. Até o momento têm sido realizados estudos principalmente com espécies de C. arabica e C. canephora, porém, em outras espécies do gênero, somente foi detectada sua presença. Neste trabalho, objetivou-se avaliar a proporção de elementos de vaso do xilema obstruídos, total e parcialmente, pela X. fastidiosa, naturalmente infectadas, em diferentes espécies de cafeeiro do Banco de Germoplasma do IAC, visando identificar material resistente a essa bactéria para ser utilizado no programa de melhoramento genético. Os acessos estudados foram: C. canephora (progenitora da 'Guarini'), C. liberica var. liberica, os quatro acessos de C. liberica var. dewevrei (Ugandae, Dibowskii, Abeokutae, Excelsa) e o híbrido interespecífico Piatã (C. arabica X C. liberica var. dewevrei). Todos eles mostraram-se menos suscetíveis à X. fastidiosa. A porcentagem de obstrução dos elementos de vasos na folha não foi maior que 0,6% na maioria dos acessos, com exceção de Excelsa e do híbrido Piatã com até 2% de obstrução, sendo bem menos suscetíveis a essa bactéria do que as cultivares de C. arabica. Trata-se, portanto, de materiais genéticos importantes para serem utilizados no programa de melhoramento do cafeeiro visando à resistência ao agente dessa doença.